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História Winter Flower - Capítulo 99


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que deixam seu favorito e comentam! \(^0^)/ ヾ(^▽^*)

Mais informações nas “Notas Finais”.

Boa leitura!

Capítulo 99 - Capítulo 99


As palavras saíram com facilidade e agilidade da boca do homem. Conhecedor do rap, não era difícil mover multidões e era exatamente isso que fazia naquele instante. Cantava com força e raiva, despejando tudo que a música pedia.

Yoongi sabia ser bom sozinho no palco, mas junto de Hoseok, era melhor ainda. Por isso, o namorado dançando ao seu lado, deixava tudo perfeito.

Havia algo que seria sempre deles. O frio da barriga antes de uma performance, a boca seca com medo de cometerem algum erro e da euforia com acertos ao final da apresentação. Oficialmente, há muito tempo não entravam juntos em um palco, mas todas as preocupações chegaram ao fim quando o grito do público soou mais alto do que tudo. Ainda tinham toda a destreza necessária para que juntos fossem esplêndidos.

Quando a apresentação chegou ao fim, eles estavam unidos por suas mãos e mesmo não sendo tão sensual igual às vezes que se apresentaram no clube, eles ainda tinham poder juntos e isso era indicado pelo público indo à loucura.

Yoongi e Hoseok agradeceram com algumas reverências para em seguida irem para o camarim nos bastidores.

— Divindade, o que a gente não faz pela caridade, né? — Yoongi suspirou, aceitando a toalha que uma funcionária lhe entregou.

Hoseok riu, empurrando o namorado pelos ombros.

— Para de bobagem, você ama cantar!

— Eu gosto, mas agora sinto que não é mais o que eu preciso fazer o resto da vida? Gosto da nossa vida de agora? Trabalhar com Joon e retornar para você e Jin e falar sobre nosso dia calmo. — Yoongi olhou em volta e como não viu nenhum funcionário ou curioso, empurrou Hoseok contra a parede, deixando seus braços cruzarem no pescoço do namorado. — Eu também gosto quando quebramos algumas regras e fazemos sexo onde não devemos.

O dançarino estreitou os olhos, descendo sua mão até a bunda do rapper para apertar com força as nádegas por cima da calça apertada.

— Você sabe o tipo de problemas que nos teríamos se nos pegarem aqui? Os amantes do rei desta nação sem pudor nenhum, transando nos corredores de camarins de recitais para a caridade… — Hoseok proferiu fazendo uma expressão séria, porém suas mãos já adentravam a calça apertada de Yoongi, apertando-o com força.

Yoongi empurrou Hoseok de leve, dando um sorriso de lado.

— Você tem razão, Hobi. — Yoongi pigarreou, observando os olhos de Hoseok se tornarem quase vorazes na sua direção. — Vamos ao menos entrar no camarim, hn?

Se perguntassem, Yoongi responderia que nem percebeu  o que estava no corredor e não no camarim. Cantar com Hoseok ao seu lado sempre lhe tirava dos trilhos e ele amava aquilo.

Hoseok puxou Yoongi e abriu a porta, adentrando o camarim deles às pressas, mas parando de imediato quando viu que o local já estava ocupado.

— Caralho, mas o que é isso aqui? — Yoongi reclamou, apontando de modo acusatório para as pessoas ali dentro.

A voz de Yoongi foi o que tirou os amantes dos beijos. Taekwoon se colocou de pé de supetão, colocando-se na frente da moça de força protetora, até relaxar um pouco ao perceber serem seus amigos.

— Ah, são vocês, garotos. — Taekwoon riu, respirando fundo. — Que susto!

— Nabi?! — Hoseok gritou ao identificar a mulher que agora tentava arrumar as roupas e o cabelo. — Taek!

— Que é?! Vocês podem ter três namorados e eu não tenho direito a uma?! — Taekwoon reclamou, deixando a moça aparecer ao seu lado. Ela riu docemente, fitando o segurança sem nem olhar muito para os outros dois presentes.

Yoongi fitou Hoseok e não pode deixar de rir para a maneira como os amigos pareciam apaixonados.

— Eu pensei que você tinha um namorado, Nabi — comentou Hoseok, franzindo a testa. — Não era o cozinheiro do castelo?

Ela riu.

— Não, vocês que são lerdos. Sempre foi Taek. — Nabi sacudiu os ombros. — Agora, só estou esperando ele me pedir em casamento, afinal já passamos um ano juntos!

Yoongi arregalou os olhos antes de proferir:

— Um ano?! Vocês estão juntos desde… Desde antes… do bunker? — Yoongi perguntou, olhando para o segurança. — Por que vocês ficaram escondidos?

— Taek é discreto demais para o próprio bem — Nabi disse, risonha. — E tímido. Já viram como ele ‘tá vermelhinho?

— NaNa! — reclamou o segurança.

A moça sorriu, puxando o homem para si e ficando na ponta dos pés para beijá-lo nos lábios rapidamente.

Oh My God! Yoon, acabamos de pegar nosso pai com a namoradinha dele! — Hoseok provocou, gargalhando.

Taekwoon se tornou vermelho, o que causou risada nos outros três presentes no camarim, mas Nabi foi a primeira a ficar com pena do namorado, fazendo em seguida um gesto para os outros pararem.

