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História Which his side? - Rebel Heart


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Mais um capítulo, com mais um crossover com a fic Road Trip já minha bff pft @laurelances <333333333333
Espero que gostem. Boa leitura xoxo.

Capítulo 94 - Rebel Heart


Fanfic / Fanfiction Which his side? - Rebel Heart

Terra-15.

Lebanon, Kansas.

Katherine estava em seu banheiro penteando os cabelos em frente ao espelho. A porta do quarto se abriu e a morena imaginou que fosse o Dean então não deu muita atenção, mas em seguida ela ouviu o barulho de alguém mexendo nos armários. Assim que ela colocou a cabeça para fora do banheiro ela deu de cara com a pessoa que ela menos esperava.

- Puta merda. — Katherine derrubou a escova de cabelo chamando a atenção de Ruby que logo abre um sorriso ao vê-la e diz:

- Oi, Kath. — Ruby reflete por um segundo. - Kath? Oxe. Como eu vim parar aqui? — Ruby verifica o relógio. - Pensei que eu tinha ajustado pra Terra dos Looney Tunes... — Ruby volta a olhar para Kath. - Tanto faz... O importante é que estou em outra Terra e... — Ruby ia revelar o motivo, mas desconversa. - Enfim, como você está?

- Oi! — Katherine disse com um sorriso bobo no rosto ao ver Ruby falando sobre as viagens dimensionais, mas então a ficha caiu. - Você não deveria estar aqui.

- Não é a primeira vez que eu escuto isso. — Ruby se joga na cama e meio que pula sentada testando o colchão. - Melhor que os do alojamento dos britânicos. — Ruby torna a olhar para Katherine. - Mas e aí? Como está a Sky? Ela está por aqui também? — perguntou Ruby ignorando os Winchesters e a probabilidade de ser flagrada.

- Não me leve a mal. — Katherine corre até a porta e a tranca. - Eu adoro a sua companhia, mas eles podem aparecer a qualquer minuto e sua versão aqui não era muito amigável... — Katherine abaixou a voz com medo de magoar Ruby. - Você era um demônio.

- Não me ofendi. Eu meio que tenho mesmo um imã pra confusão, pelo menos é o que todo mundo me diz... — Ruby dá uma pequena risada. - Primeiramente. — Ruby ergue o dedo. - Eu não era um demônio e sim, uma garota possuída por um demônio que roubou minha identidade. O mesmo aconteceu com uma tal de Meg Masters, mas não vem ao caso e em segundo lugar, puta que pariu! Até aqui "eu" passei por isso? — indagou Ruby um tanto revoltada.

- Ah, isso faz muito mais sentido. — Katherine disse para si mesma. - Preciso atualizar minhas anotações.

- Atualizações? — indagou Ruby fazendo uma careta engraçada.

- Não é nada. — Katherine disse tentando mudar de assunto. - A Skyler foi embora faz alguns minutos. Acho que chegou atrasada. — Katherine deu de ombros. - Você está bem?

- Se eu estou bem? — Ruby coloca a mão sobre os olhos e depois tira encarando Katherine. - Bem, parece que agora estou. — Ruby sorri. - Então... — Ruby se levanta. - Você está fazendo alguma coisa? Ou tem algum compromisso?

- Na verdade eu... — Katherine estava falando quando alguém começou a girar a maçaneta.

- Katherine? Você está ai? — Dean disse enquanto batia na porta.

- Droga, ele não pode te ver aqui. — Katherine disse baixinho para que apenas Ruby ouvisse.

- Então vamos resolver isso. — disse Ruby mexendo no relógio. Ela abre um portal e puxa Katherine para dentro que deu um gritinho fechando os olhos com força.

Ao ouvir o grito vindo de dentro do quarto, Dean chutou a porta que bateu contra a parede, mas para a surpresa do loiro não havia ninguém no quarto.

- Katherine? — Dean vasculhou o quarto e até o banheiro, mas não havia ninguém. Preocupado ele deu uma olhada rápida pelo bunker, mas nenhum sinal da Katherine. - Sam, você viu a Katherine por ai?

- Não. — Sam disse dando um gole na sua xícara de café e então notou a cara de preocupação do irmão. - Ela e a Skyler devem ter saído para fazer compras.

- É deve ser. — Dean disse voltando a se sentar de frente ao irmão na mesa, mas ele poderia jurar que ouviu a Katherine gritar dentro do quarto. - Mas eu acho melhor eu ligar para a Skyler só para ter certeza.

[...]

- Hm, Aruba. — disse Ruby reconhecendo o lugar e pegando dois cocos da bandeja do garçom e entregando um pra Katherine.

- Ai meu deus! — Katherine disse com os olhos brilhando, mas então lembrou que havia deixado seu namorado batendo na porta. - Ai meu deus! A gente não está mais no Kansas.

- Não. Nós estamos na melhor ilha caribenha de todas. E sabe? Acho que devíamos fazer uma turnê pelo mundo. — disse Ruby segurando o canudo com dois dedos e dando um gole na água de coco. - A não ser que você tenha outros planos...

- Eu nunca saí da America. — Katherine disse dando um gole na água de coco. - E eu sempre quis conhecer Paris. Você acha que depois daqui podemos sei lá... — Ela deu de ombros. - Dar uma passada na Torre Eiffel?

- Claro, por que não? — Ruby sorriu e depois fita Katherine por um segundo. - Interessante. Agora que me toquei que você é uma vampira. Eu não devia ter te dado água de coco.

- Não é como se você fosse me ceder uma veia. — Katherine disse rindo. - E além do mais isso me lembra um pouco a minha vida humana. — Ela deu mais um gole na sua bebida. - Mas o que você faz aqui? Quer dizer... No meu universo, é claro.

- Bem, se tiver com fome. Eu posso ceder uma veia, mas desde que você me prometa que não vai me deixar de olhos trocados igual a Bella Swan em Crepúsculo. — Ruby deu uma risadinha e Katherine fez o mesmo. - Eu vim pra cá apenas pra me distrair dos meus problemas. — Ruby suga mais da água de coco. - É praticamente meu dia de folga.

- Você quer falar sobre isso? O que acontece em Aruba, fica em Aruba. — Katherine disse tentando ganhar a confiança de Ruby.

- Eu não sei... — Ruby suga mais um pouco da água. - Não acho legal, eu vir até você e cuspir os meus problemas... — Ruby joga o coco seco no lixeiro. - Que tal irmos pra Paris? Tem umas "madeleine", uma espécie de biscoito que eu sou viciada.

