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História Wild Love - Imagine Jackson - O leilão


Escrita por: Izzy_C

Notas do Autor


CHEGUEM AQUI RAPIDINHO!

Se Deus quiser, na sexta também tem capitulo também!

Deixou para vocês imaginarem o que vai ter!

Beijos dessa Princesa das Trevas e do Mordomo Jeffrey!

Capítulo 5 - O leilão


Fanfic / Fanfiction Wild Love - Imagine Jackson - O leilão

IZZY ON

Parei e o olhei novamente perplexa com o que disse. Marcos pareceu ficar tenso, e o tarado se virou na cadeira com encosto, me fitando pervertido. Como assim leilão?

- Como disse? - Estava muita irritada, todavia, mantive uma expressão calma e um tom de voz tranquilo. Ele sorriu safado e respondeu.

– Seu leilão. Estarei esperando que seja sua vez para que eu possa dar meu lance. –

– O senhor não é casado, doutor? – Ele realmente tinha uma aliança na mão direita, entretanto, quando Marcos fez esse comentário, o mais velho a tirou e guardou em uma gaveta.

 – De fato, mas nada me impede de tentar “ficar” com essa gracinha. – Finalizou virando novamente a cadeira.

Sai batendo os pés e fiquei esperando Marcos na frente do elevador. Ele veio, apertou o botão e ficou me olhando, tentando achar uma brecha para falar comigo. Após a chegada do transporte vertical, eu entrei e fiquei estática no meio do veículo, meu ex entrou e apertou um botão.

– Izzy... Eu posso te explicar... Isso é... É... – Tapei sua boca enquanto olhava a porta. Ele entendeu que não queria conversar e virou seu rosto para a frente. Durante todo caminho até o carro ficamos em silêncio. Depois de uns 5 minutos no trânsito resolvi abrir a boca:

– Que história é essa de leilão? - Disse claramente irritada; após um suspiro pesado, ele começou a falar com uma voz baixa

– Como você ainda não teve sua primeira noite... Minha mãe vai leiloar sua virgindade, vendendo sua primeira vez para aquele que pagar mais. – Senti minha cabeça rodar, minhas mãos gelarem e suor frio escorrer do meu rosto.

Vou ser leiloada... Aquilo que é especial para mim vai ser vendido... Aquele que devia ser um momento intimo com alguém que confio e amo vai ser com um total desconhecido por conta de dinheiro... EU ODEIO A MINHA VIDA!

– Izzy, você está bem? - Estávamos parados no sinal; o motorista tentou colocar uma mão no meu ombro, no entanto, eu o afastei. Meus olhos furiosos se depositaram sobre sua pessoa, fazendo-o ter uma expressão de medo.

– Não tem noção do quanto eu te odeio! Do quanto eu amaldiçoo cada dia que passamos juntos, cada promessa que eu fiz para você, cada “Eu te amo” que saiu da minha boca! Eu realmente virei um objeto, e o pior, aquele que eu acreditava me amar me tornou um objeto. Tenho nojo de você, da sua mãe, e até de mim mesma... Aquilo que um dia eu pensei em fazer com você, porque eu tinha confiança no seu sentimento, hoje acontecerá com um desconhecido, alguém que nunca vi na vida, que não sinto absolutamente nada... Parabéns, Marcos Soares. Você arruinou a minha vida! – As lágrimas ardiam em meus olhos, contudo, ele não merece que elas caíssem; seus olhos também tinham gotas de água e ele deixava cair sem hesitar.

– Não diga isso. Eu... Eu te amo! –

– VOCÊ NÃO ME AMA! SE ME AMASSE, NÃO ME TRARIA PARA CÁ. – Ouvi buzinas se manifestando atrás de nós e olhei para o farol, que permitia andarmos novamente. – O sinal abriu, anda logo com essa merda de carro! – Ele virou os olhos para frente e seguiu com o carro.

Chegamos no beco. O mais alto saiu, deu a volta, abriu a minha porta e me ofereceu sua mão; a ignorei saindo do veículo, parei na frente da porta. Ele abriu a entrada e eu adentrei o corredor, impedindo que suas mãos segurassem meus braços. Quando entrei na recepção, a loira me perguntou com uma voz irritante:

– Como foi no ginecologista? Você tem alguma doença? - Me virei no pé da escada e olhei furiosa para a americana sentada na cadeira.

