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História Why Not Me?: O Som do Coração - Catradora AU - Stay Wild III


Escrita por: Kitty_Stick_Face e HordeScum

Notas do Autor


G-mail
De: [email protected]
Para: [email protected]
Assunto: Aguenta coração!

Hey, amorecos! 😜💓
Tudo pow?

Então, demorei mas tô aqui!😊
E cara o coração ficando cada vez mais apertado, por que estamos chegando na reta final dessa FIC que tem me proporcionado experiências e conhecimentos maravilhosos, sem dúvida ela vai me marcar pra sempre, tanto pelo imenso apoio de vocês quando da equipe maravilhosa que me rodeia. 💕🤧

Ain meu corassaum! 💕

Enfim, sem muitas delongas!

Boa leitura! 📖📕🤓🏳️‍🌈

Ps; O que posso dizer sobre esse capítulo?
Hum... Que o circo vai pegar foooooogo, e muitas emoções! 💓😊

Capítulo 30 - Stay Wild III


Fanfic / Fanfiction Why Not Me?: O Som do Coração - Catradora AU - Stay Wild III

Estou tão afim de você
Que eu mal posso respirar
E tudo que eu quero fazer
É me jogar com tudo
Mas perto não é perto o suficiente
Até que cruzemos a linha
Então escolha um jogo
E eu vou jogar os dados, hey
Oh, amor, olhe o que você começou
A temperatura está subindo aqui
Isso vai mesmo acontecer?
Estive esperando e esperando você tomar uma iniciativa
Antes que eu tomasse uma iniciativa
Então, amor, venha me acender
E talvez eu te deixe por cima
Um pouco perigoso
Mas, amor, é assim que eu quero
Um pouco menos de conversa
E um pouco mais de toque no meu corpo
Porque eu estou tão afim de você, afim de você, afim de você

Into you

Ariana Grande


— Calma, Adora.— pedia Catra em voz aveludada agarrando-se forte a loira que estava desmanchando-se em lágrimas em seus braços — Calma, calma eu tô aqui! Eu tô aqui, ok?! — reconfortava ela.

 Catra a principio não buscou entender logo de cara o que estava acontecendo ali, pois só queria fazer com que Adora, que estava tremula e confusa se sentisse segura para então acalma-la do transtorno daquela “Bad Trip”, que    sendo ela mais experiente quando se tratava de drogas alucinógenas —  tentava convence-la de que, o que quer que Adora estava pensando ser real, não passava de uma ilusão causada pelo efeito do doce.

— Relaxa, tá? — ela pedia serenamente.

E Adora ao ouvir o tom daquela voz amena lhe despertando — mesmo que brevemente — seus sentidos desnorteados, até ia se acalmando aos poucos de seu choro embargado entre soluços como uma garotinha como medo do tal “bicho papão” que parecia uma lagarta gigante de tentáculos verdes venenosos, que via quando olhava sobre o ombro esquerdo de Catra.

E enquanto lá fora tocava a música Voyage Voyage de Diseriless na festa, diante daquela situação, Catra não pôde deixar de lembrar de si mesma quando o padrasto lhe agrediu em seu quarto, e menos ainda de como Adora estava lá, como sempre lhe dando abrigo, e queria do fundo do coração retribuir, todos os cuidados que a loira tinha por si naquela e em tantas outras incontaveis vezes.

Àquela era a hora certa de retribuir.

E vendo que seus cuidados surtiam feito, por saber um pouco sobre cada alucinógeno, Catra prosseguia tentando ser calma e equilibrada.

Tarefa um tanto difícil no momento de crise que passava, mas mesmo assim dava o melhor de si.

— Isso! Tá vendo? — perguntou ela ao vê que Adora, apesar de tremula cessava o choro aos poucos — Não importa que tipo de coisa estúpida você acha que está vendo, é tudo coisa da sua cabecinha, Adora.

Orientava ela, e Adora aos poucos recuperava os sentidos.

