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História White Magnolia - Magnolia Macrophylla


Escrita por: AyegoPrincess

Notas do Autor


Oi gente!
Estou aqui de volta com esse capitulo que eu amo tanto :P Espero que vocês gostem também.
Nem preciso mais ficar repetindo que eu não tenho beta né?

Capítulo 24 - Magnolia Macrophylla


Fiquei esperando pacientemente por Kyungsoo do lado de fora da sala. Mais precisamente em nossa mesa do refeitório. Não estava nada a fim de acabar encontrando com aquele animal sem meus guarda costas.

Já estava ficando nervoso, e como não tinha nada a meu alcance que eu pudesse morder, já que a mesa não é muito indicada, meus lábios sofriam a retaliação. Fazia um bom tempo desde que o alarme havia soado e nenhum dos meus amigos apareceu para me socorrer. Nenhum deles! Eu já estava decidido em levantar para ir atrás deles quando senti duas mãos cobrirem meus olhos.

— Sentiu minha falta, baby? - ouvi a voz de Jongin bem perto. Eu conseguia sentir até mesmo o ar que deixava sua boca contra a pele de minha nuca fazendo com que me arrepiasse por completo. — Nós não precisamos dizer nada para nosso namoradinho, precisamos? - ele disse beijando minha nuca. Eu estava pronto pra gritar.

Me levantei da cadeira com toda a força que eu tinha, com a esperança de que aquilo o fosse pegar desprevenido e conseguisse o empurrar. Mas quando eu me virei ele não estava mais lá.

— Ta tudo bem, Byun? - me perguntou Kyungsoo e eu levei outro susto. Eu não havia o visto chegar. Mas agora ele estava ali com metade do nosso grupo. Acho que foi por isso que Jongin saiu dali correndo. 

— Ain, Soo - eu chamei seu nome choroso me atirando em seus braços. Ele prontamente me abraçou fazendo com que me sentasse em seu colo.

— Vocês vão namorar aqui mesmo? - perguntou Kangin debochado. Mas eu não ligava. Eu precisava de Kyungsoo. Precisava contar a ele o que estava acontecendo.

— Soo…- o chamei mais uma vez colando minha testa à sua. — Eu preciso te contar uma coisa. - conclui baixinho tentando fazer com que os outros não ouvissem.

— Pode ser hoje a noite? Os meninos querem pesquisar. - ele começou a me explicar fazendo um leve carinho em minhas costas. — Inclusive vamos nos dividir. Eles vão até o tal túmulo e nós dois - ele abriu um leve sorriso me fazendo sorrir de volta. — Vamos até a biblioteca pra você traduzir o diário. - assim que ele terminou de falar meu sorriso se desmanchou.

— Mas Soo. Um garoto morreu lá ontem. Eu não quero ir! - disse tentando parecer o mais firme possível. Eles estão doidos se acham que eu vou ficar naquele lugar que já era assustador antes, imagina agora.

— Não se preocupa. Eu vou estar lá com você não vou?! - ele disse tentando me acalmar.

— Por que eu não posso fazer isso do nosso quarto? - tentei argumentar fazendo minha melhor cara de cachorro abandonado.

— Confia em mim. - ele disse depositando um rápido selar em meus lábios e batendo em minha coxa para que eu voltasse para minha cadeira. Aquela tarde seria mais longa do que eu havia planejado e imaginado. Não que eu realmente tenha planejado ou imaginado algo.

— Ryeowook - Kyuhyun chamou pelo outro num tom tão grosso que eu estranhei aquele tipo de tratamento entre os dois. Tudo bem que eles estavam brigados, mas aquilo era estranho. Ryeowook olhou para ele e dava para sentir que ele estava triste e assutado. — Você prefere ir com Kyungsoo ou comigo? - ele perguntou seco. Eu sabia que com todo aquele clima ele certamente iria preferir vir conosco e lá se ia meu guarda costas particular. 