— Ah, por favor! Ele é só um bebê, não vamos implicar com ele — pediu a moça. — Vamos arranjar outro lugar para ficar, mas saibam que nós vimos a apresentação de vocês, pela TV… — ela disse, apontando para a televisão ainda ligada no canal onde a programação do dia era toda o evento que acontecia.

— Nabi, Jimin está sabendo disso? — Yoongi perguntou.

A moça revirou os olhos.

— Não, mas agora que vocês descobriram, deve ser questão de tempo até ele descobrir também — afirmou, em um tom recriminatório. — Pode deixar, que eu mesma falo com ele.

Taekwoon pigarreou e a moça revirou os olhos outra vez, puxando o namorado pela mão em direção para fora do camarim.

— Já falei que ter ciúmes de Jimin é bobagem…

Antes que Hoseok ou Yoongi falassem algo, eles saíram do local, finalmente os deixando sozinhos.

Hoseok então fitou o namorado, levantando uma sobrancelha.

— Eu não fazia ideia que eles estavam juntos — comentou o dançarino.

— Estou mesmo chocado que Taek tem ciúmes de Jimin. Ele já viu Minnie com os namorados?! Jimin é cego para qualquer outro ser vivo!

— Ciúmes é irracional, bebê. — Hoseok sorriu de lado, puxando Yoongi pela cintura até estar mais próximo dele. — Morro de ciúmes de você.

Yoongi levantou a sobrancelha.

— É? Com quem?

Hm… com aqueles seus namorados da nobreza…

O duque riu, empurrando sem força o peitoral de Hoseok.

— O que é? Eu sei que eles te pegam quando eu não ‘tô olhando! — disparou o dançarino. — Fazem coisas que eu nem posso imaginar com você!

— Coisas que você também faz, inclusive com eles! — Yoongi riu novamente enquanto levava as mãos até o pescoço de Hoseok. — Ah

Hoseok franziu a testa, confuso com a fala carregada de tristeza de Yoongi.

— O que foi, meu amor?

— Ver Nabi e Taek juntos… me lembrou o bunker e tudo mais. Já se passou um ano — murmurou Yoongi, mordendo o lábio inferior. — Você consegue dançar de novo, abriu uma academia de dança, eu vou para o segundo ano no congresso e… sei lá. Às vezes só voltam essas lembranças tristes e não parece que o tempo passou, sabe?

— Mas passou, vida. Passou e nós estamos juntos e felizes e é tudo o que importa.

Yoongi deu um sorriso, mas Hoseok sabia perceber quando o namorado tinha perdido o clima. Ele então buscou a mão de Yoongi para sentarem no sofá do camarim, aproveitando os minutos que teriam às sós até alguém aparecer.

— Você lembra do nosso antigo camarim? — Hoseok perguntou. Sua mente voltou no camarim que dividiam quando eram strippers e por mais que não fosse um lugar feio, o que estavam agora era infinitamente melhor.

— Eu lembro do mofo da parede — disparou Yoongi.

— Oh, céus! Aquele mofo horroroso! — Hoseok sorriu. — Eu tinha medo dele nos matar, mas não era aquele mofão perigoso.

— Ainda assim, era ruim — disse o duque. Ele suspirou, deixando o seu corpo se alinhar ao do namorado e a sua cabeça se deitar no ombro do outro. — Eu me apaixonei por você bem naquele camarim.

Hoseok uniu sua mão com a do namorado, seus corações cheios de carinho naquele momento. Lembranças também podiam ser boas e aquelas eram ótimas.

— Eu me apaixonei por você em algum momento que não sei dizer — afirmou Hoseok. — Mas, vieram Jin e Namjoon e depois o meu diagnóstico… eu pensei que seria mais fácil só não insistir em você. Pensei que estaria fazendo o melhor para nós dois, que você logo se apaixonaria por eles e poderia me esquecer.

— Pois saiba que você estava errado.

— Agora eu sei — afirmou o dançarino. Ele buscou o rosto do namorado com carinho até Yoongi o fitar. — Com vocês, eu me tornei completo, Yoon.

Yoongi voltou a esconder o rosto no ombro do namorado, mas dessa vez com um sorriso na face ao invés de um olhar triste. Sim, eles passaram por momentos bem difíceis, mas tinham um ao outro e aos poucos, os bons momentos estavam apagando os dias de sofrimento que tiveram ao longo do caminho.

— Ei, que tal ficarmos mais um pouquinho e depois irmos procurar nossos amores? — Hoseok perguntou.

— Acho uma boa ideia — disse Yoongi, fitando a televisão e o show que agora passava nela. Era um grupo de idols conhecidos e muito famosos internacionalmente; gostava muito deles. — Hobi, obrigado por não me deixar desistir de escrever minhas músicas. Por mais que eu tenha outras paixões agora, a música sempre será parte importante da minha vida.

Hoseok negou com a cabeça vagarosamente.

— Não precisa me agradecer, Yoongi. Seus sonhos, são os meus sonhos, então te ver feliz, me faz igualmente feliz.

O duque não pode deixar de sorrir, pois era assim que era viver com os namorados. Sentia-se tão amado e bem ao lado daqueles homens, que se perguntassem a ele como era a sua vida antes deles, não sabia dizer, pois sua vida começara com eles.