— C... C-Catra? — chamou Adora hesitante abraçando os ombros de Catra fortemente, tão fortemente que Catra sentia a pressão sobre eles.

Mas naquele instante, para Adora, o medo de que quem lhe abraçava naquele momento  fosse uma “viagem” de seus sentidos, era maior do que o medo do monstro que via ali lhe encarando.

— Sim. — confirmou Catra  que não se incomodou com o aperto dos braços de Adora lhe envolvendo — Sou eu sim Adora, eu tô com você e não vou te deixar, ok?!

Adora balançou a cabeça sobre o ombro de Catra um “sim”, de olhos cerrados.

Catra  continuou  passando as mãos sobre suas costas para lhe passar conforto e segurança, pois sabia  que através indução da oxitocina, conhecido como o hormônio do prazer — que seus abraços e carícias estava tentando fazer —, ajudava a trazer Adora a realidade.

Afinal, nenhuma ilusão criada substituiria a certeza de um toque.

Não é mesmo?

E Catra sabia também que poderia fazer isso por meio de beijos, e embora quisesse mais que tudo aquilo, sabia que Adora não estava em condições de aceita-los, por está também com náuseas e alcoolizada.


Adora sentiu novamente ânsia subir subitamente queimando pelo esôfago, buscou rapidamente desprender-se dos braços de Catra e se posicionou ali no vaso para vomitar mais uma vez.

Catra se pôs a lhe ajudar ainda lhe dando massagens ao longo das costas e segurando seu cabelo para não suja-los ainda mais.

“Mas que porra tá acontecendo, aqui?” — questionava-se Catra agora tentando buscar respostas para a situação que Adora se encontrava — “O que tá acontecendo com você, Adora?”

Nesse momento Spine passou pela porta acompanhada de Netossa que percebeu o movimento dentro do banheiro e deu a ré.

— Espera! — alertou Netossa Chamando a atenção de Spine que parou e a olhou confusa.

— Que foi querida?

— Aqui! — Netossa apontou para dentro do cômodo — Eu acho que achei a Adora, vem!

Netossa entrou dentro do banheiro onde estava a garota de jaqueta preta que a princípio não reconheceu.

— Ai graças a Deus você encontrou ela! — saudou Netossa aliviada enquanto que Spine ficou a porta de guarda — A gente tava procurando ela em todo lugar e você... — Catra então olhou para Netossa que arregalou os olhos — Catra é você??? — berrou surpresa ao ver que a garota que estava sumida estava ali na festa junto com Adora.

Catra que segurava as madeixas da loira olhou para Netossa.

— Não, imagina... — respondeu irônica Catra — ... não sou Catra não. Quem disse? Sou a Madre Teresa de Calcutá velando uma leprosa!

 Catra revirou os olhos com sempre no seu humor de velha de 71 no corpo 17, no seu tão estimado “pergunta besta, tolerância zero”.

Netossa então se aproximou das duas e se prontificou ali a ajudar.

— Adora  tá legal? — perguntou Spine da porta.

 Catra  mais uma vez rodou os olhos nas orbes.

— Pelo amor de Deus! — esbravejou Catra — Você não tá vendo que a Adora não tá nada legal, cacete! ARGH!

— Calma Catra! — interviu Netossa em defesa da namorada — A Spine só tá preocupada, pois estamos procurando pela Adora já há bom tempo. — ela esclareceu, e Catra apenas olhou de soslaio brevemente —Mas que bom que você a encontrou antes que acontecesse alguma coisa.

— Falando nisso. — disse Catra em voz fria e firme e olhou por cima do ombro para Spine que estava ali a porta preocupada — O que caralho a Adora tá fazendo aqui? — questionou Catra e semicerrou os olhos — E porque diabos ela tá drogada, bêbada e suja???

Spine e Netossa se olharam diante dos questionamentos da morena que já estava raivosa.

— Bem Catra... — Netossa iniciou as justificativas e levou a mão cabelos cacheados — E uma longa história.

