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História Wishing the sin (long-imagine Jungkook - BTS) - Losing control with you


Escrita por: SraJeon97

Notas do Autor


VOLTEIII, com mais um capitulo grande so pra vcs.❤ Enfim, não tenho muito o que falar aqui, vou deixar vcs lêem. MAS, PEÇO QUE LEIAM AS NOTAS FINAIS, TENHO UM AVISO MUITO IMPORTANTE. BOA LEITURA AMORES💕.

Capítulo 8 - Losing control with you


Fanfic / Fanfiction Wishing the sin (long-imagine Jungkook - BTS) - Losing control with you

O dia hoje resolveu passar bem mais rápido do que eu previa. Na aula de biologia, a professora havia dito que teríamos que começar a executar o trabalho que ela passara no mesmo dia. Já que só temos 72 horas pra organizar tudo até o projeto. O que significa que terei que me encontrar com Jungkook a tarde. E isso me deixa nervosa, muito. Depois do acontecido no banheiro eu fiquei bastante tensa, além da marca enorme que havia em meu pescoço, Jungkook fez questão de ficar fazendo provocações durante as outras aulas. Ele alisava uma de minhas coxas de vez em quando, e adivinha de quem era a aula? Da minha querida mãe. Aula de português. Eu tentava afastar, mas nem isso eu conseguia, quando eu pensava na hipótese ele apertava a carne da mesma, me fazendo arfar. Cai entre nós, eu estava num dia de afloramento hormonal bem anormal. E acho que ele sabia disso.

      Agora aqui estou eu, dentro do meu quarto, em frente ao espelho cobrindo meu "hematoma" no pescoço com maquiagem. Já era começo de tarde, Jungkook não demoraria a chegar. Combinamos mais cedo dele vir pra minha casa e começarmos o tal trabalho. Lógico que antes, avisei a minha mãe sobre um garoto entrar na nossa casa e ficar sozinho comigo, pensei que ela iria negar de primeira, entretanto, ela deixou sem nem mesmo pensar duas vezes. Se isso foi estranho? Muito. Ela sequer deixava eu me aproximar de garotos e agora...

         "...- Tudo bem. Jungkook parece ser um bom garoto..."

     Foi exatamente isso que ela disse. Se ela soubesse o que esse "bom garoto" já fez comigo... Mas, enfim,  espero que ele não tente nada durante essa tarde, mesmo que o tema do trabalho não ajude muito. Claro que minha mãe também me alertou sobre esse trabalho, ela pôs toda a sua confiança em mim.

      "...- Você já é quase uma adulta, sabe muito bem o que é certo e o que é errado. Principalmente em relação à garotos, não preciso repetir, vou deixar sob sua autoria..."

      Fiquei feliz com essa consideração dela, confesso. Mesmo que eu não esteja muito segura se vou conseguir me manter "normal" perto dele. Eu já havia me olhado no espelho umas trezentas vezes, ajeitando minha roupa e meu cabelo. Eu vestia um short esverdeado curto e uma blusa branca de tecido fino, deixando um pouco a mostra a diferença de cores entre meu short e minha pele, afinal, hoje o tempo estava muito abafado e quente. Só não vesti uma blusa regata porque todas que eu tenho formam um decote, e que faria ele pensar que não sou diferente das outras ou estava na intenção de lhe atiçar. Óbvio que não. Meu cabelo estava em um rabo de cavalo também, pra não ficar suando. Eu sei, sou muito corajosa em usar meu cabelo assim quando tenho uma marca no meu pescoço, mas é isso ou eu morrerei de calor, fora que minha mãe sequer notou algo diferente em mim, agradeci muito por isso.

                      _***_

 

      Faltavam menos de quarenta minutos para as duas horas da tarde, e minha apreensão só aumentava. Não sei quantas vezes peguei meu celular só para ver as horas, ou quantas unhas roí. Eu ainda não entendo essas minhas reações. Já era a décima vez que eu me olhava no espelho depois que saí do quarto.

      - Mas o que diabos eu tô fazendo? -murmurei para meu próprio reflexo no espelho. -  É APENAS UM TRABALHO! - exclamei firme e saí dali, me sentando no sofá, tentando tirar toda aquela tensão de meu corpo. O que não foi muito sucedido. Então peguei meus fones e liguei em uma música animada, não muito alta, me distraí durante uns bons minutos, até que decidi fazer algo útil. Peguei meu notebook e comecei a pesquisar algumas coisas sobre o assunto. No começo foi normal, era só por parte científica, mas não podemos esquecer que além dessa existe a outra, que trata de algo mais íntimo.

      Eu tentei de todas as formas buscar entender e explicar as sensações dos nossos corpos ao reagir a um beijo ou um simples toque, mas, nada do que eu lia era suficiente. Como se não tivesse uma definição tão aprofundada assim. Foi aí que tive a ideia de assistir alguns documentários de sexólogos famosos sobre esse assunto. Porém, me arrependi imediatamente. A medida e a forma como esses profissionais falavam chegava a ser instigante e intrigante ao mesmo tempo, era de uma naturalidade incrível, além de ser muito, mas muito bem aprofundado, até fotos e pedaços de cenas quentes tinham. As explicações eram bem compreendidas por mim, já que minha mente decidiu, involuntariamente, me trazer recordações, e ,até mesmo, sentisse o que aquilo transpassava.

      Minhas unhas médias batiam rapidamente contra a mesa de vidro, já eram duas horas em ponto, ele poderia chegar a qualquer momento, ou poderia se atrasar talvez, mas... Que diferença faz?  Terei que fazer isso com ele uma hora ou outra. De repente, ouço o toque do interfone ecoar da cozinha. Olhei assustada o objeto e engoli em seco. Pontual, não?  Respirei algumas vezes antes de me dirigir ao objeto e pôr o telefone no ouvido.