- E se eu começasse falando sobre os meus? — Katherine disse jogando o coco fora assim como Ruby. - Por exemplo, eu fiz um pacto com um demônio da vingança e quebrei o acordo irritando o rei do inferno que queria minha alma, então virei uma vampira para evitar de passar a vida que tanto lutei para ter queimando no inferno. Sua vez.

- Demônio da vingança? — Ruby semicerra os olhos, porque o termo lhe era familiar. - Bem, é boa estratégia para fugir do pacto. — Ruby esfrega o queixo pensativa. - No meu caso, eu também vendi a alma, mas do jeito convencional e... Estou quase saindo do mercado devido ao prazo de validade curto, se é que me entende...

- Eu sinto muito. Você já tentou abrir um buraco de minhoca e jogar o demônio que selou o seu pacto? — Katherine perguntou imaginando que aquele era o plano perfeito.

- Obrigada. — Ruby sorri fraco. - Seria uma boa ideia jogar aquele demônio escocês no buraco de minhoca, mas se eu quebrar o pacto, eu volto à cova. E... — Ruby admira um pouco o mar de Aruba. - Não posso morrer antes de fazer uma última coisa apesar de eu não ter tempo suficiente.

- Então acho uma boa ideia irmos para Paris comer o tal biscoito. — Katherine disse tentando animar as coisas. - Uh! E que tal depois irmos para Argentina? Eu sempre quis aprender a dançar tango!

- Seu pedido é uma ordem. — Ruby mexe no relógio e um camelo atravessa fazendo Katherine pular para trás. - Droga! Eu sempre erro trocando as coordenadas de Cairo com de Paris. — Ruby pega a alça do camelo e o conduz de volta. - Agora vai! — Ela mexe no relógio novamente e o portal revela a Torre Eiffel ao fundo, então Ruby puxa Katherine para dentro do portal.

- Eu estou em Paris! Preciso de uma foto. — Katherine disse e então tateia os bolsos atrás do seu celular. - Droga, eu esqueci no bunker.

Ruby olha de um lado para o outro e vê um rapaz sentado à mesa na calçada tomando café e ao perceber o celular do lado do copo, e ela vai até ele.

O rapaz olha para a loira e endireita a postura colocando o café sobre a mesa, Ruby propositalmente esbarra na mesa fazendo a bebida derramar sobre ele.

- Oh, je suis désolé. — desculpou-se Ruby em francês, na verdade, era a única frase que ela sabia graças a música Sorry da Madonna. A loira puxa o lenço do terno dele e ajuda a secá-lo, o rapaz fica distraído com a "receptividade" da loira que depois dá uma piscadela para ele, o rapaz diz algo, mas Ruby não entende francês, ela sorri e depois retorna para Katherine com o celular roubado. - Vamos de selfie? — perguntou Ruby empolgada.

- Deixe eu arrumar o meu cabelo. Eu estou em Paris! — Katherine disse jogando o cabelo de um lado para o outro.

[...]

- Então você ainda não contou para ninguém sobre o seu pacto? — Katherine perguntou enquanto balançava o corpo ao som da música de tango que soava no salão.

- Você é a primeira pessoa que eu conto. Já o Barry e o Ramon são os primeiros que descobriram por conta própria, mas eles não são da minha Terra, agora se o Sam, o Dean e principalmente a Bells descobrirem, eles nunca iram me perdoar... — disse Ruby olhando pro palco onde estava o instrumentista tocando. - Mas por que não deixamos isso pra lá e dançamos tango? — Ruby puxa Katherine para o meio da pista.

[...]

- Eu tenho uma curiosidade. — Katherine disse enquanto tirava os óculos escuros e com a outra mão ela se abanava com o leque. Ela estava ao lado de Ruby em uma gôndola em Veneza. - Como será a minha versão no seu mundo? Quer dizer, nesse mundo a Katherine Brydon era uma agente do FBI, no meu mundo eu era a namorada de um gangster... Você chegou a conhecer a minha versão no seu universo?

- Infelizmente não cheguei a conhecer... Ainda, pelo menos, o que é normal ter essas variações, porque já fui em Terras que tinham apenas a versão da Bells em um apocalipse zumbi, ela até era casada com um coreano, já em outra eu era uma publicitária apaixonada por um escritor brega chamado Jonah. Também tem uma versão uma versão minha que namorou o Batman do Greenpeace. — sorriu Ruby se lembrando do Arqueiro que odiava esse apelido. - E também tem uma versão da Bells que ela trabalha pra CIA, flertava com um cara sem graça do FBI e usava uma "maquiagem blindada". Inclusive eu juro que um dia eu vi alguém atirar na cara dela e a bala ricochetear de volta matando o atirador. — Ruby disse praticamente "jurando de pé junto". - De qualquer forma, o multiverso é cheio de possibilidades. Mas... — Ruby olha Kath de alto a baixo. - Você me é muito familiar, por alguma razão... — Ruby bate a ponta do dedo no próprio queixo.

[...]

- Eu adorei esses aqui. — Katherine disse enquanto pegava dois colares com uma pedra redonda na ponta da cor azul royal e vermelho rubi. - O que acha? Vermelho combina com você.

- Eu não poderia concordar mais. — Ruby pega o colar com a pedra vermelha e coloca no pescoço. - Isso me lembrou de uma vez quando eu estava em Paris, eu havia deixado a Bells na pousada em Washington com os Winchesters e retornei para a cidade das luzes, daí eu só lembro que fui pra uma noitada. — Ruby ajeita colar e sorri. - Eu não lembro do que aconteceu depois, mas no dia seguinte quando fui no banheiro arrumar o cabelo eu achei um diamante dentro do decote. Bells enlouqueceu quando soube disso.

Katherine olha para Ruby surpresa.

- Eu ainda vou te levar para uma noitada de verdade, do tipo Se Beber, Não Case. Apenas vamos torcer pra você não ser o personagem do Justin Bartha que fica preso no telhado bronzeado igual um camarão. — Ruby ri ao lembrar da cena do filme. - E também seria a oportunidade perfeita pra você conhecer a minha Bells de verdade. Você vão se adorar. — disse Ruby ajudando Katherine a colocar o colar.

[...]