— Eu tenho todo o tempo do mundo! — Afirmou Catra olhando nos olhos da morena de cabelos estilo “azul é a cor mais quente” — E me fale cada pequeno detalhe! — exigiu Catra.

Netossa e Spine se entreolharam mais uma vez e deram de ombros.

— Ok, Catra! — concordou Netossa e olhou pra morena — Mas senta que aí vem a história, nega!


Após contarem tintim por tintim tudo que rolou desde a hora que Adora chegou na festa, Catra saiu do banheiro e foi andando em passos firmes pelos corredores da residência de Spine.

“PÁ! PÁ! PÁ! PÁ!” — era o barulho que seus pisantes de Bota Coturno Punk Rock Estilo Militar 3 Fivelas de Cano Médio faziam um passo atrás do outro batendo forte com o barulho dos seus passos no chão de madeira, a corrente que estava preso na bainha da calça para o bolso esquerdo da calça preta tilintava nos quadris batendo na coxa esquerda.

“Quem aquelas PERUAS pensam que são pra fazer isso com a Adora?” — pensava ela andando de punhos cerrados atravessando entre os jovens que estavam no ambiente. — “A minha Adora!”

 E no momento de sua raiva que andava, ela bufando, como gata selvagem que teve seu território invadido, a música  Black Cat de Janet Jackson chegou com tudo num rosnar de pantera negra.

As guitarras elétricas passam a tomar conta no ambientee Catra seguia determinada esbarrando seus ombros nos dos que ousassem ficar em seu caminho

A letra da música se anuncia;


Todas as noites,
eu tenho passado sozinha
Nunca esteve por perto para me amar
Você sempre esteve fora
Pois você anda por aí
Quebrando as regras
Veja que mulher você se tornou
Olhando pra si mesma


“Ah! Mas elas me pagam! — de olhos duros como mármore e cada vez mais emputecida, a garota rebelde seguia atravessando entre os jovens dançando — “E como me pagam!”

— SAI DA FRENTE CACETE! — ordenava as vezes ao esbarrar com algum jovens bêbado que ficava em seu caminho os fazendo derrubar suas bebidas, que então olhavam torto pra morena.

Mas ninguém tinha coragem de bater de frente com Catra na sua versão [email protected].

A música seguia firme;


Você é rebelde agora
Não dá a mínima
Sempre às voltas
Com a sua gangue
Estou tentando te dizer isso, garota
É um engano!
Você nem se dá conta
Até que seja tarde demais


“Ah! Mas eu e você também vamos ter uma bela conversinha, Adorada!” — seguia ela emputecia chegando as escadas, sua raiva a levava no limite ao pensar que Adora havia beijando nove garotas morenas naquela festa.


Não entendo
Porque você insiste
Em viver de forma tão perigosa
O tempo passa, e você continua distante
E eu só sei que me conta mentiras


“Mas antes eu vou dá uma bela lição para aquelas sirigaitas aprenderem que em terra de gata, galinha não ciscar! — Catra descia as escadas já com sangue nos olhos.


Gato preto
9 vidas
Dias curtos
Noites longas
Vivendo em risco
Sem medo de morrer
O coração bate
Muito forte
Mas não
Por muito tempo
Melhor ver por onde anda
Ou então, vai morrer!


E enquanto a música seguia, já no andar de baixo, a morena furiosa chegou sem formalidades ou pedir licença onde estavam a rodinha de garota sentadas no sofá, rindo e bebendo da garrafa de Vodka cara que estava em cima da mesinha.

Onde tinha também um pirulito Lolly Pop sabor cereja chupado pela metade.

 Catra se aproximou, pegou a garrafa de Vodka Belvedere pelo gargalo  que estava no centro da mesa, e arremessou com toda raiva contra a parede.

A garrafa disparada foi voando em direção a D.J Entrapta que notou objeto de vidro voando em sua direção.

— EITA PORRA! — Gritou a D.J Teen abaixando-se atrás da mesa de mixagem.