      - Quem é? - pergunte mesmo sabendo que era ele.

      - Sou eu, Jungkook, seu príncipe encantado - proferiu ele do outro lado, usando um tom animado. Revirei os olhos. Nem avisei que já estava indo, encaixei o telefone na sua outra parte e abri a porta principal, me dirigindo ao portão. Antes de  pegar o controle do mesmo eu respirei algumas vezes e ajeitei melhor minha roupa. Até que pressiono o botão e quase perdi o ar pela... Sei lá quantas vezes... Ao ver esse garoto. Ele estava tão perfeito, trajava uma calça apertada preta e uma camisa branca com uma azul de mangas por cima. Seus cabelos estavam perfeitamente alinhados e seu rosto, enfim... Melhor nem reparar nisso.

      Ele sorriu ao me ver, se tem outra coisa que não posso deixar de reparar é o sorriso dessa criatura, é o mais encantador que eu já vi, seus dentes bem enfileirados e branquinhos como a neve, seus lábios rosados tão bem desenhados. Caí em mim quando notei que estava o encarando a tempo demais, desviei o olhar disfarçando. Ele soltou um riso fraco. - Olá. - proferiu ele simpático. Eu apenas sorri minimamente sem mostrar os dentes.

      - Vejo que é bem pontual. - murmurei tentando desviar a tensão de poucos segundos atrás. Ele sorriu largo.

      - Eu vou passar a tarde inteira com você, então... Por que eu perderia tempo me atrasando? -  piscou pra mim. Senti minhas bochechas queimarem e meus batimentos ficaram um tanto acelerados. Isso é normal?

      - Ah... Tudo bem. - respondi sem jeito, o mesmo continuou me encarando, e minha tensão só aumentava. - É... Melhor a gente entrar, temos muita coisa pra fazer. - desviei aquilo tudo e ele assentiu e deu seu primeiro passo dentro do quintal. Fiz sinal pra que ele continuasse a andar e pressionei o botão para fechar o portão principal. Fechei os olhos e respirei fundo, agora estou, definitivamente, com ele sozinho dentro da minha casa. Só relaxa _________, ele não faria nada que lhe desse dor de cabeça depois... Não é?

      O segui até a entrada da casa, o mesmo me deu passagem e ficou parado na porta. Franzi.

      - O que está fazendo aí? Entre. - indaguei óbvia. - Ou prefere fazer o trabalho por aí mesmo?  - negou com a cabeça e entrou.

      - De onde eu venho, entrar na casa dos outros sem ser convidado é falta de educação. - explicou calmo.

      - Ah, me desculpe, "senhor educado". - ironizei. O mesmo riu soprado. - Podemos começar ou prefere falar de boas maneiras comigo? - indaguei irônica.

      - Podemos começar sim, "senhorita meiga". - proferiu no mesmo tom que usei anteriormente.  Pôs sua mochila sobre o sofá. - Uau, sua casa é muito linda. - exclamou a observando todo o lugar.

      - Obrigada. - respondi educadamente. - Bom, voltando ao trabalho, antes de você chegar eu andei pesquisando sobre algumas coisas, pra ter mais ou menos uma base, e achei algumas coisas interessantes... - disse enquanto caminhava até a mesa, onde se encontrava meu notebook.

      - Tudo sobre sexo é interessante. - murmurou audacioso, enquanto puxava a cadeira, ao meu lado, para se sentar. O olhei incrédula, sexo não é um tema que costumo falar muito, ja ele...

      - Belo ponto de vista. Já vi que vai se sair melhor do que eu e muito nesse projeto. - insinuei séria e bem constrangida.

      - Não concorda comigo? - indagou me encarando, nada respondi. Nem tinha o que responder. -  Você fica tão linda corada. - insinuou sorridente. Revirei os olhos.

      - Lindo vai ficar a nossa apresentação se a gente não levar isso à sério. - rebati enquanto meus olhos procuravam os tais sites de pesquisa.

      - Você está bem apressadinha hoje. - se aproximou mais de mim, e deslizou seus dedos pela pele do meu braço.

- Jungkook, deixa eu te esclarecer umas coisinhas aqui. - virei-me pra ele. - Nada de provocações, primeiro que você está na minha casa, portanto, minhas regras e não aceito que desobedeça. Segundo que, estamos juntos aqui apenas para organizar nosso trabalho e nada mais. Estamos entendidos? - indaguei séria.

       Ele sorriu confuso.

      - Mas, eu nem fiz nada com você. - rebateu fingindo inocência. Semicerrei os olhos quando ouvi ele  sussurrar um "ainda" quase inaudível.

      Resolvi deixar pra lá, tínhamos muitas coisas para fazer.

                          _***_

 

      Já havíamos assistido alguns documentários da internet,  os que a professora nos recomendou, e já tínhamos lido algumas matérias sobre o assunto. Jungkook não tentou nada comigo durante esse espaço de tempo, e isso foi ótimo. Porém, minha concentração não foi contínua, sempre que eu me concentrava ele fazia algo que me chamava a atenção, como suspirava alto, ou passava as mãos pelas suas coxas grossas. E o perfume, nem se fala. Estava chamativo, como hoje de manhã, e nós estávamos próximos, nossas cadeiras estavam praticamente coladas. Eu ficava muito, mas muito, constrangida quando passava cenas quentes,  prendia a respiração, ficava imóvel, jungkook sempre soltava risadas baixas. Afinal, é uma situação bem estranha quando se está assistindo coisas desse tipo com um garoto da sua idade, principalmente quando não há ninguém adulto dentro de casa. Jungkook assistia tudo com expressão normal, entretanto, eu notava quando ele passava a língua sobre os lábios ou os mordia, quando via uma cena dessas. Só sei que estava com medo, não sei exatamente do que.