— Eu amo você — Yoongi murmurou, as palavras tão naturais em seus lábios que pareciam estar sempre por lá.

— Pois eu te amo mais.

Sorrindo, Yoongi voltou a encarar a televisão e assistir ao grupo que gostava, com a certeza de que por mais que tivesse passado por tempos sombrios, havia saído dele mais resiliente, pois, tinha os namorados ao seu lado.

 

════ •⊰♛⊱• ════

 

Seokjin estava no terceiro salgadinho; ele simplesmente não conseguia parar de comer aquelas delícias do evento.

— Eu poderia ser enterrado ao lado desses salgadinhos — disse Seokjin.

Jackson revirou os olhos e o duque lhe mostrou o dedo médio.

— Você já falou isso três vezes! — reclamou Dawon. Ela tinha Yin no colo enquanto o menino tomava sorvete.

— Eu apoio os amigos, diferente de vocês! — disparou Seokjin.

Gyuyoung riu.

— Você fala como se o restaurante de Minnie estivesse prestes a fechar. Eu nunca vi um lugar mais lotado que aquele! O terror da OMS — disse a moça, sacudindo os ombros. — Mas, você tem razão, irmão. Essa comida está maravilhosa!

— E, Minnie está tão sorridente cozinhando! Eu amo ver aquelas bochechas redondinhas sorrindo — Seokjin proferiu rindo como um pai faria, mesmo sendo poucos anos mais velho que o agora cozinheiro. — Acho que ele realmente encontrou o que ama fazer.

— O bom que Jimin sabe fazer umas mil coisas — disse Jackson, displicente. — Eu só sei fazer uma e bem mais ou menos.

— Ei, não diga isso! — disparou Dawon, dando uma batidinha no braço do homem. — Você é um ótimo assessor! Se não fosse, não estaria ao lado de Namjoon.

— É, talvez. Enfim, não importa — disse Jackson, querendo encerrar o assunto.

Muitas coisas haviam dado errado na vida do assessor, mas, tudo parecia no lugar quando ele podia ver o garotinho crescer saudável. Yin, parecendo entender em parte o que acontecia, saiu do colo da “tia” e, foi mostrar as mãozinhas gordinhas e sujas de sorvete para Jackson.

Appa, me ajuda a limpar?

Um belo sorriso surgiu no rosto de Jackson enquanto ele se levantava, segurando a mãozinha do menino.

— Vamos ao banheiro, meu anjinho — disse o assessor de imprensa, após falou para os amigos: — Já volto.

Assim que Jackson estava longe o suficiente, Gyuyoung falou:

— Quando vamos arranjar um encontro às cegas para ele? — quis saber a princesa. — Não é possível que nosso exclusivo de LGBTs não consiga um gay para ele. E aquele ex de Tae, o Seojoon?

— Seojoon está em lua-de-mel, lembra? Casou com aquela atriz. — Seokjin viu a irmã bater na própria testa; tinha esquecido completamente sobre aquilo. — E, de qualquer maneira, Jackie ainda sofre muito pelo que aconteceu, Gyu — completou.

— Mas, passou um ano — comentou Dawon. — Ele precisa voltar a se divertir… nem em festas vejo Jackie sorrindo ou dançando. Só o filho traz felicidade ao rosto dele.

— Talvez seja a felicidade que ele precise — Seokjin ponderou. Ele não queria ver o amigo com o coração partido outra vez. — Não tem nada de mais esperar em seu tempo, não acho que apressar as coisas seja o ideal, não no caso de Jackie. O que ele passou…

Seokjin ainda se lembrava de como encontrara o amigo naquela jaula e depois, a maneira como ele lutou para manter Yin vivo. Jackson havia sido um dos que mais sofrera entre eles, pois, a maior parte do tempo, teve que passar por tudo sozinho. Parte de Seokjin ainda se sentia culpado por não ter feito mais pelo amigo.

— Vamos mudar de assunto — pediu Gyuyoung, pigarreando. — Jin tem razão, Jackie parece feliz com Yin, então vamos deixar ele seguir no tempo dele.

Eles voltaram a ficar em silêncio por uns minutos, até Dawon ser surpreendida com seus olhos sendo cobertos por trás dela. Seokjin deu um sorriso e Gyuyoung reclamou do susto que levou, mas Dawon não se importou e somente sorriu para o noivo, puxando-o para ele se sentar com eles.

— Kyungnam, não pensei que você fosse chegar a tempo!

— Vim direto do plantão. Acabei levando minha roupa e me arrumando por lá mesmo — o médico explicou. — Boa noite a todos.

— O importante é que você está aqui, meu bem — Dawon proferiu, selando os lábios do futuro marido.

— Eu não perderia nada que minha noiva participe.

Argh, pessoas apaixonadas — reclamou Gyuyoung.

Kyungnam riu, apontando acusadoramente para Gyuyoung.

— Você literalmente só fala de Sakura! — disparou o médico. — Eu não posso estar apaixonado pela minha linda futura esposa?

A princesa se fingiu irritada, mas logo engajou em uma conversa com seus amigos que o médico começara:

— O prédio está lindo, Seokjin — disse Kyungnam. — Dawon me mostrou a planta há uns dias, mas vê-lo em pé é algo sensacional.