– Pode ter certeza de que qualquer doença que eu tiver não vai me deixar mais acabada e sem graça do que você saudável. Vá a merda, garota. – Ela me olhou incrédula, levantou e foi em direção à porta de metal; ia bater, contudo, Marcos a impediu.

– Não se atreva Kelly. – Ele já estava atrás de mim, nem percebi que sua pessoa já tinha se aproximado. Ela o olhou receosa e ele devolveu um olhar sério. – Volte para o seu lugar e não bata nessa porta. –

– Mas senhor Marcos... – Sua voz saiu um pouco manhosa, o que o deixou bravo.

– Já disse para se sentar! Eu cuido dela, deixe Dak-ho descansar. – Ela abaixou a cabeça e voltou a se sentar.

As mãos do maior foram parar nos meus antebraços e me empurraram escada à cima. Depois de chegarmos a porta da ALA D, comecei a me debater para que Marcos me soltasse e assim ele o fez. Olhei furiosa para seus olhos e vi uma falsa tristeza neles.

A porta foi aberta me permitindo caminhar até a entrada do meu “quarto”, meu ex abriu-a e deu passagem para eu entrar. Fui direto para a minha cama, chamando a atenção das outras que estavam conversando em grupinhos, e sentei-me nela. A última visão que tive do Marcos antes da porta se fechar foi de sua cara de piedade; típico de quando ele sabe que fez algo errado.

Olhei para o chão e lá senti que podia chorar. As lágrimas teimavam em cair, sendo que esse ato fez com que Ana e as outras viessem até mim.

 – O que aconteceu? Por que está chorando? – A mais nova sentou-se do meu lado e me abraçou enquanto Siara sentava do outro lado. Jéssica ficou em pé e as outras se sentaram no chão a minha frente.

– Hoje... Vão leiloar minha virgindade. – Minha voz saiu em um sussurro, mas todas ouviram pois fizeram expressões assustadas. Ana me abraçou mais forte e ficamos assim por um tempo.

Deve ter passado uma meia-hora, até que a porta foi aberta revelando a Sun-hee com um olhar de satisfação.

– O que foi? Por acaso... Alguém perdeu algo? Ou melhor, vai perder? - Sua risada sínica me irritou, me levantei tirando os braços da azulada de mime fui em direção à asiática com a intenção de dar-lhe uns bons tapas, porém Melaine e Hana, que estavam sentadas no chão, me segurassem pelos calcanhares, impossibilitando minha movimentação. – HÁHÁHÁHÁHÁ... Estou esperando para ver como vai ficar depois de hoje, garota! Quero ver se essa selvageria não some. – Se apoiou na porta rindo da minha cara.

– Eu sou indomável. – Tentei me mexer, contudo, as meninas me seguraram mais forte.

– Duvido! Andem logo preguiçosas, estam sendo convocadas para o refeitório, o leilão vai começar. – Bateu palmas e todas se levantaram – Formem uma fila e vamos! – Ainda a olhando com ódio, me juntei as outras. – Marchando garotas de programa. –Saimos do quarto e descemos as escadas, entramos no outro corredor e fomos para a última porta que era o refeitório.

Ao entrar pude ver todos das ALAS A, B e C e algumas da ALA D. Todos estavam aqui, ou seja, todas as alas tem virgens. Nos sentamos em uma mesa e vi Luke 3 mesas atrás de nós. Logo todos das ALAS E e F entraram.

Do lado oposto a “cantina” tinha uma TV enorme parafusada na parede e no teto. Mercedes e Marcos estavam embaixo dela, este tinha uma expressão seca enquanto aquela parecia vibrar. Ela usava um terninho preto, com uma blusa roxa por baixo e um salto branco.

Tinha representantes dela em todos os cantos e assim que o último prisioneiro passou pela porta, Dak-ho apareceu e a fechou, escondendo-a atrás de seu corpo.

