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História Winter Flower - Capítulo 1


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Olá, pessoal!
GiKa está de volta com mais uma fanfic!
Esperamos que vocês gostem e nos acompanhem nessa nova aventura, agora no Reino da Coreia! 👑🌸

Para quem não nos conhece, somos duas autoras, a Gisele e a Karina. Escrevemos juntas desde 2016 e estamos aqui para dividir nossas loucuras com vocês!
E, lembrando, que as postagens dos capítulos são diárias.

Mais informações, nas “Notas Finais”.

Boa leitura para todos!

Capítulo 1 - Capítulo 1


PARTE I

Os suspiros

São lágrimas congeladas

De sonhos abandonados nascem outras feridas

Quando essa estação vai acabar?

Se há eternidade

Aguente, aguente, aguente

 

 

A fachada era azul. Um tom frio, discreto, escondido que quase não chamava atenção de quem passava por aquela parte da cidade. Era somente um estabelecimento qualquer, algum restaurante renomado que poucos entravam, alguma butique tão cara que só uma minoria burguesa poderia usufruir — pelo menos era o que grande parte das pessoas acreditava. Mas, por trás daquelas portas não existia nada daquilo, o que tinha ali era um clube que somente a mais alta classe do Reino da Coreia poderia entrar.

E, era exatamente por isso que Kim Namjoon e Kim Seokjin estavam parados na frente de seus seguranças enquanto a entrada dos dois era liberada. Foi um simples aceno de cabeça, afinal todo mundo no reinado conhecia os dois.

— Vossa alteza…

Como príncipe herdeiro da Coroa coreana, ele não precisava estar com o seu brasão com uma Flor de Beladona entalhada em ouro em sua roupa para que todos soubessem quem ele era. Assim, o segurança na porta fez um gesto respeitoso e os outros dois apenas entraram, mal olhando para o rosto do homem.

Após passarem por uma segunda porta, eles estavam realmente no clube. O local exibia um ar sensual por todos os lados que olhavam. As luzes em tons de vermelho e roxo cobriam toda a área e os corpos seminus desfilando para todos os lados, com bandejas e sorrisos provocativos faziam do local um estímulo para quem entrasse. A música que reverberava na medida certa pelos alto-falantes servia de melodia para as pessoas que dançavam nos palcos laterais, exibindo tanto seus movimentos quando exalando sensualidade, alguns atraiam atenção de clientes, que já estavam sentados à sua frente, assistindo aos belos shows.

A parte do bar estava cheia e Seokjin fez uma expressão de nojo ao notar alguns homens bêbados por ali, já com vozes mais altas e prestes a serem expulsos. Locais como aquele não aceitavam excessos.

O palco a frente, o maior e que chamava mais atenção estava vazio, a atração principal não havia começado, provavelmente estavam bastante adiantados para o show, que ficavam para a melhor parte da noite.

— Vossa alteza, a área VIP já foi separada para os senhores.

Os dois olharam o homem de bigode, com um sorriso exagerado no rosto e sabiam que todo aquele ar de felicidade era fachada, provavelmente estavam olhando para o dono ou algum sócio do clube.

— Por aqui, senhores…

Eles não falaram nada, somente seguiram para o elevador que ficava bem disfarçado logo após a entrada, afinal muitas pessoas iam ali somente para encontrar com a sua dançarina ou dançarino favoritos, assim nem prestavam atenção na parte térrea do clube, queriam desfrutar das salas reservadas e pagas.

Quando saíram do elevador, seguiram por um curto corredor até a área VIP, o segurança que os acompanhava averiguando rapidamente se o local era seguro.

— Vossa alteza, o local está vazio, somente as pessoas autorizadas pelo senhor irão entrar.

Um aceno de cabeça foi o que o homem de bigode recebeu como resposta. O príncipe olhou em volta, aprovando internamente a área VIP do local. Os longos sofás em couro azul-escuro, a meia luz e a área toda coberta de vidro para o palco principal era de bom gosto enquanto discreto. Até o momento estava apreciando o clube, poderia se tornar o seu favorito, dependendo do que visse mais tarde naquela noite.

— Os senhores podem pedir qualquer coisa, mandaremos trazer imediatamente! — o homem continuou a falar, aumentando o tom de voz, provavelmente sem a percepção de tal coisa. — Vossa alteza, é realmente uma honra recebê-lo aqui, o senhor não irá se arrepender. Temos os melhores dançarinos de Seul! Os dançarinos principais irão se apresentar daqui a pouco, hoje o número dessa noite está particularmente primoroso, a Vossa Alteza não irá se arrepender de ter vindo! Digo a—

Um suspiro pesado saiu dos lábios do príncipe e no mesmo momento seu segurança se moveu até o homem de bigode, bloqueando a sua visão com o seu corpo e apontando para a saída.

— Senhor, peço para que se retire.

O homem arregalou os olhos e concordou com a cabeça, saindo rapidamente enquanto o segurança o impedia até de olhar para trás.

Quando o dono do local já estava fora da área VIP, o segurança voltou a se virar em direção ao príncipe, fazendo uma reverência com a cabeça.