 A garrafa foi contra a parede logo atrás, que despedaçou-se numa chuva de estilhaços de vidro e destilado no ar, espalhados pelo ambiente onde dançavam os jovens que pararam, e olharam em direção de onde o objeto veio do nada.

As luzes multicoloridas iluminavam o espaço.

As garotas que estavam ali na rodinha dos dois sofás, ficaram transtornadas, arregalaram os olhos assustadas olhando a morena ofegante.

A D.J parou a música e tirou seus Headfones dos ouvidos.

— Muito bem! — berrou  Catra em meio a galera silenciosa — Eu só vou perguntar... — Ela ergueu o indicador direito pra cima— ... UMA VEZ! — Alertou Catra olhando em volta de olhos duros, e com coração rosnando no peito pela fúria selvagem.

A galera permaneceu em silêncio e Catra prosseguiu;

— Quem das “bonitas” aqui neste galinheiro se chamam; Kristine e Kimberly? — questionou Catra passando a vista mais uma vez e torno do local.

  As duas ditas cujas que estavam sentadas no sofá entre olharam-se confusas.

— Somos nós! — Kimberly se apresentou e depois a outra — E posso saber o porquê a fofa está nos procurando? — Ela levantou-se pondo as mãos a cintura e a outra acompanhou no mesmo gesto.

— Também gostaria de saber! — reforçou Kristine a pergunta — O que a queridinha tá querendo com a gente? — Ela então olhou para Catra de baixo a cima esnobe, por nunca ter visto a garota na festa da Spine antes.

— Aliás, quem é você mesmo, hein? — questionou Kimberly tomando a dianteira e levou o dedo de umas pintadas em francesinha ao queixo — Porque não me lembro quando foi que Spine passou a aceitar a ralé de Etheria nas festas delas!

A galera na festa fez um “uuuuh” em coro diante do insulto.

— Se fosse eu, eu não deixava! — gritou a D.J de sua mesa de mixagem.

Catra levou mão ao rosto e passou a gargalhar, reclinou a cabeça passando os dedos nas madeixas de seus cabelos, e os penteou para trás. 

A morena selvagem parou as mãos sobre a nuca, cessou as risadas debochadas,  respirou firme de nariz empinado, e olhou para as duas que estranharam aquele breve silêncio.

— Hoje só pode ser meu dia de sorte mesmo, hein! — comemorou Catra de sorriso largo e olhos semicerrados — Porque as minhas amiguinhas aqui. — ela mostra as unhas da mão direita — E essas aqui também. — ela mostra as da mão esquerda. — Estavam LOUCAS, para arregaçar os couros da cara de alguém!

Catra então sem conter a raiva dentro do peito, avançou sobre Kimberly e Kristine cravando suas mãos em unhas armadas uma em cada rosto, levando as duas para trás as fazendo cair sobre o sofá, que com o peso repentino capotou com as três garotas.

— Eu vou te mostrar quem é a ralé de Etheria! — disse Catra ofegante e subiu nos quadris de Kimberley — Sua paquita do capeta!

Catra então passou a esbofetear a garota que buscou defender-se dando uns puxões nos cabelos de Catra, que pouco se importou, apenas continuou proferindo seu ataque selvagem contra a garota.

Kristine que estava caída levantou-se meio tonta e agarrou Catra por sua jaqueta para tira-la de cima da amiga Kimberley.

 Catra saiu arrastada se debatendo com as pernas contra o chão, mas arranhou os braços da inimiga covarde que lhe atacou pelas costas, e se livrando das mãos que lhe deteram, e em seu descontrole limítrofe,  voltou a atacar a garota Kimberly que estava de quatro tentando levantar-se e lhe aplicou um mata leão.

— Quem é a fofa agora, hein?  — questionou Catra entredentes ofegante apertando o ataque contra o pescoço da garota — Fala seu saco de lixo de peruca! — exigiu Catra cada vez mais enlouquecida e vermelha de raiva — Quem é a fofa aqui? Fala! Anda!