– Bem vindos. – A brega falou em um microfone – Estão aqui pois começaremos mais um leilão de virgindades. Obviamente, nem todos são virgens, todavia, é bom que todos saibam quem está sendo leiloado... Quem sabe algum desses negócios não mude seu jeito de enxergar alguém. – Disse essa última parte olhando vitoriosa para mim. Com certeza ela queria que os “meus admiradores” vissem que até eu sou tratada como objeto. Não importa se a desafio, ainda vou ser uma prostituta que trás dinheiro para ela. – Vamos começar. – Clicou no tablet e a TV ligou, aparecendo uma página de fórum online, o nome da conversa era “Novas Mercadorias”. A cafetina começou a escrever:

FORUM ON (Autora - O que estiver em negrito estará “passando” na TV, aquilo que estiver normal são os pensamentos, descrições e falas da Izzy.-)

Mrs. Riches – Sejam bem vindos, queridos compradores! –

Mr. Gold entrou

Mr. Yixing entrou

Mr. White entrou

Mrs. Sun entrou

Mrs. Princess of Taiwan entrou

Mr. Doctor of Love entrou

Mr. Oh entrou

Mrs. Lee entrou

Mr. Victory entrou

Mrs. Riches - Vamos começar… - Ela olhou rapidamente para o celular  – Hector! – Mandou a foto de um menino meio moreno para o fórum. Ele tinha olhos verdes, era careca e parecia uruguaio. – Valor inicial de 10744900,00 wons. –

– Isso seria, aproximadamente, 10.000,00 dólares. – Falei em um sussurro para Ana que estava ao meu lado, ela me olhou meio espantada e eu dei de ombros.

– Como você sabe disso? - Perguntou baixo também. Ia responder, mas olhei para Mercedes e ela nos encarava, resolvi parar de falar e voltei a olhar para frente, logo a cafetina voltou seus olhos para o tablet.

Mrs. Sun - 161316000,00 de wons. – 150.000,00 dólares

Mrs. Lee - 182877500,00 de wons. – 170.000,00 dólares

Mrs. Sun - 199013750,00 de wons. – 185.000,00 dólares. Mercedes esperou um pouco e não ouve mais nenhuma proposta.

Mrs. Riches – Dale uma!

Mrs. Riches -  Dale duas!

Mrs Riches - Dale três!

Mrs Riches - Hector foi vendido para a Mrs. Sun. – Nada a comentar sobre esses apelidos... Senhora Rica, Senhora Princesa de Taiwan, Senhor Vitória... Tenha a santa paciência. – Agora o próximo produto... – Ela fez isso com pessoas de todas as ALAS.

Depois de umas 9 pessoas, foi à vez da Hana de ser sorteada. Ela acabou sendo vendida para o senhor White por 236788200,00 wons, aproximadamente, 220.000, 00 dólares. Ana e Milena tentavam acalma-la enquanto Mercedes escolhia a próxima vitima. Ia começar outra venda quando um novo participante entrou:

Mr. King entrou

Mrs. Riches – Fico feliz que tenha se juntado a nós Mr. King. – O sorriso de aprovação no rosto daquela velha era notável, o que fez me questionar quem seria esse.

– Esse é um dos clientes mais misteriosos daqui. – Dei um pulo ao ouvir a voz do Luke no meu ouvido. Ele havia engatinhado até aqui sorrateiramente, no entanto, Sun-Hee o viu e começou a caminhar em nossa direção quando:

– Sun-hee! – Marcus chamou-a sério, fazendo todos o olharem, menos sua mãe que ainda vibrava com o último comprador. A mais velha o olhou e Marcos balançou a cabeça negativamente, fazendo-a abaixar a cabeça e voltar para a parede perto da minha mesa.

Mrs. Riches – Próxima... – Minha ex-sogra me olhou prepotentemente e clicou no tablet, fazendo com que uma nova foto fosse para a tela. Quando a figura chegou na TV todos os prisioneiros se espantaram e olharam para mim. Era a minha cara que estava lá, meu rosto estava para ser leiloado. – Izzy! Lance inicial de 111.290.999,93 wons - 100.000,00 dólares.