Seokjin fez um gesto com a cabeça, oferecendo salgadinhos para o médico, que aceitou alguns com um sorriso.

— Esse prédio foi um dos mais difíceis para mim — explicou o arquiteto. — Além do peso de fazer algo que realmente ajudasse as pessoas, tive que trabalhar com minha sogra e a mãe de Jungkook. As duas são excelentes no trabalho delas e revisaram várias e várias vezes todo o projeto. Mas, foi bom, eu aprendi muito com elas.

— Meu irmão sempre humilde — disse Gyuyoung, apertando de leve o braço do irmão. — Joon contou que elas adoraram trabalhar com Jin, que ele é muito sério e sabe muito bem o que está fazendo.

— Quem sai ganhando são as pessoas que irão usufruir desse grande projeto — disse Dawon. Ela olhou para o noivo sorridente, mas sua expressão mudou para animação quando viu o irmão se aproximando. — Olha quem está chegando!

Hoseok e Yoongi chegaram perto deles em seguida. O casal estava de mãos dadas e enquanto Hoseok falou com todos e inclinou o rosto para beijar Seokjin, Yoongi ficou com os olhos estreitos na direção do médico.

— Vocês dois estavam ótimos no palco — Kyungnam disse, pigarreando com os olhos de Yoongi ainda nele. — Eu não pude ver ao vivo, mas vi no celular…

Yoongi continuou a fitá-lo por alguns segundos antes de abrir um belo sorriso e esticar a mão em direção ao médico para cumprimentá-lo.

— Que bom que gostou, Kyung — Hoseok disse, fazendo um rápido gesto com a cabeça. — E que bom que você pode chegar a tempo…

O médico concordou com Hoseok, dando um sorriso. Ele olhou para a noiva, antes de pegar mais salgadinhos.

Dawon então se virou para o irmão e falou:

— Hobi, eu posso falar com você? Em particular.

Hoseok concordou com a cabeça, mas sua expressão não era mais tão sorridente. Teria acontecido algo? Para Dawon querer que fosse uma conversa particular, boa coisa não deveria ser.

Yoongi apertou de leve a mão de Hoseok, tentando lhe transmitir forças antes de dar a volta na mesa e se sentar no colo de Seokjin. O arquiteto logo colocou uma mão na cintura de Yoongi e começou a massagear a região, um ato tão natural que todos que conviviam com eles já conheciam e nem questionavam mais.

Hoseok seguiu a irmã até um canto mais afastado, próximo a equipamentos de som que estavam de lado, mas com toda certeza iriam ser usados no evento. A moça pigarreou, colocando o cabelo atrás da orelha enquanto buscava as palavras. Porém, o dançarino estava ansioso demais para esperar e logo perguntou:

— O que houve, DaDa? Tem relação com nossos pais? Eles falaram merda do seu casamento?

Ela sorriu, negando com a cabeça.

— Nossos pais estão na mesma. Aos poucos estão aceitando outra vez nós dois, mas parecem felizes pelo casamento — ela explicou sacudindo os ombros. — Não é sobre isso que quero falar.

Outra vez, Hoseok sentiu o formigamento subir pelo seu estômago. Parte dele sempre imaginava que algo de muito ruim ainda aconteceria, pois, tantos meses de paz e felicidade pareciam ser fáceis demais. Mesmo com todas as dificuldades, voltara a dançar por mais que todo o processo tenha sido doloroso e catártico de alguma maneira, mas agora tinha uma academia e ensinava pessoas muito boas, mas que tiveram poucas oportunidades na vida para conseguirem seguir seus sonhos. Novamente, voltou a pensar como em algum momento, uma notícia ruim chegaria e o derrubar outra vez.

— Se não são nossos pais, é o trabalho com Yoon, DaDa? Estão te ameaçando de novo?

— Hobi! — A moça negou com a cabeça, descendo a mão pelo ombro do irmão até a ter junto dele. — A lei está indo bem, temos votos o suficiente e provavelmente semana que vem já teremos a descriminalização da prostituição. E, quem nos ameaçou já está há muito tempo na cadeia. Até parece que poderiam fazer isso com o namorado do rei, hn?

Hoseok passou a língua nos lábios, mordiscando o inferior em seguida.

— Se não é nada de ruim, o que é?

Dawon remexeu os lábios, olhando em volta por um momento. Hoseok não estava entendendo mais nada e tinha medo do que a irmã poderia falar para ele. E, se fosse algo grave?

— Bem, você sabe que foi o responsável por eu ter um noivo agora — Dawon começou a falar, o nervosismo dela era bastante aparente para Hoseok. — Quando você teve que fugir, eu ia praticamente todos os dias me encontrar com Kyungnam, para saber se ele tinha alguma informação sua e bem rápido ele se tornou a única pessoa com quem eu podia contar para qualquer coisa…

— Irmã, eu já sou o seu padrinho de casamento! Não ouse mudar! — disparou Hoseok, seus olhos estreitos em direção a Dawon. Era a única coisa que passava na mente dele naquele momento.

A moça riu, negando com a cabeça. Ela então desistiu do seu discurso e pegou a mão de Hoseok, colocando-a sobre a sua barriga.

— Eu estou grávida — disse Dawon, sorrindo. — Você será titio, Hobi.