— Eu vou com você - ele respondeu baixo logo voltando a comer. Kyuhyun suspirou assentindo e logo passando a fazer o mesmo.

— Nossa. O clima aqui esta tão pesado hoje - comentou Yixing.

— Pois é - concordou Kangin. — Nem parece que vocês dois dormiram juntos essa noite. O que foi Kyuhyun, não curtiu o threesome? - assim que ele terminou de brincar eu vi pela primeira vez um olhar que me assustou mais que o de Kyungsoo. Ele apenas olhou Kangin por alguns minutos e depois voltou a comer.

— Esta bem melhor agora Kangin. Obrigada. - comentei. Toda aquela situação era tão estranha. Será que Kyu estava irritado por que Kangin estava insinuando que ele é gay? Não que eu ache que esse tipo de assunto deva ser tratado como brincadeira, mas ele também não deveria ficar tão irritado com aquilo. Aquela reação dele me deixou bem triste. Será que ele era algum tipo de homofóbico e agora ia passar a abominar a todos nós?

— Quando vocês dois vão conversar pra fazer as pazes? - perguntou Kyungsoo direto.

— Isso não é da sua conta. - Kyuhyun mandou mais uma cortada, mas dessa vez Ryeowook não aguentou e se levantou da mesa sendo seguido por Sungmin logo atrás. Eu vi Kyungsoo se movimentar em sua cadeira como se fosse atras do melhor amigo, mas quando Sungmin o seguiu ele pareceu deixar para lá. Se dependesse de mim todo aquele dia já podia acabar.

 

 

“6 de março de 1962

 

Eu não sei muito bem por que estou fazendo isso, mas o padre Choi disse que eu preciso deixar tudo documentado caso algo venha a ocorrer comigo. Já disse-lhe que ninguém seria tão inepto quanto eu a ponto de arriscar a vida para salvar meu irmão gêmeo. Mas se isso irá ajudar-me a compreender o que está acontecendo então irei escrever-lhe.

Fingirei estar contando a ti, querido irmão, para que possa ler e descobrir tudo que passou-se nos últimos anos. Anos que lhe foram roubados. Em poucos dias será o aniversario de nosso pequeno Sunghoon e enfim o padre me dará o pergaminho com a poção. Ele já está tão grande.

Sunghoon é um dos que acredita que eu deveria desistir. Mas não o culpo, ele era tão pequeno quando você desapareceu. O trauma de todas as lágrimas que ele derramou pedindo para que nosso pai ficasse, e ainda estão frias em sua face.

Mas eu não posso desistir. Não até que nossa família seja reunida mais uma vez.”

 

Não haviam se passado nem 10 minutos que estava ali naquela biblioteca assustadora lendo o diário e minha cabeça já latejava como se alguém tivessem batido com um martelo nela. Resolvi parar por alguns instantes, colocando o caderno aberto sobre a mesa, massageando minha testa numa tentativa frustrada de aliviar a dor.

— Você está bem? - ouvi uma voz me perguntar. Uma garota, que nem ao menos perceberá chegando, me olhava com, o rosto parcialmente coberto por sua franja negra, como se estivesse realmente preocupada comigo.

— Sim, só estou com um pouco de dor de cabeça - sorri de volta tentando parecer o mais convincente possível. Não quero preocupar ninguém, muito menos uma estranha.

— O que você esta lendo? - ela perguntou se sentando na cadeira livre ao meu lado. Ela usava um bonito vestido verde e cheirava a lama, o que destoava de sua aparência limpa e arrumada.

— Ah, é só um diário antigo para uma pesquisa. - respondi educado, da forma mais simples que consegui. Ia dar muito trabalho explicar a ela tudo que estava acontecendo. Por instinto, coloquei minha mão sobre o caderno cobrindo seu conteúdo de seus olhos curiosos.

— Você gosta de historias antigas? - ela perguntou erguendo um pouco seu rosto, mas ainda assim não conseguia ver seus olhos. Me limitei a assentir silenciosamente. — Posso te contar uma historia antiga? - ela perguntou aproximando-se de mim e mais uma vez concordei, me ajeitando na cadeira.

