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História Wildfire - Nobody's Perfect


Escrita por: mclaraaaaaaaa

Notas do Autor


Nome do capitulo: Ninguém é perfeito.
OIOIOI MANAS!!! Até o próximo.

Espero que gostem.

Capítulo 7 - Nobody's Perfect


O ar na cozinha do apartamento de Ravena havia caído de 16° para 5°. Cyborg estava ao lado de Asa Noturna, com as mãos apoiadas na mesa de madeira; Mutano estava do outro lado, perigosamente perto de Shane; Ravena estava na ponta da mesa, encarando as próprias mãos. Podia sentir o olhar dos quatro homens perfurando sua pele, mas não tinha força de vontade para encará-los nos olhos. Nenhum deles, incluindo Shane.

- Então, Ravena... – Asa Noturna começou a falar, brincando com o comunicador que estava em suas mãos.

- Pela última vez, o que vocês estão fazendo aqui? – Ravena perguntou, levantando a cabeça pela primeira vez desde que Shane havia arrastado-os para a cozinha.

- Nós estamos trabalhando – Cyborg suspirou. – Não viemos atrás de você de propósito, nem nada disso. Acho que você tem algumas coisas para explicar.

- Muitas coisas – Mutano concordou, dando de ombros. Shane sorriu para ele e deu um tchauzinho, diminuindo o espaço entre suas cadeiras. – Muitas coisas mesmo. – ele tossiu, sem graça e tentou se afastar de Shane.

- Que tipo de trabalho é esse e por que vocês invadiram a minha casa desse jeito?! Vocês não têm direito...

- Temos direito sim. – Asa Noturna a interrompeu. – E não invadimos a sua casa. O seu amigo nos atendeu.

- É verdade. Eu realmente fiz isso, Ravena. Não pensei que eles fossem os mesmos Titãs daquelas histórias que você e a Kori me contaram.

Ravena fuzilou Shane com o olhar e cruzou os braços, soltando o corpo pesadamente no encosto da cadeira. Agradeceu por ainda estar com seu pijama de moletom, mesmo já tendo passado da hora do almoço. Pelo menos seus ex-colegas não a veriam em sua roupa de trabalho. Seria constrangedor demais.

- Viemos porque Jump City tem um tratado com as cidades mais próximas de auxiliar em casos como esse. Sequestros, homicídios, tráfico de drogas... Quando recebemos a ordem para vir, não sabíamos que você e a Kori estavam envolvidas. De verdade. Só que a polícia de Midnight City desistiu do caso por falta de provas. – Mutano disse, fazendo Ravena piscar algumas vezes para voltar à realidade. – Somos sua única esperança e os únicos que disponíveis para  achar a... Kori.

- Você está disponível para outras coisas também? – Shane arqueou uma sobrancelha. – Verde é a cor da natureza e eu amo uma floresta. – ele piscou e Cyborg riu alto ao ver a expressão assustada de Mutano.

O clima na cozinha melhorou um pouco e eles foram capazes de relaxar. Shane era definitivamente uma peça rara, e era assim que Ravena o definia. Seu cabelo era num tom de castanho escuro e ficava arrumado entre “espetado casualmente” e “amassado sexy”. Seus olhos eram tão pretos que pareciam duas jabuticabas brilhantes e persuasivas, que sempre, em todas as situações imagináveis e inimagináveis, conseguiam o que queriam. Ele era engenheiro de minas e trabalhava criando projetos para as escavações da Glory Jewelry, a maior joalheria mineradora do estado da Califórnia – a mesma que Jared estava prestes a herdar devido à aposentadoria de seus pais. Havia conhecido Estelar e Ravena em uma loja de departamentos, graças ao seu próprio descuido, que o permitiu atropelá-las com o carrinho de compras. Não tinham se entendido bem no início, mas acabaram no meio de uma amizade que seria uma das coisas mais importantes de suas vidas.

- Shane! – Ravena revirou os olhos, fazendo-o deixar Mutano em paz por alguns instantes. – Como assim a polícia desistiu do caso? Eles não podem fazer isso!

- É isso que acontece quando uma mulher que trabalha com esse tipo de coisa some. – Asa Noturna cuspiu, olhando com raiva para Ravena. – A polícia não se importa porquê ainda existem várias desse tipo nas esquinas e nos clubes de striptease.