- Caipirinhas. Cortesia do cavalheiro ali. — O Barman disse apontando para um rapaz sentado mais ao fundo no bar. Ruby aceitou o copo de bom grado e Katherine praticamente pulou da cadeira puxando a loira pelo braço.

- Precisamos voltar. Está ficando tarde. — Katherine disse praticamente desesperada. - E eu preciso de uma boa desculpa para o porquê eu desapareci assim do nada. Eu tenho um namorado muito ciumento e possessivo e o Dean não é nada fácil de enrolar. — Katherine disse puxando o braço de Ruby como se estivesse jogando cabo de guerra.

- Como assim o Dean não é fácil de enrolar? — Ruby pergunta abismada. - Na minha Terra, ele é um tapado. Já perdi a conta de quantas vezes eu e a Bells trollamos ele. A melhor de todas foi quando fiz um feitiço de ilusão que fez parecer que tínhamos trocado de corpo. — Ruby abre um sorriso bobo ao recordar. - E sabe? Até o Sam que é o irmão mais esperto caiu no truque.

- Mesmo? — Katherine não conteve a risada. - Mas precisamos voltar. Podemos continuar nosso passeio outro dia, o que acha?

Ruby bufa de forma engraçada.

- Logo agora que estava ficando divertido... Mas tudo bem. Eu entendo. — Ruby balança as mãos em concordância.  - Devo te levar de volta pro bunker ou...? — perguntou Ruby já mexendo nas coordenadas do relógio.

- Eu tenho uma ideia melhor. — Katherine disse pegando o copo de caipirinha e bebendo o mais rápido que podia.

[...]

- Esse é o apartamento da Skyler. — Katherine disse ao lado de Ruby que havia acabado de abrir um portal no meio da sala.

- Ah, eu já conhecia... — Ruby nota um sapato do Manolo Blahnik largado no chão e automaticamente associou a Bela, mas não fazia sentido a Bela daquela Terra estar ali, uma vez que a Skyler já havia declarado pra loira que odiava a ladra. - ... Quando maratonamos durante uma noite a franquia do Massacre da Serra Elétrica.

- Filme? Então vocês duas não... — Katherine disse sem jeito enquanto gesticulava. Ruby franziu a testa. - Você sabe... Tiveram um lance.

- Lance? A única coisa que rolou entre mim e a Sky foi aquele beijo na boate. — Ruby sorri e depois coça a cabeça confusa. - Porém ela disse algo sobre "testar", seja lá o que isso queira dizer... — Ruby tenta refletir, mas não chega em nenhuma conclusão, então, ela volta a se focar em Katherine. - Enfim, a verdade é que ficamos apenas comendo batatas-fritas com bacon vendo aqueles filmes horrorosos enquanto o Spike revezava entre dormir e roubar minhas batatinhas usando sua fofura para me distrair. Ele consegue ser mais traiçoeiro do que a Talia, minha sensei. — disse Ruby rindo.

- Então os boatos estavam errados. — Katherine disse olhando ao redor do apartamento a procurar de Skyler mas não viu ninguém então voltou sua atenção para Ruby. - É que a Skyler tem um irmão fofoqueiro.

- Boatos? Não me diga que aqui existe uma Gossip Girl também? — Ruby parecia um pouco traumatizada. - Enfim, eu acho melhor eu ir antes que... — Ruby olha novamente para o sapato do Manolo Blahnik no chão. - Errr... Acho que você deveria observar a Lua hoje, Kath... — Ruby desconversa enquanto mexe no relógio. - Disseram que ela iria se aliar com Júpiter.

O portal se abre revelando o interior do que parecia uma nave.

- Enfim... — Ruby olha para Katherine sorrindo. - Te vejo por aí. — Ruby abraça Katherine como o Irmão Urso sem aviso prévio. - Mande um "oi" pra Sky e... Observa a Lua alinhada com Júpiter primeiro! — disse Ruby correndo para dentro do portal que logo após se fechou.

Terra-6.

Em algum lugar do fluxo do tempo...

- Olá, Srta. Bartlett. Como você está? — perguntou Gideon, a inteligência artificial da Waverider.

- Olá, Gideon. Vai tudo bem. Agora me mostra tudo o que você tem sobre a Bela Talbot da Terra-15. — disse Ruby ansiosa observando o painel da mesa que logo mostrou fotos e registros da ladra em holograma.

- Hey maninha. Quando foi que você chegou? — perguntou Sara assim que entrou na sala principal vendo Ruby perto do painel.

- Macacos me mordam! — exclamou Ruby boquiaberta.

- Era isso o que você procurava, Srta. Bartlett? — perguntou Gideon curiosa.

- Agora tudo faz sentido! — exclamou Ava entrando pela outra porta e apontando para os hologramas e Ruby imediatamente se voltou para a cunhada esperando uma explicação.

- Alguém pode me dizer o que diabos está rolando? — indagou Sara fazendo uma careta e abrindo os braços.

[...]

- Confia em mim. Eu acompanho a vida de Bela desde o início da série e digo que ela está sim apaixonada pela Skyler. — afirmou Ava com toda a convicção do mundo.

- Qual é, baby? Todo mundo sabe que a Bela é uma golpista traiçoei... — Sara vê Ruby fechar a cara e cruzar os braços pra ela. - Eu digo isso em relação à Bela da série e essa Bela da Terra-15 aí. E não a nossa querida Bela da Terra-7...

Ruby semicerra os olhos desconfiada.

- Como historiador e estudioso, eu tenho propriedade pra dizer que a Bela Talbot da Terra-15 gosta da Skyler, se não gostasse não estaria... Vocês sabem... Juntas. — disse Nate meio nervoso só por imaginar a cena.

- Todos vocês românticos estão errados. Essa Bela está aprontando um golpe. Diz a eles, Canário. — disse Charlie com seu sotaque britânico.

- Eu acho que é meio termo. — Ray Palmer se pronuncia. - Bela pode estar com más intenções, mas no fundo deve gostar da Skyler.

- Desde quando isso virou um debate sobre a Bells? — indagou Ruby abismada.

- Você tinha que ver nas quintas-feiras quando debatem sobre você, Sam e o Johnny. — revelou Sara rindo.

- Sara! — exclamou todos a repreendendo por revelar o passatempo deles.

- O quê? — indagou Ruby boquiaberta totalmente desacreditada.

- Eu proponho que façamos um bolão. — Mick sai do fundo e coloca 10 pratas sobre a mesa em um tapa. - Eu aposto dez que essa Bela é uma canastrona e só está seduzindo a "Barbie Juno" para roubar algo.