— Ele não irá mais lhe dirigir a palavra, Vossa Alteza.

— Obrigado, Matthew.

— Estarei do lado de fora, Vossa Alteza — afirmou o segurança, fazendo outra reverência para o príncipe antes de se virar e fazer a mesma para o outro nobre. — Senhor Seokjin.

O local então ficou vazio a não ser pelos dois homens. Seokjin olhou para o outro sorrindo, antes de servir uísque disposto em um belo bar pub preto, que ficava ao lado do sofá.

— Vossa Alteza, está servido?

Namjoon revirou os olhos, pegando o copo de uísque da mão do outro, logo o bebericando.

— Você sente prazer em ficar me chamando de ‘Vossa Alteza’, não é, Jin? Aposto que bate uma só falando quando eu não ‘tô por perto.

— É o meu kinky em autoridade.

O príncipe sorriu, sacudindo a cabeça negativamente.

— Eu não canso de te perguntar, mas… Quando comeremos o seu segurança? — Seokjin perguntou, sentando no grande sofá azul de frente para a parte de vidro da área onde estavam.

— BM? Nah, eu posso ser príncipe, mas ele me enche de porrada antes de chegar nas calças dele.

Seokjin piscou um dos olhos.

— Sexy.

Namjoon riu outra vez, sentando-se ao lado do outro, afrouxando a gravata por um momento. Amava se arrumar muito bem e mostrar na aparência o seu título, mas às vezes era somente cansativo. O dia foi cheio e queria relaxar de uma vez por todas.

— Já ‘tá você se desarrumando todo.

— Só estou cansado.

Seokjin encostou as costas no sofá, fitando o outro com atenção.

— Seu pai?

— Sempre, não é? — Namjoon passou a língua nos lábios, tomando mais um longo gole da bebida em seu copo. — Ele quer que eu assuma de uma vez.

— Bem, idade você tem para isso… não seria nenhuma surpresa, Namjoon.

O príncipe fitou Seokjin, tentando analisar aquela face que por vezes era tão enigmática. As feições por si, já conhecia todas, desde o cabelo escuro ao queixo quadrado, o rosto oval, o olhar tão compenetrado, mas reservado a ele e os lábios grossos que no momento tinha um brilho diferente por conta das gotículas de uísque que ali ficaram após a última vez que o outro passou sua língua pela boca, isso acontecia sempre que bebiam e todas às vezes Namjoon reparava naquele detalhe. Por segundos, o príncipe se perdeu naquele rosto tão belo, esquecendo-se do que falaria.

— Terra chamando Vossa alteza. Um, dois, três… Está na escuta?

Namjoon deixou um som divertido escapar dos seus lábios, desviando o olhar na sequência.

— Só estou cansado e pensativo, Jin.

— Eu sei… — murmurou Seokjin, deixando sua mão repousar na coxa de Namjoon. — Você pode falar qualquer coisa comigo, sabe disso, não é?

Um movimento de concordância foi o que Seokjin recebeu de resposta. Ele então deixou um suspiro escapar, colocando o seu copo de uísque na bancada do bar antes de se voltar para Namjoon.

— Deixa que ajeito essa sua gravata.

Antes que Namjoon falasse algo, Seokjin estava com seus dedos em sua camisa, cuidadosamente acertando a gravada da melhor maneira que conhecia. Ele, como nobre, cresceu com todos os conhecimentos de etiqueta para fazer o processo todo de olhos fechados, Namjoon também, porém amava quando o outro fazia por ele, com seus dedos ágeis e a pequena ruga que surgia em seu rosto sempre que concentrado.

— Você está rindo do quê? — Seokjin questionou fingindo rudeza na voz.

— Não estou rindo de nada, estou sorrindo, é diferente — rebateu Namjoon.

Levantando uma sobrancelha, Seokjin terminou de ajeitar a gravata borboleta e então olhando para o outro.

— E qual a diferença?

Hm… — Namjoon pareceu pensar por um instante, levando um dedo até o cabelo do outro, mexendo na mecha que caia em sua testa. O príncipe a colocou no lugar, ainda com o sorriso no rosto. — Se eu estivesse rindo poderia ser em um tom de zoação, mas eu só estava sorrindo porque você fica fofo demais quando concentrado.

Seokjin observou aquele rosto que praticamente via diariamente, tentando encontrar algum sinal de brincadeira nele. Os lábios completamente recheados estavam elevados de um dos lados enquanto os olhos tão compenetrados não desviavam dele, se vivesse em um mundo de fantasia, diria que Namjoon era um vampiro, sempre o compelindo as pessoas a segui-lo. Será que ele tinha conhecimento disso? Sempre tinha se perguntado tal coisa, porém o conhecia como poucos conheciam e sabia que por trás daquela fachada sempre sensual, séria e metida, tinha alguém que ria de muitas bobagens, principalmente quando as bobagens saiam da sua boca. Tinha dias que poderia fazer uma tese sobre tudo o príncipe fazia quando ninguém estava olhando e tinham outros dias que o homem somente parecia um muro intransponível e, pelo visto, aquele era um destes dias.