Mrs. Lee – 172.501.049,89 wons. – 155.000,00 dólares

Mr. White – 222.581.999,85 wons – 200.000,00 dólares

Mr. Doctor of Love – 250.404.749,84 wons – 225.000,00 dólares

Mr. Gold – 255.969.299,83 wons – 230.000,00 dólares

Mr. Yixing – 278.227.499,82 wons – 250.000,00 dólares

Mr. Gold – 300.485.699,80 wons – 270.000,00 dólares

Mr. Doctor of Love – 306.050.249,80 – 275.000,00 dólares

Mr. Yixing – 311.614.799,80 wons – 280.000,00 dólares

Mr. Gold – 317.179.349,79 wons – 285.000,00 dólares

Mr. Yixing –322.743.899,79 wons – 290.000,00 dólares

Mr. Gold – 400.647.599,74 wons – 360.000,00 dólares

Mr. Yixing – 500.809.499,67 wons– 450.000,00 dólares.

Não sei o porquê... Porém, esse senhor Yixing me dava calafrios; por pior que seja dizer... Acho que com esse senhor Gold seria menos pior do que com o primeiro. Podia estar errada, entretanto, essa era minha sensação.

Mrs. Riches – Dale uma! – Suava frio e minhas mãos estavam geladas, o olhar de meus amigos estava em mim, mas não tirei minha visão daquela... desgraçada que estava negociando o meu corpo.

Mrs. Riches – Dale duas! – Suspirei pesado e apertei as mãos uma na outra, não aceitava nem um pouco aquela ideia, mas o que podia fazer? A vida daqueles que gosto estava em minhas mãos, e se fizesse algo, eles poderiam morrer.

Mrs. Riches – Dale três! – Quando tudo dizia que aquele “Senhor Yixing” seria o primeiro homem a me tocar, o destino deu uma reviravolta e aquilo que ninguém esperava... Aconteceu.

Mr. King - 1.112.909.999,27 wons! – Não... Não… Aquilo era… era… 1 bilhão de dólares! Estava perplexa, igual Mercedes, Marcos e todos os coreanos na sala, até Samuel estava de boca aberta. Alguém pagou 1 bilhão de dólares por mim...

Luke falava algo que não estava ouvindo, Ana pegou nos meus ombros e começou a me balançar, no entanto, não mexi um músculo...

Senti como se estivessem colocando algemas nos meus pulsos, como se tivessem me jogado em uma cela... Não tinha como impedir que aquela idiota aceitasse e se ela aceitasse, minha última esperança acabaria, minha última gota de liberdade iria ralo à baixo.

A morena sorriu maravilhada e olhou vitoriosa para mim, que não expressei nenhuma reação.

Mrs. Riches – Dale uma! –

Mrs. Riches – Dale duas! –

Mrs. Riches – Dale três! –

Mrs. Riches – Izzy foi vendida para Mr. King! Vamos continuar... – Essa palhaçada teve mais 5 vendas e durante todo esse tempo eu permaneci estática, olhando para o chão enquanto meu cérebro entrava em curto.

É oficial! Hoje à noite perderei minha virgindade, virarei uma prostituta por completo.

- Izzy, por favor, responde! – Ela ainda me balançava enquanto falava baixo. Não correspondi a nada, não disse nada. – Luke, estou preocupada. Acho que ela morreu e esqueceu de cair. – Meu amigo passou a mão na frente do meu rosto rapidamente, esperando que pelo menos eu piscasse, coisa que eu não fiz.

– Ela deve estar em choque! Izzy, pequena, responda. – Estralou os dedos no meu ouvido e não obteve resposta.

– Parece que a selvagem ficou mansinha. – Sua risada me dava vontade de pular em seu pescoço e enterrar minhas unhas em sua garganta... Porém, agora não estava em condições emocionais e mentais para fazer isso.

– O leilão acabou. Agora é 03h30min da tarde. Vão para seus quartos e daqui meia-hora serão chamados para o banho! Todos estarão prontos até às 7 da noite, pois as 07h30min estarão na porta de seus clientes. – Seu riso cruel ecoou pela sala, junto com o riso de Dak-ho e dos “supervisores”.

FORUM OFF

– Levanta garota! Hora de voltar para o quarto! – Todos estavam se levantando, Luke havia voltado para o seu “grupo”, só faltava eu levantar para que meu “grupo” fosse para o quarto. Olhei sem expressão para a asiática furiosa a minha frente, levantei-me e fui em direção à porta. – Aigoo... Ela não está nada bem! – Seu tom era meio surpreso.

