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História Who Killed You? - Do Not Go Into The Darkness


Escrita por: CamilaHalfBlood

Notas do Autor


Oii, desculpem a demora tá, e é tá um caus hoje mais tudo bem, agente esse cap nem ia acabar assim, mas adivinhem... Tenho prova amanhã, de matemática ainda, lindo não?
Aí para não deixar vcs sem cap, eu dicidi quebrar ele em dois pedaços, já que ainda falta um grande pedaço do final.
Um cap menor é melhor que cap nenhum né
E aí?? Como tá sendo o Halloween de vcs?? Bom, Ruim?
Bom bye bye

Capítulo 3 - Do Not Go Into The Darkness


Do Not Go Into The Darkness

(Não Vá Para a Escuridão)

- Kristen por favor, larga essa faca - pedi assustada-  solta isso agora.

Eu não ia tentar me aproximar,  não com o risco dela se cortar, mas não conseguia entender o que estava acontecendo, por que ela estava fazendo isso?

Kristen nunca tinha se comportado assim, não até hoje.

- Por que? - respondeu virando um pouco a cabeça, seus olhos esbranquiçados pareciam não se fixar em nada- Por que você fez aquilo comigo, Annabeth?

- Filha vamos conversar, mas abaixa isso.

- Filha? Eu não sou sua filha. –respondeu Kristen, sua voz transbordando raiva- Por que deixou minha mente nesse caos? O que você fez comigo?

- Quem é você? - perguntei, não podia ser ela, não a minha Kristen, ela falava com tanto rancor, como se eu tivesse destruído sua vida.

Minha filha era apenas uma criança.

Com apenas 5 anos.

Ela nunca falaria desse jeito.

Não a coisa que estava na minha frente.

- Já esqueceu de mim? Não faz muito tempo que eu te vi no orfanato.

- Charlotte- o nome saiu aos tropeços pela minha boca, como podia ser ela? Mas não havia nenhuma outra explicação, aquela não era minha filha, mesmo eu não querendo acreditar nisso,que Charlotte tivesse voltado.

Então outra coisa tomou minha mente, eu arfei, se era Charlotte ali, onde estava Kristen? E pior ainda Charlotte só tomava a forma de pessoas que ela matou, me recusei a pensar nessa possibilidade, Kristen estava bem ela tinha que estar bem.

 - Saia dessa forma, agora!- ordenei.

- Eu não estou em forma alguma, é... diferente estar viva de novo, depois de tanto tempo.

Vi seus olhos brilharem de entusiasmo, como se tivesse recebido o melhor presente, mas isso não parecia ser uma coisa muito boa.

- O que quer dizer?

- Esse corpo vai ser meu, eu vou torna-lo meu.

- Você não pode! Deixe a minha filha em paz!

- Eu ia matá-la, ela mentiu e pagaria o preço disso, mas quando cheguei perto, eu vim parar aqui, dentro desse corpo vivo. Ela nem lutou, sua filha é fraca, ela disse que eu era sua amiga e agora vai perder seu corpo para sempre.

- Por que vai fazer isso? Você já está morta a muito tempo, por que continua a destruir vidas?

- Minha mente nunca esteve tão sã, você não entende como é difícil pensar, as vozes nunca param, e ficou tudo pior depois que você apareceu. NÃO CONSIGO MAIS PENSAR EM NADA, NADA FAZ SENTIDO! NEM ME CONTROLAR EU CONSIGO!

- Calma, por favor não a machuque-  pedi quando percebi que junto com seu tom de voz ela apertava cada vez mais a faca no braço.

- Você falhou com sua filha, agora ela é minha.

- Você vai se matar? - perguntei fazendo com que ela me olhasse curiosa, mas ainda furiosa - Para que você quer o corpo da minha filha se vai se matar com a faca? Para que quer ser viva?

Ela pareceu considerar o que eu disse, quando finalmente soltou a faca, rapidamente fui em sua direção. E a prendi em meus braços, ela se debatia, gritava e tentava me morder, mas não a soltei em nenhum momento.

Podia até ser Charlotte ali dentro, mas ela ainda tinha a força de uma criança.

- Mamãe? - Sussurrou Kristen ainda sem sair de meu aperto, mas agora seu tom de voz não estava como antes, não estava rancoroso, nem perto da insanidade, mas sim assustado - Minha cabeça tá doendo.

Me afastei um pouco, o suficiente para ver seu rosto, mas não para que ela conseguisse se soltar, quase chorei quando percebi que seus olhos estavam verdes de novo.

- Filha! É você- falei enquanto a abraçava, estava rindo e chorando tudo ao mesmo tempo, devia parecer estar em uma crise ou algo assim, mas tudo o que importava era que Charlotte tinha deixado o corpo dela.