— Bobo — Seokjin disse por fim, voltando-se para o local de antes, afastado do outro.

— É a verdade — afirmou Namjoon, ainda risonho. Ele voltou a bebericar o seu uísque, olhando para o palco, que ainda estava de todo apagado. — Quem mesmo te recomendou esse clube?

Seokjin sacudiu os ombros.

— Ninguém de importante. Da última vez que nos hospedamos naquele hotel aqui por perto, tinha um cartãozinho na recepção e a funcionária me falou que era aqui.

— O local é bonito e parece ter bons dançarinos.

— Interessado em alguém? — questionou Seokjin.

Quando Seokjin olhava pela parte de vidro conseguia ver algumas das pessoas que ficavam na lateral se exibindo e também algumas outras nos colos de clientes. Era sensual, por mais que não gostasse de ficar exposto em momentos como aquele.  A área VIP sempre era um conforto que ficava feliz por ter.

— Por enquanto não — afirmou o príncipe, piscando um dos olhos para Seokjin quando esse o fitou. — Prefiro você.

Seokjin disfarçou um sorriso.

— Infelizmente, eu não sei dançar.

— Quem disse sobre dançar? Nossas noites sempre terminam na cama de qualquer maneira.

— E ainda assim você não me beija.

Namjoon riu secamente.

— Eu não beijo ninguém, você sabe das minhas regras.

— É, é… sei disso. Não é como se nos conhecêssemos a vida toda, hn?

Seokjin bufou, voltando a olhar para o palco, um tanto irritado agora. Achava aquela regra de Namjoon a mais idiota de todas e mesmo não dizendo nada a maioria das vezes, tinha dias que falava algumas verdades para o príncipe.

— E por nos conhecermos a vida toda você sabe disso — afirmou o príncipe. — Eu fodo, mais que isso é romance e eu não faço romance.

— Okay, Christian Grey.

Namjoon fez uma careta.

— Eu mando cortar sua cabeça — disse Namjoon.

— Seria uma pena, você nunca mais arranjará alguém que te chupa como eu.

— Realmente, é um bom ponto.

Seokjin deu um sorriso fraco para o príncipe. Por um momento teve vontade de correr os dedos naquele cabelo tingido de loiro e talvez aproveitar o fato de estarem sozinhos naquela grande área VIP, porém a música da boate parou e em seguida o palco ficou em destaque com os holofotes nele. O show estava para começar.

A música começou baixa, uma batida sistemática, que gradualmente foi aumentando na medida que as luzes do palco mudavam. Namjoon e Seokjin prestaram atenção, curiosos com o show que o dono do local tanto falou.

Da fumaça falsa surgiu um homem. Ele usava somente uma longa saia com enfeites dourados no corpo e mesmo a posição privilegiada, não conseguiam muito bem ver o rosto do dançarino, somente sabiam que ele estava maquiado e com alguns adereços na cabeça. As luzes do local faziam o resto para que todo o corpo do dançarino parecesse brilhar sob ela.

A música aumentou a batida e o homem seguiu cada parada, cada momento correto para transformar a apresentação em um verdadeiro show, porém quando ele pulou na barra de pole dance e seu corpo todo rodopiou com tanta graciosidade, os olhos de Namjoon não conseguiram mais desviar. As mãos do dançarino desciam pelo próprio corpo no ritmo da canção, desafiando qualquer um olhar para algo além dele, porém era impossível, ninguém resistia a ele. Pelo menos foi o que o príncipe pensou, passando a língua nos próprios lábios, querendo provar aquele homem em seu colo.

De repente, a música deu uma parada e o palco ficou todo escuro por alguns segundos, até os holofotes focarem no outro lado da parte elevada, revelando outro dançarino, esse sentado em uma cadeira, um blusão tão comprido e largo que era quase um vestido nele, cobrindo seu tronco e parte da bunda, nas pernas uma meia arrastão do mesmo tom que iam até o joelho. Quando a música voltou a tocar, o homem começou a dançar.

Seu corpo tão leve quanto o do outro, utilizava mais pernas e braços, fazendo movimentos fortes enquanto sensuais. Seu cabelo com aspecto molhado batia em seu rosto a cada girada de corpo que dava sob a cadeira. Era tão belo que parecia transcender o sensual, era arte e definidamente a última coisa que Namjoon e Seokjin esperavam.

Quando tudo parecia perto do fim, novamente o palco ficou escuro para momentos depois revelar o dançarino de pole dance agora se aproximando do que estava na cadeira, com um andar tão compassado que deixou ambos os telespectadores Vip na ponta do sofá, curiosos com o que aconteceria naquele palco.

Aconteceu que o dançarino de saia e forte maquiagem chegou perto do outro e eles começaram a dançar. Eram movimentos unidos, um balé quase perfeito, mas que deixava claro que as suas imperfeições eram propositais, para chocar e chamar atenção.