Ouvindo os passos das outras atrás de mim, subi até meu quarto com a Sun Hee atrás do meu “grupo”. Entramos no quarto e eu deitei na minha cama, fiquei fitando o teto e não pensei em nada, não por que não quis, mas porque não conseguia. Tudo que rodava na minha mente é que em menos de 5 horas me tornaria mulher contra minha vontade.

– Izzy, por favor, fale conosco! – A angola e a azulada se aproximaram da minha cama, nem as olhei.

– Está me mantando de medo sua louca! Me xinga, xinga o Marcos, xinga o Donald Trump, todavia, diga algo. – Ana sentou-se perto do meu quadril e me fitou preocupada. Mexi um pouco meu pé e senti algo espetando minha bota, olhei para baixo e vi o buque de rosas. Me sentei, tirei os sapatos e o sobretudo, peguei as flores e fiquei mexendo nas pétalas. – Pelo amor que você tem a mim! Diga alguma coisa, criatura! – Segurou meu pulso com força, chamando a minha atenção olhei, sua expressão era de preocupação, assim como a de Siara que mantinha a mesma cara de preocupação.

Ia responder quando ouvi um choro vindo do meu lado esquerdo, deixei as flores de lado e me levantei, vi Hana chorando em sua cama com Milena e Jéssica a abraçando. Fui até elas, me agachei e olhei nos olhos dessa virgem.

– Sei muito bem que não adianta tentar te dizer coisas do tipo: “Pode não doer.” ou “Você vai acabar gostando” porque isso seria mentira. Não há nada de bom em ser tocada sem sua permissão, muito menos por alguém que não gostamos e nem conhecemos direito. Infelizmente, não posso impedir que aconteça, nem que eu vá no seu lugar... Entretanto, posso dizer que não está sozinha com essa dor e angustia, pois estou do mesmo jeito. Não podemos lutar sem sofrer consequências piores, mas podemos buscar conforto umas nas outras, afinal... Se não ficarmos unidas, estaremos completamente sozinhas. – Hana parou de chorar e me abraçou, ficamos as duas ajoelhadas no chão, enquanto as outras nos olhavam com pena.

Com certeza o olhar de pena em você tras uma sensação horrível! Deu o tempo e Samuel veio nos chamar.

– Moça dos véus, Izzy, vamo bora! Hora do banho! Vão ficar cheirosinhas para seus machos. – Apesar dessas palavras, ele não parecia estar contente, sua expressão meio triste até me surpreendeu.

Peguei minha toalha e minha escova de dentes, Hana pegou as coisas dela e fomos para o banheiro. Tirei as roupas lá e entrei no chuveiro, coloquei água gelada para ter certeza de que aquilo não era um sonho. Só tinha nós duas no banheiro, pois somos as únicas virgens dessa ALA. Sun-hee ficou parada na porta enquanto ria discretamente. Acabamos, escovamos os dentes e voltamos para o quarto.

– O que vai escolher? – A muçulmana perguntou pegando um dos baús.

– Sinceramente... Não faço a mínima ideia. – Abri meu baú e vi um vestido inteiro de brilho prateado. Ele tinha um decote enorme que ia até o fim das costelas, uma abertura nas costas que ia até o cox, uma saia curta com comprimento até a metade da coxa e com um racho de cada lado. Resumindo, um pedaço de pano brilhante – Vai ser esse mesmo. – Coloquei uma lingerie de renda preta, passei um creme nas pernas, coloquei o vestido e uma sandália prata de salto número 15 fino.

Acabei de me arrumar e olhei para Hana. Ela usava um vestido azul de látex que era extremamente curto e que tinha um decote em circulo que revelava muito de seus seios e um salto dourado. Deixando o hijab em cima da cama, a muçulmana deixou a mostra seus cabelos negros e meio ondulados.

 – Fiquem tranquilas, voltamos vivas. – Disse para as outras que nos olhavam com compaixão. Tentei sorrir amigavelmente e Hana concordou com a cabeça. Fui até a porta e bati, Samuel abriu e me olhou da cabeça aos pés.

– Que isso chefia... Isso sim que é uma brasileira. – Riu safado e eu bufei impaciente.

