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História Who Is Elliot? - NEVER


Escrita por: thedarkswde

Capítulo 8 - NEVER


Fanfic / Fanfiction Who Is Elliot? - NEVER

Elizabeth Harriet, 1914.

Um ano se passou. Um ano passa rápido. Vinte e dois anos passam rápido. Um ano vivido ao lado de Antoine, talvez pareça bastante para você, mas para mim, lembro-me bem naquela época, não era nada. Eu poderia para sempre viver ao lado dele, na verdade, é o que pensava até o dia 27 de novembro de 1894.

Antoine era perfeito. O meu par perfeito; entendia-mos em qualquer aspecto, eu até passei a acompanhá-lo em alguns espetáculos onde interpratava seu irmão "Bobby". Mudei minha personalidade, mudei minha opinião sobre muitas coisas... não me arrependo, terei de confessar, apesar de tudo. Minha vida jamais estivera tão incrível como naquela fase. Mas, é claro, nada é perfeito. 

Nunca.


Novembro, 27. 1894.

Eu não conseguia acreditar no que acontecia, eu estava apaixonada demais para pensar e assimilar sobre minha vida, estava ocupada demais com meu novo trabalho para prestar atenção em minha vida dissimulada, estava obcecada demais em Antoine Fitzgerald para deixá-lo por alguns dias. E como não o fiz, fui deixada. Antoine ficaria fora de Londres por três dias para resolver umas burocracias sobre o Circo que não me interessavam nem um pouco. Decidi que iria tirar um tempo e dedicá-lo somente à mim, porém, a ingênua eu, não sabia como. Eu passava meus olhos atentamente por muitos cantinhos de nosso quarto enquanto tentava pensar  o que não ajudou-me em nada —. Visitaria minha família em Swanage, talvez fosse uma boa ideia, pensei. Cinco horas e alguns minutos de carruagem até chegarmos, e lá estava ela, a velha Swanage com seu cheiro (agora quase insuportável) de ostras, maresia e chuva. Swanage era o lugar que podia-se sentir o cheiro de chuva. E lá estava ela, a velha minha casa.

— Olá, Erin. Sou eu, Effy. Abra a porta! — falei em um tom de quem estava realmente com saudades.
— Você... Olá, Elizabeth.
— Oh! Senti sua falta. Onde está papai?

Pude ver a expressão desconfortante de Erin. O meu pai havia morrido há oito meses. Fiquei hospedada na minha antiga cama junto de Erin durante dois dias. No meio do terceiro dia: Que poderia eu ter feito em relação a meu pai? Que poderia eu fazer no momento se não dizer que sinto muito à Erin e ir embora?

— Obrigada, Effy. Papai ficaria orgulhoso de você, sabe. Como vai Antoine? l— ela me perguntou em vão, eu sabia que não se importava.

— Ah. Tudo como deveria ser. — Nunca fui de esconder nada de minha irmã, desta vez, teria de esconder simplesmente tudo.
— Eu e Lewis pretendemos ter um filho.

— Isso é ótimo! Ótimo mesmo... — tive um instante pensativo rezando para que ela não me perguntasse algo do assunto. Não dei tempo.
— Tenho de ir, Erin. Mande abraços à Sra. Phillswarer e ao Maxxie.
— Mandarei.

Enquanto estava a caminho ainda na carrugem, tive finalmente momentos para refletir sobre minha vida. Meu velho pai havia morrido. Minha irmã em pouco tempo terá um filho. Tenho dezenove anos, trabalho em um circo, namoro o garoto que nunca sonhei, tenho o dinheiro que nunca tive coragem de sonhar ter. 

Se pudesse eu classficar ela em algo, a minha vida, ela seria mediana e ilusória.

Quando cheguei em casa, pronta para contar a terrível notícia à Antoine e chorar em seu ombro tudo que não consegui chorar na frente de minha irmã durona. Mas nada é perfeito. 

Nunca.

Subi as escadarias correndo, abri a fechadura correndo, pronta para pular em Antoine ao abrir a porta; me deparo com, infelizmente, uma cena absurda. Eu deveria ter suspeitado. É claro que deveria. Antoine parecia muito apetecido beijando um garoto cujo nome eu nunca quis saber. Nunca que havia sentido tanto ódio de alguém. Eu havia me entregado à ele, desonrei à mim mesma quando permiti que Antoine tomasse posse de mim. Senti nojo, seu nome agora dava-me asco só de pensar. Hoje compreendo meu estado de frustração, apenas juntei uma velha mala que havia deixado cair no chão e fechei a porta aos prantos. Meus tímpanos pareciam ter-se fechado, de ódio, não escutei uma palavra vinda de Antoine.

E lá estava eu, sem chão, na nova Londres tão bela quanto suja. 

Se parecia comigo. 


Notas Finais


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