Todos olham para Mick Rory.

- O que foi? É algo que eu faria e tenho certeza que a sua amiga... — Mick aponta com a garrafa para Ruby. - Concordaria comigo e você sabe disso.

- Primeiro, eu não vou apostar nada sobre a vida da Sky. Segundo, se eu apostar, eu ganharia porque tenho certeza que essa Bela é golpista, mas no fundo, ela gosta da Sky da maneira dela. Terceiro, vocês não deveriam estar procurando alguma anomalia do tempo invés de estarem fofocando sobre a Bela Talbot? — disse Ruby numerando nos dedos.

[...]

- 150 pratas. Na Bela golpista. — disse Sara batendo a mão com o dinheiro na mesa.

- 150 pratas. Na Bela apaixonada e o fato dela roubar o celular da Skyler só pra vê-la é a prova disso. — disse Ava fazendo o mesmo.

- 150 pratas. Na Bela apaixonada. Eu tô com a Ava nessa! — disse Nate também deixando seu dinheiro.

- Isso não é certo. — disse Ray vendo geral apostar sobre a vida amorosa de Skyler Vardon.

- Sai da frente, Sr. Certinho. Porque eu aposto 200 na Bela golpista de coração frio. — disse Charlie colocando o dinheiro. - Se vocês assistissem Peaky Blinders ou tivessem crescido em Londres como eu saberia que todos os britânicos são frios e calculistas.

- Quer saber? Eu aposto 240 na Bela golpista que se arrepende por descobrir que gosta da Skyler. — disse Ray indignado por desacreditarem na ladra.

- Foda-se! — exclamou Ruby impaciente. - Todos vocês estão errados com exceção do Mick.

Mick balança a garrafa para Ruby como se a brindasse.

Todo mundo começa a falar ao mesmo tempo e Ruby dá um tapa na mesa mandando todos se calarem.

- Por causa disso. — Ruby aponta para todos pra enfatizar. - Eu aposto o dobro. — Ruby põe 300 pratas sobre a mesa em um tapa. - E vou pegar todo esse dinheiro e comprar em champanhe pra comemorar com a Bells.

- E eu. Porque fui eu quem melhor definiu Bela Talbot, aliás... — Mick tira o cartão do bolso e entrega a Ruby. - Se sua Bela precisar de um parceiro para roubar algum banco, é só me procurar.

Ruby olha para o cartão com cara de interrogação.

[...]

Terra-7.

Bela mexe a cabeça sobre o travesseiro, mas estranha, pois ele estava quente e tinha batimentos. Receosamente Bela abre os olhos e vê que o seu travesseiro na verdade era o peitoral de Dean.

Em um susto, ela se afasta e vê Dean com os olhos abertos e um sorriso bobo estampado.

- Cadê a barricada de travesseiros? — perguntou Bela apontando pro meio da cama, pois ela só aceitou dividir cama com Dean se tivesse aquela barricada e também para meio que incentivá-lo a procurar os itens da lista de Talia Al Ghul.

- Você os jogou pra fora da cama. — disse Dean apontando para os travesseiros no chão.

- Não, eu não fiz... — Dean interrompe Bela dizendo:

- Você estava com muito sono e não parava de se remexer na cama daí você disse "Travesseiro idiota!". — Dean tenta imitar o sotaque de Bela. - E depois me abraçou após falar "Não diga nada seu caipira idiota!".

- Você está inventando. — disse Bela acusadora, mas não tão certa disso.

- Estou? — indagou Dean sorrindo e isso só deixou Bela mais confusa e se questionando se estaria cedendo inconscientemente.

- Tanto faz. — Bela se levanta da cama e Dean mantém seus olhos nela como se estivesse admirando uma obra de arte no Louvre. - Você já conseguiu os ingredientes que pedi ou eu devo recorrer a Ruby? Ou até mesmo tentar outra abordagem com o Luke para ficarmos de boa? — disse Bela um pouco venenosa.

- Eu consigo todos os ingredientes que você precisa e é assim que você me agradece? Amor... Você é uma tremenda de uma ingrata. — disse Dean se fazendo de ofendido.

- Como assim você conseguiu todos os ingredientes? — indagou Bela voltando pra cama e se sentando sobre as próprias pernas.

Dean abre a gaveta do lado revelando os ingredientes.

- Achei tudo no depósito do bunker. — disse Dean vitorioso. Bela estica o braço para pegar um dos itens, mas Dean fecha a gaveta rapidamente. - Agora cumpra sua parte do trato, amor.

- Certo... — disse Bela fingindo tédio se inclinando para beijar Dean que antes que seus lábios se tocassem, ele acrescentou:

- Trate o Sammy bem por uma semana.

Bela o encarou confusa e Dean sorri vitorioso pra ela, mas ele sabia que quem estava perdendo era ele por protestar antes que ela o beijasse.

- Esse era o trato. Os itens pelo sua cordialidade com o Sammy... — Dean pragueja mentalmente contra si mesmo, mas a merda já estava feita. - Ou você achou que poderia me seduzir aos seus caprichos com um simples beijo? — provocou Dean, afinal, ele já não tinha mais nada a perder.

- Menos mal. É até um alívio pra mim. — disse Bela dando seu melhor sorriso, mas no fundo ela estava meio decepcionada.

- Que seja. — disse Dean se levantando da cama. - Apenas faça bom proveito dos itens. — Dean sai do quarto, fechando a porta de leve e depois dá um soco no ar murmurando contra si, enquanto Bela apenas fica quieta com cara de paisagem.

[...]

- Droga... — disse Dean chegando na biblioteca e se sentando a mesa.

- O que houve? — perguntou Sam curioso com a frustração do irmão.

- Bela. — Dean cruza os braços e põe os pés sobre a mesa. - Eu deixei ela na vontade. E agora eu estou na vontade.

- Eu acho que você deveria falar com a Ruby sobre... — Sam nem termina de dizer e Bela entra na biblioteca questionando:

- Vocês viram a Ruby?

- Eu pensei que ela estava no quarto de hóspedes com você... — dizia Sam, mas Bela o interrompe dizendo:

- Eu dormi com o Dean. — Sam arqueia a sobrancelha surpreso. - Por questão de saúde pública.

Dean agora encara Bela curioso.

