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História Winter Flower - Capítulo 47


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que deixam seu favorito e comentam! \(^0^)/ ヾ(^▽^*)

Mais informações, nas “Notas Finais”.

Boa leitura!

Capítulo 47 - Capítulo 47


Namjoon tinha um compromisso com Chanmi, por isso estava parado no estábulo do castelo. Ele segurava o cavalo de pelagem escura enquanto fazia carinho, conversando com o animal enquanto já o deixava calmo para a cavalgada. Porém, não permaneceu muito tempo com o animal, pois a amiga não demorou para chegar.

Eles se abraçaram sorrindo e como sempre, fizeram poses para algumas fotos. Era sempre daquela maneira e agora com Namjoon não estando com Seokjin, todo mundo queria saber quem seria a próxima pessoa a fisgar o coração do jovem príncipe, mal sabiam os fofoqueiros, que o espaço do coração de Namjoon estava bem preenchido.

— Como estão as coisas, Namjoon?

A cavalgada começou vagarosa com a conversa, os dois sabiam estarem seguros para comentar sobre o que quisessem e ninguém iria os ouvir.

— Na mesma, Jin ao menos me perdoou, mas estamos como amigos.

— Você fez merda demais, né? Mas Jin sabe que você não é uma pessoa ruim.

— Às vezes eu acho que sou…  uma pessoa ruim que tem muita sorte.

Chanmi negou com a cabeça, o rabo de cavalo que ela usava indo de um lado para o outro com o movimento. Namjoon se perdeu nele por uns segundos, mais pensando em tudo do que realmente reparando no cabelo da moça.

— Você não é ruim, Namjoon. Você tem cabeça quente e age por impulso, mas não é ruim. Na verdade, é uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida — garantiu a moça, olhando para o outro. — Só… respira fundo e conta até dez antes de fazer algo. Eu faço isso para não sair xingando a divindade e o mundo.

— E se não for o suficiente?

— Então, você faz uma terapia. Talvez você já pudesse começar agora, terapia é bom.

Namjoon suspirou pesado.

— Acho que vou fazer isso, não só pelo temperamento, mas… também por causa do meu irmão.

— Woobin?

— Isso. Eu nunca chorei, acredita?

Chanmi pareceu pensar por alguns segundos.

— Não sou psicóloga, mas talvez mostramos nosso luto de outra maneira: com escrita, arte… Essas também são formas de superar uma perda.

— Me enfiar em festas e ficar bêbado vinte e quatro horas é uma forma de lidar com o luto?

Ela suspirou.

— É, porém, não uma saudável.

Namjoon deixou o som do trote completar a conversa por alguns minutos. Ele estava muito pensativo naquele dia.

— Eu teria morrido se não fosse Jin. Ele estava em luto também e mesmo assim se enfiou em todas essas festas e merdas que eu fiz, pensei ser também a forma dele superar tudo ou talvez só para transar mesmo, mas, depois eu percebi que Jin não estava deixando eu ir longe demais. Jin me manteve no lugar o máximo que conseguiu.

— Aquele bobão te ama.

— Mas na época ele não amava. Nós mal éramos amigos, ele só era o melhor amigo do meu irmão.

— Em algum momento, Jin passou a te amar, Joon — concluiu Chanmi, suspirando pesado. — Falando nisso… e os outros dois? Quando irei conhecê-los?

Hm…  Hoseok está um pouco sensível agora, então eu vou perguntar primeiro, mas não deve ter nenhum problema.

— Se eles forem tão bobos por você quanto Jin é tenho certeza de que irei amá-los.

Namjoon sorriu.

— E você? Cheia das namoradinhas? — implicou Namjoon.

— Que nada, eu trabalho demais.

— Que desculpa mais esfarrapada é essa?

— Está pensando que desfilar para grifes importantes é fácil, Namjoon?

— Duvido que não dê para dar uns amassos de quinze minutos nos intervalos dentro de um camarim!

Chanmi estalou a língua e encerrou o assunto. Namjoon riu.