Ela abaixou ainda mais sua cabeça, como se estivesse olhando para algo muito interessante no chão. Mas não havia nada lá. Das duas uma, ou ela esta usando o nada para se concentrar na historia, ou ela é louca. Eu particularmente espero que seja a primeira, por que eu realmente estou curioso.

— Há muito tempo atrás, um garoto e uma garota se conheceram, bem aqui nos muros dessa escola. Eles se conheceram e se apaixonaram. Mas havia um outro garoto que tinha ciúme do que eles tinham então resolveu que iria fazer de tudo para destrui-los. Ele tentou fazer com que a garota se apaixonasse por si, tentou manda-la embora do colégio, mas nada deu certo. Então ele matou a garota na frente de seu amado, e este não pode fazer nada além de assisti-la se afogar em seu próprio sangue. - assim que ela parou de falar um calafrio tomou conta de meu corpo e eu saltei na cadeira, chamando a atenção de Kyungsoo que estava sentado ao meu lado.

— Tudo bem, Byun? - ele perguntou num tom preocupado. Olhei para ele sorrindo e concordei, mais uma vez em silêncio. Me virando o mais rápido possível. Mas a garota misteriosa já não estava mais lá.

— Ué, para onde ela foi? - perguntei ao Kyung apontando para o lugar onde a garota antes estava. Eu não levei tanto tempo olhando para o Kyung, levei?

— Ela quem? - ele me perguntou confuso. Me olhando sem entender do que eu estava falando.

— A garota que estava aqui! Ela estava bem aqui a alguns segundos. - disse já ficando assustado. Não bastava toda aquela aura sinistra que ela envolvia. Quem começa a contar uma historia e some?

— Byun, isso aqui é um internato de garotos. As únicas mulheres por aqui são as professoras. Não tinha ninguém ai. - foi ai que eu me toquei. Em nenhum dos dois colégios eram aceitas garotas. Um segundo calafrio tomou conta de meu corpo e, dessa vez, me atirei nos braços do Soo. — Ei, ei. Calma! O que esta acontecendo? - ele me perguntou me abraçando como conseguia, já que meu corpo estava mal colocado sobre o seu.

Eu não conseguia dizer nada. As imagens da garota de cabelos negros simplesmente não saiam de minha mente. Sua voz ecoava em minha mente como um gravador em lupim. “Ele a  matou.” Kyung continuava me chamado, eu podia sentir sua mão fazendo carinho em minas costas e esperando que me acalmasse, mas ele não parecia estar realmente ali. “Afogar em seu próprio sangue.” Ou talvez fosse eu que não estava em seus braços.

Talvez aquilo tudo fosse um pesadelo. Eu havia dormido mais uma vez sobre a mesa da biblioteca e estava tendo o sonho mais vivido de toda a minha vida. Sendo isso um sonho, tudo que eu preciso fazer é abrir os olhos e realmente me atirar nos braços do verdadeiro Kyungsoo. Vamos lá, Byun. No três você abre os olhos. 

Um…Dois…Três…

Mas diferente do que eu imaginava, não estava mais na biblioteca. Estava mais uma vez afundando no lago. Já não sentia mais a mão de Kyung em minhas costas ou ouvia sua voz me chamar. Tudo que havia era água, uma água negra que envolvia meu corpo por todos os lados. Estava me afogando.

Comecei a me debater tentando lembrar de quando Yixing tentara me ensinar a nadar anos atrás. Mas eu só continuava afundando e afundando, como se algo me puxasse para baixo. Quando eu pensei em punição do destino eu realmente não imaginava que ele iria me atirar num lago para que me afogasse.

 Eu realmente devo ter feito algo horrível para merecer passar o resto da minha vida apodrecendo, lentamente, em um lago. Espera, como foi que a garota disse que a outra morreu? “Afogada em seu próprio sangue”. Olhei para baixo, já sentindo minha cabeça doer mais ainda pela falta de ar, e lá estava o liquido rubro saindo de um corte em minha garganta que não percebera estar lá antes. Provavelmente esses são meus últimos instantes de vida, me afogando em água e sangue, e talvez tendo Kyung de plateia.