- Eu amo a Ruby, mas está fora de cogitação acabar dividindo a cama com ela sabendo que ela pode ter... — dizia Bela meio germofóbica vendo Sam fechar a cara e quando olhou para Dean, ele balbuciou um "cuidado com o que diz ou eu apreendo seus itens". - Enfim, vocês a viram ou não? — desconversa Bela quando veem um clarão no corredor atrás de Bela ao se virarem a loira entra e diz sorrindo simpática:

- Bom dia pessoal, sobrou algo do café-da-manhã? Eu estou morrendo de fome.

- Onde você estava? — perguntou Sam preocupado.

- Ignore ele. Eu tenho uma pergunta mais importante: Onde você estava? — perguntou Bela cruzando os braços e batendo o pé esperando uma explicação fazendo Sam fazer uma careta soltando um “o quê?” indignado.

- Eu estava na Terra-15... — respondeu Ruby se focando apenas em Bela, o que deixou Sam ainda mais incomodado, mas Dean a interrompe questionando empolgado:

- A Terra daquela sua amiga que tem um Dodge Charger? Eu sempre quis ver um de perto.

- Se quer ver um Dodge Charger é só ir ao ferro velho, você vai encontrá-lo aos montes. — disse Bela entediada para Dean. - E por que você é tão obcecada por aquela Terra sem graça quando se tem a Terra-6 do Flash? — Bela pergunta quase não contendo os ciúmes.

- Eu só precisava esticar as pernas, daí acabei abrindo acidentalmente o portal pra Terra-15 invés de abrir pro lado de fora do bunker... — Ruby aponta pro relógio como se ele fosse o culpado de tudo. - Então, apareci no bunker da outra Terra e tive a sorte de esbarrar na Katherine. — Ruby sorri. - Inclusive descobri que ela é a alma gêmea do Dean lá. — disse Ruby olhando para o Winchester mais velho porque assim a conversa se focaria nele e ninguém a questionaria sobre a verdadeira razão do seu sumiço.

- Então o Dean da outra Terra tem uma namorada? — indagou Sam surpreso. - Parece que o Dean de lá é mais sortudo do que o nosso que tem uma esposa que só sabe falar de divórcio... — Sam zomba apenas pra ver a reação da ladra e sinaliza pro irmão entrar na dele.

- Você por acaso sabe o sobrenome da tal Katherine? — perguntou Dean abrindo um sorriso, mas no fundo ele estava com receio de Bela clivar ele de bala.

- Eu sei o que vocês dois estão tentando fazer e não vai funcionar, porque eu simplesmente não me importo. — disse Bela sorrindo graciosamente. - Aliás, tenha um bom dia, Sam. — Bela caminha até a porta e para. Ela gira no calcanhar e olha para todos. - Antes que eu esqueça... Apartamento 17. Shore Hotel. Santa Monica, California. Eu fiz uma reserva pra você e a Ruby. — Bela olha pra Dean. - Espero que esteja satisfeito com minha "cordialidade"...

Bela se retira e os Winchesters ficam perplexos, já Ruby sai correndo atrás da ladra.

- Bells? Está tudo bem com você? — perguntou Ruby a segurando pelo ombro.

- Sim. Claro. Por que eu não estaria? — desconversou Bela. Apesar de não gostar da aposta com o Dean, mas aquilo veio a calhar, pois assim, ela poderia encontrar Talia e entregar os itens.

- Bells, é sério. — disse Ruby não acreditando em nada na ladra que acaba tendo uma ideia para impedir que a loira largasse o Sam na California e tentasse segui-la.

- Certo... — Bela bufa. - A culpa é do caipira idiota do Dean... — Bela faz uma cara frustrada.

- O que foi que ele fez? Te deu motivos sensatos para não ceder o divórcio e você está incomodada porque sabe que ele está certo? — perguntou Ruby cruzando os braços divertida.

- Isso só prova meu ponto de que ele está te pagando pra dizer isso ou então está contrabandeando batatas-fritas pra você. De qualquer forma, você é uma corrupta. — disse Bela dando de ombros e depois sorrindo. - Uma promotora corrupta.

- E você é uma ladra tentando me ensinar a ter ética e moral. — debochou Ruby tirando uma risada de Bela. - Mas e aí? Vai contar o que está rolando ou vai ficar me "enrolando"?

- Preciso do seu relógio interdimensional para fazer uma coisa... — Bela fica sem jeito. - Que envolva o Dean. — Bela parece nervosa e coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha. - E é por isso, que também preciso de você e o Sam curtindo a vista da praia de Santa Monica.

- Bells, Bells, o que você está aprontando, hein? — perguntou Ruby desconfiada.

- Tem certeza de que quer ouvir? Vai ser meio... — disse Bela dando o sorriso mais safado que pode. - Quer saber? Vou contar assim mesmo, pensei em várias fantasias sexuais e pretendo começar com a favorita do Dean que envolve um lance bem acrobático que vi acidentalmente no Casa Erotica, onde se coloca a perna... — dizia Bela gesticulando com naturalidade pra Ruby não desconfiar, mas a loira tapa a boca da amiga e implora:

- Por favor, pare! Eu não aguento mais discutir sobre sua vida sexual.

- O quê? — indagou Bela fazendo uma careta após tirar a mão de Ruby de sobre sua boca.

- O quê? — desconversou Ruby dando uma de sonsa.

- Com que você estava falando sobre a minha vida... — Bela tenta questionar, mas Ruby exclama alto:

- SAM, PEGA SUAS MALAS. VAMOS LOGO PRA CALIFORNIA!

- Ruby! — chamou a ladra indo atrás da loira que saiu praticamente correndo.

[...]

Santa Monica, California.

- Você ajusta as coordenadas aqui e depois aperta aqui. — disse Ruby mostrando como se fazia pra ladra.

- É mais fácil do que eu pensava. — sorriu Bela abrindo o portal de volta pro bunker.

- Se você tiver dúvida, é só... — dizia Ruby, mas Bela a ignorou e atravessou o portal o fechando a seguir. - Consultar a Gideon Portátil... — Ruby bufa. - Acho que não foi uma boa ideia deixar o relógio com a Bells...

- Eu discordo. — disse Sam sorridente. Ruby olha para o moreno que já estava sem camisa. - A melhor coisa que você fez foi deixar a Bela com aquele relógio.

Sam puxa Ruby pela mão gentilmente e se inclina para beijá-la, mas seu rosto se desfigura novamente e Ruby recua nervosa dizendo:

- Eu preciso de uma tequila e batatas-fritas.