      Estava tudo indo nos conformes, até o ser ao meu lado arrastar mais a cadeira, não deixando uma brechinha sequer. Paralisei automaticamente quando ele levantou o seu braço e pôs sobre as costas da cadeira, quase tocando meu ombro. Eu ainda não consigo entender como cada ato dele me deixa tão afetada, minha respiração começou a ficar frenética, pesada. Tentei não me importar, fingir que nada estava acontecendo. Mas, logo sinto sua respiração cada vez mais próxima, até a ponta de seu nariz tocar a pele sensível do meu pescoço. Onde ele começa a roçar seu órgão, me arrepiando de cara.

      - Jungkook, o que foi que eu disse? - indaguei me afastando. - Pare.

      - Mas, eu não estou fazendo nada demais! - exclamou fingindo inocência, voltando encostar seu nariz em mim. Só que dessa vez ele subiu suas carícias para perto da minha orelha, raspando de leve seus lábios durante o percurso, meus pelos se eriçaram como nunca. - Eu adoro o cheiro do seu perfume. É tão doce, viciante. - sussurrou ao pé de meu ouvido, sua respiração quente batia contra ele, fechei os olhos, automaticamente, tentando me controlar.

      Não posso cair nas suas provocações de novo...
 
      - Jungkook... Para. - minha voz saiu tão baixa possível, quase como um sussurro. Eu  estava perdendo o controle, mais uma vez, não iria durar por muito tempo essa resistência toda. Meu corpo inteiro paralisou, minha mente dizia pra eu me afastar, mas ao mesmo tempo me enganava, pois eu não conseguia. Aquilo era tão bom, mas, ao mesmo tempo, tão errado.

      Ele começou a beijar atrás da minha orelha, lentamente, me torturando. Desceu pela minha nuca exposta e foi fazendo trilha até perto da minha garganta. Em um ato involuntário, tombei a cabeça  pro lado, deixando mais acessível. Mordi meu lábio inferior, perdida nas sensações. Minhas mãos estavam a ponto de quebrar o assento da cadeira, de tanto  apertar. Senti seus lábios e seu nariz rasparem sobre minha bochecha, logo dando selinhos também. Fui virando a cabeça, até nossos lábios se encontrarem.  Foi apenas um selinho demorado. Abri meus olhos e o vi com os seus fechados, uma expressão tão serena, que não me importaria de ficar horas só observando. Ele os abriu, pouco tempo depois, me dando a vista de olhos negros e profundos. Passamos um bom tempo nos olhando, até ele quebrar o contato, o mesmo encarava meus lábios diversas vezes, passei a língua sobre os meus, vi os seus entreabrirem. Subi o olhar, ele me observava como nos primeiros dias de aula, tentando desvendar minha alma.

      Vejo seu rosto se aproximando do meu, fecho os olhos, esperando. Nossas bocas se colaram, não demorou muito pra eu sentir sua língua massagear meu lábio inferior, os abri e seu músculo finalmente entrou na minha boca. Suspirei sobre seus lábios ao sentir o contato entre nossas línguas, era uma sensação tão boa que... As vezes, eu tinha a impressão que iria derreter ali, ou que era um sonho.

         Aish, o que estou dizendo?

      O beijo até então não transmitia malícia, era calmo. Sua língua percorria minhas cavidades, como na primeira vez, até que a mesma se encontrou com a minha, ambas de enlaçaram, se acariciaram. Senti sua mão sobre minha coxa, a apertando e fazendo carícias. Grunhi entre o beijo, levando minha mão, involuntariamente, até a sua coxa, me apoiando. Cessei o ósculo por falta de ar, o que facilitou Jungkook em puxar meu lábio inferior entre os dentes e depois suga-lo. Essas atitudes dele me deixam uma completa louca. Aproveitei e deixa e voltei a tomar seus lábios em outro beijo caloroso,dessa vez. Ele sorriu e aumentou o contato, levou sua destra até um lado do meu rosto, fazendo trilhas carinhosas até a nuca, me arrepiando.

      Acabei por prestar a atenção ao som do ambiente, enquanto nos beijávamos o áudio do video rolava pelo lugar, junto aos estranhos do nosso ósculo. Foi aí que eu me dei de conta do que estava fazendo. Tentei me afastar do mesmo, mas ele sempre arrumava um jeito de reiniciar. Então, coloquei mais força em minhas mãos sobre seu peitoral e o empurrei, parei o beijo com um selinho singelo. Me levantei rapidamente, saindo de perto dele,meu peito subia e descia, eu precisava de ar.

      - Não devíamos ter feito isso, não devíamos... - rebati com um pouco de dificuldade. Virei-me pra ele o olhando sério, mas desviei assim que vi ele passar seu dedão sobre o lábio inferior. Era uma cena muito insana pra mim, nesse momento.

      - Você também queria, caso contrário, não teria cedido. - respondeu convencido.

      - Mentira, não queria não.

      Respondi sem o encarar, ele tinha razão, se eu não quisesse não tinha feito. Mas, não vou dá esse gostinho à ele.

      - Não foi isso que disse antes de me beijar hoje de manhã no banheiro. - continuou sorrindo ladino. Por momento fiquei sem resposta, minha boca abria e fechava.

      - Sobre isso, não tem nada haver com querer, eu apenas... Apenas estava em um momento... Complicado. - nem eu entendi o que disse, mas antes que ele pudesse falar o interrompi. - Não vamos falar mais sobre isso, já basta o hematoma que você deixou no meu pescoço. - apontei pro lado marcado, ele sorriu orgulhoso.

      - Ficou tão boa assim? - revirei os olhos com sua pergunta. - Se quiser disfarçar precisa de mais maquiagem.

      Ri irônico balançando a cabeça negativamente.

      - Eu já disse pra esquecer isso. - rebati nervosa com a situação. - Mudando de assunto, eu já tenho algumas coisas em mente, que vou falar. Vai querer me escutar ou vai ficar com essas provocações ridículas? Porque se for, eu prefiro estudar sozinha. - continuei no mesmo tom.