A saia dourada do primeiro dançarino foi ao chão, arrancada pelo outro homem em um movimento forte, revelando uma lingerie preta, presa pelas coxas com uma fina cinta liga. Era lindo aos olhos de todos como aquele homem era totalmente desenhado a mão, cada músculo perfeitamente torneado. E, isso dava um contraste interessante com o dançarino de blusa branca, este era mais baixo e sem tantos músculos, mas ainda assim sabia exatamente a precisão de cada passo, o movimento correto para deixar a todos de boca aberta.

E, foi em um movimento desses que ele voltou a cadeira, mas dessa vez no colo do outro, esfregando seu corpo de maneira correta, arrancando suspiros de cada pessoa que observava a cena. Era tudo extremamente sensual. Aqueles dois eram extremamente sensuais.

Quando a apresentação acabou, ainda estavam colados na cadeira, a respiração pesada, a mão de um parecendo possessiva na cintura do outro e suas bocas tão próximas que todos pareciam esperar por algo a mais, porém não teve, pois, as luzes se apagaram e os gritos da plateia preencheram o local.

Namjoon deixou o sorriso de lado surgir e encostou suas costas no sofá, fitando Seokjin em seguida, para somente proferir:

— Eu quero aqueles dois.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

Seokjin terminou de tomar o seu uísque, achando de péssimo gosto a sala onde estava agora com Namjoon. O tom não chegava a ser vermelho, mas um rosado estranho, como uma bala mal mastigada tivesse sido esticada por todo o local, deixando paredes, o grande sofá e as cadeiras da mesma cor. Odiou o ambiente e o perfume de rosa. Ou, somente estava um tanto alto após tantos copos de bebida. Poderia ser essa a explicação no final das contas.

— Chega de beber — Namjoon falou, segurando o braço do outro que já estava indo em direção a garrafa. — Quem teve um dia ruim fui eu e não você.

O outro riu em descrença.

— Você não tem noção do dia de merda que tive, Namjoon.

— Então me fala. Conversa comigo.

Nah, você está esperando os seus brinquedinhos.

Namjoon franziu a testa, analisando por um momento o rosto do outro. Naquele instante não sabia ao certo o que Seokjin estava sentindo, o que era surpreendente, afinal sempre tinha a sensação que sabia tudo sobre o amigo de anos.

Hm… Você está com ciúmes?

Seokjin puxou o braço com força.

— Não — respondeu secamente. — Estou envergonhado.

O príncipe riu.

— Por quê, Jinnie? Por que seu cartão não passou? Foi só um erro do sistema, amanhã deve estar tudo bem.

Mas, o problema, é que Seokjin sabia que não estaria bem. Não havia sido um erro, seu cartão estava realmente sendo recusado, assim como todos os outros. Porém, não poderia falar tal coisa para Namjoon, para o príncipe herdeiro que o tinha debaixo das asas desde que eram novos. Não podia falar o que estava acontecendo, pois, toda a vida que criara, falharia.

— É… deve ser…

— Se o problema continuar, eu te empresto um dos meus milhares de cartões até o seu novo chegar.

Seokjin forçou um sorriso.

— Tudo bem…

Era difícil para Seokjin estar perto de uma pessoa que tinha tudo, pois assim como o outro, também deveria ter bastante, muito mais que o suficiente para gastar com supérfluos por toda uma vida, contudo, não tinha e Namjoon não sabia daquilo.

— Agora, coloca um sorriso no rosto que teremos uma dança particular daquelas duas beldades do palco!

— Só dança, não se anime muito. Não podemos colocar um dedo sequer neles.

Namjoon piscou um dos olhos.

— É sempre bom guardar algo para a imaginação.

Seokjin conseguiu rir, relaxando um pouco mais no sofá. Ele estava com medo de Namjoon perceber que seus problemas com dinheiro estavam cada vez mais recorrentes, porém o outro não estava preocupado com aquilo, eram muitos problemas para focar, além do fato que seu amigo sempre deixava de pagar praticamente tudo.

— Eles foram bem caros — comentou Seokjin, tentando não focar nos seus problemas e assim se divertir.

— Você os viu no palco? Eles valem tudo! — Namjoon afirmou, levando a mão dentro do seu paletó, retirando de lá a sua carteira. — Você está com dinheiro vivo aí?

— Oh… hm… não…

O príncipe nada falou, somente retirou várias cédulas da sua carteira e entregou ao outro.

— Eles merecem mais do que a merda de comissão que aquele bigodudo deve dar aos dois.

Seokjin riu baixinho.

— Você nem os viu de perto e já está abrindo a carteira assim?

— Tenho boa visão — brincou Namjoon.

Com uma concordância, Seokjin encerrou o assunto, guardando as cédulas para mais tarde.

Houve uma batida na porta e em seguida o segurança colocou a cabeça para dentro do ambiente.

— Vossa Alteza, os dançarinos estão autorizados a entrar? Fui avisado que os dois já estão vindo para cá.

— Sim, Matthew. Pode deixá-los entrar.

O segurança fez uma rápida reverência, mas quando estava prestes a voltar para o seu posto, ouviu a voz de Seokjin o parando:

— Não quer aproveitar junto, Matt?

