Sw. Então existe uma ligação entre a gente?- Kihyun havia falado tudo, ou pelo menos quase tudo para o Hyunwoo e a Manu
Manu. Interessante...
Sw. Isso deve explicar algumas coisinhas
Manu. E deixar outras mais confusas, também
Sw. Sim
Ky. Exatamente, eu não sei o que faço, não sei o porquê de tudo isso, eu tô pirando! Por isso quero sua ajuda, quer dizer... Pode me ajudar?
Manu. Sem sombra de dúvidas, só vou precisar de um tempo, mas acredito que não vai demorar muito, até eu conseguir descobrir o que realmente querem e explicar pra vocês
Kihyun sorri
Ky. Amém, uma coisa que realmente fez eu me acalmar- suspira aliviado
Sw. Agora eu que fiquei curioso...- disse pensativo- Por que nós dois?
Manu.Deve ter uma explicação pra isso, também
Ky. Só pode, ou seria muito azar ter sido uma escolha aleatória e ter envolvido logo eu com o Hyunwoo, podendo ser outra pessoa mais interessante do que esse aí- direcionou ao maior com um tom de desprezo
Sw. Ki! Assim você me deixa chateado, sabia?
Não estavam falando sério, era só para descontrair um pouco
Ky. Desculpa aí, bebezão
Sw. Oh! Me chamou de bebê, tem que cuidar
Ky. Eu não te chamei de bebê, eu te chamei de bebezão, é diferente
Sw. Tem que cuidar do mesmo jeito
Ky. Dispenso, vai pra Manu
Sw. Ela não tá disponível, já olhou o celular dela? Deve tá cheio de contatinhos
Manu. Contatinhos só se for de telefone fixo, né amigo?
Sw. Você tá livre, então?
Ky. Shownu tá querendo coisa
Sw. Qual o problema? Você tá com ciúmes?
Manu apenas rir
Ky. Ciúmes?? De você? Ah tá...
Sw. Manu, você tá livre?
Ky. Cuidado nessa resposta, senhorita
Manu. Ai meu Deus...
Sw. Ki! Faça-me um favor e cale essa sua boquinha maravilhosa
Manu. Eita! "Boquinha maravilhosa"
Sw. Manu! A resposta
Manu. Sim, Son Hyunwoo... Eu estou livre
Sw. Ótimo- ele levanta e deita na frente da garota, pega a mão dela, colocando em seu cabelo- Aceito um cafuné
Manu assim, começa a fazer, com as pontas de seus dedos, fazendo o máximo possível para não encostar muito suas unhas
Sw. Você tá com medo de encostar em mim?- perguntou ao perceber o cuidado excessivo da garota
Manu. Tem problema um machucado em seu braço?
Sw. Não - respondeu sem entender muito o sentido da pergunta
Manu passa sua unha do dedo polegar, sobre o braço do rapaz, não fez o mínimo de força, mas na pele dele, escorreu um pouco de sangue, origem de um pequeno corte
Sw. Que unhas, hein...
Manu. Não sei porque são tão afiadas quanto uma lâmina- com seus dedos, limpa o sangue que escorria- Desculpa
Sw. Tudo bem, de alguma forma eu quis saber disso e você só me mostrou
Kihyun ajeitava suas coisas numa mochila, apenas escutando o que os outros dois conversavam
Manu puxa Hyunwoo para mais perto, fazendo a cabeça do mesmo ficar exatamente na boca do seu estômago, lhe fez uma massagem relaxante nos ombros
~De manhã, no metrô~
Todos tinham acabado de embarcar, no relógio marcara sete horas em ponto, Minhyuk observava o movimento do transporte público, sentado numa cadeira de canto, enquanto escutava música
Min viu de relance, uma silhueta sentar ao seu lado, ele passou alguns minutos olhando para o lado oposto e para frente, até discretamente observar aquela pessoa ao seu lado
Percebeu ser um rapaz, camisa branca, calça jeans preta, tênis, e um moletom azul escuro
- Oi - ele falou, quando percebeu o olhar de Minhyuk para cima de si
Mn. O-Oi- gaguejou, pois levou um breve susto, com o cumprimento repentino do garoto
Depois disso, o silêncio reinou entre eles novamente, não haviam muitos passageiros, eram apenas os 14 alunos (cada tumar estava em um metrô diferente) um casal e aquele rapaz sentado próximo ao Minhyuk
Mais ou menos, duas estações depois, entra uma moça, o vizinho do Min, logo se levanta, aproximando-se dela
- Perdida?