Os olhos de Hoseok foram do rosto da irmã para a barriga dela, até voltar para os olhos de Dawon. Seus olhos se arregalaram e quando realmente percebeu o que a outra lhe disse, Hoseok a abraçou.

Sua irmã estava grávida! Ela gerava uma nova vida dentro dela e ele seria tio. Aquilo era incrível! Era tanta felicidade no peito de Hoseok que ele nem encontrou as palavras corretas para proferir. Após tanta tristeza, aquela criança nasceria de amor e viveria sempre repleto daquele belo sentimento.

— Parabéns, irmã! — Hoseok passou os dedos rapidamente nas suas bochechas quando se afastou da mais velha. — Você será uma mãe incrível! Uau… Terei um sobrinho!

Dawon riu com a reação caótica do irmão, mas ficou deveras feliz. Teria uma família linda e sabia que sempre poderia contar com Hoseok para qualquer coisa. A vida finalmente estava sorrindo para eles.

— Vem, vamos falar com todo mundo! — Hoseok proferiu, com pressa levando sua irmã de volta para mesa onde antes ela estava com seus amigos.

Os futuros pais foram congratulados por todos, que ficaram igualmente alegres com a notícia. Hoseok teve certeza que aquela criança cresceria em volta de tanto carinho que nem se preocupava com o seu futuro — mentira, ele já estava imaginando até para qual faculdade a criança iria, por mais que não fosse falar para não ser repreendido pela irmã.

As coisas definidamente estavam se tornando bem melhores para eles. Hoseok não poderia estar mais feliz.

 

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Jimin terminou de conferir o que seus funcionários faziam e após deixar algumas tarefas, resolveu dar o dia como finalizado para o trabalho. Ele deixou seu avental e trocou de roupa, procurando por algum resto de alimento agarrado em seu corpo — não seria a primeira vez que tal coisa ocorreria —, e, então, foi atrás de Taehyung.

Ele sabia onde o namorado estava: na galeria. O local foi separado do evento para levantar doações. As artes ali expostas estavam à venda e todo o dinheiro iria direto para a caridade.

Jimin escutara por meses todos os planos para o local e sabia como Taehyung estava orgulhoso de cada espacinho daquela galeria. Jimin ficava feliz, pois, seu namorado merecia sorrir tanto quanto quisesse por algo que o fazia tão feliz.

— Jimin!

— Tae, você já deveria estar arrumado.

Taehyung fez um gesto displicente e sacudiu os ombros.

— Impossível com mamãe e senhora Hyunae por aqui. Elas queriam um tour antes da galeria ser aberta, tive que falar de cada peça e o significado delas! Da próxima vez você leva elas para o seu restaurante.

O cozinheiro negou com a cabeça, não falando nada para as mulheres escutarem.

— Nada de negar! — Taehyung se virou em direção das mulheres. — Mamãe, Jimin ‘tá sacudindo a cabeça aqui.

— Tae!

— Sendo traída pelo meu próprio filho! — A rainha mãe gritou surgindo de uma das salas da galeria com a mão por cima do peito, fazendo uma cena dramática que apenas arrancou risos e todos os presentes, inclusive Hyunae que vinha atrás da rainha.

Elas estavam namorando há um tempo agora. De início, ninguém desconfiava de nada, não até cinco meses antes, Taehyung chegar nos namorados e falar:

— Eu acho que mamãe está namorando.

Foi difícil acreditarem em Taehyung; somente diziam que a rainha estava feliz com a neta e com os passeios que fazia por Seul. Mas, quando Yoongi disse que Ahri parecia apaixonada, eles resolveram se juntar e curiosos, investigaram a possibilidade de um namoro.

O principal suspeito era o segurança, pois, a rainha passava horas e horas do seu dia indo com o homem para “lugares”, que ela nunca especificava onde eram. Até que um dia, Ahri juntou a família e apresentou Hyunae como sua namorada.

— Vocês acham que eu não percebi vocês me seguindo?!

O principal choque foi o de Jungkook. Ele não fazia ideia de que a mãe era pansexual, mas assim que toda a surpresa se apaziguou, o jornalista ficou muito feliz por elas.

Agora, era comum ver Ahri e Hyunae andando de mãos dadas para todos os lados, o que era uma visão muito fofa para quem podia agraciar o fato.

— Mãe, não é nada do que Tae está falando! — disparou Jimin, levantando as mãos em forma de rendição. — Ele quer que a senhora brigue comigo! Eu nunca deixaria de levá-las para qualquer lugar que vocês queiram.

— Falso! — Taehyung falou.

Ahri riu ainda mais puxando Jimin para um abraço apertado.

— Por falar em me levar para os lugares, você nunca mais foi lá em casa. Não ama mais sua mãe, é?

Jagiya, deixe os meninos em paz e nós já estamos atrasados, não é? — Hyunae quis saber, olhando para Taehyung, que confirmou com a cabeça. — Então, vamos. Meu filho vai falar logo, e eu não quero perder!

Jimin, ainda abraçado a Ahri, apontou para o namorado.

— Tae ainda precisa colocar a roupa oficial dele.

— Eu não sei o porquê tenho que usar roupa da marinha se nem no exército pisei e nem pisarei! Isso é uma bobagem!

Ahri respondeu:

— É tradição, filho.