Quando eles chegaram às árvores que sempre iam, pararam, desceram dos cavalos e deixaram os animais descansarem. Namjoon aproveitou o momento para pegar uma flor que viu solitária no gramado que já começava a dar sinais de verde outra vez, a neve realmente estava indo embora.

— Uma flor para outra flor — Namjoon disse, entregando-a para Chanmi.

Ela sorriu, deixando Namjoon a colocar em seu cabelo.

— Eu ouvi umas conversas do meu pai, Namjoon.

Hm… que conversas? — Ele a olhou, preocupado pelo tom que a moça usou.

— Teve uma movimentação estranha no Japão, mas não sei se ele já falou com o Rei.

Namjoon levantou as sobrancelhas.

— Como assim? Por que seu pai não falaria com o meu?

Chanmi segurou no braço do príncipe com urgência.

— Você está sem telefone, certo? — Ela viu o outro concordar. — Eu também. Então, você sabe como valorizo nossa amizade, mas também tenho um grande respeito pelo meu pai, então, está sendo bem difícil falar isso pelas costas dele.

— Chungha, por favor, você está me assustando.

— Você vai me achar louca…

— Fala logo, por favor!

— Acredito que tenha um golpe sendo formado, Joon. Meu pai está esperando ter certeza para levar para o rei as desconfianças, mas talvez… — Chanmi puxou o ar com força, organizando suas palavras. — É provável que tenha um ataque aqui na Coreia, mas não um de armas, um estratégico, um de hackers.

— Hackers?!

— A ideia é derrubar a bolsa de valores, Joon. Nossa economia ainda continuaria muito boa, porque nossa indústria interna é muito forte, mas os empresários…

Namjoon entendeu tudo de uma só vez.

— Os empresários iriam forçar meu pai a fazer um acordo com o Japão e o Estados Unidos para que houvesse investimento do exterior e a economia não ficasse estagnada, mesmo que estável.

— Isso. Você é o entendido do assunto.

— Não, nós dois. Você desfila por hobby — murmurou Namjoon, mas seu olhar estava outra vez longe. — Essa informação é muito grave, Chungha.

— Eu sei, por isso meu pai está tentando reunir todas as provas para não ser leviano, ou pior, alertar os inimigos e ficarmos outra vez no escuro.

Namjoon suspirou pesado, sem saber o que realmente fazer naquela situação.

— Nós fizemos mestrado em política juntos, Chungha. O que nosso professor diria agora? O que ele falaria que Japão e Estados Unidos pediriam em troca nesse momento?

— Japão pediria acesso às nossas informações e a renovação de acordos, talvez uma forma de colocar indústrias no nosso país.

— Mas… só isso? Parece pouco, sabe? O acordo será renovado em três anos, provavelmente essas cláusulas poderiam ser aceitas de forma muito fácil. Acho que eles querem mais controle aqui, e como Estados Unidos sempre quer ter os olhos e ouvidos em todos os lugares, o Japão seria ideal para isso.

Chanmi mordiscou o lábio inferior, pensativa.

— Bem, norte-americano ama apoiar ditaduras.

— Mas papai não vai se tornar um ditador, nem eu.

— É, você tem razão. Eles teriam que conseguir acesso de outra forma… Um casamento! — concluiu a modelo.

— Estou fora de cogitação porque meu pai não aceitaria o futuro-rei casado com um cidadão japonês…

Ela arregalou os olhos.

— Eles pedirão um casamento com Tae!

Namjoon concordou com um aceno.

— Duvido que meu pai faça Taehyung se casar por política, ele está tão feliz com o garoto, o Jungkook.

— Joon, não é essa a questão, a pressão será imensa, de uma maneira absurda. Você sabe como a camada mais rica pode sempre ditar as regras e se eles conseguirem convencer o povo de que essa é a solução…

— Se negarmos, será visto como maldade, egoísmo… — Namjoon negou com a cabeça. — Temos que evitar esses hackers antes que aconteça o pior.

— Sim…  eu só não sei como.