O segurança fitou o nobre, o fantasma de um sorriso no rosto.

— Quem sabe na próxima, senhor.

Após outra reverência, o segurança somente os deixou sozinhos outra vez.

Seokjin suspirou pesadamente.

— Um dia ainda escalo esse homem.

Namjoon riu, sacudindo a cabeça em negação.

Mas, a conversa parou completamente quando ouviram uma batida na porta e em seguida os dançarinos entraram. Eles vestiam finos robes de seda rosados, seus rostos sérios, mas com expressões singelas, mesmo passando personagens fortes, nenhum dos dois parecia se manter muito tempo dentro deles.

— Vossa alteza — o mais alto dos dançarinos falou, fazendo uma reverência que foi seguida pelo outro. — Senhor Kim… É um prazer servir aos senhores.

Seokjin observou aquele homem que os falava com atenção. Viu o cabelo tingido de ruivo pela primeira vez, um tanto surpreso em como a cor caía muito bem com a pele morena bronzeada. Seu rosto tinha uma maquiagem dourada, que realçava suas bochechas elevadas e deixava o longo nariz ainda mais arrebitado, o restante do rosto era anguloso e a boca, no último segundo, Seokjin pode notar que era em formato de coração, o que o fez sorrir. No corpo, a saia de antes não estava mais no figurino, provavelmente ele estava somente com a lingerie e a cinta-liga. O nobre sentiu o seu interior esquentar somente com a visão daquele homem dançando tão de perto.

Os olhos de Namjoon logo focaram no dançarino mais baixo, o que antes estava com uma comprida camisa branca, agora ele parecia estar somente com o robe e provavelmente alguma lingerie escondida, o pensamento fez o príncipe engolir a seco. O cabelo que parecia molhado durante o show, agora estava seco e o rosto tinha como adorno um olhar bastante analítico que deixava aquela face cheia de traços tão delicados e da boca tão avermelhada, com um aspecto felino. O príncipe não conseguiu desviar daquele homem.

— Qual o nome de vocês? — Namjoon perguntou, passando a língua nos lábios enquanto observava os dois. Eles juntos eram tão selvagens, tinham uma dinâmica única e bastante sensual. O príncipe definitivamente gostava de tudo o que via.

— Eu sou o J-Hope — respondeu o dançarino ruivo, abrindo um sorriso que foi surpreendente para os pagantes. — Sou especialista em pole dance e danço desde pequeno!

— Hope, eles não querem saber disso — sussurrou o dançarino moreno, cutucando a lateral do corpo de J-Hope.

Seokjin foi o próximo a abrir um sorriso.

— Não, não… Gostei da animação — disse Seokjin de imediato. — É fofo.

O dançarino mais baixo acabou por sorrir, mais disfarçado e contido do que o outro.

— Você não me disse o seu nome.

A voz do príncipe fez o dançarino levantar o olhar e o fitar. Era intenso, tudo o que tinha lido e ouvido falar daquele homem era verdade, ele preenchia o ambiente com a sua presença, exalando poder mesmo sentado em um sofá, ao lado do melhor amigo que segundos muitos sites de fofoca, era o seu amante.

— Eu me chamo Suga, Vossa Alteza.

Namjoon sorriu, passando a língua pelos dentes que ficaram aparentes quando ele se recostou no sofá de couro rosado.

— Suga… — ele repetiu a palavra, saboreando-a em sua boca. — Gostei. Você é docinho, Suga?

— Depende de quem pergunta, Vossa Alteza.

O príncipe levantou uma sobrancelha, deixando seu sorriso crescer no rosto. Ele realmente gostava daqueles dois dançarinos.

— O que a vossa alteza e o senhor Kim irão querer? — J-Hope se intrometeu, perguntando delicadamente.

— Dança no colo — Namjoon respondeu de imediato.

— Vossa alteza, com todo respeito, não importa o seu título, nenhum dos dois poderá encostar na gente — Suga falou, fitando especificamente o príncipe. — As câmeras estão desligadas por causa da privacidade, mas existem várias formas de chamar os seguranças nessas salas e nem o guarda-roupa que está parado na porta poderá impedir que eles entrem, okay?

Namjoon sacudiu a cabeça em afirmação, seguido por Seokjin que fez o mesmo. Eles sabiam as regras de clubes como aqueles, o respeito aos dançarinos vinha em primeiro lugar.

Com tudo acertado, J-Hope foi até os interruptores, diminuindo a luz do ambiente e em seguida estalando o dedo, o que deu início a uma melodia na sala.

Os dançarinos ficaram um ao lado do outro, ambos retirando o robe em uma sincronia perfeita, fazendo graça ao revelar aos poucos as partes de seus corpos a serem descobertas. Mas, quando os robes foram ao chão, suas dermes quase nuas foram reveladas, somente com pequenas e transparentes lingeries cobriam seus corpos, o Suga sendo o mais coberto por conta das meias brancas que iam até o seu joelho, porém nada daquilo tirava a sua sensualidade, pelo menos não para Namjoon.