      - Tudo bem, vá em frente. - ergueu as duas mãos em sinal de rendição. Em seguida cruzou seus braços esperando eu falar.

      Respirei fundo e comecei a falar tudo que eu tinha entendido e aprendido durante o tempo que assistimos e lemos matérias. Era tão constrangedor que eu falava sem o olhar diretamente, mas nem isso parecia adiantar. Imagina quando eu estiver diante de um monte de adolescentes, todos me olhando, esperando todo o meu falatório, quero dizer, nosso falatório. E se eu cometer algum erro, pior pra mim, ser sacaneada por um bando de jovens rebeldes e tarados por sexo. Aish... Não quero nem pensar. Eu já havia começado a algum tempo falando, primeiramente, do toque, das suas reações, já ia começar à falar sobre beijos, porém, notei que o garoto à minha frente estava se segurando pra não rir. Semicerrei os olhos.

      -... Qual é o problema, jungkook? - interrompi minha fala o questionando nervosa. - Eu tô falando algo engraçado por acaso? - cruzei os braços. O mesmo negou com a cabeça.

      - Não, é só que... A sua fala tá muito... Como é que posso dizer?... Muito decorada, sabe? Parece que você  está ditando um texto da internet. E desse jeito, além de você ficar mais nervosa na hora de falar, vai esquecer de tudo e  se atrapalhar inteira. - respondeu sério. Ri sem humor.

- Não, eu estou falando o que eu entendi. Você que está entendendo errado. - insisti no mesmo tom que o seu.

      - Se eu tô entendendo errado, imagina os outros que vão ouvir você. - continuou. - Fora que, eles vão fazer perguntas, e como você vai responder certo se só sabe o que decorou? - arqueou as sobrancelhas. Passei as mãos nos olhos, sinal de nervosismo. Pior que ele tinha muita razão. Eles irão fazer perguntas e eu vou me ferrar.

      - Tudo bem, senhor inteligente, o que sugere que eu faça então? - perguntei irônica.

      - Bom, você deve ter visto nos documentários que os sexólogos falam abertamente sobre tudo, sem um pingo de vergonha ou nervosismo. Isso porque eles falam por experiência, não por estudos diretamente, entende? - franzi. - São pessoas que testam, praticam. Todos os dias eles formulam ideias novas sobre o assunto, descobertas e tudo. - continuou e eu demorei um pouquinho pra raciocinar. Arregalei os olhos ao imaginar o que ele tinha pensado.

      - Então, a sua ideia é que a gente, nós dois, façamos um trabalho prático? - questionei incrédula, já imaginando sua resposta.

      - Não exatamente praticar o ato em si, mas, seria mais rápido, mais fácil e mais prazeroso. - ele olhava fixo em meus olhos ao proferir tais palavras. Fiquei tão perdida que nem percebi quando ele enganchou seus dedos no cós do meu short e foi me puxando. Comecei a imaginar o que pretendia e NÃO. Senti minhas bochechas esquentarem.

      - Você ficou louco? - questionei incrédula, tirei sua mão do meu short. - Eu nunca, jamais, chegaria a fazer algo tão... Intimo assim com você. Nunca. Isso já é demais, prefiro que minhas falas soem decoradas mesmo. - eu olhava pra qualquer lugar, menos pra ele. Meu nervosismo com o assurto era bem evidente. Ouvi o mesmo sorrir.

      - Tá, fica calma. Eu estava brincando. - explicou sorrindo. Semicerrei os olhos em sua direção.

      - Sei, brincando. Como se você brincasse em serviço. - proferi baixinho, mas acho que ele ouviu. Antes que algo a mais fosse dito, senti meu celular vibrar no bolso. Peguei o mesmo, e abri na mensagem. Era de um número desconhecido, mas, antes que eu pudesse ler a mensagem, Jungkook puxa o celular das minhas mãos. - Ei, devolve meu celular! - exclamei irritada. O mesmo estava sentado escondendo o aparelho atrás de si. Fui até ele e tentei puxar o telefone.

      - Não é hora de mexer no celular. Estamos trabalhando. - alertou fingindo indignação.

      - O celular é meu e eu só vou ler uma mensagem que chegou, pode ser importante. - rebati ainda me esforçando pra puxar meu celular de suas mãos. Ele continuou negando-se e ergueu seu braço. Sorri vitoriosa, mas não foi por muito tempo. Ele jogara meu celular pra longe. Confesso que meu coração doeu ao ver isso, mas fiquei aliviada ao ver ele cair sobre o sofá.

      Eu já estava pronta pra dar uns bons tapas nesse moleque, entretanto, ele foi bem mais rápido.  Eu me encontrava muito acima dele, uma de suas pernas estavam entre as minhas, já que o mesmo estava sentado, ele foi esperto e colocou a outra entre minhas pernas, pôs suas mãos em meu quadril, me puxando mais pra si, pressionou o mesmo pra baixo, fazendo com que eu sentasse sobre suas coxas. Manteve-as segurando firmemente meu corpo, demorei uns bons segundos pra entender tudo isso. Caí em mim quando tentei sair dali e não conseguia.

      - Me solta, Jungkook! - tentei empurrar seu corpo e me levantar, nas nada, então apelei pros tapas mesmo. Ele sorria. Que tipo de pessoa sorri ao apanhar?

      - Não, você precisa aprender a se concentrar no que faz... - ditou quase com dificuldades por causa de meus tapas. Ele solto minha cintura e segurou meu pulsos, sem fazer muita força.