A galera ficava lá assistindo a cena de luta feminina digna da série “GLOW”, que se fosse lhes indicar uma trilha sonora entre todas as músicas da Playlist de Catra, sem dúvida alguma seria City In Dust da banda Seouxsie And The Banshees.

— Solta ela! — exigiu Kristine avançando sobre a gata selvagem louca e descontrolada mais uma vez por trás.

 Mas Catra na adrenalina que e lhe tomou posse das emoções percebeu, e claro, já conhecendo as táticas covardes da inimiga, a recebeu com uma bela cotovelada na cartilagem no nariz, a fazendo voltar para trás com as mãos sobre o rosto.

Kristine ajoelhou-se ali estancado o sangue que saia agora de suas narinas.

 A galera que assistia a briga já vaiavam e assobiavam incentivando o fuzuê de garotas que se atracavam

— Iai? Tá sentindo a força da gata selvagem da ralé de Etheria? — provocava Catra mantendo a garota presa no seu golpe apertando cada vez mais sufocando a morena— Que foi? Tá sem fôlego, tá?

 Catra sorria um tanto satisfeita com a situação que lhe despertou a mesma sensação no ginásio quando encarou Rogélio em seu surto.

— Por favor... Me solta...— pedia a garota — Me solta! — Reforçou ela seu pedido batendo a palma da mão contra o antebraço da morena furiosa indicando que havia se rendido.

 Mas Catra em seu surto de raiva não considerou, por está fora seu controle emocional naquele momento.

 Quando Scorpia que havia indo lá fora conferir sua moto no estacionamento chegou atravessando o motim de jovens que apreciavam a situação.

 Alguns com medo de entrar na briga e cair na surra da morena descontrolada, e outros só no prazer de filmarem em seus smartphones para postarem nas redes sociais.

— Best, o que você tá fazendo? — Scorpia chegou invadindo a briga e tentou livrar a garota dos braços de Catra que a sufocava — Para com isso, gatinha selvagem! Larga a garota! — pedia Scorpia tentando desenroscar os braços do pescoço da garota que já aparentava ficar roxeada pela traqueia sendo prenssada pelo braço em torno de seu pescoço. — Você não tá pensando bem, best!

— É bom, né? — perguntou Catra ofegante ao pé da morena Kimberly — É bom está no lugar da vítima indefesa, não é?!

Nesse momento sentindo a respiração quente como um vulcão em erupção, Kimberly entendeu de quem Catra se referia, mas não tinha sequer fôlego para lamentar suas desculpas.

— Catra! — chamou uma voz enfraquecida que Catra soube reconhecer bem, ela então olhou de onde vinha, quando viu Adora sendo amparada por Spine e Netossa.

 — S-solta ela...— Pediu Adora que estava pálida e suando muito — ... P-por favor!

Adora pediu, mas não pela garota que pouco recordava naquele momento, mas por — mesmo sendo ela que precisava de socorro —,  querer evitar que Catra fizesse algo de que se arrependesse.

Cara arregalou os olhos diante da imagem de Adora ali que aparentava está mais mal do que havia a deixado, e de fato estava.

 A temperatura corporal de Adora estava alta devido ao choque que seu sistemas nervoso central estava sofrendo por conta da droga alucinógena misturada com a bebida alcoólica, que tomara sem pensar nas consequências.

— Adora! — Catra então tentou buscou recuperar sua razão e olhou para a garota e depois para Adora.

 O que séria mais importante para si naquele momento?

Catra então tirou sua conclusão mais rápido  do que imaginava, pois se tratando de Adora, era muito mais urgente socorrer a sua loirinha cremosa, que sua vingança pessoal.

Até porque ela tá tinha mais que provado sua convicção de que “em terra de gata, galinha não cisca.”

Catra soltou enfim a garota que buscou a respiração para os pulmões que estavam chegando em seus limites.

— O que houve com ela? — perguntou Catra e correu até onde estava a loira sendo amparada pelas colegas de equipe. — Adora fala comigo! — pedia Catra com o coração pulsando forte no peito pela preocupação.