- Ruby, você está bem? — indagou Sam estranhando.

- Não. Eu estou com fome. — disse Ruby correndo para a cozinha.

Lebanon, Kansas.

Bela estava sozinha com Dean no bunker, ela o procura, mas ele a acha e questiona abrindo os braços:

- Cadê todo mundo?

- Eles já estão finalmente na California e não poderão nos atrapalhar. — disse Bela balançando o relógio interdimensional no pulso. - E aí, tigre? Pra onde você quer ir?

- Qual o truque? — perguntou Dean desconfiado.

- Nenhum. Você pediu para eu tratar bem o Sam e bem, ele está sendo bem tratado pela Ruby em um hotel 4 estrelas na California aos meus custos. — relembrou Bela. - Já você, não acha que merece um dia só do Dean? Você sempre cuidou dele, mas quem é que cuida de você? — Bela dá um sorriso doce.

- E você quer cuidar de mim? — indagou Dean abrindo um sorriso meio malicioso, mas também meio bobo.

- Por que não? — disse Bela dando de ombros.

[...]

- Isso é muito bom... Muito bom mesmo. — disse Dean com a voz meio rouca, enquanto recebia massagem nas costas.

- Eu agora vou pra minha sessão e quando sua sessão terminar, nós podemos fazer o que você quiser... — disse Bela sorrindo observando o traseiro do loiro coberto com uma toalha e suas costas nuas. Ela quase suspira ao lembrar de todas as vezes que cravou suas unhas ali.

- O que eu quiser? — indagou Dean se apoiando nos cotovelos e encarando a ladra. Ele praticamente a comeu com os olhos.

- O que você quiser. — Bela se inclina pra Dean e lhe dá um selinho. - Mas antes aproveite as duas sessões que paguei. Eu quero você extremamente relaxado. Te vejo mais tarde. — Bela deu as costas antes que Dean pudesse lhe roubar um beijo.

[...]

Terra-6.

Nanda Parbat, Cordilheira do Himalaia, Paquistão.

Bela atravessou o portal interdimensional e se depara com um imenso templo que lembrava os dos monges tibetanos, a diferença é que na entrada daquele templo havia estátua de demônios como representação dos Al Ghul, que significava demônio em árabe.

A terrível ventania congelava Bela, por mais que ela estivesse de sobretudo e calça, aquelas roupas não eram apropriadas para o alto de uma montanha ainda mais no Himalaia.

Bela olha receosa para a porta com espetos e testa a fechadura. A vantagem de templos assim era que eles nunca eram trancados. Também não é como se precisasse, aquela montanha era de difícil acesso e Nanda Parbat era quase que uma lenda. Poucos eram os que achavam aquele lugar e sobreviveram como Bruce Wayne e Oliver Queen.

A ladra entra no templo e se depara com os assassinos treinando. Uma mulher nota a presença de Bela e todos param seu treinamento. A mulher vai até Bela e questiona nada amistosa:

- Quem é você?

- Uma amiga de Ruby Bartlett. Vocês devem a conhecer como Sereia Negra ou Siu Jerk Jei. — disse Bela achando mais prudente usar a loira como passe livre. - E venho falar de negócios com Talia Al Ghul.

- Siu Jerk Jei nunca mencionou ter uma amiga. — disse a assassina olhando Bela de alto a baixo deixando a ladra momentaneamente em choque, quando uma voz ecoa do alto da escada e todos os assassinos se ajoelham em respeito:

- Na realidade, ela sempre mencionava, como um disco arranhado, mas apenas para mim. E mesmo que não mencionasse, Talbot já é uma simpatizante da nossa causa, certo?

- Está correto. — sorriu Bela entendendo que se referia a conversa delas de outro dia.

- Agora deixe-nos à sós. — disse Talia com as mãos apoiadas no corrimão e em fração de segundos os assassinos desapareceram. - Aceite as minhas mais sinceras desculpas pelo tratamento rude dos meus estudantes, mas as coisas aqui em Nanda Parbat são um pouco diferente do "mundo real". — Talia disse um tanto debochada.

- Não precisa se desculpar, eu entendo perfeitamente, até porque também sou do tipo que está arquitetando nos bastidores observando os demais viverem suas fantasias no palco do "mundo real". — comentou Bela abraçando o próprio corpo tendo a sensação de que estaria bem mais aquecida se ficasse lá fora.

- Venha comigo. — sorriu Talia fazendo sinal para Bela segui-la. - E o que a traz aqui tão cedo?

- Seus itens. Eu os obtive. — disse Bela subindo as escadas logo atrás de Talia que para de andar e se vira para ela surpresa. - O que posso dizer? É minha especialidade. — Bela dando de ombros um pouco imodesta e fazendo um beicinho.

- Nesse caso, isso requer um brinde. — disse Talia voltando a continuar a subir as escadas.

- Se eu puder escolher, eu aceitaria uma vodka. — disse Bela esfregando os braços.

- Então você também sabe o segredos dos russos para evitar o frio? — indagou Talia abrindo um sorriso para Bela, enquanto caminhava pelos corredores.

- De beber vodka até ficarem bêbados demais para se importar com a temperatura baixa? É, eu sei. E já fiz isso uma vez em Moskow. Funcionou no dia, mas na manhã seguinte, eu estava com um belo de um resfriado. — relembrou Bela rindo.

- O segredo é estar sempre bêbado, Talbot. — disse Talia abrindo uma porta dupla. Bela passa e Talia as fecha a seguir. - Por favor, sente-se.

Talia gesticula para a poltrona perto da lareira e Bela meneou a cabeça grata, em instantes, aquele cantinho da sala de reunião se tornou seu lugar favorito.

Talia pega uma garrafa de uísque Dalmore 62. Bela arregala os olhos ao ver a garrafa, pois aquela bebida valia 215 mil e no mundo só existia 12 garrafas daquele uísque.

- Isso é tão estranho. — Bela ri brevemente, enquanto Talia leva as bebidas e entrega uma a Bela que balbucia um "obrigada". - Você e eu estarmos cooperando. Ainda mais tendo em vista que minha sósia era praticamente sua arqui-inimiga...

- Ou ironia. – Talia dá um gole na bebida. - De qualquer forma, não é algo que me deixe espantada, até porque a sósia da Laurel Lance é minha aliada. – Bela meneia a cabeça em concordância e também dá um gole no uísque. - Suponho que agora você queira falar de negócios, certo?