- Minha cabeça tá doendo muito - resmungou - faz parar, faz parar por favor.

- Vou fazer - prometi - fica calma, mamãe e papai vão te proteger.

- Não! Tá doendo muito - me separei dela, seu olho direito estava mudando de cor novamente, enquanto o outro continuou verde. -Lotte?

"Lotte."

"Ela disse que eu era sua amiga."

Era mais do que isso, como eu podia ter sido tão cega por todo esse tempo?

Ela sempre esteve ali.

E eu não vi pelo simples fato de que eu não queria lembrar da minha adolescência, das atrocidades que eu vi e vivi.

- Filha que tal se nós brincarmos?

- To com medo.

- Eu sei, eu também to, mas olha você é uma garotinha muito corajosa, que tal se nós irmos atras da Lotte e do papai, eles podem brincar com a gente.

-Tá bem.

Tentei sorrir para tranqüiliza-la e a peguei no colo, indo em direção ao meu quarto.

- Vou ligar para o papai, você tá bem? – ela assentiu, a coloquei sentada na cama, enquanto discava o numero.

“Por favor, atenda” – pedia em minha mente – “Por favor.”

- Percy – falei aliviada, quando ele atendeu – preciso de você aqui agora!

- O que aconteceu? – perguntou alarmado.

- Só venha para cá, precisamos conversar, rápido!

- Estou indo.

- Você não é a Lotte, – murmurou Kristen – você não é ela.

Durante a ligação tinha ficado de costas para ela, para que ela não visse o quanto estava assustada com tudo isso, quando me virei percebi que ela ainda estava lá, mas a porta do armário estava aberta e a boneca, a Lotte, estava em suas mãos.

- Kristen fica longe da boneca.

- Estou com sono, posso dormir? – perguntou, sem parecer ter me ouvido.

- Depois, agora você tem que ficar acordada tá?– novamente ela pareceu não me escutar, se deitou, pousando a cabeça no travesseiro.

- To com tanto sono.

- Kristen, acorda, lembra a gente ia brincar, acorda! Acorda! Não dorme agora, por favor.

Minhas mãos tremiam, e minha voz já não saia.

E minha pequena não acordou.

{...}

- Madrinha! - disse Kristen sorrindo.

Ela tinha acabado de acordar, fazia uma semana daquele dia, uma semana que ela não acordava, nem dava sinal de vida, e uma semana que eu não dormia.

Percy tinha pedido no trabalho essa semana para que ficasse em casa, mesmo que nós precisassemos do dinheiro eu agradecia muito por isso, precisava do apoio dele agora.

Eu me sentia péssima, minha mente não conseguia parar nenhum segundo de repassar as palavras de Charlotte.

“Esse corpo, vai ser meu, eu vou torna-lo meu.”

“Você falhou com sua filha, agora ela é minha.”

E isso estava me apavorando, parecia que tudo contra eu tinha lutado tanto para manter longe tinha voltado, e voltado de um jeito que não era apenas eu quem estava sofredo, mas Kristen também e ela não tinha nada haver com isso.

A única coisa que ela fez, foi mentir uma só vez na vida, e por isso estava internada no hospital.

Sem nenhuma justiça.

Pelo menos agora ela simplesmente abriu os olhos, como se estivesse acordado de um sonho.

Eu não tinha me aproximado dela, pelo simples fato de que eu sentia que estava piorando tudo, eu tinha dito que a protegeria, mas não consegui, eu me sentia tão impotente.

Como lutar contra Charlotte?

- Quem é a afilhada mais linda? - disse Thalia dando um beijo na bochecha de Kristen, fazendo-a rir - Você deixou todos preocupados, não é mocinha?

- Desculpa.

- Tudo bem, agora tenho algo para você.

- O que? - falou ela com os olhos brilhantes.

- Pega com o seu padrinho.

- Padrinho? - Nico riu e foi até a cama ficando ao lado de Percy, pegando da sacola que segurava um bloquinho e giz de cera.

- Agora não vai ficar entediada enquanto estiver aqui no hospital.

- Obrigada! - respondeu com animação pegando o presente.

- Vou avisar que ela acordou - disse Percy dando um beijo na cabeça de Kristen e saindo do quarto, mas sem antes também me dar um beijo na testa.

- Mamãe? - disse ela me chamando, eu me levantei da cadeira e me coloquei no mesmo lugar que Percy estava a segundos atrás.

- Oi filha - falei tentando sorrir para ela, mas falhando, eu podia estar imensamente feliz por ela ter acordado, mas eu sentia uma amargura imensa pelo simples fato de que se não fosse pelo meu passado ela não teria tido essa experiência.

A última coisa que eu queria para ela era isso.

Saber desse lado do mundo.

