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História With a Little Help From My Friends. - Aquele com o filme do Tarantino.


Escrita por: _Mariiaanaa

Notas do Autor


Olá, pessoas. Vcs lembram de uma fanfic maravilhosa que eu tinha indicado pra no final do ano passado? A fic da DreamygirlS2 (New Life) foi denunciada e excluída pelo Spirit. Tô aqui pra pedir que vocês - que já acompanhavam a história ou os que estão interessados em conhecer - que passem lá pra dá uma olhada, pois ela perdeu os registros de todos os leitores, e acho isso muito triste, pois ela é uma ótima autora e é muito dedicada também.

Vou deixar o link nas notas finais <3

AGORA SOBRE ESSE CAPÍTULO:

Quero agradecer a minha amiga Maria por ter revisado tudo e ter sido muito atenciosa, ela também me ajudou a escolher o título. Obg, Maria. Eu amo seu entusiasmo. Então é isso, boa leitura. Não esqueçam de olhar as notas finais.

*Rindo de nervoso e clicando enviar*

Capítulo 73 - Aquele com o filme do Tarantino.


Fanfic / Fanfiction With a Little Help From My Friends. - Aquele com o filme do Tarantino.

Fecho a porta do quarto o mais rápido que posso e giro em meus calcanhares para poder ficar de frente para Cameron, passo as mãos em minhas pernas como se esse simples atrito fosse capaz de acalmar as ondas de nervosismo que percorrem meu corpo e que parecem ter início em algum ponto na minha barriga.

Okay, estamos sozinhos no quarto agora. Estamos alegrinhos devido ao álcool e com certeza estamos alegrinhos de outras formas até mais interessantes. Eu poderia me concentrar em formas mais inteligentes de extravasar essa energia, mas eu não me sinto disposta a repreender qualquer ato impulsivo e totalmente movido por hormônios adolescentes que venha a acontecer. Eu quero ele, eu quero ele, eu quero agora!

Tento controlar minha respiração, mas isso acaba ficando mecânico. Tento controlar os movimentos do meu corpo, mas é ainda mais difícil. Desisto de forçar a casualidade e passo a me concentrar em não agarrar Cameron agora mesmo e arrastá-lo para cama. Tenho que ir com calma, tenho que ter certeza do que estou fazendo e do que quero.

— Você tá bem? - Cameron pergunta com riso na voz e me avalia por alguns instantes. Expiro todo o ar e junto à palma das mãos fazendo barulho.

— Eu tô ótima! - respondo energeticamente quando ele se senta na ponta da minha cama. Será que essa é uma forma de ele tentar me avisar que também está sentindo a mesma inquietação que eu? Será que é um convite para que eu sente ao lado dele?  Bem, ele parece calmo, seus movimentos não parecem planejados, está agindo como sempre agiu. Sua voz nem mesmo tinha aquela tonalidade trêmula que estava presente na minha. Quantas preliminares são necessárias para a pessoa adquirir esse tipo de confiança que Cameron aparenta ter?

Tento não entortar todos os meus dedos enquanto espero que ele continue, que ele comece a maldita conversa que vai me levar até onde eu quero. Ou que ele simplesmente me puxe de uma vez.

Ele leva as duas mãos para trás do seu corpo e espalma elas no colchão,  em seguida inclina o tronco quase se deitando. Fico olhando quando sua camisa sobe por conta do movimento e mostra um pouquinho de pele perto da sua anca. Eu morderia aquele local se pudesse...

Seus olhos se acendem um pouco quando ele percebe que estou  o observando e imediatamente ele parece achar tudo muito engraçado, um minúsculo traço de sorriso aparece no canto dos seus lábios, e ele faz questão de não fazer nenhum barulho. Porque ele sabe que eu não consigo pedir. Eu não consigo nem iniciar essa conversa. Mas eu quero. Eu quero tanto!

Ele não faz nem menção de querer começar algo, Cameron se diverte em observar em como eu estou surtando internamente e me controlando para não deixar transparecer. Mordo o interior da minha boca e tento pensar em outra coisa até que ele desista desse casticismo.

Quando ele se inclina para pegar o controle da TV, é o momento que eu crio coragem.