     - E quem vai me ensinar? Você? - Continuei brigando com o mesmo enquanto me remexia freneticamente - Me solta! Jungkook, eu tô falando se... - minha fala foi cortada assim o mesmo soltou meus pulsos e levou suas mãos até a curvatura da minha cintura, a apertando de uma forma firme e ousaria dizer gostosa. Um arfar manhoso escapou por meus lábios, meu corpo amoleceu de imediato. Minhas mãos "caíram" sobre seus ombros, logo apertei o tecido da mesma, quando ouço a respiração dele próxima ao meu ouvido.

       - Retiro o que disse sobre estar brincando ao sugerir um trabalho mais prático - sussurrou baixinho, apertei seus ombros. - Fique calma. Eu não vou fazer nada com você, quero apenas te mostrar uma coisa. - dito isso,  a ponta de seu nariz fez uma pequena trilha pelo meu pescoço, senti um beijo molhado ser depositado perto da minha nuca. Fechei os olhos com força.

          Eu não queria ser assim... Tão vulnerável à ele... Mas, não consigo ser o contrário. Só um simples beijo desse garoto me faz ficar de pernas bambas, a ponto de cair no chão. O que está havendo comigo?

      - Jungkook... M...me solta... Por favor... - pedi sôfrega, soando claramente entregue à ele.

      - Eu só quero te mostrar o quão prático isso pode ser... - continuou deixando beijos estalados em minha pele, principalmente, pressionando a marca deixada por ele. Prendi meu lábio inferior entre os dentes, evitando um suspiro alto que queria sair.  Levemente deixei minha cabeça tombar um pouco pro lado, relaxando meus ombros.

      Suas mãos, até então na minha cintura, começaram a "massagear" a curvatura do meu corpo. Seus apertões eram firmes, ele usara suas unhas pra arranhar levemente o local sobre o tecido da blusa. Minha respiração já estava ficando descompassada, eu mal sentia minhas pernas, pareciam estar fracas. Sua língua deslizou sobre um pedaço da minha derme, esta que foi assoprada em seguida. Me arrepiei automaticamente. Ouvi o riso soprado sobre minha orelha, contraí o pescoço com isso. E quase pulei de seu colo quando senti a palma fria da sua mão tocar minha pele, por debaixo da blusa, um bom choque térmico, meu arfar foi alto e com certeza seus ombros vão ficar marcados pela força que apertei com as unhas, como retribuição ouvi um gemido baixinho, bem ao pé do ouvido.

      - Consegue sentir? - sussurrou rouco no mesmo lugar. Ele agora deslizava as pontas dos dedos  acariciando desde minhas curvas à minha barriga, contrai a mesma quanto suas unhas pequenas passaram por alí. -  Consegue sentir os impulsos do seu corpo, os impulsos que o seu cérebro recebe a cada ato meu? - nada respondi, nem tinha o que fazer, eu estava inconsistente demais pra isso. Então, seus dedos agora subiam por minhas costas delicadamente. Mordi o lábio inferior com força, em nenhum momento meus olhos ficaram abertos, apenas os fechava mais ainda. - sua temperatura aumenta a cada segundo, suas partículas estão se agitando como nunca. Você consegue sentir seus hormônios se aflorando? - suas mãos passaram por baixo do feixe de meu sutiã, indo até os ombros. De onde ele fincou suas curtas unhas e foi arranhando todo o seu caminho percorrido, até minha cintura.

      - Aaahh... - arqueei as costas e joguei a cabeça pra trás sentindo todo o meu corpo eletrizar. Eu já me sentia quente, como hoje de manhã. Percebi sua língua ser passada por minha garganta, logo em seguida um vento frio. Deslizei minhas mãos de seus ombros até seus braços e os apertei.

      - ...Você está extremamente inconsciente, mas conscientemente, sentido prazer. Os hormônios do prazer e do bem-estar estão sendo liberados a todo vapor dentro do seu organismo... - suas mãos foram para minhas coxas, as alisando e  apertando. Gemi baixinho. Novamente, usou suas unhas alí, mas foi na parte sensível, a interna da coxa. Já fazia um bom tempo que eu sentia uma tensão no meu baixo ventre, mas estava suportável, até ele fazer uma pressão com seu dedão sobre o local coberto pelo short. Contraí imediatamente.

      - Jungkook... - saiu involuntariamente, sem fôlego, apertei seus braços novamente enquanto repousava minha cabeça em seu ombro. Ele sorriu e levou suas mãos até minha bunda e as apertou de leve, fazendo com que eu me aproximasse mais, colando nossos íntimos cobertos. Voltou suas mãos para minha cintura. Sofri um choque momentâneo, por sentir um volume me pressionar. Gemi manhoso. Isso foi demais pra mim.

      Levei minhas mãos até seus cabelo, os enroscando entre meus dedos. Em um até, posso dizer até bruto, puxei pra trás, deixando seu rosto direcionado ao meu. Seus olhos estavam escuros e dilatados, seus lábios avermelhados me seduziam, nossas respirações estavam misturadas pela proximidade. Ele foi se ajeitar melhor sobre a cadeira, deixando as pernas mais abertas, isso fez mais uma fricção entre nossas partes. Fechei os olhos e minha boca abriu, mas o gemido ficou intercalado. Ele me olhava com o olhar de puro desejo, tão sexy... Mordi meu lábio inferior sentindo meu corpo queimar em excitação e não resistindo mais, ataquei seus lábios. Minha língua adentrou sua boca com facilidade, logo percorrendo todas as cavidades possíveis, assim como a sua. Minhas mãos faziam uma completa bagunça nos seus fios acastanhados. As suas, que já estavam em minhas coxas, subiram até minha cintura, a apertando e arranhando levemente, grunhi, deixei meus dedos deslizarem para dentro da gola de sua camisa, a pele de suas costas estavam muito quentes.

