Krystal estava sentada em volta de uma mesa no bar mais caro de Nova York junto com sua melhor amiga, Noora, e seu namorado Pietro. Estavam fazendo um brinde após Krystal contar que ela iria desenhar a próxima coleção de roupas da White Fashion.
― Eu sempre soube que seu dia ia chegar, amiga ― disse Noora com um sorriso de orelha a orelha no rosto.
― Eu estou tão feliz, acho que eu estou sonhando! ― disse a ruiva com os olhos brilhando de felicidade.
― Você merece muito essa oportunidade ― falou Pietro, aproximando-se do rosto da mesma e a beijando.
Krystal então chamou o garçom e pediu mais uma garrafa de champanhe. Aquela noite era de comemoração e não tinha hora para terminar.
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Cheryl estava dentro de seu banheiro, a ruiva estava se encarando no espelho. Quando escutou seu celular vibrar, voltou à realidade. Pegou-o e viu que era apenas uma mensagem de Sam. Ignorando a mensagem, ela foi caminhando em direção de sua cama vestindo seu roupão de seda vermelho.
Sentou-se na beira de sua cama, abriu uma gaveta da cômoda que estava ao lado e tirou vários de seus desenhos.
― Se depender de mim, essa coleção da Krystal não vai acontecer ― disse a ruiva, encarando seus desenhos. Passou a mão no rosto para limpar as lágrimas que escorriam.
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Já estava de manhã Cheryl descia a escada, caminhando até a mesa do café da manhã. Era uma mesa enorme, cheia de panquecas, waffles, cereais, entre outras gostosuras. Katie sentava sempre na ponta com a chefe, ao seu lado esquerdo tinha Krystal e no direito ficava Andrew. Cherly sentava ao lado de Krystal, e Alec ao lado de Andrew.
― Bom dia, filha ― disse Katie, tomando seu café.
Ela apenas sorriu para sua mãe e se sentou. Alec começou a encarar a mesma, sentindo que alguma coisa estava errada.
― Alec, não vou poder te ajudar hoje com os estagiários ― disse Krystal. ― Vou ter que acompanhar Pietro em um brunch com os pais dele.
― Falando em estagiários, como estamos indo, Alec? ― perguntou Katie, olhando o próprio. ― Temos bastante talentos?
― Sim, têm três garotas lá que eu acho que têm muito potencial ― disse o ruivo sorrindo.
― Que bom, quando já tiver os primeiros modelos desenhados vá me mostrar ― disse Katie.
― Eu preciso ir para a empresa, tenho algumas coisas para resolver ― disse Cheryl, levantando-se e colocando o guardanapo em cima da mesa.
Alec aproveitou que sua irmã se retirou da mesa e saiu logo em seguida. Correu até a mesma, que já estava do lado de fora da casa, quase entrando no carro. Ao ouvir Alec lhe chamar, Cheryl se virou.
― Está tudo bem? Você me pareceu estranha no café ― perguntou ele, encarando-a.
― Quando você for para a empresa, passe na minha sala, temos algumas coisas para conversar ― disse ela e, logo em seguida, entrou no carro.
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Katie estavam em sua sala, sentada em sua cadeira, lendo alguns documentos, quando escutou alguém bater em sua porta. Gritou em um tom de voz suave para a pessoa que batia poder entrar. A porta se abriu e então Thomas Fitzgerald, um dos patrocinadores da empresa e velho amigo de Katie, entrou. Encostou a porta e se sentou em uma das cadeiras de couro que ficava na frente da mesa.
Ela colocou os documentos na mesa, retirando seu óculos e os colocando por cima dos documentos.
― Thomas, como é bom de ver! ― disse a ruiva sorridente. ― Como foi a viagem ao Brasil?
― Foi ótimo, visitei lugares lindos ― disse ele. ― Minha comida preferida foi o pão de queijo, é maravilhoso.
― Que bom que se divertiu. Veio até mim só pra contar como foi a viagem ou tem algo importante a me dizer? ― perguntou ela, colocando seus braços sobre a grande mesa de vidro.
― Fiz negócios com uma empresa de moda lá, mas não é sobre isso que vim falar com você ― disse ele, encarando-a. ― Ouvi boatos de que será a Krystal quem irá desenhar a próxima coleção da empresa. Você tem certeza disso? É uma grande responsabilidade.
