História Wheres L0v? - The End of History

Já havia se passado um ano que estava em NY. Logo estaria indo embora. Levo boas recordações daqui e uma experiência que jamais imaginaria algum dia em ter. Enquanto morava aqui, recebia informações de como estavam indo as coisas na Coréia. Notícias dos meus pais, do Ui-Sik, mas nunca de quem eu queria mais saber. Nos primeiros meses Kai e eu conversávamos por Skype ou até por telefone, mas com o tempo essas conversas foram parando até hoje que eu não recebo nenhuma ligação.

-Que dia você vai vir?- Perguntou Ui-Sik do outro lado da linha telefônica.

-Devo chegar em Seul na sexta feira na parte da manhã- Respondi olhando para minha passagem.

-Vou te esperar no aeroporto, mas acho que até La eu tenho um infarto de felicidade- Disse Ui-Sik ansioso.

-Não morra, pois eu preciso o meu melhor amigo vivo- Disse olhando para televisão me deparando com uma notícia.

“Grupo Western Kobe situado na Coréia do Sul está tomando seu lugar no mercado mundial. Tudo isso devido a essa brilhante mente jovem por detrás dessa corporação”.

-Cha Hun você ainda esta ai?- Perguntou Ui-Sik depois de um longo silêncio.

-Sim estou- Respondi contendo as lágrimas que já umedeciam meus olhos- Ui-Sik...

-Sim?

-Como o Kai está?- Tomei coragem para perguntar.

-Bem... ele.... está muito bem- Disse Ui-Sik com um tom de incerteza em sua voz- Eu só p encontro de vez em quando, como sempre ele está muito ocupado.

-Ele não perguntou nada de mim?- Perguntei não tendo certeza de querer ouvir a resposta.

-Sinto muito Cha Hun, mas não- Disse Ui-Sik com uma voz fraca do outro lado.

-Ah! Tudo bem- Disse limpando as lágrimas que escorriam pelas minhas bochechas- Eu sabia que não ia durar. Encontro-te no aeroporto Ui-Sik, adeus- Finalizei desligando o telefone.

Eu acho que a distância é forte o bastante para separar duas pessoas que se amam, ou talvez não.

Eu preciso seguir em frente, mas meu coração vai me acompanhar???

**

Olhava pela janela do avião enquanto o mesmo pousava...

Estava em Seul...

Peguei minhas bagagens e comecei a procurar Ui-Sik dentre a multidão.

-Aqui Cha Hun- Disse Ui-Sik estendendo a mão, balançando-a.

-Achei que não iria te encontrar- Disse enquanto ele pegava minha bagagem.

-Como foi a viagem?

-Foi ótima, tenho tantas coisas para te contar que nem sei por onde começar- Disse enquanto pegávamos um táxi.

-Teremos tempo- Disse Ui-Sik segurando minhas mãos- Só um minuto- Finalizou pegando seu celular.

Olhei para janela para observar Seul e matar um pouco da saudade daquela cidade.

-Você precisa descansar, pois amanhã você terá um dia muito longo- Disse Ui-Sik abrindo um sorriso- Tem algumas pessoas que querem encontrar com você. Você deve ir até esse endereço.

-Não me diga que você está me contando uma festa surpresa?- Disse abrindo um sorriso.

-Eu sei que você não gosta de surpresas, mas SURPRESA- Disse Ui-Sik abrindo as mãos para o lado.

-Como eu pude ficar um ano longe de você?- Perguntei apertando suas bochechas.

Chegando em casa minha tia ficou eufórica com a minha chegada pedindo mil desculpas por não ter ido me buscar no aeroporto.

Ficamos conversando até tarde e depois fui tomar um banho para relaxar. Enquanto secava meu cabelo olhava o papel que Ui-Sik havia me dado, estava anotado o endereço que eu deveria ir e o horário.

Estava ansiosa e mesmo já sabendo que seria uma festa surpresa, eu ficaria “surpresa”, pois afinal todos haviam se esforçado para fazer uma festa para mim.

**

No dia seguinte peguei um táxi até o lugar combinado, mas quando cheguei apenas avistei um pequeno estabelecimento que estava escrito FECHADO PARA REFORMAS.

Olhei pela vidraça para ver se enxergava alguém, mas nenhuma vida poderia ser vista.

-Você é a Cha Hun?- Perguntou um homem me cutucando, me fazendo ter um ataque do coração.

-Sim, quem pergunta?- Perguntei estranhando o homem.

-Preciso que me acompanhe- Disse o homem mostrando um carro.

-E posso saber para que? Se for algum sequestro eu tenho uma arma de choque na minha bolsa- Disse abrindo a minha bolsa.

-Não é nada disso, precisamos te acompanhar até a festa- Disse o homem me fazendo ficar com medo- Não se preocupe, eu sou segurança- Finalizou mostrando sua identificação.

-Tudo bem então- Disse entrando no carro ainda meio receosa.