       Finquei minhas unhas alí, e fiz linhas de arranhões, não muito fortes, até sua nuca. Ele mordiscou meu lábio e o soltou, sugando o ar entre os dentes, enquanto arqueava as costas. E na minha opinião, esse som soa bem erótico. Apertei seus fios da nuca, o mesmo pôs seu rosto na curvatura do meu pescoço e distribuiu selares e mordidas carinhosas. Passei a língua sobre os lábios, observando a pele branquinha de seu pescoço, os levei até uma região sensível e comecei com uma mordida leve, senti ele arfar sobre a pele do meu pescoço, me arrepiando. Voltei a pressionar meus dentes na sua derme, dessa vez mais forte, em seguida depositando um chupão. Abri os olhos e vi a marca ne vermelha, essa foi a melhor marca que já deixei em alguém, sorri internamente orgulhosa. Como reação, Jungkook apertou mais minha carne e a forçou para baixo, no mesmo momento que ele erguia seu quadril.  Grunhi manhoso com o contato inesperado. Eu podia sentir um certo volume já se formar alí, involuntariamente, comecei a remexer meu quadril, procurando alívio para nós dois, pra toda aquela sensação agoniante. Cada cantinho  do meu corpo passou a eletrizar, estremecer com a nova sensação, era extremamente gostosa. Fechei os olhos e joguei e cabeça pra trás, me perdendo nos espasmos que o roçar de nossas intimidades me proporcionavam. Jungkook me ajudara com os movimentos, os aprofundando, seus arfares e mordidas ao pé de meu ouvido, suas mãos me apertando por baixo da blusa,   deixavam-me mais louca ainda.

      - É delicioso, não é? - sussurrou roucamente manhoso bem próximo ao meu ouvido. Não respondi, apenas continuei com os movimentos, os intensificando. - __________...! - sussurrou meu nome ofegante, mordi meu lábio inferior, eu me sentia mais insana do que nunca nesse momento. Deixei meu rosto em posição normal, o encarando, o mesmo sorriu ladino enquanto aproximava lentamente sua boca da minha, ao encosta-las, as roçou levemente. Novamente fechei os olhos e senti a ponta da sua língua pedir espaço, abri a boca, mas não foi um beijo, como esperado, ele apenas adentrou seu músculo e lambeu a parte superior, me fazendo arfar. Aproveitei a ocasião e a segurei entre meus dentes, dando uma leve mordiscada, antes de chupa-la. Ele me apertou mais, não resisti por muito tempo e transformei aquilo num beijo lento e desejoso.

      - _______! - ouvi uma voz fininha e sonolenta ecoar pelo lugar, abri os olhos e olhei em direção a voz. Arregalei imediatamente e soltei os lábios de Jungkook. O mesmo ficou confuso no momento, mas assim que olhou pro lado, seguindo meu olhar, arqueou uma sobrancelha e sorriu surpreso. Meu pequeno e inocente irmãozinho estava nos encarando com carinha de sono. Dei por mim que ainda estava no colo de Jungkook, me levantei rapidamente, e acredito que estou mais vermelha que um pimentão.

      - João Lucas?! Já acordou...? - indaguei me aproximando dele, trêmula, quase tropeçando nos próprios pés. Logo o pegando no braço, o mesmo fez um dengo fofo e me abraçou com seus curtos bracinhos. Sorri e dei-lhe um beijo na bochecha.

      - Que coisa fofa, é o seu irmão? - Jungkook proferiu enquanto se levantava da cadeira e vinha em direção à nós. Engoli em seco, desviei o rosto quando notei suas partes baixas volumosas, a calça era apertada então marcava.

      - É... É sim...  - vi o garoto levar sua destra até os fios do mais novo e depositar um carinho.

      - Meu Deus, ele não se parece nada com a sua mãe. - sorriu. João Lucas, tirou a cabeça do vão de meu pescoço e encarou Jungkook, que sorriu pra ele instantaneamente. O mais novo o encava sério.

- Eu não acredito que você teve que atrapalhar o nosso trabalho justo agora, pequeno. - arqueei as sobrancelhas e encarei Jungkook incrédula.

        Foi ótimo meu irmão ter aparecido, isso ja estava indo pra um caminho sem volta...

      Após tal fala brincalhona do Jungkook, meu irmãozinho continuou o encarando serio, mas de repente soltou uma risada sapeca. Não contive o riso também, assim como Jungkook.

      - Você e sua irmã possuem os sorrisos mais lindos que eu já vi. - o mesmo alisava o bochecha do menor. O encarei de imediato, senti uma ruborização forte em minhas bochechas quando ele retribuiu meu olhar, intensamente.

      - Eu... Ele ainda tá com sono... Eu acho m... Melhor tentar colocar ele pra... Dormir de novo. - desvie aquela clima estranho formado. - E..eu volto já. - nem esperei por uma resposta  sua, saí em ímpeto. Era minha única oportunidade de saída.

      Entrei no quarto do meu irmão, o colocando sobre o sofá -cama que havia ali e voltei para trancar a porta. Após tal ato, me escorei na mesma e senti minhas pernas fraquejarem. Meus olhos se fecharam, joguei a cabeça pra trás, a escorando na porta. Permiti que meus corpo deslizasse até o chão.

       O que foi que acontecera a pouco tempo atrás?

      Passei minhas mãos por meu rosto, freneticamente. Ainda não estava crente de tudo isso. Pus minha mão sobre meu peito e pude sentir uma agitação interna avassaladora. Coisa que não sinto á muito, muito tempo mesmo. Na verdade, tudo na minha vida se tornou avassalador, depois que Jungkook apareceu. Ele consegue fazer com que eu perca meu juízo em questão de segundos, consegue me fazer sentir coisas que jamais imaginei sentir,  até mesmo as que eu desconhecia.

          Tenho a impressão de estar enlouquecendo!

      Subi minha mão até meu pescoço, meus olhos se fecharam ao me permiti lembrar dos seus toques e beijos. É inevitável, eles me levam a loucura. Toquei meus lábios, lembrando-me da sensação gostosa de ter os seus ali, tão macios, tão viciantes. Ofeguei ao lembrar-me de suas mãos me apertando, sua voz grossa e rouca sussurrando em meu ouvido. Minha respiração descompassou simultaneamente. Meu interior já ficava mais agitado, sentia-me quente.