 Mas não teve mais respostas de Adora que revirava os olhos desnorteados nas orbes.

— ADORA! — gritou Catra desesperada com a mãos sobre a face de Adora que não conseguia abrir muito os olhos e percebeu que ela estava quente.

— A gente precisa levar ela para o hospital. — alertou Netossa— Porque a temperatura dela tá subindo e se continuar assim ela vai ter uma convulsão!

Catra por um momento desesperou-se tentando racionar daquela vez perante a adversidade que se encontrava entre a razão e a emoção descontrolada.

“Ok! Ok!” — pensou Catra levando as mãos a cabeça buscando o fôlego pra conter  seu limite— “Pensa com clareza, Catra! Não fode as coisas mais do que já estão fodidas!” — se orientava ela — “O que a Adora faria numa situação dessa?”

Catra tomou como exemplo a garota que tanto a amava e teve o gatilho positivo que precisava para aquele momento, quando olhou para Scorpia que ali estava ajudando a garota levanta-se do chão.

— SCORPIA! — chamou ela a atenção da mana Shannon que olhou — Larga essa labisgoia e ajuda aqui, por favor! — ela pede apontando para Adora — Pega a Adora e trás ela nos braços rápido!

—Agora mesmo, gatinha selvagem! — Scorpia na hora se pôs a ir até onde estavam elas, e sendo mais alta e mais forte, pegou Adora nos braços.

— Vem! Eu vou pegar o meu carro na garagem! — chamou Spine indo na frente, Netossa e Scorpia foram logo atrás acompanhando.

Catra ficou ainda ali e olhou para as duas que tentavam se recuperar da surra.

— Foi por muito pouco! — proferiu Catra para as duas — Bem pouquinho, mas vocês se livraram, por hoje!

Catra então tratou de ir rapidamente em direção a entrada da casa onde Scorpia estava com Adora em seus braços desfalecida, quando chegou junto com Netossa no banco do passageiro da frente.

— Vamos, entrai aí gatinha selvagem! — orientou Scorpia indicado os bancos de trás para Catra — Entra no carro que vou pôr Adora deitada no seu colo.

Catra então entrou nos banco de trás e se arrastou no couro do carro de cor lilás e Scorpia pôs Adora dentro do carro com a cabeça em seu colo.

— Vira ela de lado, pois ela pode vomitar no caminho! — orientou mais uma Scorpia para deixar a amiga, mas nova menos tensa diante da situação. — E pra ela não se engasgar.

— Ok! — confirmou Catra e o fez — Scorpia me dá seu celular! — Pediu Catra ao lembrar-se que deixou na casada amiga.

Scorpia trouxe seu aparelho do bolso de trás da sua coleção jeans.

— Toma, best! —  ela ergueu o celular para Catra que o pegou — Eu vou indo logo atrás da moto. — avisou Scorpia fechando a porta do carro.

— Beleza! — respondeu Catra desbloqueando a tela do celular e digitando um número na tela de chamada — Tão esperando o que Spinetossa? — indagou Catra — Pau no acelerador, minha filha, anda! — Catra exigiu.

 Spine e Netossa se entre olharam e afirmaram um “sim” sorrindo uma para outra, pois apesar da situação não ser nem de longe uma das melhores, Catradora estavam enfim novamente juntas.

Spine então tratou de dar rapidamente a partida, enquanto Catra com o número discado na tela o olhou atentamente.

“Certo. Você consegue Catra!” — se incentivou ela respirando fundo e olhando para Adora tremula assim como estava trêmula sua mão que segurava o telefone da amiga Scorpia — “Uma vez na vida, velha...” — Catra então apertou o número e discou, a chamada tocava do outro lado da linha— “Faz uma coisa boa uma vez na vida! Só dessa vez, me ajuda!”

Tuuuuuu... Tuuuuu... Tuuuuu...”  — chamava o toque.