Jimin completou em seguida:

— E, você fica tão sexy todo de branco marinheiro. Por favor, faça por mim!

— Não diga essas coisas na frente da nossa mãe e da mãe do nosso namorado! — Taehyung levou as mãos à cabeça, fazendo uma careta.

— Mas eu não disse nada! Só disse que você fica lindo de uniforme!

Argh!

Taehyung saiu pisando duro e se enfiou no banheiro da galeria, onde sua roupa já estava pendurada para ele se trocar. Do lado de fora, Jimin, Ahri e Hyunae riam da reação do príncipe.

— Ele é muito fofo quando irritado — Hyunae comentou, ela olhou no relógio de punho e fez uma careta. — Jagiya, eu vou indo para tentar pegar Kookie ainda nos bastidores, quero dar um beijo nele…

Ahri sorriu, estalando um beijo nos lábios da namorada.

— Vai lá, Nae.

— Mande um beijo para ele por mim, sogrinha!

Hyunae concordou com a cabeça e seguiu para fora da galeria.

Assim que estavam sozinhos, Ahri segurou no braço de Jimin, deitando sua cabeça no ombro dele. Ela gostava de fazer isso e o rapaz não reclamava de nenhuma maneira.

— O restaurante está direitinho, filho?

Jimin amava falar sobre o restaurante. Quando sua psicóloga comentara sobre sonhos, ele sem perceber falou que gostaria de ser um chef de cozinha — o que era estranho, afinal não era nada que passava por sua cabeça antes. Então, com o apoio dela e da sua família, Jimin começou a pesquisar como seria se abrisse um restaurante. Ele era faixa preta em taekwondo, era um ótimo dançarino, mas pelo jeito, a cozinha ganhara seu coração. Quanto à educação, ainda estava em processo, porém, enquanto isso, contratara chefs para o restaurante e metia a mão na massa enquanto aprendia com eles.

— Está sim, mãe. Tirando o estresse que é servir um monte de pratos ao mesmo tempo, no final do dia, eu estou muito feliz.

— Eu fico feliz em ouvir, meu anjo. Estou tão orgulhosa de você. — Ahri apertou as bochechas de Jimin, mesmo ele reclamando. — Meus filhos já estão crescidinhos, cada um seguindo sua paixão e com famílias. Eu morro de felicidade dessa maneira.

Jimin riu, pois, Ahri era muito sentimental às vezes. Ele não se importava com o carinho daquela que considerava como sua própria mãe.

— E como é trabalhar após tanto tempo, mãe?

— De início é estranho, mas agora, já peguei o ritmo. O que estranhei mesmo foi ter minha namorada e meu genro como chefes.

— Nepotismo total — implicou o cozinheiro.

— Sou uma rainha, quer mais nepotismo que isso?

Jimin riu esfregando o nariz na bochecha da mãe.

— Vou conferir como Tae está.

— Por favor, as paredes desse lugar são finas e eu não preciso dessa imagem na minha mente!

— Ai, mãe! Que horror!

Jimin fez uma careta antes de seguir ao banheiro. Taehyung deixou a porta aberta, pois, estavam apenas eles no local. Como Jimin imaginou, o namorado estava com dificuldade de colocar as medalhas na roupa.

— Ah, Minnie! Me ajuda aqui! Eu não sei para que essa porra, eu não ganhei medalha alguma. Argh!

O cozinheiro riu, com agilidade, pegando a medalha da mão de Taehyung e colocando corretamente na ombreira da roupa de marinheiro.

— Como você sabe mesmo a ordem?

— Namjoon — explicou Jimin. — Quando éramos mais novos, ele ganhava uma medalha a cada dia. Menino prodígio aquele lá. Era eu que ajeitava certinho na roupa dele.

— Você merecia todas as medalhas… — Taehyung comentou, segurando Jimin pela cintura. Observando-o mexer em suas vestes com todo o cuidado.

— Ei, nada disso. Estamos muito atrasados, Tae.

— Não posso segurar meu namorado pela cintura?

— Não quando seus objetivos são outros!

Taehyung por fim somente estalou um beijo na bochecha do namorado.

Não demorou muito mais para saírem do banheiro, com Taehyung já arrumado e pronto para ser o apresentador da noite. Por mais que ele implicasse com as roupas, gostava do resultado quando Jimin se envolvia.

— Prontinhos, meus anjos? — perguntou a rainha.

Taehyung olhou para Jimin e sorriu. Estavam prontos.

 

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Seokjin se assustou quando viu Jackson chorando e tentando falar com ele em mandarim. Ele ficou confuso e somente conseguiu entender o que o amigo falava quando se concentrou para recordar das antigas lições da língua que tivera quando adolescente, Namjoon era mil vezes melhor naquilo do que ele.

— Quê?! Yin sumiu?!

— E-eu não o acho em lugar nenhum! Eu o deixei sozinho por dois segundos para pegar algo na mochila dele e ele sumiu! Jin, meu filho sumiu! — O homem se desesperou, lembrando-se do idioma coreano.

— Jackie, se acalma, por favor. Yin é um menino esperto, ele não deve ter ido longe e aqui não tem ninguém que poderia machucá-lo, tudo bem? — Seokjin garantiu, segurando os ombros do assessor. — Vamos procurá-lo.