- A Kori nunca se envolveu com nada disso! Ela era apenas a garçonete do Wildfire e só trabalhava durante o dia. – ela retrucou. – E mesmo que trabalhasse com outra coisa, a obrigação deles é cuidar da população de Midnight City! É proteger todos os cidadãos, sem escolher quem merece ou não porque ninguém pode julgar as escolhas de ninguém. Nem você, Asa Noturna e nem os policiais que deveriam estar trabalhando nisso.

Asa Noturna soltou uma risada irônica e arqueou uma sobrancelha, achando a conversa divertida. Cyborg e Mutano se entreolharam, sabendo que aquela reação do líder só mostrava o quão nervoso ele estava.

- E isso aqui é uma escolha? – ele perguntou, incrédulo. – Vocês tinham um trabalho digno, moravam na Torre, eram super-heroínas. Tinham tudo e quiseram trocar uma vida perfeita para trabalhar como prostitutas? Não faz sentido nenhum para mim.

- Não venha julgar as nossas escolhas quando você não consegue ser capaz de manter as suas, Dick. Você não passa de um pau mandado que faz tudo que o Batman manda.

- Batman? – Shane arfou.

- Agora não, Shane – Ravena levantou a mão, indicando para ele fazer silêncio. – A Kori está desaparecida e eu estou desesperada. Além do mais, não sou obrigada a escutar isso dentro da minha própria casa. – ela disse, olhando para Asa Noturna. Dentro do armário, um copo de vidro explodiu depois de ser envolto por magia. – Então faça o seu trabalho, mas não se meta onde não deve.

- E onde você estava quando ela desapareceu? – Asa Noturna riu, nervoso. – Trabalhando? Se é que eu posso chamar isso de trabalho...

Cyborg congelou na cadeira e sua lataria soltou um barulho estranho, como se fosse se desmantelar. Mutano arregalou os olhos e abaixou a cabeça para não ter que encarar Asa Noturna e Ravena.

- Eu estava trabalhando sim. Tenho contas para pagar e ainda não encontrei nenhum milionário para me assumir como filha. – Ravena provocou, vendo a veia na testa de Asa Noturna pulsar.

- Só posso fazer meu trabalho quando você me contar o que sabe. – ele retrucou. – Provavelmente um dos seus patrões podem estar envolvidos.

Mutano suspirou e levantou a mão, pedindo permissão para falar. Encolheu-se na cadeira quando todos os olhares caíram sobre ele e engoliu em seco.

- Ravena... No que exatamente você trabalha? – ele corou. – Dick disse que você era a funcionária nada simpática que Stef havia mencionado...

- O Dick está certo – Cyborg interrompeu, com medo de que Ravena matasse Mutano por causa daquela pergunta. – Normalmente os cafeto... Donos dos clubes estão sempre envolvidos.

- Eu trabalho no único lugar que me aceitou quando eu e a Kori chegamos aqui. – Ravena ignorou Cyborg e sustentou o olhar de Mutano, fazendo-o pigarrear.

- Rae Rae, você não precisa falar sobre isso. – Shane falou, preocupado. Sabia que para ela aquele era um assunto mais delicado do que parecia.

- Você é uma garota de programa. – Mutano concluiu.

- Sim, eu sou. Satisfeitos?

Shane lançou um olhar triste para a amiga e suspirou, voltando sua atenção para a mesa de madeira. Cyborg brincou com a pequena tela de computador em seu braço e fungou.

- Cara... Isso é uma brincadeira, certo? – Mutano riu, nervoso. – Você trabalhando com isso?

- Você tem algum problema com isso? – Shane perguntou de cara feia.

- Por que a supresa, Garfield? – Ravena debochou. – Não sou boa o bastante para ser garota de programa?

- Na-Não... Eu só não consigo te imaginar fazendo isso. Você é a Ravena. Fechadona e assusta... Esquece.

- Não. Continue, por favor. Vocês invadiram a minha casa, me ameaçaram por serem os “únicos que podem me ajudar” – ela fez aspas no ar. – E agora estão me insultando. Mais alguma coisa?

- Não venha se fazer de coitada, Ravena – Asa Noturna ralhou, batendo a mão com força na mesa. – Nós te conhecemos e você não é assim. Essa não é você!

- Olha aqui – Shane levantou-se e apontou para os Titãs. – Se vocês continuarem tratando a Ravena assim, vou ter que pedir para que se retirem.

Asa Noturna passou as mãos pelo cabelo e também ficou de pé, andando de um lado para outro na cozinha pequena.