Catra fechou seus olhos e mesmo não esperando algo positivo daquilo, houve um estalar no outro lado da linha.

“Alô?” — respondeu a voz da Sra. Weaver do outro lado da linha — “Quem fala?”

O coração de Catra pulsou forte no peito, ao ouvir a voz da mãe, e por um momento não soube como responder, só seus olhos que transbordaram.

“Alô? Alguém aí?” — Chamou mais uma vez a voz do outro lado da linha e Catra buscou limpar os olhos marejados.

— Hey, mãe! — Catra respondeu meio embargada — Sou eu a praga da sua filha. — ela se apresentou e olhou para Adora ali desmaiada em seu colo — Véia, você tem que voltar pra Etheria!

“Filha o que aconteceu?” — perguntou a voz num tom preocupado — “Você tá bem?

Diante daquela pergunta Catra até tentou manter-se firme, mas ouvi-la naquele momento a fez não querer mais manter os muros em volta da relação que tinha com a mãe.

Pois apesar de Catra ser gata selvagem perdida no mundo, forte e indestrutível, que sempre encontrava seu alimento nas latas de lixo, ela tinha o seu último recurso desesperado que na verdade deveria ter sido o seu primeiro desde sempre; a mamãe.

— Não véia, eu não tô bem! — respondeu ela sem conter o choro — Volta pra casa eu preciso de você!

“Claro filha eu já estou indo!” — respondeu a voz que saiu num tom diferente — “Onde você tá?”

— Indo para Theymor Northwest Medical Center! — Catra respondeu.

“O que houve? Você se machucou?” — indagou a mãe do outro lado da linha.

— Não, véia é a Adora! —  respondeu Catra passando a mão sobre os cabelos de Adora, que estava febril e suando muito e um tanto trêmula — Por favor, vem rápido! — reforçou Catra sentindo o coração apertar no peito — Se acontecer alguma coisa com ela não sei o que vai ser da minha vida!

“Pode deixar filha chego no máximo em quarenta minutos!” — afirmou a mãe.

Catra sentiu que o peso de seu coração mesmo estando ali tão desesperado sendo um pouco aliado dentro do peito, ao ter pela primeira vez, o apoio da mãe sem questionamentos.

A garota rebelde fragilizada que ainda estava com o celular ao ouvido, escutava a mãe pegar as coisas e ir para o carro e ela não pôde evitar de deixar mais lágrimas escorrerem em seu rosto.

— Obrigada! — agradeceu Catra e abaixou o telefone desligando a ligação.

Catra olhou em volta para analisar bem a situação, viu as duas amigas de Adora ali na frente, a amiga Shennon vindo logo atrás de moto, e sua mãe que estava a caminho, e sem a mínima dúvida Catra entendeu enfim...

Que não!

 Ela não estava sozinha.

 E que NÃO!

 Mesmo desmanchando-se em lágrimas,  ela NÃO era fraca.

E que sim!

SIM!

Ela permanecia — mesmo entre lágrimas e soluços...

SELVAGEM!

Continua...


Notas Finais


*Bastidores da produção*

Kitty — Eita! Eita! Eita!
Que o negócio tá ficando é bom menino! 😝

Ray — Tá nada, eu quero é fogo no parquinho! Já tô com minha pexeira, kirida! 🗡️ 😎

Alícia — E eu já estou preparando a Paula!😗

Kitty — Paula? Mas que Paula? 😶

Alícia — A surra de paulada que vou dá na Ângella!😌

Ray — Aquela VAAAAAAAAAAAAAACA!😡

Kitty — Kkkkkkkkkkkkkk... Sério gente!
Eu amo vocês!🤭


*Produção off*


Gente muito obrigada por estarem juntos conosco nessa jornada de aventura dessa história de amor e tragédia adolescente. 🙃👁️👄👁️💕

Amo vocês!💕

Qualquer errinho logo será corrigido! ☑️💗

Até o próximo capítulo! #Fui

🏃‍♀️💨❣️


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