― Eu sei que é responsabilidade demais para ela, mas quero lhe dar essa chance ― disse ela, encostando-se nas costa da cadeira e cruzando seus braços. ― Você não gostou? Há algum problema em minha decisão? ― perguntou ela, sentindo que ele estava meio desconfiado de sua decisão.
― Não, imagina, só não quero que a empresa passe vergonha no desfile. Se você acredita nela, eu também vou dar meu voto de confiança ― respondeu ele, abrindo um sorriso no rosto.
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Uma linda limousine parou em frente a grande casa, com um jardim de rosas vermelhas. O motorista desceu e abriu a porta da limousine para Krystal, a ruiva usava um vestido curto vermelho que ia até o joelho, e estava também com seus cabelos soltos as pontas enroladas.
Pietro, seu namorado, estava na entrada, esperando-a. Ela caminhou até ele.
― Uau, você está linda ― disse ele sorrindo com os olhos brilhantes enquanto a olhava.
― Obrigada ― disse com um sorriso envergonhado, abaixando o rosto.
Ele a segurou pela mão, e os dois foram caminhando para dentro da casa.
O brunch estava sendo feito pela família Lodge, os pais de Pietro e também uma das famílias mais ricas de Nova York, donos de uma grande empresa de petróleo. Eles foram caminhando até a área externa, onde grandes nomes de famílias importantes se encontravam. Todos conversando e tomando seus coquetéis.
Sabine Logde, mãe de Pietro, viu os dois chegando e, com sua taça de champanhe, foi até eles. Comprimentou Krystal e seu filho.
― É ótimo ver você aqui, Krystal ― disse, sorrindo. ― Pietro, seu pai está conversando com Robert Albuquerque, vá até lá e comece a conhecer pessoas importante. Eu fico com a Krystal ― disse ela que colocou seu braço em volta do de Krystal..
As duas foram andando até uma mesa em que não havia ninguém sentado. Sentaram-se e, em seguida, logo foram servidas pelo garçom, que levou duas taças de champanhe até elas.
― Você está linda, vermelho definitivamente combina com você ― disse a mulher, tomando um pequeno gole de seu champanhe.
― Está uma festa linda, fico muito feliz em ter sido convidada, Sra. Lodge ― disse a ruiva, meio sem jeito de estar sentada ali, sozinha com ela.
― Pode me chamar só de Sabine. Você já namora meu filho há dois anos, já faz parte dessa família ― disse ela. ― Eu queria ter uma conversa com você, só entre nós, mulheres.
― Obrigada, eu amo seu filho. O que gostaria de falar comigo? ― perguntou ela curiosa e, ao mesmo tempo, nervosa.
― Ama meu filho... Essa palavra tem um grande significado: amor. Eu não vou mentir, demorei para dizer que amava meu marido ― disse ela, encarando a garota. ― Acho que só devemos dizer isso a quem amamos de verdade, e eu sei que você ama o Pietro, é exatamente nesse ponto que quero chegar.
― Desculpe, mas eu não estou entendendo ― disse Krystal confusa.
― É simples, minha querida. Eu sei que sua família tem um negócio de moda, já fui em vários desfiles da White Fashion Week, mas a minha família também tem negócios, o mundo do petróleo ― disse a mulher, colocando sua taça de champanhe sobre a mesa. ― São mundos totalmente diferentes. Eu, quando me casei com Matt, precisei fazer grandes escolhas e escolhi esse mundo que estou agora. Não poderia ficar nos dois, e se você, Krystal, precisar fazer essa escolha, você seria capaz de abandonar o mundo da moda? ― perguntou a mulher, cruzando seus braços e olhando dentro dos olhos de Krystal.
A ruiva ficou a encarando em silêncio. Krystal amava Pietro, mas também amava desenhar suas roupas e trabalhar na empresa de sua mãe. A pergunta de Sabine a deixou confusa.
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Cheryl estava dentro de seu carro no banco passageiro. Estava apenas de sutiã com seus cabelos bagunçados, revirando os olhos de prazer e gemendo. Seu motorista, Raphael, se levantou, passando a mão no canto da boca.
― Uau, você está melhor a cada dia ― disse ela, suspirando.
― Tenho vários outros talentos além de ser motorista de família rica ― disse ele, sorrindo e se sentando ao seu lado no banco.
― Eu precisava disso, relaxar um pouco ― Disse ela colocando sua blusa ― está tudo uma bagunça na empresa.