A jovem olha e sorri
Manu. Eu perdida? Quem parece perdido é você, Moonbin... O que faz aqui?
- Esses meninos -aponta para os alunos - Estão sob minha responsabilidade
Manu rir
Mb. O quê? Por acaso acha que eu não sou responsável suficiente?
Manu. Não é isso- ainda ria- É que... Eu também sou responsável por eles
Mb. Uuhmm... - sorri - Que coincidência, não?
Manu. Sim
Mb. Mas comentando aqui, eu pensei que essa minha ajudante não viria mais
Manu. Desculpa, eu acabei me atrasando
Mb. Você sempre se atrasa- falou baixinho, enquanto sorria e então abraça Manu- Nunca mais tinha te visto menina... Tá tudo normal? - ele olha para as faixas- Aconteceu de novo?
Manu. Aconteceu
~Uma hora depois~
Todos em uma casa, no meio de um jardim, a poucos metros estava a cidade, grandes janelas e portas de vidro, deixava aquela nada pequena sala, bastante iluminada, com uma imagem de flores e um verde lindo da mata do outro lado
No andar de cima, quatro quartos, em cada quarto, quatro camas e no final do corredor, dois banheiros
Manu. Você pode organizar as coisas aqui? Que eu vou precisar sair bem rápido
Mb. Claro, eu fico, pode ir
Manu. Muito obrigada
Mb. Disponha
Ela sai e ele fica para decidir como ficaria a questão dos dormitórios, com os meninos
- Se não me falta a memória, são 14 estudantes com mais dois-disse um rapaz
Manu. Exatamente.. E é sério mesmo que aqui é um bar?
- Sim, tô vendo que a diretoria tá afim de embriagar os garotos
Manu. Pois é...- estava com um copo d'água na mão
- E você não aceita nada, além da água?
Manu. Não, obrigada... Só vim para saber e confirmar os horários de mais tarde
- Às nove, a única reserva de hoje, vai ser apenas vocês
Manu. Só trabalha com reservas?
- Sim, só reservas, depois que chegam todos, a gente fecha a porta, como aqui é no subsolo ninguém sabe ao certo se aqui tá aberto ou não
Manu. É meio estranho
- Parece que estamos cometendo um crime, não é?- ele rir
Manu. Um pouco
- Só não queremos que nos perturbem e com as portas fechadas não causamos incômodos no abrigo de idosos quase aqui em frente
Manu. Agora sim eu achei um bom motivo
O homem rir novamente
- Não sei o porquê desse abrigo justo nesse lugar, mas como não podemos fazer nada e para não causarmos confusão, demos nossos jeitos
Manu. Muito bem- ela mostra sinais de que vai embora- Eu já vou indo
- Tem certeza que não quer mais nada?
Manu. Tenho, já foi mais que suficiente a água, obrigada... Tchau
- Disponha e... Tchau
A garota sobe as escadas e sai daquele bar
Enquanto isso, tudo ía muito bem com o Moonbin.
**
No relógio marcava umas oito horas, o céu se fechou e ameaçava cair uma chuva daquelas
Manu. Não tô crendo numa coisa dessas-disse sozinha, ao escutar os trovões e olhar para cima
Não demorou para começar a serenar
- Manu!
Ela olha para trás
Manu. Moonbin? O quê que você tá fazendo aqui, menino?
Mb. Eu vim atrás de você, olha o tempo, tá perigoso
Manu. Eu já estava indo
Mb. Então deixa eu te ajudar com essas sacolas
Manu. Certo- entrega algumas sacolas de compras para o rapaz e nesse exato momento a chuva fica mais forte
Mb. Vem aqui comigo- pega na cintura da menina e juntos entram numa loja -Vamos esperar a chuva passar ou pelo menos afinar um pouco
Manu. Acha que é uma boa ideia? - ela olha em volta da loja
Mb. Relaxa Manuzinha, aqui ninguém vai tentar lhe matar não
Manu força um riso
Manu. Eu sei, queridinho... Mas a gente vai ficar aqui por muito tempo? Não é mais fácil a gente ir embora?