— Chungha, vamos voltar agora. Você fala com o seu pai para levar as provas que tem para o meu, mesmo que sejam poucas, okay? Precisamos reforçar toda a nossa segurança eletrônica e isso significa que não podemos mandar mensagens e nem falar por  telefone sobre o assunto.

Chanmi concordou, sentindo a mesma urgência de Namjoon. Precisariam impedir aquele ataque, não só por Taehyung, mas pelo próprio reino, pois abriria muitas aberturas e riscos para a população.

A volta da cavalgada foi silenciosa, ambos tensos depois da conversa, então nem foi surpresa quando Namjoon desceu de imediato do cavalo, mal se importando com as fotos que tirariam; não era tempo para tal coisa.

— Vossa alteza, tem uma ligação urgente para o senhor.

Namjoon se alarmou, logo pegando o telefone da mão do funcionário, agradecendo rapidamente em seguida quando se lembrou de ser educado.

— Alô?

— Namjoon, aqui é Matt. Bem, não me mate.

— O que você fez com Yoongi?! — Namjoon gritou, sem perceber.

O segurança suspirou pesado.

— E-eu não fiz nada! Ele se meteu em briga com o antigo chefe, ficou todo machucado e bem… agora acabou de sair em todos os sites de fofoca que Yoongi era stripper. E-eu sinto muito.

— Que inferno, Matt! O quão ruim está? O quanto nós conseguimos apagar do fogo?

— Jackson disse que já está trabalhando com o marketing para derrubar todas as notícias de sites, e escrevendo uma nota de repúdio…  mas eu não entendo nada disso, desculpa…

— Como Yoon está?

— Eu não sei se ele já está sabendo. O Duque está no loft com Hoseok e Jin.

— Duque Seokjin, seu abusado! Eu estou chegando.

— Sim, senhor. Eu realmente sinto muito.

— Eu sei, Matt. Não é sua culpa. — Namjoon puxou o ar com força. — Vou desligar, já apareço aí, okay?

— Sim, alteza!

Namjoon desligou a ligação, entregando o aparelho outra vez para o funcionário. Ele olhou em volta, um tanto perdido com tudo.

— O que houve? O duque Yoongi está bem?

— Não, eu preciso de ir para o centro urgente.

— Vou chamar um carro.

— Não! Vai demorar demais… — murmurou Namjoon, olhando para o cavalo que estava calmamente ao seu lado, como foi ensinado desde novo. — Vou com o Pégaso.

A moça arregalou os olhos.

— Você está maluco?!

— Não, estou falando bem sério. É hora do rush, está tudo engarrafado! Irei com Pégaso.

— Eu não acho que essa seja uma… E lá vai ele…  —  A moça suspirou, vendo o amigo galopar para longe. — Gay emocionado…

Chanmi sacudiu a cabeça, mas não pode deixar de sorrir. Um dia, Namjoon seria um excelente rei, ela tinha certeza daquilo.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

Matthew estava aguardando Namjoon na BMW com a pretensão de novamente se desculpar. Ele sabia que o príncipe não o culparia, mas não significava que ele mesmo  estava se culpando por não entrar antes naquele escritório e evitado que o duque saísse machucado, era o seu trabalho e não o fizera com perfeição.

Concentrado na bebida que tomava e no pedido de desculpas que faria, Matthew não reconheceu o som constante de algo se aproximando, uma batida seca e contínua na rua. Quando a sua mente processou “cavalo”, ele levantou o rosto, não conseguindo imaginar o porquê teria um cavalo na cidade, até que pelo retrovisor, ele viu Pégaso e Namjoon em cima do animal.

Ainda surpreso — e um pouco em choque —, Matthew saiu do carro, fitando aquele cavalo imponente se aproximar pela calçada, onde todos davam espaço, igualmente espantados pelo que acharam ser alguma exibição oficial do príncipe.

Quando Namjoon parou em frente ao loft, ele saiu do cavalo com graciosidade, jogando o cabelo para trás com a mão e entregando as rédeas do cavalo para Matthew, que ainda estava embasbacado e parado no mesmo local, ao lado do carro.

— Eles estão lá dentro?!

— Namjoon… Príncipe… Para que isso?! — perguntou o segurança, apontando para o cavalo.