― Ouvi uma conversa entre sua mãe e a Krystal. Ela irá desenhar a próxima coleção pro desfile? ― perguntou ele, arrumando sua gravata.
― Sim, mas se depender de mim isso não vai acontecer ― disse a ruiva, olhando-se no espelho e passando seu batom. ― Eu mereço desenhar aquela coleção, sou a mais velha e a que mais trabalha lá. Agora, só porque a Krystal é a queridinha da mamãe, ela tem privilégio.
― Ela é sua irmã, deveria ficar feliz por ela ― disse Raphael.
― Krystal sempre teve tudo, mas isso vai mudar. Já tenho todo o plano preparado em minha cabeça ― disse ela com sorriso no rosto.
― Você é tão má e sexy ao mesmo tempo ― disse ele, mordendo os lábios.
― Preciso ir agora, vou ter uma conversa com o Alec. Hora de colocar o plano em prática. Ela deu um beijo rápido nele e saiu do carro.
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Alec estava na sala com os estagiários, estavam todos trabalhando com rapidez e elegância em seus modelos. Ele se levantou de sua cadeira e começou andar pela sala, olhando cada um deles enquanto passava.
― Não se esqueçam, estagiários, essa roupa que estão desenhando e irão costurar precisa estar pronta amanhã ― disse ele enquanto andava pela sala. ― Lembrem-se da importância dela, a roupa vencedora será vestida por uma de nossas modelos no próximo desfile.
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Krystal e Pietro estavam andando pelo jardim da casa dele. Eles se sentaram em um banco. Ele ficou observando ela e percebeu que a ruiva estava estranha.
― Aconteceu alguma coisa? ― perguntou ele, preocupado. ― Minha mãe falou ou fez alguma coisa?
― Não, sua mãe não fez nada. Eu só estou pensando em algo que ela me falou ― disse Krystal.
― O que ela falou? ― perguntou ele, intrigado.
― Ela me disse que desistiu do mundo em que vivia para poder se casar com seu pai porque não podia viver nos dois ― disse ela, virando seu olhar para ele. ― Me perguntou se eu seria capaz de desistir da moda para poder viver nesse mundo de petróleo com você.
― Krystal, não ligue para o que minha mãe fala ― disse ele, segurando a mão dela e a olhando nos olhos. ― Eu não iria permitir que você desistisse de algo por mim, nosso amor não pode ser desse jeito, um desistindo de algo pelo outro. Eu te amo e você me ama, é só isso que importa e nada mais.
Ela passou a mão no rosto, limpando as lágrimas que começaram a cair, abriu um sorriso que ia de orelha a orelha e o beijou.
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Alec bateu na porta da sala de Cheryl. Quando ouviu a voz da irmã dizendo que podia entrar, ele a abriu e fechou assim que entrou. Caminhou até uma das cadeiras que ficava de frente pra mesa e se sentou.
― Então, irmã, o que quer falar comigo? ― perguntou ele, curioso.
― Como você já sabe, a Krystal irá desenhar essa próxima coleção. Eu fiquei muito feliz pela irmãzinha ― disse ela, encostando-se na cadeira ―, mas vamos ser sinceros, Alec, ela não tem responsabilidade nem capacidade de desenhar uma coleção toda.
― Eu concordo totalmente com você, Krystal tem um talento incrível, mas é muito cedo para ela ter essa responsabilidade nas mãos ― disse ele.
― Você é o que mais trabalha perto da mamãe aqui na empresa, precisa fazer ela mudar de ideia ― disse, levantando-se de sua cadeira. Caminhou por trás dele. ― Ela pode colocar a reputação da nossa família e da nossa empresa em risco ― disse ela com as mãos nas costas dele.
― Eu vou conversar com nossa mãe e fazer ela mudar de ideia. Vou falar que a pessoa mais capaz aqui pra desenhar uma coleção é você ― disse, erguendo sua cabeça em direção ao rosto dela, sorrindo.
― Obrigada, irmãozinho, sempre soube que poderia contar com você ― disse a ruiva.
― Eu preciso voltar para os estagiários agora, mas vou te deixar a par sobre a conversa que terei com nossa mãe ― disse ele, levantando-se e saindo da sala.
Quando a porta se fechou, Cheryl caminhou até a janela que ficava em sua sala.
― Espero mesmo que ele consiga, senão terei que ir para o plano B ― disse ela com um olhar sério no rosto.
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