Que existe tudo isso.

Queria que ela tivesse uma infância normal, uma adolescência normal e uma vida normal.

Sem nunca saber do meu passado.

Mas agora por causa desse mesmo passado ela tinha sido possuída por um desses espíritos.

Não podia ser pior.

- Já volto - disse Thalia pedindo pra Nico segui-la com os olhos - vou ver se tem algo bom para você comer tá legal?

- Tudo bem - respondeu Kristen distraidamente enquanto folheava o novo presente.

Fiz um gesto de agradecimento para Thalia, ela como Percy e Nico já sabiam do acontecido, da volta de Charlotte, eles acreditaram, claro, eles sabiam tanto quanto eu do que Charlotte era capaz.

Eles também estavam preocupados.

Antes nós achávamos que Charlotte não podia sair do orfanato, ela nunca tinha saído antes, mas se agora ela podia sair, seria uma carnificina.

Do jeito que ela tinha passado a matar,  a cidade inteira seria desalmada em poucos meses.

E claro, ainda tinha o fato dela querer o corpo de Kristen para ela.

E isso já bastava para que nós não pudéssemos ficar parados, mas o grande problema disso tudo era como fazer parar, nunca mais tinha sonhado com a Charlotte boa, ela tinha desaparecido e ela era única que podia nos ajudar, que podia nos dizer como nos livrar da outra Charlotte.

Já que queimar o corpo de Charlotte não havia adiantado, então isso queria dizer que eu errei na minha hipótese.

Parecia na verdade que todas as minhas hipóteses estavam ruindo.

Aquela visão que eu tinha tido, de tudo queimando, do orfanato, da floresta e por último o túmulo, o que queria dizer afinal? Que tínhamos que queimar o orfanato? Do que adiantava saber o passado dela se tudo o que eu li naquela carta não ajudava em nada?

Parei esse pensamento, não queria perder mais as esperanças, não depois de já ter perdido tanto.

- Filha...você se lembra, do que aconteceu?

- Não lembro, como vim para cá? Eu tô doente?

- Não querida - falei acariciando seus cabelos enquanto ela desenhava - mas você precisa me contar algumas coisas.

- Sobre a escola?

- Não, sobre sua boneca, a Lotte.

Ela parou de desenhar no mesmo momento e virou seus olhos verdes para mim, eles estavam surpresos e assustados.

- Lotte não é só sua boneca, não é filha.

- Não mamãe - respondeu depois de um tempo.

- Como ela é?

- Como assim? - perguntou confusa, voltando a desenhar.

- Sua boca é estranha? Tem algo de errado com a boca dela?

- Não mamãe, a Lotte parece você.

"É a Charlotte boa" - constatei aliviada.

- O que ela diz para você meu amor?

- Ela me mostra coisas, quando ela era como eu.

- E hoje? Quando estava sonhando, o que ela disse para você?

- Ela disse que ela está muito fraca, que sua outra parte vai vir atrás de mim.

-Filha como podemos fazer com que a outra... Lotte pare de vir atrás de você?

- Ela me contou tudo mamãe. Ela disse que a senhora a enfraqueceu quando queimou sua cama na floresta, mas não enfraqueceu o lado ruim dela.

- Como eu faço isso? Como?

- Tem que queimar sua cama e a casa ao mesmo tempo. - Como da última vez, mas do jeito certo.

- Faz muito tempo, as cinzas não vão estar mais lá. – falei pensando comigo mesma.

- Mas mamãe, ela disse que vocês são a cama dela agora, por isso eu consigo falar com ela, não as Cin.. Cin... Cinzas.

- Nós somos o laço - Sussurrei enquanto cada coisa que Kristen dizia se encaixava na minha cabeça.

E eu finalmente tinha entendido o grande erro que tinha cometido.

E estaria disposta a tudo para arrumá-lo.

E se o que Kristen estava falando fosse verdade, nós teríamos que morrer para isso.

Se fosse isso eu me sacrificaria pela minha filha sem pensar duas vezes.

Mas e Thalia, Nico?

Não podia pedir isso a eles.

Nunca.

Eles podiam amar Kristen tanto quanto eu ou Percy, mas isso estava acima do que eu podia pedir para eles.

- Vou te proteger, eu prometo que a Lotte má não vai te pegar.

- Ela tá aqui - disse ela, mostrando seu desenho, era o orfanato, não demorei nem um segundo para reconhecer, o desenho era claramente um desenho de criança com as linhas tremidas, mas o reconheceria em qualquer lugar, e como da última vez que vi Charlotte, lá estava ela, em umas das janelas, Kristen tinha até feito sua boca costurada, senti um arrepio subir pela espinha - Ela está me esperando, ela quer que eu vá para lá para encontrá-la.


Notas Finais


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