— Eu precisava chegar rápido!

— Você poderia demorar uma hora! Não é como se no lugar estivesse em chamas, seu doido! Você queria chamar mais atenção?! — Matthew gritou, ainda assustado que o príncipe havia aparecido ali, literalmente, em cima de um cavalo.

Namjoon fez um bico.

— Eles precisam de mim.

— Ah, vai se foder. Exagerado! — Matthew riu, não acreditando no que realmente estava vendo. — Céus, você realmente os ama.

O príncipe sentiu seu rosto e pescoço corarem de vergonha, mas não conseguiu negar a fala do segurança.

— Vou entrar. Cuide de Pégaso. Lembre-se a ferradura dele custa mais que seu apartamento.

Tsc, tsc. Se eu te conheço você vai ficar aí a noite toda, vou é pedir ajuda do castelo.

Hm… faça isso. — Namjoon olhou para o loft. — Boa tarde, Matt.

Namjoon então usou o seu cartão e entrou no loft, mal percebendo como tinha ao menos trinta pessoas ainda o encarando. Mas, ele não se importava com nada daquilo, pois estaria na presença das pessoas que nos últimos tempos, eram as mais importantes da sua vida.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

A parte térrea do loft estava vazia, então após deixar os sapatos e jogar seu casaco na poltrona, ele foi para o segundo andar, batendo rapidamente na porta, mas a abrindo antes de esperar autorização.

— Namjoon? — Hoseok foi o primeiro a perguntar. — O que você faz aqui?

Os três estavam embaixo das cobertas, Yoongi no meio dos outros dois, com o rosto machucado e o nariz inchado. Namjoon se assustou no mesmo instante, indo para cama sem responder à pergunta de Hoseok.

— Yoon? Divindade, o que… Ai, baby. Seu rosto…

— Está tudo bem. Eu ainda sou bonito, certo? — Yoongi tentou brincar, franzindo o nariz um pouco para fazer graça, mas gemendo de dor em seguida.

Namjoon segurou o rosto de Yoongi entre as mãos, afagando com cuidado suas bochechas.

— Você é sempre lindo, não importa o que aconteça.

O rosto de Yoongi ficou instantemente vermelho.

— Joonie, querido, por que Pégaso está na rua? — Seokjin perguntou, olhando pela grande janela do quarto. — E por que tem uma multidão na frente da porta?!

— Pégaso, o cavalo?! — Hoseok perguntou, indo direto até a janela. — Oh! Ele é lindo! Bem mais lindo que nas fotos!

— Eu estava cavalgando com Chanmi quando recebi a ligação de Matt dizendo que Yoon estava machucado…

Yoongi não podia acreditar no que acabara de escutar.

— Você veio para cá em um cavalo? Por mim? — Yoongi questionou, piscando algumas vezes. — Por quê? Você… pensou que fosse Jin ou Hobi?

Namjoon franziu a testa, fitando Yoongi.

— Não? Eu sabia que era você. Mas, se fosse eles, eu também faria o mesmo.

Yoongi não conseguia compreender.

— Mas… por quê? Por que você faria isso tudo por mim?

— Amor, às vezes você é dolorosamente lento. — Hoseok riu, apoiando-se nos ombros de Namjoon de forma exagerada. — Por que você acha que Namjoon faria isso tudo? Por você, por Jin e por mim?

Yoongi piscou.

— Por que somos amigos?

O príncipe sorriu, levando a sua mão até a de Yoongi, deixando que as duas se encaixassem com carinho. Ele então olhou no fundo dos olhos de do Duque Min e murmurou:

— Estou me apaixonando por você, Yoongi. E por Hobi e Jin… Ah, Jin eu já amo.

A mente de Yoongi não processou a informação de imediato, mas segundos depois, tudo se encaixou nela.

Oh.

— Uau… Você demorou anos para me dizer isso e para ele. Em apenas alguns meses? Falamos em preferências aqui…  — Seokjin provocou, mas ele ria gostosamente não deixando margem para pensarem que ele falava sério. — Estávamos tentando te fazer perceber isso de forma sutil, Yoon, mas… acho que você precisava ouvir isso diretamente.

