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História Where You Are. Taekook, Vkook. - Capítulo 13


Escrita por: CopinhuYoongi e nebulouszy

Capítulo 13 - Capítulo 13


Eu fiquei a madrugada toda no hospital, dormindo um pouco na poltrona ao lado da maca de Jungkook.

Lá pras seis ele fez alguns exames para ver se estava tudo bem. Precisou tirar sangue.

Ganhou um folheto de prevenção ao suicídio, ao qual ele nem mesmo leu.

Depois foi a hora do café da manhã.

Jungkook já conseguia se alimentar sozinho, embora ainda estivesse enjoado.

Às dez ele já tinha sido liberado. A cadeira de rodas tinha sido trazida por Mike, que já estava há um tempo tentando conversar com Jungkook, mas sem sucesso algum, porque o humor do moreno havia piorado depois do acontecido.

— se quiser... eu te ajudo a ir pra cadeira.

— não preciso da sua ajuda.

— precisa, Jungkook. — eu quem disse, de braços cruzados, apenas esperando que tudo aquilo terminasse pra gente poder ir. – a maca é mais alta. O Mike precisa te ajudar.

— mas eu não quero.

— só que não é questão de querer. Vai, para de ser orgulhoso.

— eu não estou sendo orgulhoso, eu só não quero ninguém me ajudando e ponto final.

Bufei, mas caminhei até Jungkook, apoindo seu braço em meus ombros.

— vai, põe força então. Só vou estar aqui pra te apoiar e você não cair. Ok?

Ele resmungou, mas aceitou, e com a minha ajuda consegui ir para a cadeira de rodas.

Os enfermeiros aproveitaram para dar uma geral em Jungkook também. Eles tiraram os pontos dos machucados e trataram deles, principalmente o da perna, que tinha aberto um pouco pelo acidente do banheiro.

Enquanto eu pegava minha bolsa, Mike e Jungkook ainda estava naquela de um querer falar e o outro, não.

Mike estava arrependido por não ter aparecido nesses últimos dias, mas eu certamente compreendia Jungkook. Se não fosse eu, ninguém teria ido naquela casa, e certamente o cara tinha morrido. Não porque ele não pode cuidar de si mesmo, não porque ele não presta pra isso, mas simplesmente porque ele acabou de sair de um acidente fodido que mexeu com todos os seus neurônios, e era a melhor hora pra amigos de verdade estarem juntos.

Então, sim, eu entendo muito o Jungkook.

— cê vai mesmo ficar sem falar comigo?

— depois vocês tentam conversar. — me intrometi, empurrando a cadeira de Jungkook até a porta, a abrindo totalmente. — quando ele estiver melhor. Agora não.

Nós deixamos o loiro sozinho, pra trás.

Apesar de ele querer reparar o erro, Jungkook acabou de sair de uma tentativa de suicídio.

Ele não precisava resolver todas as coisas que o deixavam desconfortável assim tão de repente.

Precisava ser aos poucos.

Quando saímos do hospital tinha um sol forte e uma brisa fresca lá fora.

Sol. Era o que Jungkook precisava agora.

— vamos pra minha casa. — eu avisei, ainda o empurrando, indo pra calçada. — preciso tomar um banho e trocar de roupa.

— Taehyung, eu já disse que eu mesmo posso empurrar a cadeira.

— gostei do fato de estarmos falando do mesmo assunto. — zombei, olhando brevemente pros seus cabelos que balançavam pelo vento calmo. — você ainda tá fraco, então eu preciso te empurrar. Para de reclamar.

— não gosto de sair. Muito menos com você me empurrando.

— eu sei, você não gosta de nada que seja relacionado a mim, mas sabe que não pode fazer muita coisa pra me afastar. Em vez de reclamar, aproveita esse sol, relaxa um pouco.

O moreno tombou a cabeça pra trás, me olhando.

Não disse nada.

Só estava inclinado pra me encarar como se eu fosse de outro mundo. Sob seus cílios pretos e os olhos escuros.

Antes de ele apenas resmungar.

— você resmunga muito, meu Deus. Do que tá me xingando agora?

Nós atravessamos outra rua, entrando na pequena praça de gramas esverdeadas que levava minha casa.

— de muitas coisas. Se eu estivesse com força ia jogar essa cadeira em você.

Eu mordi o lábio inferior, sorrindo pequeno.