Os dois começaram a dançar no ritmo compassado da música, mexendo seus corpos com graciosidade ao mesmo tempo que sensualidade, mas o momento de sincronia foi interrompido quando o príncipe chamou Suga com o dedo indicador. Ele foi, pisando na ponta dos pés, rebolando como se caminhar dessa maneira fizesse parte dos seus dias.

Seokjin tinha se perdido na cintura de J-Hope na forma como ela se movia, mas acabou por despertar ao ver o outro andar. Ele assim chamou o dançarino para o seu colo e o homem assim foi, andando menos felino, porém com uma força que carregava toda a sua sensualidade de maneira arrebatadora.

E, quando J-Hope sentou em seu colo, Seokjin prendeu o ar. O corpo quente contra o dele, que mesmo com tantas roupas, conseguia perceber o calor que emanava daquele homem. O dançarino sorriu de lado, cruzando os braços em seu pescoço ao mesmo tempo que rebolava em seu colo. Seokjin encarou o dançarino, sentindo a sua boca encher de água. Como uma pessoa daquelas existia? Como poderia carregar tanta sensualidade com ações tão fortes? Não sabia explicar, então deixou seu cérebro esquecer as perguntas e focou em aproveitar cada segundo que teria naquela sala.

Namjoon estava em um dilema parecido com o do amigo. A cintura de Suga roçava nele ao mesmo tempo que dançava em seu colo, o olhar felino sem desviar do seu, os dedos possessivos em seu cabelo, puxando devagar, aproveitando os minutos em que tinha mais poder que um príncipe. Não haveriam toques nos dançarinos, contudo ao contrário, podia-se tudo.

Era no ritmo que aquele doce homem — já era a forma com o príncipe chamava o dançarino —, mantinha em seu colo era absurdamente devagar, torturante, uma forma contemporânea de sofrimento, contudo, Namjoon manteve-se nas regras, suas mãos cruzadas atrás do corpo, deixando que o dançarino o cavalgasse de roupas.

— Você está babando — o J-Hope sussurrou contra o ouvido de Seokjin, rindo baixo em seguida. — É fofo.

Seokjin grunhiu ao ter a própria frase usada contra ele, mas somente apertou os dedos uns contra os outros. Céus, ele entendia Namjoon agora. No momento em que o príncipe pediu por aqueles dançarinos, ficara um tanto cético, mas com alguém tão moldado perfeitamente por divindades, rebolando ao som da música em seu colo, tinha certeza que voltaria mais e mais naquele clube para poder sempre desfrutar daquelas duas formas paradisíacas.

O príncipe deixou o outro se acostumar com o ritmo e então sorriu, aproximando o rosto do dançarino o suficiente para ficar próximo da sua boca, porém sem encostar em nenhum momento.

— Mais forte.

O olhar felino o atingiu, mas o homem nada disse, somente acelerou o movimento da sua cintura, deixando um sorriso tomar conta do seu rosto.

A terceira música já tinha iniciado e essa era a última, quando terminasse, seria o fim da dança, assim para a surpresa de Seokjin e Namjoon, os dois dançarinos se levantaram ao mesmo tempo somente para tomarem o colo dos outros de costas, deixando suas bundas bem a amostra enquanto rebolavam no local e foi dessa maneira que eles finalizaram o show, ambos sentindo as ereções contra si e respondendo-lhes com sorriso prepotentes quando outra vez estavam de pé.

— Acabou o tempo de vocês — disse J-Hope, piscando um dos olhos. — Foi um prazer recepcionar clientes tão importantes.

Seokjin retirou todo o dinheiro que Namjoon dera minutos antes e esticou na direção do dançarino, que sorriu abertamente, pegando as cédulas e as colocando na barra da lingerie que utilizava. O dançarino se inclinou na direção do nobre, estalando um beijo me sua bochecha.

— Obrigado pelo agrado, gostoso.

Sem palavras foi como Seokjin ficou.

Namjoon riu da expressão no rosto do melhor amigo, antes de também retirar dinheiro da sua carteira e entregar para o doce homem.

— O show foi sensacional, Suga — disse de forma que o nome do dançarino ficasse alongado.

O dançarino levantou a sobrancelha, deixando as cédulas na sua meia arrastão e como o outro se inclinou em direção ao príncipe, porém não lhe beijou no rosto, na verdade, parou bem próximo aos seus lábios, próximo o suficiente para ambos sentirem o calor do hálito um do outro.

— Tudo pela vossa alteza.

O dançarino sorriu antes de seguir para o lado do outro, que lhe entregava o robe para ser colocado.

— Espero que possam voltar mais vezes, senhores…

Após aquelas palavras, eles somente saíram da sala, deixando para trás Namjoon e Seokjin sem saber realmente o que deveriam fazer com suas ereções que tanto marcavam as calças.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

A tensão no carro era palpável.

Os dois pertencentes a nobreza estavam sentados um de cada lado do comprido assento e um silêncio pesado permaneceu entre eles até o vidro com insulfilme entre os passageiros e os ocupantes dos dois bancos da frente, motorista e segurança, ser fechado. Seokjin foi o primeiro a se mover em direção ao outro, tendo as mãos de Namjoon espalmando em sua ereção, pouco se importando com os sons que fariam.