Pulo para puxar o controle da sua mão antes que ele consiga ligar o aparelho, não posso competir com qualquer distração nesse momento. Deixo o controle em uma distância satisfatória e mesmo sabendo que ele não teve a oportunidade de apertar qualquer um dos botões, verifico a TV somente para ter certeza de que não vou precisar lidar com a programação bastante apelativa que provavelmente seria capaz de tirar o foco da questão que estou tentando iniciar.

Quando volto a me virar, Cameron está passando a língua no canto dos lábios em uma tentativa de disfarçar o seu sorriso.

— Então... - tento continuar, mas a minha voz se perde. Cameron pigarreia e isso quase parece uma risada.

— Então... - Cameron força sua expressão a ficar séria e ajeita a postura, voltando a se sentar normalmente.

— O que você quer fazer agora? - minha voz sai um pouco alterada por conta da ansiedade.

— Eu tava pensando em assistir algum filme, vi que vai passar aquele do Tarantino que você gosta - ele aponta com o queixo para o controle que deixei em cima da estante - Mas aparentemente você tem outros planos.

Mas nem fudendo que ele quer assistir algum filme. 

Eu entendi o que ele está tentando fazer no segundo que o peguei lutando para esconder o riso, e o fato de ele estar se divertindo às minhas custas me deixa louca. Argh! Essa aura sádica misturada com o olhar travesso que ele tenta camuflar com um sorriso distraído só o torna mais atraente e eu simplesmente odeio o efeito que isso causa em mim! Me sinto fraca e desesperada! Eu estou tão ávida que a possibilidade de eu realmente implorar que ele faça sexo comigo é muito grande.

Respiro fundo e tento me controlar. Ele não vai conseguir me manipular ao ponto de me fazer implorar!

— Você parece impaciente. - fecho a cara e Cameron solta uma risadinha baixa.

— Não - só isso já soa bastante impaciente e ele ergue uma sobrancelha - Eu já disse que tô ótima! - Tento melhorar minha expressão, mas sem sucesso.

Ele ergue a palma das mãos em rendição e eu me sento abruptamente ao seu lado.

— Eu tava pensando... - minha voz trava quando ele vira o corpo todo para poder me dá mais atenção.

— Continua.

— A gente podia fazer alguma coisa.

— Eu tava querendo fazer alguma coisa, mas você meio que atrapalhou  - ele maneia a cabeça em direção à TV e eu reviro os olhos, tentando parecer exausta por conta dos seus joguinhos mas no fundo só estou desesperada para que ele pare de me torturar - O que você quer fazer?

— Não sei, tem alguma ideia? - por favor, que sua ideia seja tão boa quanto a minha, por favor, por favor, por favor.

— Tem muitas coisas que eu quero fazer - engulo em seco quando ele passa os olhos pelo meu corpo, me avaliando de uma forma discreta, mas que mesmo assim consegue incendiar todas as minhas restrições. - Mas o que você quer fazer?

Ao invés de responder a pergunta puxo Cameron para mais perto de mim. Meus lábios encostam-se aos dele brevemente. Passo a ponta dos dedos por alguns sinais que ficam próximos ao seu maxilar, me sinto feliz porque antigamente eu não sabia sobre esses pequenos detalhes. Ele fecha os olhos e me deixa acariciar sua pele, e quando torna a abri-los, tenho certeza que nunca esteve nos seus planos assistir tv. Ele joga os meus cabelos para trás e os prende em sua mão, imobilizando o meu pescoço para traçar linhas imaginárias da minha clavícula até o queixo utilizando os lábios úmidos. Ondas rápidas percorrem meu peito até a minha barriga. Decido arrastar nós dois para o centro da cama começando a beijá-lo fervorosamente, e meu peito arde quando ele retribui os meus estímulos. Chuto os meus sapatos para longe, ouço o baralho que indica que eles atingiram alguma coisa de metal, não me preocupo em olhar o que foi. Cameron se debruça sobre mim, e quando estou deitada com o meu peito subindo e descendo pesadamente, ele se apoia nos cotovelos para me observar por alguns segundos antes de voltar a me beijar. Ele sobe uma das mãos pela barra da minha blusa e eu interrompo o beijo para tentar regular a minha respiração, que deu um salto assim que senti seus dedos tocando as minhas costelas, minha pele reproduz seus toques suaves e ainda posso sentir a leve pressão nos locais que ele tocou. Cameron beija o meu pescoço e sua respiração quente causa arrepios em minha pele. Eu consigo sentir tudo com muita intensidade, tudo parece mais real, ainda que nossos movimentos sejam rápidos e instintivos. Respiramos pesadamente em uníssono quando ele agarra um dos meus seios, o choque provocado pelo toque faz com que me coração martele rapidamente contra o meu peito, me parabenizo mentalmente por não ter colocado sutiã. Ele beija o meu pescoço e continua a me acariciar, mordo meu lábio inferior e sinto meu corpo relaxar à medida que me permito aproveitar a sensação que deixa minha mente anuviada. Abro os olhos que nem notei que havia fechado e  encontro Cameron observando os efeitos que os seus toques causam em mim. Meu rosto está quente, meus olhos mais vivos e meu corpo está totalmente ligado, atento a todas as interações que envolvem nós dois. Delicadamente, tiro sua mão debaixo da minha blusa e me ergo um pouco para conseguir tirar a sua camisa. Cameron me empurra de volta para cama antes que eu tenha a chance de passar meus dedos em seu corpo, ele segura minha nuca e com o polegar ergue meu queixo, não consigo fazer nada além de fechar os olhos em completo delírio quando ele começar a mordiscar levemente a linha do meu maxilar e clavícula. Ele traça com seu nariz um caminho até minha orelha e aproxima a boca, quase a repousando no meu rosto. Consigo sentir a vibração em seu peito quando ele começa a falar:

— O que você quer fazer, Anne? - seus sussurros queimam a minha pele.

— Eu já estou fazendo o que eu quero - demoro um pouco para responder por conta da minha boca que está absurdamente seca. Acho que todo o líquido do meu corpo foi para uma parte específica.

— Você precisa ser mais direta. Esses seus rodeios podem me fazer achar que eu estou me aproveitando da sua inocência... Você não quer que eu pense isso, não é? - ele espera que eu responda, porém decido apenas demonstrar.

Desço os meus dedos pelo seu tronco e sua barriga se retrai com o meu toque. Já que minha cabeça continua imobilizada, me esforço para abrir o botão da sua calça sem desgrudar os olhos das expressões que passam pelo rosto dele, que variam entre surpresa e diversão. Abrir botões acaba se provando uma tarefa bastante difícil quando não se consegue ver exatamente o que se está fazendo. Ele me deixa continuar tentando,  parece me motivar enquanto faz carinho no meu pescoço e passa a língua na ponta da minha orelha, mas sinto que, no fundo, é quase como se quisesse me distrair. Pressiono os lábios e tento com todas as forças me concentrar, quando finalmente consigo desabotoar e já estou passando os dedos na barra da sua cueca, ele prende minhas duas mãos em cima da minha barriga. E eu o questiono com um olhar.

— Você vai ter que falar, linda - ele dá um beijo no canto dos meus lábios logo depois de eu começar a grunhir em protesto. - Ou a gente pode assistir algum filme. - ele ri com a boca colada na minha orelha e eu tento me soltar para terminar o que eu comecei, mas ele me segura com mais força.

— Eu quero você! - quase grito por conta do desespero. Ele ri novamente, e leva as minhas duas mãos até topo da minha cabeça. Ele se inclina diabolicamente e me dá um breve beijo, prendendo o meu lábio inferior entre os seus dentes. Quando ele se afasta tento me erguer para conseguir mais, porém ele não deixa. - Qual é o seu problema?! - está mais do que claro que eu estou bastante frustrada. Eu já deveria estar pelo menos sem roupa!

Ele gargalha em cima de mim, seus cachos caindo em volta do seu rosto. Impaciente, eu tento puxá-lo para baixo usando minhas coxas, mas ele resiste.