         Não posso gostar disso tanto assim, não posso me viciar desse jeito. Espera... Eu já estou viciada?

                        _***_
  
      Eu ja havia feito de tudo pra João Lucas dormir, balancei na cama, no braço, cantei, mas nada adiantou. Então desisti. Na verdade, vai ser bom ter meu irmão por perto, quem sabe o Jungkook não tenta fazer coisas inapropriadas. Antes de girar a maçaneta da porta, respirei fundo uma dez vezes, me preparando pra encarar esse ser depois de tudo. Quando finalmente tomei coragem,  abri a porta. João Lucas segurava minha mão, e na outra um brinquedo. Chegando na sala, vi Jungkook concentrado em um vídeo no computador, a continuação do que assistíamos antes da gente, quer dizer, dele me atacar.

      - Ele não quis dormir? - sua voz me deu um pequeno susto. Ele ainda mantinha seus olhos na tela do computador.

     Como ele sabia que eu estava chegando com João Lucas?

      - Não. - respondi simplista. - Vamos ter que fazer o trabalho com ele aqui. Ele nos encarou.

      - Tudo bem. - sorriu para o menor.

      - Será que você poderia olhar ele um pouquinho? - indaguei tímida. - Só até eu cortar umas frutas pra ele comer. Ele é um menino muito devasso.

      - Devasso? - sorriu. - Não parece. - constatou ele ao ver a cara inocente que esse pestinha fazia. Murmurei um "humrum..." Irônica. - Eu posso ficar com ele sim. Se ele me quiser, claro. - o mesmo se abaixou, ficando a altura do menor. - Então, você quer vim com com o tio Jungkook? - estendeu os braços sorridente para João Lucas. Arqueei uma sobrancelha.

                 Tio jungkook?

      João Lucas ficou hesitante no começo, o olhava baixo e desconfiado. Eu iria o incentivar, mas quando menos esperei, ele já havia partido pros braços do Jungkook, quase derrubando o mesmo. Ri nasalado. Me dirigi a cozinha, e peguei algumas frutas que iria usar para fazer uma salada.

      A comida estava quase pronta, aproveitei o embalo e decidi fazer muita, afinal, já era quase final de tarde, eu e o Jungkook não havíamos comido nada ainda. Durante esse espaço de tempo eu me envolvia ouvindo o som de duas risadas gostosas de se ouvir vindo da sala. Eram tão contagiantes, eu podia até imaginar Jungkook sorrindo, e acho que isso me fazia sorrir junto. Era perceptível a mudança de personalidade do dele, pelo menos comigo. O vendo hoje, pode-se notar que ele não vive mais calado e sério em algumas situações. Lógico que continua misterioso, mas agora eu pude conhecer suas outras faces, a alegre, a provocadora, a sedutora principalmente. Acho que aos poucos estou quase conseguindo chegar onde quero.

       Mesmo assim, sinto-me insatisfeita. Quanto mais eu acho, mais quero procurar.

      Coloquei uma pequena porção no pratinho de meu irmão e peguei sua colherzinha de ursinho. Segui em direção a sala, onde eles estavam. Entretanto, não ousei atrapalhar tal cena, João Lucas estava sentado no colo do Jungkook, de frente pra ele, enquanto este inflava as bochechas de uma maneira fofa, e o menor batia as mãozinhas nas mesmas, estourando-as e caindo na gargalhada, Jungkook o acompanhava encantadoramente. Escorei-me na parede próxima e parei apenas para analisa-lo. Agora que percebi que seus dentes da frente assemelham-se muito aos de um coelhinho, seus olhos ficavam contraídos e com um brilho imenso.  Ri impulsivamente com aquilo, era algo tão cativante, tão lindo de se ver e ouvir. Saindo um pouco do meu sã consciente, tudo nele é tão perfeito,  seus fios acastanhados bem alinhados e sedosos, sua face clarinha delicada, seu nariz grandinho, ri com tal pensamento, não é um defeito, na verdade se encaixa muito bem à ele. Seus lábios rosados quentes e macios, mordi meu lábio inferior lembrando-me da sensação de te-los juntos aos meus. Aish. Soltei um suspiro demorado, encostando minha cabeça na parede.

      Como pode ser tão fofo e tão sexy ao mesmo tempo?

      Como consegue tirar meu juízo com tão pouco?

      - Eu sei que sou bonito, mas acho que seu irmão não vai esperar você terminar de me admirar pra comer. - saí de meus devaneios com a voz alheia. Corei, imediatamente, negando com a cabeça e fui me aproximando deles.

      - E quem disse que eu estava te admirando, seu convencido? - indaguei nervosa, tentando amenizar a vergonha de ter sido pega no flagra. - Eu estava apenas pensando em algumas coisas... Que tenho que fazer esses dias. - Coloquei João Lucas sentado no sofá junto com seu prato. - Não tem nada haver com você. - continuei sem o encarar, tal ato faria ele notar que estou mentindo.

      - Seu nervosismos já te entrega. - murmurou me olhando sarcástico.

      - Está com fome? - mudei o rumo do assunto, isso poderia ir pra um lugar que não seria bom ir. Ouvi o mesmo rir, logo assentindo. Me dirigi até a cozinha para ver o que eu poderia oferecer à ele.

      Eu estava bem distraída olhando os alimentos presente na geladeira, achei um suco e mais algumas coisas. Ergui meu corpo com a jarra na mão, quase derrubei a mesma quando dei de cara com um Jungkook me encarando, escorado na parede.

      - Caramba, Jungkook, que susto! - exclamei séria com uma das mãos no coração. O mesmo riu soprado. - Custava avisar? Espera... Você deixou João Lucas sozinho?