Jackson ainda tremia quando Seokjin começou a ajudá-lo a procurar o menino. Aos poucos, outras pessoas se juntaram a ajuda, além de deixarem os seguranças avisados caso vissem o menino andando pelo evento.

Após dez minutos de procura, Jackson voltou a chorar. Ele não podia perder seu menininho, seu filho que tanto amava! Como pudera ser tão irresponsável? Como deixara uma criança tão pequena sair de perto dele em um evento tão grande como aquele? Yin poderia estar em qualquer lugar e isso era apavorante.

— Calma, nós vamos encontrá-lo — garantiu Hoseok, afagando as costas de Jackson.

— Vou pegar algo para ele beber e se acalmar — disse Yoongi.

Yoongi foi até uma barraquinha próxima, enquanto Seokjin e Hoseok tentavam consolar Jackson, o amigo estava arrasado, já pensando em tudo de ruim que poderia ter acontecido com uma criança de seis anos.

Porém, todas as preocupações de Jackson sumiram quando ele ouviu o som que mais amava no mundo:

Appa!

Jackson sentiu que moveu tão rápido em toda a sua vida quanto naquele momento para pegar o menino no colo e abraçá-lo.

— Yin! Meu filho, meu amor! Por que você saiu sozinho, hn?! Tem noção do susto que me deu, meu filho?!

— Ele disse que estava muito apertado para ir ao banheiro e que sabia ir sozinho, só que ele não achou…

O assessor de imprensa levantou o olhar, ainda segurando Yin em seu colo. Ele conhecia as pessoas que trouxera o seu filho, agora que podia perceber isso, com os nervos mais calmos após tanto medo.

— Jinyoung e Mark, certo? — Jackson arriscou os nomes dos homens. — Vocês trabalham com o duque Yoongi.

— Sim. — Jinyoung respondeu, esticando a mão e acariciando os cabelos castanhos da criança. — Eu o encontrei próximo ao banheiro muito assustado e o reconheci, mas eu não pude entendê-lo porque com o medo Yin só falou mandarim e eu não sei a língua, então o levei até Mark. Desculpa ter demorado tanto, eu fiquei nervoso também.

Jackson negou com a cabeça, as lágrimas que antes derramaram ainda presente em seus olhos.

— Eu agradeço de coração. Esse menino é toda a minha vida — disse Jackson, afagando o cabelo do filho.

Mark também estendeu a mão para Jackson, que a segurou um pouco desajeitado, pois não queria largar o menino.

— Que tal um sorvete para esse garotão? — Mark perguntou, fazendo uma careta para a criança. — Podemos pegar algo para o pai também, hn? Seu rosto não combina com essas lágrimas.

— Eu concordo — Jinyoung disse, sorrindo.

Jackson ficou sem palavras enquanto Seokjin olhava para Hoseok e para Yoongi, que havia voltado com um suco nas mãos. O arquiteto escondeu a garrafa do namorado e deu o seu melhor sorriso na direção de Jackson e dos outros.

— Ah, Jackson realmente ficou muuuito nervoso! — Seokjin afirmou.

— Com certeza ele precisa de uma bebida agora — afirmou Hoseok, empurrando de leve Jackson na direção dos outros pelos ombros. — Ele gosta de mocca.

— E de donuts com cobertura de morango — Yoongi completou.

Jackson arregalou os olhos ao notar o que os amigos faziam. Ele não tinha tempo para romance, muito menos com duas pessoas comprometidas!

— Appa! Eu quero sorvete com os tios. Por favor?

— Por favor, Jackson — Jinyoung insistiu com um sorriso galante.

— Vocês não irão se arrepender — garantiu Mark, também sorrindo.

O assessor de imprensa disse a si mesmo que somente estava aceitando aquilo pelo filho. Somente e por Yin e ninguém mais.

— Acho… que um sorvete e um café não farão mal — disse Jackson, por fim.

Então, Jackson foi com Jinyoung e Mark para a cafeteria, ainda com Yin no colo, dessa vez bastante animado com a ideia de que tomaria sorvete depois do susto que passara.

— Cara, eles com aqueles sorrisos, até eu iria — disse Yoongi, displicentemente.

Hoseok girou nos calcanhares, olhando para o namorado sério.

— É o quê?! Achei que essa sua crush em Jinyoung tinha passado!

— Eu não tinha crush nele, só dei um beijo para te causar ciúmes, coisa que deu certo porque até hoje você fala disso.

Seokjin riu, ficando entre os namorados e pegando nas mãos deles, deixando um de cada lado do seu corpo.

— Amores, agora que o susto passou, vamos lá assistir Kookie e Joon. Vocês deixam o hate sex para mais tarde, okay?

— Sexo. Gosto — brincou Hoseok, batendo na bunda de Seokjin.

Yoongi logo reclamou:

— Bate na minha bunda também!

Hoseok sacudiu o dedo indicador.

— Para você não, tem que aprender a respeitar o pão que come!

Seokjin revirou os olhos, puxando os namorados para a área reservada. Era isso que ele tinha que aturar todos os dias! Mas, a quem enganava quando fingia que não amava cada minuto que passava com os namorados?