— Você não está sendo muito clara, e eu não quero correr o risco de estar confundido as coisas dessa vez - antes que eu possa começar a xingá-lo, ele me força a tirar minhas coxas do seu quadril, e relutantemente, eu as deixo paradinhas de encontro ao colchão. Ele puxa meu short e a calcinha para baixo, mas não os tira, apenas deixa metade da minha anca exposta - Você tem que ficar parada. - ele pede quando começo a agitar minhas pernas, ansiando pelos seus próximos movimentos. Suas mãos seguem até a barra da minha blusa, seu olhar indica o que pretende fazer, e quando percebo, sinto um frio na barriga e reconheço que há uma grande possibilidade de minhas bochechas corarem se eu pensar muito a respeito do que pode acontecer. Eu sinto que estou preparada, eu realmente quero isso. Mas há algo em mim, uma vozinha irritante, que sempre me impede de fazer as coisas que eu quero se eu paro para prestar atenção no que ela diz. Eu quero fazer as coisas, eu quero ser mais espontânea e talvez menos medrosa. Mas há a outra Anne, a que foi moldada pela família e que foi lapidada até chegar a natureza aproximada que seu pai almejou. Talvez ele não quisesse uma criança livre, mas sim uma perfeita. Existe essa parte em mim, e eu não posso negá-la ou tentar ignorar o fato de que às vezes ela prevalece. Eu não fui capacitada para lidar com momentos como esse, com alguém como o Cameron. É imprevisível, é totalmente arbitrário e me impulsiona a ser também. Ergo a coluna para ajudá-lo a puxar todo o tecido até os meus ombros, deixando os meus seios à mostra. Eu estou aqui, quase que completamente exposta, e eu sempre achei que esse seria um dos momentos em que eu gostaria de me esconder ou simplesmente iria ficar super envergonhada. Bem, eu provavelmente estou corada, mas não por conta da timidez. Eu quero que ele continue me olhando assim, porque eu quero continuar sentindo essa grande explosão em toda parte do meu corpo. Eu sinto que o entendo melhor agora, e é absurdamente maravilhoso perceber que essa não é a forma mais sincera que ele é capaz de me olhar. Pois já vi esse olhar antes, e eu estava completamente vestida! Eu acho que só me sinto completamente grata por ele não fazer parecer que só sou bonita quando estou sem roupa. Eu não sei se sou capaz de explicar essa sensação, pois acho que ainda não inventaram palavras pra ela, mas acho que são estrelinhas felizes dançando no meu peito, na minha barriga e na minha cabeça. Pois agora eu tenho certeza que ele me conhece muito bem para achar atraente somente o que pode ver. Eu não consigo manter minhas pernas imóveis quando ele encosta os lábios na minha barriga, eu cerro os meus punhos e me encolho toda quando ele começa a distribuir beijos por toda parte até chegar ao meu peito. Ele para e olha para mim antes de passar a língua nos meus mamilos já rígidos, dando leves mordidas em cada um. Eu fecho os olhos e pressiono os lábios tentando não fazer nenhum barulho, ele segura os meus pulsos com mais força, impedindo minhas reações involuntárias aos beijos que ele deixa em mim. - Você tem que me falar como você gosta - ele murmura antes de dar uma mordida leve no meu pescoço - Você é a criatura mais linda, mas ainda não sei o que você quer. - Abro os olhos quando ele começa a afastar os fios de cabelo grudados no meu rosto. Cameron me olha cuidadosamente, ele olha para mim e não para o meu corpo. Agora eu meio que sinto vontade de me esconder.

— Será que você ainda não entendeu que eu quero que você tire a sua roupa? - eu planejei falar isso com um pouco mais de intensidade e confiança, mas minha voz saiu só um pouco mais alta que um sussurro. Cameron meio que ri, ele aceita a resposta, mas consigo perceber que não está satisfeito.

— Eu pensei que você fosse virgem - Cameron brinca e solta os meus pulsos para poder tirar minha blusa completamente.

Com quantas garotas ele já esteve para conseguir ter uma base que permita a comparação entre as atitudes tomadas por uma garota com experiência e uma virgem? Eu realmente sou virgem, e já estou começando a sentir uma agitação na barriga que não tem nada a ver com libido. Talvez o álcool esteja me abandonando no momento que eu mais preciso. Eu não posso sentir medo agora.

— Eu sou virgem... - falo em um tom distante e começo a me conscientizar do que isso significa.

Cameron para imediatamente e me olha com cara de preocupado.

— Ei, você sabe que eu não tô pressionando, né? - ele posiciona um joelho em cada lado do meu corpo e paira sobre mim, sustentando o peso do corpo nas pernas para poder me avaliar - Eu não me importaria se você quisesse assistir algum filme, eu não quero que você ache...

— Cala a boca, cala a boca, cala a boca! - eu me sento rapidamente e volto a beijar Cameron para impedir que suas preocupações estraguem tudo. Eu preciso dele. Eu quero ele!

Volto a me deitar e seguro o rosto de Cameron o trazendo junto comigo, fazendo questão de não interromper o beijo. Ele agarra um dos meus seios e minhas mãos correm para a sua calça. Ele para abruptamente e eu congelo no meio do movimento achando que fiz alguma coisa errada.