– Nos leva logo para a Sara e a Yasmin. – Falei séria e ele revirou os olhos. Saiu andando e o seguimos.

Sara é cabelereira e Yasmin segunda maquiadora. A primeira é inglesa enquanto a segunda é alemã; a britânica tem cabelo curto ruivo e olhos negros, a alemã é loira com cabelos lisos e olhos marrons, elas são bem magras, tem a minha altura e são completamente loucas. Descemos as escadas e o baiano abriu a porta para nós.

– Olha só quem está ai! – Sara disse levantando da cadeira giratória e vindo até nós com um sorriso forçado. Yasmin estava em pé, perto do frigobar; quando viu as virgens entrando veio também e abraçou a Hana.

O salão era uma sala de 2 por 1,5; com duas cadeiras de cabelereiro, um espelho enorme, um carinho com secador, chapinha, babyliss, cremes, shampoos, hidratantes, bobes... No canto esquerdo ficava o lavatório roxo vibrante e, do lado direito do espelho ficava a caixa de maquiagem com tudo que se possa imaginar, pó, blush, sombras, corretivo, batom... Tudo!

 – Lamentamos por isso. Não queríamos que vocês passassem por isso. – A alemã disse baixo e me abraçou.

Apesar de fazerem esse trabalho, elas não queriam estar aqui. Pelo que o Luke contou, a Mercedes ameaça a família delas, só para garantir que as duas façam o que a cafetina quer.

– Não podem fazer nada. – Eu respondi baixo - Vamos só ir logo com isso. – Suspirei e as 3 me olharam tristes.

– Ok. Hana você vem comigo enquanto a Izzy faz cabelo, depois nós trocamos. – A britânica disse enquanto puxava a muçulmana.

Sara lavou meu cabelo, me levou até a cadeira e me perguntou com um tom meio divertido

– O que pensa em fazer? - Mesmo não sendo o que a cabelereira queria, ela gosta de mexer com o cabelo de qualquer um. Sorri desafiadora

– Me surpreenda. – Seus olhos brilharam e ela concordou com a cabeça. Ela pegou o babyliss e fez cachos ainda mais definidos e hidratados, pegou uma parte do cabelo que ficava no topo, puxou para trás e fez um coque, deixando muitos cachos caindo.

– O que acha? - Perguntou quando acabou. Olhei no espelho e quase cai de costas, estava maravilhoso!

– Você arrasou! – A abracei e ela retribuiu.

– Verdade, quero o meu bonito também! – Hana disse, fazendo nós a olharmos. A maquiagem estava leve, os olhos com um azul claro e um pouco de gliter dourado no canto da pálpebra, um batom nude e as bochechas rosadas.

– Que maravilhosa! – A ruiva disse sorrindo

– Eu sei que arraso! – A loira deu um beijo no ombro fazendo todas rirmos. – Vem cá brasileira, deixa eu trabalhar nesse rostinho. – Troquei de lugar e a alemã olhou bem para a minha roupa. – Fica tranquila, vai ficar mais gata! – A deixei trabalhar e quando acabou me surpreendi mais ainda.

A sombra era bem clarinha, sendo o destaque dos olhos um lápis azul claro, algumas partes do meu rosto estavam iluminadas, deixando meu rosto mais bonito e meus lábios tinham um batom vermelho bem chamativo.

– Acabei! – Yasmin afirmou. Olhei para Hana e Sara e as duas aprovaram com a cabeça.

Desejei boa sorte para a morena e sai do salão. Fui em direção à recepção e Marcos, Mercedes, Kelly e Dak-ho estavam lá. Quando todos me viram, olharam incrédulos para mim.

– Não acredito! – Kelly parecia ofendida só pela minha presença. Consigo ficar mais bonita do que ela mesmo sem usar aquele terninho apertado, imagina usando esse vestido?

– E não é que você consegue ficar bonitinha. – Mercedes olhou com satisfação para meu corpo – Acho que o cliente vai te querer. –

– Se ele não querer, eu quero. – O halterofilista sorriu malicioso enquanto me olhava. Ele estava com uma regata preta, uma calça jeans azul e sem nenhum sapato. Sua imaginação deveria estar a mil, pensando no que poderia fazer comigo.