- Que porra de escolha foi essa que vocês fizeram? – ele sibilou para Ravena.

- Não é da sua conta. Você não é meu pai ou pai da Kori. – Ravena respondeu, encarando-o com raiva. – Você foi o nosso líder. Só isso.

- É melhor vocês dois falarem baixo. – Shane avisou, olhando para a porta.                              

- Nós éramos como irmãos, Ravena. Eu e você. – Asa Noturna continuou. – A Kori era o amor da mi...

- Bom, caso você não tenha percebido, isso acabou.

- É claro que eu percebi!

- Você continua nos culpando por nossas escolhas erradas quando você também errou feio com a Kori. – Ravena riu. – Nós éramos uma família, mas agora...

- AGORA VOCÊS SÃO DUAS PUTAS!

Ravena arregalou os olhos e prendeu a respiração, quebrando outro copo que estava no armário. Asa Noturna estava conseguindo deixá-la descontrolada em questão de minutos. Todo o trabalho que ela havia tido para se controlar no Wildfire e na presença de Morris, estava indo por água abaixo.

- Asa Noturna – Mutano murmurou, tão assustado que usou o nome de super-herói do amigo. – Você está exagerando.

- Estou? Estou mesmo, Mutano? Eu sei que você e o Cyborg também pensam isso, mas não têm coragem de falar!

- Saiam da minha casa – Ravena pediu, olhando para Mutano e Cyborg enquanto tentava manter a calma. – Não preciso da ajuda de vocês. Posso procurar pela Kori com a ajuda do Shane.

- Pode mesmo? Durante o intervalo dos seus programas? – Asa Noturna cuspiu. – Não sei se você vai ter muito tempo para isso, além da sua falta de prática. Ou você anda treinando outras coisas além dos seus movimentos com a boca?

Aquela foi a gota d’água.

Cyborg se levantou em um pulo e bateu as duas mãos na mesa, fazendo com que todos o olhassem. Mutano foi para o lado de Ravena, na intenção de defendê-la caso Asa Noturna ficasse ainda mais fora de si. Shane cruzou os braços e suspirou aliviado quando a cozinha ficou em silêncio.

- CHEGA! – Cyborg gritou, olhando para Asa Noturna e Ravena. – É melhor você ficar na sua enquanto ela explica o que pode ter acontecido com a Kori. Não estamos aqui para julgar suas escolhas, Ravena. Isso não é da nossa conta. Só viemos até aqui para trazer a Kori de volta para casa... Não queremos que ela seja traficada ou coisa pior, mas você também precisa se acalmar.

Shane concordou com a cabeça e abriu o armário, pegando uma caixinha de chá. Mutano percebeu o que ele estava fazendo e tomou a liberdade de colocar um pouco de água para ferver, recebendo um sorriso de agradecimento.

- Acho que todo mundo aqui precisa se acalmar, Exterminador do Futuro – Shane piscou. – Todos vocês.

- Meu nome é Cyborg.

- Prazer, o meu é Shane.

- Esses são Asa Noturna e Mutano. – Cyborg continuou, apontando para os amigos. – Ou Dick e Garfield.

- Dick, hein? Mas e você? Não tem um nome normal?

- Victor. Mas prefiro que me chamem de Cyborg.

- Tudo bem, Vic. Eu posso lidar com isso.

Cyborg revirou os olhos e balançou a cabeça, virando-se para Asa Noturna e Ravena. Eles continuavam se encarando, como se fossem animais disputando por comida na Savana.

- Então – Mutano falou, entregando uma xícara de chá para Ravena. Analisou seu rosto, reparando nos traços que quase não tinham mudado ou envelhecido. Ela estava com rosto de mulher, é claro, mas continuava do mesmo jeito que ele se lembrava, principalmente o chakra vermelho em sua testa. – Você está mais calma?

- Estou, obrigada. Será que posso resolver isso só com você e o Cyborg?

- Ahn...

- É claro que não. – Asa Noturna suspirou. – Eu ainda sou o líder dos Titãs. Estamos aqui pela Kori e vamos encontrá-la. Prec...

- O que tá acontecendo? – um Max sonolento perguntou, entrando na cozinha. Coçou os olhos e apertou seu pijama/macacão de dinossauros.

- Max! – Ravena colocou a xícara de chá na mesa e foi até ele, agachando-se. – O que você está fazendo aqui? Era para você estar dormindo...

- Eu acodei com vocês gitando. Eles vão nos machucá?