Olhei para cima vendo a quantidade de água que já me cobria. Água com o rastro de meu sangue que formava uma linha borrada acima de meus olhos. Estes que já começavam a sentir o peso da inconsciência. Talvez tivesse mais alguns segundos apenas. Eu muito provavelmente estou chorando, mas isso não fará diferença. Isso não me fará…

 

— Por que a gente tem mesmo que continuar procurando essas coisas? - perguntou Yixing choramingando. — Eu não gosto nem de assistir a filmes de terror.

— Pois é. Se você tivesse aceitado assistir os filmes comigo ia saber que agora a gente só vai parar quando todos estiverem mortos ou quando descobrirmos a história. O que acontecer primeiro. - respondeu Sehun mangando do outro. Que ficou nitidamente mais assustado, caminhando rápido para não ficar muito atrás.

— Para de assustar o menino, Sehun - repreendi mesmo que estivesse achando engraçado. Se eu não o fizesse, Kangin logo se uniria a brincadeira e isso iria tirar Ryeowook do sério. Meus planos de paz definitivamente não seriam estragados. Precisava manter minha cabeça focada nisso se não tudo seria tempo perdido. — Isso eh só uma história, e os filmes do Sehun não tem nada haver. Nem assustadores eles são.

— Claro que não, hyung. Deveríamos reassistir invocação do mal? - só de ouvi-lo pronunciar o nome do filme já me fez sentir um calafrio. 

— Mas aquele filme não é terror. Eh uma tortura psicológica.

— Baek, falta muito? - perguntou Rye ao Baek, cortando a discussão sobre os filmes, que caminhava na frente de todos, tendo o namorado a seu encalço. Ele perguntou mas Byun não respondeu, o que o fez chamar mais uma vez por seu nome — Baek?

— Byun? - Kyungsoo reforçou o chamado, mas também foi completamente ignorado. O que era muito estranho já que ele nunca ignorava o outro ou ficava quieto por tanto tempo.

Como se acompanhasse meus pensamentos, Kyungsoo colocou a mão sobre o ombro do outro o virando para nós. Foi ai que tudo passou a realmente parecer um filme de terror. 

Baekhyun estava com os olhos tão esbugalhados quanto suas pálpebras o deixavam, seu rosto permanecia sem traço algum de expressão e posso jurar que ele estava quase translúcido de tão pálido. 

— BAEKHYUN! - gritou Kyungsoo num tom de verdadeiro desespero, envolvendo o corpo do namorado em seus braços. Este que perdeu a rigidez e caiu como gelatina, escorregando por entre seus braços. 

— Hyung, o que está acontecendo? - perguntou Yixing, olhando para mim, assustado. Mas ninguém ali poderia responde-lo, ninguém sabia o que estava acontecendo. Olhei automaticamente para Sungmin procurando algum sinal de que ele conhecia aquilo. Afinal, eu o trouxe para perto para me ajudar com essas coisas. Mas ele parecia tão assustado quanto todos nós.

— Baek acorda. Para de brincadeira! - Kyung deitou o outro sobre a grama sem solta-lo. Ele encarava o outro prestando total atenção nele, como se a qualquer instante ele fosse rir dizendo ser mais uma de suas brincadeiras para irritar o outro. Mas aquele não era o caso. Aquilo era completamente real. — Alguém me ajuda! Eu não posso deixa-lo morrer! - gritou mais uma vez, me acordando do choque gerado pela cena.

Por mais que não soubesse o que fazer, corri até onde eles estavam e me abaixei em sua frente, podendo ver que as lágrimas já inundavam seus olhos. Nunca pensei que veria Kyungsoo chorando. Olhei para a face branca de Baekhyun, que já parecia estar morto e senti uma dor enorme tomar meu peito. Eu precisava fazer alguma coisa.