Sim.

Sorrindo.

Era a primeira vez que eu achava graça de alguma coisa que esse cara me dizia.

— bem, isso te custaria ficar no chão.

— escolhas difíceis requerem uma determinação forte.

— Thanos?

— é. Thanos.

Quando chegamos em casa, eu abri todas as janelas, deixando apenas as cortinas brancas. Fui tirando meus sapatos, jogando a bolsa no sofá e soltando meus cabelos cacheados.

— vou tomar um banho e volto já.

Avisei, apenas entrando no banheiro.

Eu odiava aquele cheiro de hospital.

Odiava aquelas paredes brancas.

Além do aroma de morte que impregnava, foi lá que eu fiquei com meu pai por uma semana antes de ele finalmente morrer.

Então, sim, lá era o último lugar que eu queria ir.

Meu banho foi rápido. Eu laveinos cabelos, coloquei um bom condicionador enquanto lavava meu corpo, terminando poucos minutos depois. Diante do espelho, eu penteei meus cachos ruivos e os sequei com a toalha branca, me enrolando nela antes de sair do banheiro.

— vou só me vestir.

E avisei de novo.

Até porque agora eu ficava hesitante de deixar Jungkook sozinho por muito tempo.

O que era bizarro.

Porque eu nunca imaginaria ficar assim com a pessoa que mais me irritou em toda minha vida.

Não era como se ele tivesse magicamente parado de me irritar, mas era que parecia que tinha coisas mais importantes no momento. Se eu fosse revirar o passado, eu provavelmente desistiria de ajudar Jungkook.

Uma calcinha, uma calça jeans cintura alta e uma blusa por baixo; foi o suficiente pra ter voltado pra sala, depois de ter colocado um creme de pele.

Quando retornei, Jungkook estava pegando algumas decorações, passando os dedos por elas, as estudando, prestação atenção nos detalhes coloridos. Enquanto isso, eu me encostava na estante, apoiando minhas mãos na madeira quando me sentei nela.

— hoje eu não vou ir pra faculdade. Nem estudar. — comentei, mordendo meu lábio inferior enquanto olhava para suas mãos. — vou ficar o dia todo com você.

— você não precisa fazer isso.

— eu sei, mas eu quero. Inclusive, vamos almoçar alguma em alguma lanchonete.

Ele riu, olhando para mim como se eu tivesse acabado de dizer a maior piada de todos os tempos. Seu nariz formando ruguinhas enquanto ele ria.

— tá doido? Até parece que eu vou ir pra uma lanchonete com um monte de gente...

Dei de ombros, tombando a cabeça pro lado enquanto encaraca sua face ainda risonha.

— você vai. Você vai fazer tudo o que fazia antes, Jungkook, e você sabe muito bem que eu posso ser mais teimoso do que você quando quero alguma coisa, e eu quero você.

A gente se olhou com a testa franzida.

Uma careta enorme e bem feia aparecendo em ambos os rostos.

E então, eu ri, tampando minha boca.

O que diabos eu tinha falado???

— não foi isso que eu quis dizer! Eu quis dizer que-

— hum. Você me quer. Ok, eu sei, eu sou irresistível, mas não sabia que era a esse nível.

— ah, vai se ferrar! — eu ri, empurrando levemente seu ombro antes de voltar a tampar minha boca. Era uma mania minha. — eu quis dizer que eu quero que você volte ao normal! Ao normal, e não aquele cara arrogante, mas também não a esse cara sem esperanças alguma.

— você se preocupa muito comigo, aparentemente. Eu sei. O coração não escolhe por quem se apaixona. — ele sorriu forçado, me fazendo negar com a cabeça, dando mais uma risada.

Ele poderia enganar qualquer um ficando desse jeito como se nada tivesse acontecido.

— supunhetamos que seja assim. – eu disse, me levantando pra pegar a bolsa novamente, abrindo a porta. Corri até Jungkook, começando a empurra-lo pra fora. — você também não vai escolher se vai ou não pra lanchonete.

— supunhetamos?

— é. É o novo português. Lindo, não?

Perguntei retoricamente, começando a caminhar até a lanchonete perto da praça, começando a reouvir as reclamações, resmungos e as novas palavras erradas que Jungkook me dizia no caminho.


Notas Finais


QUE ISSO EHEIN TAE?


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