Ravena olhou para os Titãs e balançou a cabeça negativamente, levantando-se do chão. Max ergueu os bracinhos, pedindo colo e ela o pegou.

- O quê?! Não, meu amor. Claro que não.

- Mas eles tão bavos.

- Eles vieram visitar a mamãe e só estão bravos porque ela não está aqui. Não se preocupe...

- Quem é esse? – Cyborg arqueou uma sobrancelha.

- Ele é seu filho? – Mutano arregalou os olhos.

- Não. Ele é...

- Filho da Kori. – Asa Noturna completou.

Cyborg aproximou-se de Ravena e passou a mão pela franja de Max, sorrindo para ele.

- Olhem só essa semelhança com a Estelar, cara! – ele exclamou, rindo.

- Ravena... Como...

- Dick, você está o assustando. – Ravena falou, brava. Max escondeu o rosto no pescoço dela e chorou. – Tenta se controlar.

- Max, vem com o tio Shane. Podemos ir passear no parque. – Shane disse, estendendo os braços.

- Não – Max fungou. – Eu queo a tia Avena.

- Ravena... Quantos anos ele tem? – Asa Noturna perguntou.

- 4. Mas não se preocupe, ele não é seu.

- É fruto de um dos programas da Kori?

Ravena semicerrou os olhos e bufou, ignorando a pergunta dele. Deu um beijinho na testa de Max e arrumou a franja dele.

- Ei, garotão – Cyborg o chamou, sorrindo. – Por que você não se acalma um pouco e brinca comigo?

- Posso brincar também? – Shane perguntou, animado.

- Tudo bem, Max – Ravena suspirou, dando as costas para Asa Noturna. – Esse é o Cyborg e esse é o Mutano. – ela apontou, aproximando-se dos dois. – Cyborg, Mutano... Esse é o Maxon ou Max, como ele gosta.

Max levantou um pouco a cabeça, mas ainda continuou agarrado ao pescoço dela. Olhou para Cyborg e depois para Mutano, pensando no que fazer.

- Po que você é vede? – ele perguntou, segurando a orelha pontuda de Mutano.

- Porque eu sou muito legal. E pode me chamar de Garfield – Mutano respondeu, sorrindo e segurando a mãozinha dele. – Você gosta de cachorro?

- Eu amo cacho... Cac...

- Cachorro. – Ravena ajudou, lembrando-se do pequeno problema que ele tinha para falar palavras que tinham a letra “R”.

- Mas a mamãe não me deixa um.

Mutano assentiu e piscou para Max, transformando-se em um cachorro. O menino quase pulou do colo de Ravena e bateu palminhas, animado com o que havia presenciado.

- Olha isso, tia Avena!

- Sim, Max. Muito legal.

- Você pode se transformar em outros animais? – Shane perguntou, segurando o braço de Mutano, que havia acabado de voltar a sua forma humana.

- Posso me transformar em qualquer animal. – Mutano explicou. – Extinto ou não.

- Gostei de você, verdinho.

- Shane – Ravena revirou os olhos. – Você está muito para frente hoje.

- Desculpe, Rae. Mas esse garoto é incrível!

- Ahn... Obrigado. – Mutano tossiu, sem graça. – Eu não sou gay.

- Ninguém é até me conhecer. Acredite em mim, a vista é mais bonita do lado de fora do armário.

Cyborg soltou uma gargalhada exagerada e fingiu secar uma lágrima em seu olho humano. Mutano corou e abriu um sorriso amarelo para Shane, tentando ser simpático.

- Vamos parar com isso – Asa Noturna ralhou, chamando a atenção de todos. – A Estelar está desaparecida! Viemos aqui para resolver isso, Ravena. Se o seu amigo puder colaborar, eu agradeço.

- A mamãe não vai voltá? – Max perguntou, olhando para Asa Noturna. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e o clima na cozinha ficou gelado outra vez.

- Feliz agora? – Ravena rosnou, fuzilando Asa Noturna com os olhos. – É claro que ela vai, Max. Já te disse que a mamãe só foi viajar para comprar o melhor presente de Natal para você.

- Rae, vou dar banho nele. – Shane falou, pegando Max no colo. – É melhor para vocês conversaram à sós.

Max olhou para Ravena e acenou para Cyborg e Mutano, secando algumas lágrimas. Shane sacudiu os braços, brincando com ele e sorriu.