Mb. Mas que pressa, os meninos não são mais crianças
Manu.O problema não são os meninos, eles conseguem se virar sozinhos, o problema sou eu
Moonbin pensa um pouco e então olha para a garota com os olhos arregalados
Mb. Não vai me dizer que...
Manu. Se está pensando nas pílulas, sim, são elas... Sabe o que acontece se eu não tomar, não é?
Mb. Ah Manu... E agora? A chuva tá cada vez mais forte
Manu. Agora tu tem que me ajudar
Mb. Ajudar como assim?
Manu. Se eu perder o controle
Mb. Sinto a morte se aproximando
Manu. Não exagera Moonbin
Mb. Será que aqui tem algum banheiro?
Manu. Deve ter, né? Onde tu acha que os funcionários vão, sendo que passam o dia todo aqui?
Mb. Verdade... Pergunta besta essa a minha... Mas pensando bem, no banheiro não vai ser uma boa ideia
Manu. Pois é, se eu demorar muito, vão pensar que eu tô passando mal
Mb. No caso, você vai está... Mas não nesse sentido... E nos provadores?
Manu. Vamos ter que fingir que somos clientes
Mb. Não seja por isso, pegue umas roupas e finge que vai experimentá-las
Manu. Tá, mas a gente precisa guardar essas sacolas
Ambos se aproximam de uns armários, guardando as sacolas de compras e Moonbin fica com a chave
Mb. Pronto, agora você pega umas roupas
Manu. Vamos agir como clientes normais, eu preciso fingir que estou olhando as roupas, não posso simplismente pegar e emburacar no provador
Mb. Sim...- dá um tapa em sua própria testa- Você tem razão
Assim eles fazem, ou pelo menos a menina, ele parecia mais apenas um acompanhante, que nem sequer dava uma mínima opinião
Pegando umas quatro peças de roupa, Manu já sentia seu corpo reagir a ausência da pílula
Manu. Moonbin...- foi o que conseguiu falar, antes de ver tudo girando por alguns segundos
Mb. Vamos...- pega no braço dela, tentando parecer o mais natural possível na frente da vendedora um pouco mais a frente deles
- É alí- a moça aponta na direção de quatro provadores livres
O rapaz, ainda segurando no braço da menina, acompanha ela até o local desejado, fecha a cortina e espera do lado de fora, atento a qualquer som
Manu senta no chão,apoiada na parede, tudo voltou a girar, suas unhas que já eram grandes, aumentam de tamanho e ficam pontudas, a pele da garota fica mais pálida do que o normal, um suor frio toma conta dela, a vontade de sair dali e atacar a qualquer um que lhe aparecesse na frente, era grande, mas tentou se controlar
Mb. Manu...
Manu. Uhm...
Mb. Quer alguma ajuda?
Manu. Se puder... Vem cá...- sua voz estava fraca
Moonbin entra no provador, fecha a cortina bem rápido e se aproxima da garota, se agachando na frente dela, no bolso da calça, tira um vidro e Manu até tenta pegar, mas estava tão mal que ao invés de ver um vidro, via uns três ou quatro
O rapaz percebendo a dificuldade, ele mesmo abre o pequeno vidro e segura no maxilar da moça, depositando o líquido forte nos lábios dela, que segundos depois parecia queimar toda sua garganta
Logo Manu melhorou, suas unhas voltaram ao normal com o esmalte intacto, como se nada estivesse acontecido
Manu. O quê que você me deu, hein?
Mb. De nada
Manu. Ah desculpa... Obrigada, muito obrigada... Mas o que você me deu?
Mb. Um remédio comum para quem tem anemia
Manu.Anemia?E isso funciona comigo?
Mb. Talvez. Mas...- olha em volta- Você só pegou roupas pretas?
Manu. Se é pra fingir ser cliente, tem que ser direito, peguei só o que tem a ver comigo
Mb. Por que a gente não para de fingir e realmente viramos um cliente? Olha esse vestido- aponta para a roupa no cabide preso ao gancho atrás dela- Ficaria ótimo em você
Manu. Moonbin pelo amor de Deus...