- Inicialmente era, mas então você trouxe o Dalmore 62 e acho que devo apreciá-lo antes de irmos ao que interessa. – disse Bela degustando o uísque tirando um sorriso aprovativo de Talia.

[...]

- Eu tenho de perguntar... Por que era tão importante pra você viajar no multiverso com a Ruby matando todas as versões do Bruce Wayne? Não seria mais fácil matar seu pai e assumir a Liga ou eliminar a concorrência real, no caso o seu Bruce Wayne? – perguntou Bela encarando o perfil do rosto de Talia que observava as chamas da lareira. - Pelo menos para mim funcionou para herdar a herança do meus “adoráveis” pais. – Bela mencionou com certa ironia.

- Eu conheço a história e eles mereciam ter tido uma morte lenta e extremamente dolorosa. – Talia comentou sobre o passado de Bela. - Mas respondendo sua pergunta, Bruce foi o melhor estudante que passou por aqui. Melhor até mesmo que meu pai. – Talia olha de relance para Bela. - Matá-lo pelo multiverso não se tratava apenas para provar ao meu pai que Bruce em qualquer Terra não tinha pulso para comandar a Liga dos Assassinos. – Talia dá um gole na bebida.

- Então porque gastar tanto tempo e energia matando todos os Bruce Wayne? – indagou Bela dando um último gole na bebida.

- O fato de eu matar vários Bruce... – Talia pega a garrafa e serve mais uísque para Bela e depois para si. - É porque eles eram iguais ao meu. Eles não lutavam por sua vida e sim, pela ideologia heroica. Então eu continuei sem sucesso vasculhando o multiverso em busca de um Bruce que não fosse o Batman defensor da justiça. – Talia agora dá um longo gole. - Eu estava em busca de... – Bela interrompe Talia e completa vendo que tudo fazia sentido:

- De uma versão do Bruce que tivesse aceitado ser Ra’s Al Ghul para testar a si mesma. Para provar seu valor.

Talia apenas ergue o copo apontando para Bela confirmando a afirmação.

- Pela sua “empolgação”, suponho que nenhuma versão do Bruce aceitou comandar a Liga para te dar uma luta justa. – acrescentou Bela chacoalhando a bebida antes de dar um gole.

- Não. – disse Talia um tanto decepcionada. - Mas é como dizem: Não espere que uma criança faça o trabalho de um homem.

- Ou de uma mulher. – acrescentou Bela desaprovando o termo homem para generalizar tudo, fazendo Talia sorrir e comentar:

- Assim soa melhor.

- Claro que soa, até porque fazemos tudo o que os "machões super desenvolvidos" fazem, porém da melhor forma e de salto alto. - debochou Bela apontando para o salto de seu Miu Miu e depois para o salto da bota de Talia.

[...]

Santa Monica, California.

Depois de muito argumentar e de esquivar das investidas de Sam, Ruby conseguiu convencê-lo a curtir a praia invés de apenas caírem na cama. Sam estava vindo com dois sorvetes de casquinha para a área da praia onde podia se alugar pranchas, jetski e barcos. Ruby já estava pagando o aluguel do jetski.

- Pensei que você queria um sor... – Ruby apenas abocanhou uma bola do sorvete, sentiu o cérebro congelar e depois engoliu sentindo como se tivesse bebido nitrogênio líquido. Sam observa as caretas da loira tentando compreender o que se passava na cabeça dela, pois desde a noite passada, ela estava agindo estranho. - Ruby, você quer me contar algo?

- Você deveria ter comprado sorvete da máquina. – disse Ruby ainda fazendo careta e depois arrebata o sorvete que ela devorou uma bola, comendo a casquinha a seguir.

- Ok. – Sam força um sorriso. - Então, você agora quer andar de jetski? – disse Sam comendo o sorvete o mais rápido possível.

- O quê? Você acha que vou dividir o jetski com você? – indagou Ruby dando seu melhor sorriso e Sam parece confuso. - Se você conseguir me pegar, eu te darei uma recompensa. – Ruby disse com segundas intenções, mas na realidade, ela tinha terceiras intenções que no caso era dar um perdido em Sam e se isolar por um momento.

- Beleza. Então já está valendo! – Sam jogou a metade da casquinha no lixo e tentou agarrar Ruby que em reflexo esquivou para trás.

- Sam, Sam... Tsc, tsc. Você acha mesmo que tem chance contra mim? – debochou Ruby rindo. - Eu fui treinada pela Liga e tenho “olhos nas costas”. – Ruby vira de costas e aponta para a mesma. Sam tenta agarrá-la e ela esquiva novamente. Sam se questiona como aquilo era possível, mas não demonstra sua frustração.

- É o que veremos. – disse Sam forçando uma confiança inexistente tentando ao menos agarrar o braço de Ruby que corre até o jetski. Sam rapidamente paga ao cara que aluga os jetski e pega uma chave, enquanto Ruby já se afastava da margem da praia no veículo.

Ruby dá meia volta e passa do lado de Sam no jetski e diz apenas para provocá-lo:

- Até minha avó dirige mais rápido, “Sammy”.

- Eu vou te mostrar quem é a vovózinha. – respondeu Sam dando meia volta.

Ruby entra no canal que era basicamente o porto de barcos e Sam a segue. Ela costura por entre os barcos e isso deixa Sam preocupado, porque um descuido e Ruby poderia sofrer um acidente brutal. A loira joga o corpo todo pro lado e passa na frente de um barco tirando um “fino”, já Sam teve que reduzir a velocidade e dar o maior contorno, vendo Ruby pegar outra saída.

A loira olha para a costa e vê cães do inferno correndo e grunhindo para ela, ela acelera ainda mais o jetski sem saber se aquilo era alucinação ou não, ignorando sua “brincadeira” com Sam. Ela pega outra saída passando por incontáveis barcos e quando Sam pega a mesma saída, ele resmunga:

- Isso só pode ser piada... – Ele vê Ruby mais a frente e um barco grande fecha sua visão, assim que o barco passou, Ruby havia sumido. A loira volta para o mar e se distancia da praia indo rumo a ponte de concreto que ficava há uns 10 minutos dali.

Aquele trecho da praia era o menos frequentado por ter muitas pedras, então Ruby para o jetski ali e se joga na água ficando submersa tapando as vias áreas, se focando apenas em ouvir o som do oceano. Ela permanece ali por quase dois minutos e depois emerge para fora ofegante.