Seokjin buscou um beijo de Namjoon, porém o príncipe desviou o rosto e outro acabou aceitando o pescoço, distribuindo fortes beijos no local, por mais que soubesse que nunca deixava chupões, mesmo que gostaria de fazer tal coisa.

Namjoon acabou por empurrar o outro contra o banco, subindo por cima do seu colo com um sorriso de lado. Seokjin também sorriu ao sentir os dedos do outro em suas calças, abrindo-a rapidamente, não queria mais demorar, não após tanto esperar desde que saíram do clube.

— Terei a honra de ser chupado pela Vossa Alteza?

— Cuidado, seu kinky está se mostrando.

— E eu me importo com isso desde quando?

O príncipe deixou uma risada escapar enquanto cobria o pênis de Seokjin com os seus dedos, deixando o polegar contornar a glande com precisão. Conhecia o corpo abaixo dele e sabia exatamente tudo o que o amigo gostava ou deixava de gostar e, um pouco de tortura, sempre fora do agrado do nobre.

Um gemido cortou os lábios de Seokjin, que acabou por jogar o quadril para cima, procurando por mais daquele contato, por mais daquelas mãos que começaram a masturbá-lo de maneira compassada enquanto não desviava os olhos dos seus.

— Vossa Alteza, chegamos.

Seokjin gemeu em frustração, percebendo o sorriso de Namjoon aumentar antes do príncipe voltar a levantar as calças do outro, fechando com cuidado o zíper.

— Vamos para o meu quarto, baby.

— Você vai mesmo me fazer andar com uma ereção do tamanho do seu braço no meio das minhas pernas? É isso mesmo?

— Ué, não é você que queria se mostrar para Matthew? É a sua chance.

Um xingamento escapou dos lábios de Seokjin.

— Você me paga, Vossa Alteza.

Com um grande sorriso, Namjoon saiu do colo do outro, chamando-o em seguida com o dedo. Definitivamente, teriam uma agitada noite.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

Namjoon dispensou o segurança e ignorou todos os funcionários que encontrou pela frente, seguindo de mãos dadas com Seokjin para a sua suíte, uma das maiores do castelo, somente perdia para a dos seus pais. Os corredores que conhecia desde criança eram fáceis agora, assim não demorou para parar em frente à sua porta antiga de madeira, por ali não tinham portas com senha, fazia parte da arquitetura e não queriam estragar aos olhos, porém dentro de cada cômodo importante, havia, locais reforçados com sistema de segurança de última geração, assim protegendo tudo o que a monarquia queria que fosse mantido longe de olhos e mãos curiosas.

— Acho engraçado como você estava me masturbando no carro e agora está aqui, me dando mão.

— Calado — disparou Namjoon, mas no rosto um sorriso.

— Confessa que você me ama, Namjoon.

— Amo fazer sexo com você, serve?

Seokjin estalou a língua e nada disse.

O príncipe ria quando abriu a porta, puxando o outro pela mão. Ele nem foi até o interruptor, era inútil quando tinham o luar para iluminar o quarto enquanto presenciava as atividades nada santas que faziam.

Caminhando até a cama, Seokjin se sentou nela, olhando em busca de Namjoon, porém o príncipe estava parado no lugar ainda, tenso.

— Joonie?

Namjoon relaxou, voltando a caminhar até a cama. Ele se sentou ao lado do outro, buscando seu rosto e colocando sua boca no ouvido de Seokjin.

— No três, você corre para o banheiro.

Todos os alertas surgiram no corpo de Seokjin e ele riu, fingindo estar ouvindo a mais engraçada das piadas contra o seu ouvido. Havia algo de errado no quarto.

— Três.

Seokjin correu na direção em que Namjoon havia o mandado ir. Enquanto o príncipe por sua vez rolou na cama até o outro lado, pegando em um só movimento o punhal que ficava estrategicamente colado no esquadro da cama. Ele somente jogou em direção às grandes cortinas, ouvindo um gemido e em seguida um homem caindo no chão.

Mas, havia outro invasor, percebeu Namjoon, somente não sabia onde o homem estava, pelo menos não até ouvir o grito de Seokjin. Ele nem pensou em nada, correndo em direção ao banheiro.

No banheiro, Seokjin lutava com o homem. Namjoon conseguia perceber os golpes sem precisão do amigo, por conta da bebida que o outro abusou um pouco a mais que ele. O príncipe logo interviu.

— Ei, o seu alvo está aqui!

O homem olhou na direção de Namjoon, largando Seokjin no mesmo instante e indo para cima dele. O príncipe calculou que não haviam armas de fogo com o invasor, era para ser uma morte sem som, que somente no dia seguinte o encontrassem, assim não tomou muito cuidado contra isso, desviando dos golpes iniciais do homem que também estava com um punhal, cansando-o ao obrigá-lo a fazer movimentos rápidos. Quando o outro caiu sua armadilha, foi fácil para o príncipe esperar um deslize e assim que aconteceu, Namjoon o golpeou em seu estômago e em seguida em seu supercílio, com habilidade o desmaiado.