Yoongi olhou para Seokjin, de olhos arregalados e perguntou:

— Você também gosta de mim?

Seokjin se jogou na cama, ao lado do outro duque.

— Claro que gosto. Também estou me apaixonando por vocês dois e morro de vontade de te beijar assim como beijo Hobi.

— Você beija Hobi? — Namjoon perguntou, curioso.

Hm-hm, começou ontem — explicou Seokjin. — Espero que não seja um problema.

Havia uma fala subentendida no que Seokjin estava dizendo, quase um teste para saber como Namjoon reagiria ao fato de que o outro estava beijando outras bocas — beijando alguém que tinha sentimentos.

— Não, não! Eu só quero ver vocês felizes. Os três, sempre. — Namjoon sorriu. — Estou aqui confessando, mas se vocês quiserem me mandar embora, eu entendo. Isso não é uma forma de me forçar em um relacionamento ou obrigar vocês a ficarem comigo. Eu os quero felizes, com ou sem mim. É o que importa de verdade.

— Você não é nenhum mártir, Joonie. Nós o queremos feliz também — Hoseok proferiu segurando uma das mãos do príncipe. — Eu não posso falar por todo mundo aqui…  sei que não gostam quando eu digo, mas…  eu estou com uma doença grave e o amanhã é uma incógnita, porém quando eu estou aqui com vocês três tudo parece bom e feliz, mesmo quando eu estou vomitando em todos os cantos do apartamento. Não quero abrir mão disso que está nascendo aqui. — Hoseok respirou fundo, fungando rapidamente. — Pode ser apressado demais, mas eu queria ficar com vocês. Talvez fosse apressado para o Hobi de antes, mas o de agora não quer perder tempo e ficar pensando depois no “E se?”

— Hobi… — Seokjin murmurou.

Mas, Hoseok não o deixou completar, levantando o dedo e pedindo a fala outra vez.

— Eu sei que vocês dois estão com problemas quanto ao relacionamento — disse apontando para Seokjin e Namjoon — Eu não quero me meter nisso, longe disso! Não quero forçá-los a se entenderem do nada, mas… eu queria uma chance para nós quatro. É estranho e confuso, mas, queria essa chance de curtir algo incrível, com pessoas incríveis e depois pensar: nossa, valeu a pena.

— Você é tão fofo…  — Namjoon murmurou sentindo as lágrimas em seus olhos.

Baby… por que você está chorando? — Hoseok riu, beijando as bochechas do príncipe herdeiro onde nasciam as covinhas quando ele sorria.

— Porque eu me sinto amado — murmurou Namjoon, fungando. — E, por que eu daria a minha vida por vocês em um piscar de olhos. É tudo tão intenso e tão bonito. Eu queria ficar aqui agora e não precisar enfrentar o mundo lá fora, porque as minhas pessoas favoritas estão aqui comigo.

Teddy bear…  — Hoseok sorriu segurando a nuca de Namjoon com delicadeza e se aproximando do príncipe — Eu vou beijar você agora, okay?

E antes que ele pudesse responder o dançarino encerrou no espaço entre eles com um selinho, e outro e outro até que um beijo lento e profundo teve início, arrepiando toda a espinha de Namjoon. Era perfeito, melhor do que poderia imaginar, pois, além de todo o calor do corpo de Hoseok, tinha o seu coração acelerado tanto por o ter em seus braços quanto por saber que tinham espectadores que dividiam os mesmos sentimentos que ele.

Quando se separaram, Namjoon sentiu ainda mais vontade de chorar.

— Se você chorar agora, ficarei ofendido! — Hoseok proferiu, esfregando a ponta do nariz no do outro. Fazendo-o rir levemente.

— Uau… Isso foi lindo, seria ótimo receber um beijo também…  — Seokjin suspirou piscando os olhos na direção de Yoongi, sorrindo quando o outro duque corou fortemente. — Estou brincando, baby. Tudo no seu tempo, e se você quiser. Se você sentir o mesmo.