Ruby olha para os lados, tudo parecia normal, não havia barulho de cães do inferno e sua visão estava normal. Ela volta pra margem e começa a praguejar furiosa contra si mesma chutando as pequenas ondinhas do mar, mas isso não era suficiente, ela se vira para trás e vê seu jetski. A loira corre até o veículo e começa a dar chutes na lateral da lataria, seguidos de socos no banco até fazer seus punhos ficarem avermelhados, ao ficar extremamente ofegante, Ruby se joga na areia e grita a plenos pulmões pro céu.

 [...]

Terra-6.

Nanda Parbat, Paquistão.

- Espero que a quantia que eu estou pagando te satisfaça. – disse Talia jogando uma pequena sacola de veludo para Bela que pega no ar. Bela estranha aquela pequena sacola, porque ela estava habituada a receber maletas de dinheiro, mas logo desata o nó para conferir e ao abrir ela quase não acredita.

- Isso é o Oppenheimer? – indagou Bela quase gaguejando observando aquele diamante azul com corte esmeralda.

- Se está questionando se este é o diamante mais caro do mundo, sim, ele é. – disse Talia se divertindo com a cara de espanto de Bela.

- Isso vale 205 milhões! – exclamou Bela sem saber se olha para Talia ou para o diamante.

- E qual o problema? – perguntou Talia sorrindo de lado.

- Problema nenhum. Pelo contrário, isso é um pagamento mais do que justo. – disse Bela sem saber mais o que dizer.

- Na realidade, é um pagamento justo, porque vou precisar de mais uma coisa sua. – disse Talia tirando a adaga do cinto e estendendo o cabo para Bela que parecia confusa. - Eu preciso de um pouco do seu sangue. O meu já não é mais tão puro assim devido aos tratamentos com a água do Poço de Lázaro.

- Por esse diamante, eu te cederia até um braço. Agora por favor, faça as honras. – brincou Bela estendendo a mão. Talia agarra o pulso de Bela sem aviso prévio e faz um corte profundo, Bela espreme os lábios sufocando qualquer vontade de gritar, enquanto o sangue escorria em um cálice. - Por que tenho a sensação de que você está gostando fazer isso? – Bela questionou vendo Talia quase sorrindo.

- Talvez porque eu de fato esteja, mas não pelo motivo que você pensa. – Talia agora sorri e Bela faz uma cara confusa. - Mas depois que eu te contar... – Talia larga a adaga sobre a mesa, puxa o cantil com água do poço de Lázaro e derrama sobre a mão da ladra que vê o corte cicatrizar até sumir como se nunca tivesse ocorrido. - Você irá entender. – Porém Bela não prestou a devida atenção porque estava perplexa com o sumiço do corte.

 [...]

Santa Monica, California.

Já era quase oito da noite e Sam decide voltar para a suíte alugada com a esperança de que Ruby tivesse retornado para lá. Ele abre a porta e se depara com a loira sentada no sofá comendo sorvete de baunilha e assistindo o filme Rubber – O Pneu Assassino.

- Ruby? – indagou Sam confuso ao ver o pneu dar tremelique e explodir uma TV.

- Não, o filme se chama Rubber. – respondeu a loira concentrada sem tirar os olhos do pneu protagonista.

- Eu não me referia... – Sam respira fundo e se põe em frente a TV tapando a visão da loira. - Você não jogou limpo. – disse Sam sobre a aposta deles.

- Você que é péssimo. – disse Ruby inclinando para o lado a fim de ver quem seria a próxima vítima do pneu.

- Eu não quero parecer invasivo, mas você está agindo estranho ultimamente... – disse Sam como se pisasse em ovos e Ruby o interrompe dizendo:

- É porque eu estou.

Sam arregala os olhos desacreditado por Ruby pela primeira vez concordar com algo que ele diz invés de tentar tapeá-lo com justificativas sem fundamentos. Ruby nota o olhar de Sam e explica:

- Eu estou tentando me adaptar. Passar quatro meses em Nanda Parbat meio que te muda.

- Você não disse a mim ou ao Dean e a Bela, o que aconteceu lá. – disse Sam indo se sentar ao lado de Ruby no sofá.

- Basicamente foi a mesma coisa que no filme Batman Begins, eu escalei uma montanha, apanhei várias vezes da Talia enquanto ela recitava algumas filosofias de vida até eu aprender a lutar de verdade, meditei de biquíni na neve para desenvolver resistência a temperaturas extremas, mudei minha visão sobre várias coisas e... – Ruby afunda no sofá e depois olha para Sam. - Agora... – Ela dá um sorriso fraco. - Tenho que me readaptar novamente com o estilo de vida daqui, mas ando me sentindo meio deslocada. – “Talvez seja porque estou com o pé da cova”, acrescentou Ruby mentalmente revoltada consigo mesma.

- Bem, você pode conversar comigo. Eu meio que sou especialista do assunto. – disse Sam forçando um sorriso e se lembrando da época de escola quando todos tinham pais normais e ele, bem, tinha um pai que caçava monstros e chegava em casa toda noite sujo com entranhas de alguma criatura.

- Eu sei, mas nesse momento. – Ruby se aninha nos braços de Sam. - Eu só quero que você assista o melhor filme já feito na história. – disse Ruby empolgada apontando com a colher para a TV.

- Se é o que você quer... Então é o que eu quero também e quando você estiver pronta para conversar. Eu também estarei pronto para conversar e ouvir. – disse Sam atencioso concordando com a vontade da loira apenas para dar o espaço que ela precisa, ele não iria bancar o namorado impertinente novamente.

- Obrigada. – disse Ruby sorrindo para o moreno que roubou um selinho dela e depois se ele focou em assistir aquele filme estranho.


Notas Finais


Curiosidades:

-Katherine é uma personagem de Road Trip e lá ela é namoradinha do Dean. Inclusive shippo muito esses dois. <33333
-Já se passaram 11 dias desde o pacto de Ruby.
-O motivo pelo o qual Talia riu, enquanto fez o corte na mão de Bela tem a ver com eventos da fic Road Trip da minha bff @laurelances. rsrsrsrs
-Ruby já passou pela fase de negação do luto e agora ela entrou na fase de raiva, por isso, o jetski apanhou.
#BelaETaliaANovaAmizadeDoPop #StayStrongRuby #DeanEsquecidoNoChurrascoAkaSPA


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