Ele recuperou o fôlego, vendo o homem caído e então as manchas de sangue pisado no mármore branco chamaram a atenção. Arfando, o príncipe viu Seokjin segurando o próprio braço enquanto o sangue escorria de um corte.

— Jinnie!

— Estou bem — Seokjin logo disse, sentindo os dedos de Namjoon nos seus, afastando com cuidado para ver o ferimento. — Isso é culpa minha, se eu não estivesse meio bêbado…

Shh! Não é culpa sua. Eles são do Império japonês, só querem atacar nossa monarquia. Nada disso é culpa sua…

Seokjin nada falou, mordendo o lábio inferior por um instante enquanto Namjoon o tirava do banheiro e o levava até a sua cama.

— Chamarei o médico da corte, okay?

— Não precisa, é só um arranhão.

— Calado, Jin. Isso é uma ordem.

O outro se calou, suspirando pesado e deixando que o resto todo se tornasse sussurros em sua mente.

 

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Seokjin foi cuidado pelo médico real enquanto entravam e saíam seguranças do quarto, levando os invasores. Ele tentou não prestar muita atenção, a dor na sua cabeça aumentando aos poucos com toda a movimentação e a sobriedade que já o atingia. Queria uma noite tranquila com Namjoon, agora estava ali, sendo costurado.

Quando liberado, Seokjin tomou um banho, estragou todo o curativo do médico, porém ele fez outro em seguida, aproveitando o silêncio depois que os funcionários foram embora e o quarto estava um primor outra vez. Ele se deitou e descansou, mas além de uns cochilos, nada conseguiu.

Em algum momento, Namjoon apareceu outra vez, pegou roupas limpas e foi também tomar um banho antes de ir para a cama, tentando não fazer nenhum barulho, contudo encontrando os olhos de Seokjin bem abertos na sua direção.

— Ei… — Namjoon sorriu, depositando um beijo na testa de Seokjin. — Como você está?

— Como se estivesse sido esfaqueado — brincou Seokjin, com um sorriso fraco. — E você?

— Mais cansado que mais cedo… — afirmou, rindo baixinho. — Você tomou remédio para dor, Jinnie?

— Tomei, mas estou sem sono… acho que estava te esperando. Está tudo bem?

O príncipe concordou com a cabeça.

— Acredito que o meu quarto agora seja o local mais protegido desse reino — comentou com um sorriso fraco no rosto. Ele fitou o curativo no braço de Seokjin e o sorriso morreu de vez. — Sinto muito por isso, Jinnie. Você não deveria se machucar por minha culpa.

— Cala a boca, para de falar besteiras. Eu me machuquei por estar bêbado, não por sua culpa. Por acaso você contratou assassinos para te assassinarem, vossa alteza?

Namjoon sorriu, brincando com o cabelo de Seokjin nas pontas dos seus dedos.

— Ver o seu sangue no chão me assustou muito, Jinnie.

— Não pense nisso, eu estou bem, Joonie.

O príncipe continuou a mexer no cabelo de Seokjin, seu olhar um tanto triste e isso partia o coração do outro. A relação deles não era somente de festas e sexo, era também de uma longa amizade e nenhum deles queria o outro machucado.

— O quanto o rei e a rainha me odeiam agora?

Uma risada escapou dos lábios de Namjoon.

— Até que eles ficaram preocupados? Eu disse que você lutou por minha vida, então acho que você subiu um pouco na categoria deles.

— Ótimo! Agora eu só estou posição menos três mil quinhentos e setenta quatro para eles.

— Bobo, eles não te odeiam, Jinnie.

— Odeiam sim.

— Eles odeiam que eu te traga para a minha cama, não a você.

Seokjin revirou os olhos.

— Isso dá no mesmo… — murmurou Seokjin, fechando os olhos por um instante. — Ah! Nem falamos daqueles dois.

Namjoon sorriu.

— Eles são perfeitos, Jinnie. Quando as coisas se acalmarem por aqui, temos que voltar para vê-los! Pagar um dia inteiro com eles.

Hm… acho que isso se chama um encontro… Meio emocionado da sua parte, não?

O príncipe se acomodou ao lado de Seokjin, ainda brincando com o seu cabelo, vendo aos poucos os olhos do outro fechando sem perceber.

— Não um encontro, vamos pagá-los para dançar no nosso colo…

— Gosto… — Seokjin sorriu. — Joonie?

Shhh, dorme, Jinnie. Quando você acordar, as coisas estarão melhores.

Seokjin murmurou algo que Namjoon não entendeu, mas não se importou, pois, ele estava seguro do seu lado e era tudo o que importava.

Agora, ele também descansaria porque o outro dia seria cheio, afinal se aqueles homens foram realmente mandados pelo Império Japonês, eles acabaram de declarar guerra. E, talvez a calmaria da vida de Namjoon tivesse chegado ao fim de uma vez por todas.

 

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Notas Finais


— BM, Matthew Kim, do Kard.


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