Mb. Experimenta
Manu. Não
Mb. Por favor Manuzinha... Complete esse teatro, veste e sai, como uma garota normal atrás de uma roupa para algum evento importante
Manu. Tá bom... Mas você tem que sair
Mb. Como quiser
O rapaz sai, e a menina troca de roupa, tira os tênis, a saia jardineira e a blusa, colocando o vestido
Moonbin esperava do lado de fora, logo escuta a cortina ser aberta e revelar Manu, com o vestido preto, um lado um pouco acima do joelho, e o outro um pouco maior, era de alça, sem decote mas a parte de cima tinha uns detalhes que se encaixavam bem, na parte mais abaixo uma renda e algumas pérolas, ficou perfeito no corpo da menina
Mb. Eita que com uma roupa dessas você atrai qualquer um,já atrai naturalmente, imagina vestida assim
Manu. Não exagera
Uma vendedora que por alí passava, olha para a Manu
- Ficou show!- ela exclamou, chamando a atenção dos dois
Mb. A gente vai levar
Manu estranha e a vendedora sorri
- Boa escolha- ela volta ao trabalho
Manu. Moonbin nós não vamos levar
Mb. Vamos sim, eu pago, aceite como um presente e use hoje a noite
Manu.Eu sempre gosto de lavar a roupa antes de usar
Mb. Sem problemas, tenho uma técnica pra deixar ele pronto num tempo chuvoso desses
Manu. Eu não sei não...
Mb. Vamos, eu já falei que iria comprar, não tem outra saída
Manu. Eu estou ridícula com esse vestido
Mb. Não tá nada- vira Manu na direção do espelho- Olha que lindinha
Manu. Moonbin não tá nada bonito aqui
Mb. Aff que baixa autoestima é essa? Mas eu já sei o que falta
Manu. O que é que tu já tá pensando?
Mb. Só um minuto- ele sai
Manu. Moonbin!
O rapaz pega uma sandália preta, salto alto e volta
Mb. Aqui, lhe falta altura
Manu. Meu pé não vai aguentar essa sandália não
Mb. Fique tranquila que eu tenho minhas técnicas, agora calce por favor
Manu. Eu não vou calçar eu sou péssima em andar de salto, e olha a finura desse negócio
Mb. Você consegue- pegando na cintura da menina, deixa ela sentada em um banco de mármore alí no provador mesmo e coloca a sandália em seus pés- Até o esmalte das unhas dos pés é preto
Manu. Mas é claro! É uma cor na qual só serve pra mim se for ela, outra não dá
Mb. Acho que se pudesse casar com uma cor, você se casaria com o preto, porque não é possível...
Manu sorri
Manu. Já casaram com tanta coisa nessa vida
Mb.Até com uns bonecos bem bizarros, eu já vi
Manu. Pois é
Mb. Mas olha, fica bem legal- se referia ao calçado
Manu. É... Mas eu não sei andar
Mb. Você consegue- puxa a menina, a deixando de pé
Manu. É menos alta do que aparenta
Mb. Já é uma coisa boa, vamos levar também
Manu. Não, nós não vamos
Mb. Sim, já tá decidido
Manu. Ah Moonbin... O que você tá querendo?
Mb. Um obrigado- ele sorri
Manu. Pois muito obrigada, lindinho- abraça o garoto
Mb. Você merece, passa por muita coisa naquele lugar-diz retribuindo o abraço, o apertando ainda mais
Manu. Você também
Mb. Não tanto quanto você, mas vamos indo que a chuva já tá passando
Manu. Sim
Moonbin sai, fechando a cortina e Manu troca de roupa, saindo logo em seguida
Mb. Vamos levar o vestido e a sandália, tá bom?
Manu. Você tem certeza?
Mb. Tenho
Resolvendo tudo no caixa, foram aos armários, tiraram de lá as sacolas e vendo que a chuva estava mais fina se entreolharam na porta da loja
Mb. E aí?
Manu. É melhor do que sol
Mb. Com certeza
Manu. Então vamos
Saíram, as ruas estavam vazias, passavam de vez enquando um carro ou uma moto
Foi até divertido, com o tênis na mão Manu sem a faixa no pé tentava caminhar normal, de vez enquando dava umas giradas fazendo Moonbin rir, um pouco mais atrás
Seus cabelos longos e úmidos, foram presos depois de um tempo
Mb. Tão lindinha, parece uma criança brincando na chuva
A garota sorri e puxa o amigo para um abraço de lado, encostando a cabeça em seu peito, já que ele era alto demais para ela alcançar seu ombro
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