— O que foi? - pergunto me sentido meio insegura. Será que o machuquei? Mas como eu posso ter feito isso se ainda nem consegui tocá-lo.

— Para de tentar tirar minha calça. - ele se inclina para me beijar novamente, mas eu desvio.

— Como assim? - ele volta a se sentar e afasta o cabelo para trás - Temos que tirar a roupa, não é?

— Eu não vou transar com você hoje - ele diz como se isso fosse óbvio desde o começo. Não tento disfarçar como estou horrorizada. Tento me cobrir da melhor forma que posso e quando estou prestes a pular para fora da cama, Cameron me detém - O que foi? Onde você tá indo?

— Sei lá, procurar a droga de um filme que a gente possa assistir - esbravejo. Cameron parece espantado e tenho certeza que essa é a única coisa que o impede de rir. Ele olha para mim como se eu fosse a única da espécie.

— Você virou um monte de bebidas! Tá me julgando por não querer transar com você hoje?!

— Eu já entendi! - levanto da cama e tento alcançar minha blusa, mas Cameron a segura e a mantém fora do meu alcance - Me devolve essa droga, agora!

— Eu quero muito transar com você - ele começa a tentar se desculpar quando finalmente percebe o quanto fiquei ofendida - Você não entende como eu quero isso! Mas você não sabe nem o que tá fazendo, vai ficar com raiva por eu ter um mínimo de consciência.

— Você vai me dá a blusa ou não?! - fecho a cara e estendo a mão esperando que ele me entregue logo a porra da blusa para que eu saia desse quarto e tente me afogar na piscina do hotel. Uma pessoa descente não provoca outra pessoa dessa forma só pra depois deixá-la na vontade. Que tipo de monstro faz isso? - Ótimo! Fica com ela, então!

Me viro e começo a marchar em direção ao closet, cobrindo meus seios com os braços, já pensando em como vou dissipar toda essa energia sexual. Ouvi falar que esportes ajudam, uma pena que eu seja péssima neles. Eu posso ficar correndo pelo lobby. Correr é muito melhor que sexo. Ninguém nunca engravidou correndo.

Antes que eu consiga pegar outra blusa, Cameron me agarra pelas costas e sai me arrastando de volta para cama, ignorando todas as minhas tentativas de me desvencilhar dele.


— Você quer parar de me bater, porra? - ele volta a segurar os meus pulsos e me senta na cama, ficando em pé na minha frente - Só me escuta, okay?  Eu disse que eu não ia transar com você, não significa que a gente não possa fazer outras coisas.

— Eu não quero assistir a porra de um filme, Cameron.

— Para de ser tão nervosinha e me deixa te mostrar - ele solta os meus pulsos e se inclina na minha direção, com o corpo vai me guiando para o meio da cama. Rastejo até lá, me sentindo mais desapontada do que nunca. Me apoio nos cotovelos, deixando metade do meu tronco erguido para poder ficar de olho em Cameron e em seus olhares que me deixam cada vez mais desconfiada - Deita aí.

— Por quê? - permaneço como estava e ele revira os olhos.

— Só deita logo.

 Jogo os meus cabelos para trás e tento não parecer tão apreensiva ao tentar me acomodar na cama. Cameron me dirige um olhar satisfeito e eu apenas o observo enquanto ele abre minhas pernas utilizando os joelhos. Posiciona uma mão em cada lado do meu rosto, e se curva na minha direção. Abro os meus lábios achando que ele vai me beijar, mas ele segue para o lado do meu rosto.