      - Ele está comendo bem quietinho. - avisou calmo.

      - Hm. Então, tem suco, você quer? - o encarei.

      - Pode ser. - ele começou a se aproximar.

      - Tem torradas também, salada de frutas, quer que eu faça um sanduíche pra você? - eu não sei dizer se isso foi por preocupação, ou se foi por nervosismo mesmo. Ele riu.

      -  Não precisa, só o suco tá bom mesmo. - dei de ombros, peguei um copo e pus o líquido amarelo, logo lhe entregando. Ele encostou de leve sua mão na minha ao pegar o copo. Desencostei a minha imediatamente, tenho certeza que minhas bochechas estão avermelhadas.

      Já eu, coloquei uma porção de salada depois de um copo cheio de suco, tomei pra ver me acalmava, encostada no balcão. Jungkook em encarava fortemente ao beber seu suco, desviei meu olhar daquilo. Involuntariamente, pouco tempo depois, o encarei de relance, ele notou na hora e passou a língua sobre seus lábios, o mesmo ja havia terminado o suco. Quase me engasguei.

      - Quer mais? - respirei bem fundo antes de perguntar-lhe. Ele negou com a cabeça, o vi levar o copo até a pia e me lembrei de uma coisa.

           Era uma ótima hora pra conversar com ele...

      - Então... Quantos anos você tem mesmo? - questionei "aleatoriamente" acabando com aquele maldito silêncio.

      - Dezessete. - respondeu poucos segundos depois. Ele tem a mesma idade que eu. - Mas, farei dezoito ainda esse ano. E você? - rebateu a pergunta...

     Ficamos um bom tempo conversando, na sala, porque meu irmão estava sozinho. Porém, a conversa nem foi tão aprofundada quanto eu planejava,  quando eu tentava ele cortava o assunto. As únicas coisas que descobri foi que seus pais já haviam falecido, ele morava com seus tios e primos,  pretende fazer faculdade de fotografia, entre outras coisas, mas bem superficial. Até ele pedir pra continuarmos o trabalho. Algo dentro de mim ja dizia, e agora tive certeza, ele esconde algo, falta algumas coisas em sua história. Isso me intrigou ainda mais. O que diabos esse garoto esconde?

      Dei meu celular à Joao Lucas, pra ele não atrapalhar nosso trabalho. Acho que, pela primeira vez, na tarde, nos concentramos de verdade, não tinha nada malicioso ou provocativo, era tudo "profissional" e isso foi ótimo. Trocamos muitas idéias do que podíamos falar e revezar, introduzimos o assunto de sexo em si, confesso, que no começo foi estranho, mas não me senti tão constrangida com o decorrer da situação, e Jungkook me ajudou com isso. Sorri internamente ao perceber que ele estava me ajudando dessa forma. Mas, as vezes, me pegava perdida em suas feições enquanto o mesmo me explicava algumas coisas.

      Já era final de tarde, mal percebemos o tempo passar. Só notamos quando o portão da minha casa fora aberto, minha mãe tinha chegado. Sabe quando seu corpo se agita de nervoso? O meu ficou assim quando ela entrou pela porta e nos viu. A mesma ficou séria por uns segundos, entretanto, não demorou a sorrir.

      - Olá, Jungkook! - disse ela sorridente. Este retribuiu simpático.

      - Olá, professora. - arquei uma sobrancelha quando este se levantou e foi cumprimentar minha mãe.

      - Que simpático! Mas, não precisa me chamar de professora, fora da escola me chame apenas de Vitória. - exclamou ela. Ele assentiu. - Ainda estão fazendo esse trabalho? - assentimos.

      - É muito assunto e detalhes. - dessa vez eu respondi. Ela assentiu e sorriu quando João Lucas abraçou suas pernas, logo o pegando no braço.

      - Sim. Nem percebemos a hora passar. Já tá bem tarde. - disse e olhou a hora no seu relógio. - Melhor eu ir pra casa, aí amanhã a gente termina de ver essas coisas. - me encarou.

     - Bom, por mim, tudo bem. - dei de ombros.

      - Nada disso. - minha mãe entrou no meio. A encaramos confusos. - Que história é essa que você vem na minha casa, e quer sair quase na hora do jantar sem comer nada? Você vai ficar e jantar conosco.

                Como é que é?

 

 


Notas Finais


UOU, QUE CAPITULO HEIN... ESSE JANTAR PROMETE, NEH? GENTE, QUEM AI ACHA QUE NOSSO JUNGKOOKIE TA JOGANDO PESADO COM A NOSSA PERSONAGEM? E QUEM ACHA QUE ELA TA ADORANDO? BOM, Vamos ao que realmente interessa. Na verdade, esse capitulo ia ser bem maior, eu ja havia trabalhado três cenas, porem, minha parceira ( melhor amiga e segunda autora) disse que o capitulo sairia grande demais e que deixasse essas cenas pro próximo, então ta ai... Tenho um aviso um pouco chato pra vcs, esse foi o último capítulo que postei em dias fiéis, pq na próxima semana terei provas na escola, e nao poderei focar na fic por uma dias, então vou demorar um pouquinho pra postar, por isso o capitulo foi grande, pra vcs aproveitarem muito durante esse tempo. E o segundo motivo, bom, não sei se vcs sabem, mas eu trabalho em outra fanfic tbm, a minha primeira na vdd, e ja faz quase quatro meses que não posto nada, pq foquei muito no imagine. Então terei que me empenhar nesse capitulo tbm. Eu sinto muito por isso meus amores, COMO VOU SOBREVIVER A ESSES DIAS SEM OS COMENTÁRIOS MARAVILHOSOS DE VCS?😢 enfim, espero que entendam, e que tenham gostado do capitulo, fiz com todo amor a vcs❤ . Kss e até o próximo ✌ 💓


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