Fomos parar em o que me parecia uma casa de campo.

Desci do carro e o homem disse:

-Fique a vontade.

Comecei a andar pelos arredores daquela pequena casa e acabei parando no jardim que ficava atrás daquela construção.

Avisto uma pessoa de costas sentada em uma mesa bebericando um pouco de chá.

Fui chegando perto daquela pessoa e ao mesmo tempo em que uma felicidade crescia dentro de mim, o ódio também.

Fiquei em frente aquela pessoa e a encarei.

-Você chegou- Disse Kai se levantando e vindo em minha direção.

O impedi de chegar perto e disse:

-Você acha que está tudo bem?

-O que foi Cha Hun?- Perguntou Kai estranhando minha reação.

Sai dali, mas fui impedida com Kai segurando meu braço.

-O que aconteceu?- Perguntou Kai me virando.

-Você acha que está tudo bem?- Perguntei sentindo meus olhos marejarem- Você acha que é só me trazer em algum lugar e dizer me desculpe que eu vou perdoar todos os dias que você não me ligou?

-Cha Hun- Disse Kai desapontado- Eu sei que o que eu fiz foi errado, mas...

-Mas nada, você não sabe o quanto eu fiquei preocupada? Se você estava bem, se estava se alimentando bem se sua empresa estava indo bem? Ou ao menos como estavam seus sentimentos?

-Olha Cha Hun, eu me sinto horrível por isso, mas toda vez que eu via o seu telefone no visor do meu celular, eu não queria atender, pois toda vez que você ouvia a minha voz, você ficava com vontade de voltar. Não queria atrapalhar o que você foi fazer e não queria ser culpado por não concluir seu plano. Desculpe-me mas o que eu fiz foi para o seu bem- Disse Kai me abraçando.

Sabia que o que ele disse poderia ser considerada a verdade. E eu fiquei feliz em ouvir aquilo, aquela explicação.

-Nunca mais faça isso. Se eu soubesse disso enquanto eu ainda estava nos EUA, eu voltaria aqui só para te dar uma lição- Disse o abraçando forte.

Sentamo-nos na mesa e eu logo perguntei:

-Por que você me trouxe aqui?

-Venha comigo- Disse Kai estendendo a mão.

Começamos a andar nas redondezas de uma lagoa quando Kai começou a dizer...

-Nesse tempo que você ficou fora eu comecei a pensar em nós. Desde quando nos conhecemos até nos dias de hoje. Lembrava das nossas brigas ou das suas teimosias que me deixavam nervoso. Percebi que comecei a gostar de você bem antes do que imaginava. Minha rotina não estava completa sem ver você e aos poucos você acabou se tornando parte da minha vida.

Enquanto andava em cima de um pequeno murinho, abri um sorriso ao escutar aquilo e deixei que ele continuasse:

-Você poderia não saber, mas em todas as ligações que p Ui-Sik fazia a você eu estava ao lado dele escutando sua voz pelo viva voz. Eu me preocupava com você a ponto de querer pegar um jatinho e ir correndo até onde você estava, mas me controlei sabendo que isso te atrapalharia. Nesse tempo que eu fiquei afastado, eu percebi, Cha Hun, que eu não consigo mais ficam sem você ao meu lado, então eu queria perguntar...

Ele soltou a mão que me apoiava e pegou alguma coisa no seu bolso.

-Você se casaria comigo?- Perguntou Kai mostrando uma aliança dentro de uma caixinha de veludo- Seus pais já autorizaram. Eu pedi para eles na época que eu fui em sua casa para ceia de natal. Então o que me diz, você quer se tornar minha esposa?

Perdi o equilíbrio e acabei caindo em cima de Kai.

A resposta estava mais cara que vidro.

-Sim!- Disse o beijando pausadamente com euforia- Sim, sim, sim.

Meu sonho era receber uma proposta como toda mulher e hoje esse desejo se realizou.

Começo a pensar, nunca achei que um dia viria a gostar de um cara como Kai, quando na verdade minha vontade era de matá-lo. Todas as brigas que tivemos me fez cada dia odiá-lo mais. Quando comecei a conhecê-lo como ele realmente era, comecei a ter a curiosidade de entendê-lo mais e foi nessa vontade que eu acabei me apaixonando por essa criatura. Ele pode ter cometido erros, mas erros todos nós cometemos. Achava que o amor e a paixão verdadeira não existia no mundo de hoje e sempre me perguntava:

Where´s Lov?

Hoje sou uma testemunha que esse amor pode existir e que mesmo sendo algo difícil de encontrar e conquistar todos nós temos a capacidade de conquistá-lo.

Então...

Where´s Lov?

O amor está mais próximo que você pensa...

Basta abrir os olhos e enxergar as chances que o mundo te dá, pois nada é impossível.

Eu sou a prova disso, agora vai lá...

Construa a sua história, pois só você pode escrevê-la!!!