– Chega Dak-ho. – Meu ex o fuzilou e o coreano abaixou a cabeça. Marcos se aproximou, deixando evidente o quanto estava satisfeito em me ver naquela roupa.  Depois de passar um bom tempo olhando meus seios, ele levantou o olhar e disse meio nervoso. – Está na hora... Eu te levo. – Sai andando na sua frente, ouvindo os assobios de Dak-ho e as bufadas de ódio da Kelly.

– Não se esqueça de pegar o dinheiro. – Foi à última frase que ouvi da cafetina antes da porta ser fechada.

O beco estava pouco iluminado, contudo, tinha uma lâmpada em cima da minha cabeça, me possibilitando entrar no carro a minha frente. O mais alto deu a volta e entrou no banco do motorista.

– Vamos... – Ele começou a dirigir e não disse uma palavra, apenas prestava atenção no transito. Olhei para meu pulso exposto e vi a merda da marca a ferro em minha pele, aquele brilho verde me intrigava. – É um micro-ship. – Deve ter percebido meu olhar constante para esse negocio dentro de mim – Ele está conectado com o seu cérebro por estímulos. Esse aparelho consegue captar tudo que vai ao seu cérebro, podemos saber quando está com fome, frio, raiva, medo... As vezes, conseguimos capturar até mesmo algumas frases que seu cérebro formula antes de serem ditas – Dizia com o olhar fixo no transito. Eu estava perplexa o encarando; como era possível tudo isso? – Também existe um dispositivo que aciona um microfone, ai conseguimos ouvir tudo que você diz e tudo que outros dizem perto de você. – O maior suspirou pesado - Infelizmente... Não tem para onde correr. – Marcos parou o carro, olhou nos meus olhos e disse com voz de choro – Chegamos! Pode sair! – Virei-me e vi um prédio extremamente luxuoso, as paredes tinham um tom dourado e os lustres da entrada eram feitos de bronze. – O número do quarto é 4687, diga que o proprietário está te esperando. Estarei aqui às 3 da manhã para te buscar. – Abri a porta, sai e a fechei sem olhar o motorista.

Subi lentamente as escadas. A recepção parecia aquelas de hotéis caros que ficam em Paris, com uma mistura de vermelho, dourado, branco e bege. Fui até a mesa de recepção e um moço de uns 20 anos olhou para mim e sorriu.

- Pois não? Posso ajuda-la? - Ele usava um uniforme vermelho com ombreiras e botões dourados.

– Estou indo no quarto 4687, o proprietário me espera. – Disse calma em um coreano formal, o recepcionista sorriu e olhou para a tela do computador

- Senhorita Izzy? - Perguntou e eu assenti com a cabeça. – Ótimo. O senhor liberou sua entrada. Pegue o elevador a sua esquerda, vá até o décimo sétimo andar, última porta do lado direito. – Disse por fim, ambos fizemos uma reverencia.

Fui até o elevador e apertei o botão. O veiculo vertical tinha a paredes de espelhos, o teto e o chão eram em um tom bege. Cheguei no andar e senti meus pés pesarem. Comecei a andar pelo carpete dourado, vendo o número nas portas brancas e conforme ia me aproximando, sentia meu coração bater mais lento... Estava quase tendo um derrame ali mesmo.

Fui até a última porta e parei na sua frente. Do meu lado esquerdo tinha uma janela que ia do chão ao teto, as luzes da cidade iluminavam o número 4687 feito de um material negro.

Respirei fundo e dei 5 batidas na porta. Ouvi os passos do homem se aproximando; cerrei os punhos, fiz uma expressão séria e esperei a porta se abrir para ver quem seria aquele idiota que pagou 1 bilhão para dormir comigo.

Quando a entrada se abriu eu congelei! Minha boca se abriu lentamente e eu arregalei os olhos

- Você?! – Disse baixo e ele riu divertido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

– É um prazer revê-la senhorita Izzy. Já que não tivemos tempo de nos apresentarmos devidamente hoje cedo, gostaria de fazer isso agora. Muito prazer, meu nome é Jackson Wang. – Sorriu malicioso, me olhando dos pés a cabeça. Não é possível que o homem que esbarrei hoje de manhã seja o mesmo homem que comprou minha virgindade!

 


Notas Finais




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