Yoongi suspirou fundo, pigarreando.

— Vocês têm certeza que gostam mesmo de mim?

Hoseok revirou os olhos.

— Yoongi, pela divindade! — disparou Hoseok.

— Ah, Hobi. E-eu te amo e faço tudo por você, mas não quero ficar magoado — confessou Yoongi. — E, bem, quando entro em um relacionamento, eu me entrego de cabeça. Então, quero saber se está todo mundo na mesma página, se existem mesmo esses sentimentos, que não é algo ‘legal’ que depois vocês irão se cansar. Tudo bem se for casual, mas se for esse o caso, preciso saber de imediato.

Namjoon sorriu.

— Olha ele, todo trabalhado no discurso. Sexy — implicou Namjoon.

Para! Eu estou falando sério!

Baby, eu sei…  não posso fazer promessas… Vocês me conhecem, eu sou explosivo e cabeça dura, mas…  não sou leviano com o que eu sinto, só sou muito intenso pro bem e pro mal.  — O príncipe olhou rapidamente na direção de Seokjin. — Eu não diria essas palavras se eu não as sentisse. Não é um experimento. Eu não faria isso com vocês.

Seokjin deu um sorriso, apertando o ombro de Namjoon e falando:

— Ele realmente é intenso, mas não mente quanto aos sentimentos e, pelo visto, aprendeu a dizê-los mais rápido agora. Estou orgulhoso, Joonie-ah.

Namjoon sorriu, sentindo todo o amor que tinha por Seokjin se expandir naquele momento, porém, estragou as coisas e agora teria que trabalhar para retomar a confiança dele.

— Por que não mantemos a gente sem um rótulo? — propôs Hoseok. — Yoon e eu somos namorados, sem volta quanto a isso, mas nós quatro, enquanto ainda estamos entendendo tudo, não precisamos realmente dar um nome para isso, podemos ser só a gente. Nós podemos ser o que somos agora, sair em pequenos encontros e nos beijarmos caso seja confortável e se em algum momento não der mais, nós teremos outra conversa. Juntos, okay?

Parecia um plano, um ótimo plano e Hoseok viu a concordância no olhar dos outros três. Estavam realmente fazendo aquilo, o que poderia ser uma loucura completa, mas quando estavam entre os quatro, parecia natural e correto.

— Eu quero levar cada um de vocês em um encontro — murmurou Seokjin. — Já tenho até os encontros perfeitos na cabeça.

Namjoon olhou para ex-namorado, surpreso.

— Eu também? — o príncipe perguntou.

— Você também. Vamos começar do zero e um pouco mais saudável dessa vez. Sem pular etapas e me levar para cama antes do primeiro encontro.

Yoongi riu.

— Vocês foram para a cama antes de terem um encontro?

— Tesão faz barbaridades com as pessoas — admitiu Seokjin.

— Nós também, Yoon. Não posso dizer que transar depois de chegarmos bêbados e suados do trabalho como saudável. Mas deu certo e eu amo você — Hoseok sorriu selando os lábios do namorado. — E eu sei que dará certo com vocês também. É óbvio que não falta amor quando vocês olham um para o outro. Só precisam recomeçar.

Yoongi sorriu, concordando com a cabeça.

— Hobi e eu já recomeçamos algumas vezes e estamos aqui hoje — garantiu Yoongi. — Dará certo para vocês.

Seokjin foi quem sorriu.

— Eu espero que sim porque eu amo esse idiota do Namjoon, mas não contem para ele, porque se não ele pode aparecer cavalgando um cavalo igual um maluco quando eu quebrar uma unha.

O rosto de Namjoon tornou-se escarlate.

— Bobo…  eu sinto… Sinto que iria até o fim do mundo a cavalo por vocês, então eu não me arrependo. — Namjoon deu um sorriso. — Se vocês me aceitarem, eu serei de vocês.