Segurei seu braço o trazendo para dentro do nosso campo de visão para que pudesse checar se ainda havia algo a ser feito, mesmo sem saber o que. Sua mão estava contraída, como se tentasse se libertar de algum tipo de dor. Posicionei cuidadosamente meus dedos sobre seu pulso e pude sentir um leve pulsar. Ele ainda estava vivo. Um suspiro aliviado deixou meu corpo atraindo os olhos de Kyungsoo. Ignorei-o continuando a seguir meus instintos. Aproximei meu rosto do nariz de Baekhyun, o suficiente para perceber que ele não respirava.

— Ele não esta respirando - olhei para Kyungsoo procurando nele algum tipo de resposta, algo que pudéssemos fazer com aquela informação. — Mas ele ainda tem pulso.

— Será que ele esta enfeitiçado? - ouvi Ryeowook perguntar. Ele não pode estar enfeitiçado, essas coisas não existem.

Kyungsoo, que pareceu acreditar mais na hipótese de Ryeowook, tratou de beijar o garoto desfalecido em seus braços, como se estivéssemos num conto de fada e seu beijo fosse capaz de traze-lo de volta. Mas como eu imaginei, nada aconteceu, nada além do som do choro de Kyungsoo se intensificando.

— Ajuda ele, Sehun. Você não aprendeu tudo nos seus filmes?! - gritou Yixing, realmente acreditando que o outro saberia como salva-lo. — Faça alguma coisa! - Yixing empurrou Sehun em nossa direção, mas esse continuou parado onde estava. 

O que eu realmente não esperava era que Sungmin tomasse uma atitude. Ele correu até onde eu estava, me empurrando para longe no processo, tomou Baekhyun dos braços de Kyungsoo e saiu correndo. Kyungsoo foi o primeiro a segui-lo, voltando pelo caminho por onde havíamos vindo, e eu segui logo atrás. Rápido o suficiente para vê-lo pular no lago, seguido de um grito de Kyungsoo. 

— Calma cara! - eu precisei segura-lo para que ele não pulasse atrás dos dois.

— Calma o que! Baekhyun não sabe nadar! - Kyungsoo gritou de volta para mim, se debatendo com toda a sua força para se livrar do meu aperto.

— Mas o Sungmin sabe! - gritei de volta e ele pareceu de alguma forma se acalmar. Na verdade eu não tinha certeza daquilo. Só torcia para que o outro soubesse o que estava fazendo.

Ficamos alguns segundos torturantes ali esperando, e eu já estava quase me arrependendo de eu mesmo não ter pulado atrás de Sungmin, quando o vi voltar a superfície segurando o outro que tossia avidamente. Soltei Kyungsoo que correu na direção dos dois, tomando Baek de volta para si mas logo caindo no chão junto com o outro.

— Como você me da um susto desses! - repreendeu Kyungsoo abraçando o outro que sorria com os lábios roxos.

— Você esta chorando, Soo? - perguntou Baekhyun com a voz falha e baixinha, como se estivesse se esforçando para falar.

— Não, foi você que me molhou! E fica caladinho que você está de castigo! - ele disse antes de selar demoradamente seus lábios com os do outro.

— Mas o que foi que aconteceu aqui? - perguntou Sehun exaltado. — Ele estava na superfície e não respirava, Sungmin jogou o menino na água e ele magicamente consegue respirar. Baekhyun por acaso é uma sereia?

— Eu disse, ele estava enfeitiçado - ouvi Ryeowook dizer orgulhoso de sua constatação.

— O que aconteceu, Baek? - perguntei. Aquilo não era uma resposta boa o suficiente, definitivamente não era.

— Eu não sei - ele tentava falar, ainda com o rosto contorcido, provavelmente pela dor ao forçar as cordas vocais. — Num momento eu estava lendo o diário na biblioteca com o Kyung, depois apareceu uma menina estranha e eu estava me afogando no lago. - ele segurava firme a camisa de Kyungsoo como se aquilo fosse uma prova de o que vivia naquele momento era realmente real.