 

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Jungkook subiu no palco após Taehyung lhe anunciar. Ele sorriu para o namorado e acabou escutando alguns gritinhos devido à interação, por vezes era estranho perceber que todo o mundo sabia sobre o seu namoro, mas no final do dia, ficava feliz por amar seus belos namorados.

Falar sobre o jornalismo era fácil para Jungkook e era sobre isso a palestra que estava ali dando, porém, era algo que se tornava complicado quando ganhara o Prêmio Pulitzer pelo seu trabalho jornalístico durante os tempos ditatoriais que viveram no país.

Jungkook ainda se recordava como ficara chocado ao receber a indicação e ainda parecia sonho ter ouvido o nome dele ser chamado no palco ao receber o prêmio. Haviam tantas pessoas boas ali, mas de alguma maneira, todos gostaram da sua cobertura, que fizera de maneira precária, preso no bunker. Foram momentos ruins, mas até desses momentos, podia-se tirar algum proveito.

Agora, Jungkook era alguém muito requisitado, tanto que tinha que recusar alguns convites, pois, se não, nem teria tempo para os seus namorados e amigos. Contudo, no final do dia, ficava muito feliz por seu trabalho ser reconhecido daquela maneira.

O jornalista então deu sua palestra, porque mesmo dispensando alguns trabalhos, um que era organizado por Namjoon, não poderia deixar de ir.

Sua fala levou quase uma hora e quando finalizou, Taehyung voltou ao microfone para apresentar Namjoon.

— Você estava ótimo — disse Namjoon, disfarçadamente ao lado de Jungkook. Ele sorria para as câmeras, mas sua voz saía de maneira clara para o amigo.

— Que bom que gostou. — O jornalista sorriu docemente, olhando para as costas de Taehyung. — Você vai ficar para a festa que terá depois?

— Não, estou exausto e prometi que teria bastante tempo para ficar com meus amores, então, não posso dar para trás agora.

Jungkook disfarçou uma risada, olhando para o chão.

— Quem mandou ter três namorados? — Jungkook perguntou sacudindo os ombros. — Todos querem ter atenção.

Namjoon piscou um dos olhos para Jungkook quando foi anunciado como discursante. Ele recebeu o microfone do irmão com um sorriso e então olhou para o seu povo.

Os gritos e as comemorações demoraram um pouco para cessar e Namjoon não negava que até gostava de ouvi-los, parecia um bom sinal, de que estava no caminho certo como rei.

— Boa noite a todos. — Namjoon procurou seus namorados na plateia e sem dificuldade os encontrou. Ele fez um rápido gesto com a cabeça antes de voltar ao discurso: — Hoje é um dia muito importante para o reino. Pela primeira vez, teremos um centro de saúde totalmente gratuito. Eu poderia falar como sempre tive esse sonho ou que era algo que eu pensava antes, mas… não era. Não, até eu ver como as pessoas que não tem condições financeiras necessitam urgentemente de não um centro ou dois, mas sim todo o sistema de saúde gratuito. Mesmo como rei, não posso mudar isso por mim mesmo, porém, o projeto de lei está tramitando pelo parlamento. Infelizmente, até chegar na fase de votação final, eu não serei mais rei, pois, nosso país sairá da Monarquia e entrará na República.

Houveram algumas palmas e gritos, o que Namjoon tirou para poder retomar o fôlego. Ele ainda sentia o nervosismo tomando conta todas às vezes que ia discursar, mas a pausa foi o necessário para relembrar o restante do discurso que preparara.

— Esse será o primeiro centro de vários que teremos por todo o país. Além de contar com os melhores profissionais do país, também teremos os melhores equipamentos do mundo e o melhor de tudo: sem pagar nada. Até o transporte dos pacientes, será de graça. — Namjoon sorriu, deixando suas palavras entrarem nas mentes de todos. — Como a lei ainda está no parlamento, contaremos com o dinheiro de patrocinadores e de doações, por isso agradeço imensamente a todos que contribuíram para a manutenção desse projeto que beneficiará toda a população. Agora, sem mais delongas, eu declaro aberto o Hope Care Center.

Namjoon recebeu uma grande tesoura de Taehyung e simbolicamente cortou a fita que estava na porta do grande centro médico.

As palmas e gritos outra vez foram altos, fazendo novamente Namjoon a sorrir. Porém, o que manteve o sorriso em seu rosto foi encontrar o rosto de Hoseok o fitando emocionado. Aquele centro era para ele e todos que um dia sofreram para conseguir dinheiro para qualquer tratamento que necessitassem. De agora em diante, todos poderiam viver com saúde, sem a preocupação se o dinheiro no final do mês seria o suficiente para cobrir todos os gastos.

O rei sorriu abertamente. Aquela era uma das suas últimas ações como Majestade, porém, saía orgulhoso do cargo, sabendo que cumpriu o que seu pai tinha lhe dito:

Você será um rei esplêndido”.

E, ele foi.

 

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Notas Finais


Olhem a linda arte vminkook que a Juli fez para a fic:
- https://twitter.com/peachyicetae/status/1481383278494076934?s=20

Gente, quem lê em inglês, deem uma chance para a fic da @buntae:
- https://twitter.com/taecafune/status/1481648006080331779?s=20

O próximo capítulo é o último da fic 💔


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Gostaram do capítulo? Divulguem a fic!
E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.


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