Yoongi se sentiu feliz, triste e feliz de novo. Ele não sabia explicar na totalidade os seus sentimentos, porém eram os mais belos naquele momento, pois tudo o que reprimiu ao longo daqueles meses, o coração acelerado, as borboletas no estômago e vontade de eternamente ficar sorrindo ao lado dos outros três, não era unilateral. Eles quatro sentiam o mesmo, havia algo mais bonito do que aquilo?

Então, por mais que ainda tivesse algumas dúvidas e um pouquinho de medo, ele bateu no colchão, chamando atenção para si.

— Quero beijos. Dos três.

Seokjin sorriu.

— Tem certeza, baby?

Yoongi rebateu com um sorriso ainda maior.

— Eu nunca tive tanta certeza na minha vida. — Yoongi olhou para os outros com intensidade. — Cansei de fugir de tudo o que me faz bem. Eu quero ficar agora. Ficar com vocês.

Desejando fazer tal coisa já há semanas, Seokjin foi o primeiro a alcançar a boca de Yoongi. Mas, ele não usou de delicadeza, deixou um pouco de brutalidade tomar conta dos dois, mas gradualmente foi acalmando, deixando seus dedos correrem o rosto do outro com cuidado, até se separarem, mas ainda colados pelas testas. Yoongi abriu os olhos, os lábios machucados pelos socos, agora não pareciam mais doer.

— Oi — murmurou Seokjin.

— Oi. — Yoongi abriu um sorriso. — Uau…

O outro duque riu, deixando um selinho nos lábios de Yoongi ainda de dar espaço para Namjoon, que parecia esperar ansioso por sua vez. Yoongi era o doce que ele estava desesperado por provar.

— Posso te beijar? — Namjoon perguntou baixinho.

Yoongi concordou com a cabeça, mas antes que transformasse seu pedido em algo vocal, Namjoon já o segurava pelos ombros e o beijava. A surpresa pegou Yoongi de jeito, mas logo ele relaxou, subindo seus dedos pelos braços de Namjoon até estar com eles atrás do pescoço do outro, enlaçando-os ali com a sensação de que estavam no local correto.

No momento em que se separaram, Yoongi ainda se sentia nas nuvens de alguma maneira, tão calmo que talvez tivesse encontrado o paraíso sem perceber. O seu paraíso.

— Acho que o analgésico me fez imaginar tudo isso — disse Yoongi, com os dedos nos próprios lábios, sentindo o calor do contato ainda contra a sua mão. — Não é possível que tenham três homens perfeitos realmente me beijando agora.

— Verdade — disse Hoseok. — Eu ainda não beijei.

Yoongi riu quando Hoseok se jogou contra ele, prendendo-o na cama enquanto distribuía beijos por todo o seu rosto, finalizando na boca enquanto deixava Yoongi todo descabelado.

Era perfeito. Yoongi tinha certeza disso.

Quando as risadas cessaram entre eles, os quatro deram um jeito de se ajeitar naquela cama, praticamente um abraçado ao outro, mas era bom, sentiam-se bem daquela maneira.

— Yoon, eu tenho uma notícia péssima — murmurou Namjoon.

— Eu já sei — disse Yoongi, suspirando pesado. — Eu não me importo. É a verdade de qualquer maneira e como não vazou nada de Hobi, então estou feliz.

— Amor, você pode ficar chateado — Hoseok disse delicadamente. — Não precisa esconder.

Yoongi concordou com a cabeça.

— Eu sei, amor. Mas, eu não estou chateado. Agora vão me escutar quando eu falar sobre o meu projeto de lei e poderei usar meu próprio exemplo. Não se preocupem com isso, nenhum de vocês, okay? Ser stripper é um capítulo fechado da minha história, agora vou atrás de ajudar outras pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu.

Namjoon deixou seus dedos afagarem o cabelo de Yoongi, com um sorriso no rosto.

— Uau, como estou orgulhoso.

— Eu também — garantiu Seokjin. — Nossos meninos são perfeitos, Joonie.

Hoseok e Yoongi riram, encolhidos em um abraço enquanto os outros dois os paparicavam. Era bom demais e com certeza não sairiam daquela cama por um longo tempo — o mundo podia esperar um pouco, no final das contas.

 

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Notas Finais


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