- Vamos lá, hora de lavar esse cabelo fedido. Sua tia não comprou seu shampoo, não?

- Podemos bincar com espuma? – Max perguntou, saindo da cozinha com Shane. Ravena suspirou e sentou-se novamente, apoiando a cabeça nas mãos.

- O que você acha que pode ter acontecido? – Cyborg perguntou para ela. – Quando você a viu pela última vez?

- Ontem de manhã quando cheguei do Wildfire. Eu não sei... Ela está acostumada a sair do clube ás 19h e sempre me avisa quando precisa passar em algum lugar antes de vir para casa.

- A funcionária que a viu pela última vez... Lena – Mutano lembrou. – Disse que a viu entrar num beco com um homem e depois só ouviu o barulho de uma arma disparando.

- Ela tem algum problema com cliente? – Asa Noturna perguntou.

- Pela milésima vez, ela não tem clientes. Ela trabalha como garçonete do clube durante o dia! Só isso.

- Então de quem o Max é filho?

- Do namorado dela. Tom Poynter. – Ravena disse, cansada. – Eles se conheceram em Jump City, mas vocês não estavam mais juntos. Não precisa pensar que ela te traiu porque não foi isso que aconteceu. De qualquer forma, ele está trabalhando. Está no meio do mar numa plataforma de petróleo. Ficará fora até o final do ano que vem.

- Por que você faz programa e ela não? – Mutano perguntou, recebendo uma cotovelada de Cyborg.

- Porque quando começamos só tinha uma vaga para garçonete e a Kori estava grávida.

- E esse Tom não vai ser nem avisado? – Asa Noturna sibilou. – A namorada dele está desaparecida! Isso se ele não tiver metido nisso, não é?

- Ele não está, Dick. O Tom é... É um homem bom. Sempre nos ajuda do jeito que pode. Os pais dele são ricos, mas eles não têm uma convivência boa. Não se falam há anos.

Asa Noturna cruzou os braços e encarou Ravena, estudando o rosto dela. Não havia indícios de que ela estava mentindo, e ele odiava isso. Queria que tudo fosse mentira. Que fosse apenas uma brincadeira de mal gosto apenas para irritá-lo.

- E o dono do clube? – Cyborg perguntou.

- Adriel Morris. Ele é completamente louco... Está sempre brigando e nunca está satisfeito. É complicado.

- Ele não parece ser uma boa pessoa.

- Mas ele não é mesmo.

- Tudo bem. Vamos dar um jeito de encontrá-la, ok?! Pode ficar tranquila.

Ravena assentiu e tentou sorrir para Cyborg. Sua vontade era de agradecê-lo por estar sendo tão compreensível, mas podia sentir que ele estava decepcionado com ela. Assim como Mutano. Asa Noturna estava com mais raiva do que tudo.

- Acho melhor nós irmos andando. – Mutano falou para os amigos. – Está ficando tarde e ainda precisamos achar um hotel.

- Um apartamento. – Asa Noturna corrigiu.

- O quê?!

- Um apartamento.

- Cara, só vamos ficar alguns dias.

- Não. Algo me diz que vamos ficar mais tempo do que apenas alguns dias e você sabe disso.

- Você pode nos passar seu telefone? – Cyborg perguntou, apertando o ombro de Ravena.

- Cla-Claro. – ela pegou um papel e anotou três números, entregando para ele. – O primeiro é meu, o segundo é do Shane e o terceiro é da vizinha que toma conta do Max quando eu e a Kori não estamos. O nome dela é Sra. Thompson.

- Obrigado. Vamos entrar em contato se descobrirmos qualquer coisa.

Ravena assentiu e os acompanhou até porta, sentindo um pouco de vergonha por morar num lugar tão acabado. Eles eram Titãs. Eram ricos. Tinham tudo do bom e do melhor. Ela sabia que eles estavam reparando no apartamento simples.

- Obrigada – ela falou quando eles pararam no corredor para esperar o elevador. – De verdade. Vou tentar fazer de tudo para ajudar e...

Asa Noturna riu e balançou a cabeça, interrompendo-a. Deu de ombros e arqueou uma sobrancelha, carregando sua voz com o máximo de raiva que conseguia.

- Não estamos fazendo por você.


Notas Finais


Meant to Be agora tem uma playlist e foi criada pela ~LilysClosets, eu amei cada música que ela escolheu: https://www.youtube.com/playlist?list=PLeQclXMmyW5SEhJxG47RSrvZrbrf6zwBF

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