— Nós nunca estivemos na biblioteca juntos, Baek - disse Soo acariciando o rosto do outro.

— Ain, eu não quero mais, Soo. A gente pode ir pra o nosso colégio? - ele perguntou olhando o outro como se ele realmente pudesse fazer algo a respeito.

— Calma, nós vamos dar um jeito disso não acontecer de novo. O que quer que tenha sido isso. - disse Kyungsoo sorrindo levemente para o outro. — Sungmin, como você sabia o que fazer? - ele virou seu rosto para onde o outro estava, pulando para se secar.

— Devo ser sincero? - ele perguntou num tom de risada.

— Por favor - respondeu Soo.

— Eu não sabia. Em verdade, foi como se tivesse um estalo de que ele estava se afogando, mas não era verdade, então, tornei verdade. - ele disse, parando alguns segundos para espirrar a água de seus cabelos. — Quando eu estava lá em baixo com ele, me perguntei de estava ficando louco, mas quando os olhos dele voltaram a se mexer e ele segurou o meu pescoço eu percebi que muito provavelmente tudo funciona assim. A forma mais fácil é tornar um pensamento real.

— Parece que algo realmente quer que fiquemos longe do jazido - disse Sehun rindo de toda a situação. Ryeowook o olhou repreendendo-o mas nem eu consegui me aguentar e comecei a rir consigo.

— Qual é a graça? - ele perguntou emburrado, fazendo um biquinho adorável.

— Por um lado as coisas procuram a gente para acontecer, mesmo que a gente não faça nada, por outro elas tentam nos manter afastados. Parece uma briga de casal. - disse Sehun, ainda gargalhando. — Sabe, quando vocês ficavam nessa de querer sem querer, todo aquele doce insuportável. - não consegui não olhar para Ryeowook, que também me olhava. 

— Acho melhor nós voltarmos pra dentro. - constatei. Depois de tudo aquilo acho que nenhum deles vai querer continuar tentando com isso.

— Não! - a voz fraca de Baekhyun se fez presente mais uma vez, chamando a atenção de todos. 

— Não? - perguntou Kyungsoo confuso. — Amor, você precisa descansar.

— Do que você me chamou? - os olhos de Baekhyun brilhavam olhando para Kyungsoo, como uma criança ao receber ps presentes da manhã de natal.

— Byun. Eu te chamei de Byun - o outro concertou nervoso fazendo Baekhyun rir. 

— É como Sehun disse. Algo fez isso para nos impedir de chagar até lá. Então é para lá que temos que ir. Não é possível que já exista outra armadilha certo? - explicou Baekhyun.

— Ele tem razão - disse Sungmin, pela primeira vez opinando naquele assunto. — Se vocês querem mesmo continuar com isso é melhor irmos logo. Quanto mais a gente adiar mais aquele energúmeno vai os atrapalhar de chegar ao final disto. - olhei em volta procurando algum sinal de duvida no rosto dos demais. Mas parecia que todos haviam concordado.

— Então vamos lá. - disse estendendo minha mão na direção de Ryeowook, pouco me importando com os outros, não poderia arriscar que Rye fosse o próximo a chegar tão perto da morte. Ele a segurou me olhando meio receoso. — Sugiro que fiquemos em duplas. - assim que terminei de dizer meu cérebro fez as contas. Kyungsoo e Baekhyun, Sehun e Yixing, assim Sungmin ficava sem par. Respirei fundo, mais uma vez naquele dia e me virei em sua direção, estendendo a minha outra mão. Mais uma vez seriamos os três, juntos, a lidar com aquilo.


Notas Finais


Para aqueles que não acreditaram na minha historia da torta mal feita do Kangin. Parabéns, talvez vocês sobrevivam a essa historia kkkkk
Será que a teoria de Baekhyun está certa ou algo imprevisível vai acontecer?
Até logo :D


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