— Deixa as pernas assim, okay? - Cameron pede delicadamente. Engulo em seco e concordo com um aceno de cabeça - Boa garota - ele desliza os seus lábios acima dos meus, e tento erguer minha cabeça para beijá-lo, mas ele apenas se distancia. Ele vai para o meu queixo e eu estico o pescoço o deixando livre para descer roçando levemente a boca e a ponta do nariz na minha pele. Já não me sinto mais tão desapontada, essa sensação é tão boa que quase desejo que ele fique aqui pra sempre. Eu gosto de sentir seu corpo contra o meu, eu gosto de sentir sua boca em mim. Mas então ele desce mais, e eu não ouso respirar para não correr o risco de dissipar toda essa energia. Ele agarra um seio com uma das mãos e sua boca cuida do outro. Eu cravo minhas unhas no tecido do colchão e mordo meu lábio com força enquanto ele aquece meus mamilos com a língua e com os dentes. Ele continua o seu caminho pelo meu corpo, quase encostando os lábios na minha barriga, que se move descompassadamente por conta da minha respiração errática. Quando Cameron chega a um ponto abaixo do meu umbigo, ele beija somente uma vez e olha para mim por cima da paisagem do meu corpo antes de puxar meu short e minha calcinha para baixo, e em seguida, joga as peças por cima do seu ombro. Começo a remexer minhas pernas, me sentindo inquieta com o que está para acontecer. Puxo meus joelhos para cima, deixando ambos curvados. Cameron afunda os dedos em minha pele, tentando me deixar imóvel.

— O que você vai fazer? - sinto o meu coração chacoalhar todo o meu corpo, minha voz falha quando Cameron abre ainda mais minhas pernas, me deixando ainda mais exposta.

— Fica quietinha - seus olhos deixam escapar uma voracidade cintilante quando ele se posiciona no meio das minhas pernas, segurando minhas coxas com as mãos, impedindo que elas se fechem - Não se assusta.

 Balanço a cabeça uma vez e olho para o teto do quarto. Eu tenho um sobressalto quando ele toca o osso da minha pélvis e mexe um pouco os dedos, fazendo movimentos em espirais que enviam sinais elétricos para o resto do meu corpo. Meu coração começa a bater cada vez mais rápido, acompanhando os movimentos que Cameron faz lá embaixo.

Ele observa atentamente minhas reações, e como não consigo falar, essa é a única forma que me possibilita demonstrar o quanto tudo isso é novo pra mim. E meu Deus, como estou gostando!

— Isso é bom? - balbucio um s-sim, que sai com muita dificuldade.

 Cameron dá um meio sorriso travesso quando começo a sentir mais dificuldade em controlar os tremores que percorrem o meu corpo e os gemidos que ficam abafados por conta dos meus lábios pressionados. Quando o vejo inclinar a cabeça para mais perto de mim, me sinto momentaneamente confusa, mas não tenho muito tempo para pensar sobre isso, logo sinto a boca de Cameron encostar em minha área encharcada, seus lábios se movem lentamente e sem travas quando ele começa a chupar o meu clitóris, sua boca desliza em mim de uma forma mais leve do que seus dedos e minha cabeça vai para trás quando fecho os olhos sem nem ao menos conseguir controlar os meus gemidos, que agora saem em meio aos suspiros trêmulos e entrecortados. Tudo em mim está mais instável do que o normal, meu corpo recebe ondas de prazer que seguem para minha cabeça, a deixando enevoada. Acompanho o ritmo dos seus movimentos regulares com o meu quadril e ele segura as minhas coxas para se certificar de que eu não as feche. E quando penso que o meu corpo já sentiu tudo que poderia sentir, ele afasta o rosto de mim depois de dá um último beijo que faz calafrios percorrem meu corpo. Seus olhos se encontram com os meus, que lutam para ficarem abertos, observo atentamente quando ele me provoca passando dois dedos na minha parte mais sensível e os levanta para que eu possa ver as provas incontestáveis do quanto estou reagindo bem aos seus toques, seus dedos descem novamente e sinto uma pressão diferente quando ele volta a me tocar, olho para baixo a tempo de ver os dedos de Cameron dentro de mim, e o fato de ter encontrado a explicação para pressão que havia sentido, só a torna mais real. Sinto ele fazendo movimentos seguros e precisos, meus olhos vão ficando pesados à medida que ele sai e entra em mim em um ciclo constante. Mordo meu lábio com força para suprimir os gemidos, e Cameron começa a aumentar o ritmo ao invés de parar de vez. "Você tem que deixar ir, Anne." ele murmura um incentivo, e o som da sua voz rouca faz com que ondas implacáveis de tremores percorram meu corpo, ouço um som de aprovação preso em sua garganta logo depois.

É a sensação mais incrível de todas. Meu Deus, é tão bom, tão, tão bom, tão forte e poderosa que sinto que vou explodir em faíscas. Cameron tira os dedos de mim, e sinto a pressão se esvair. Ele aperta meus quadris com força e volta se debruçar sobre mim para poder me chupar, tocando o meu clitóris intumescido com a língua. Minha cabeça começa a ficar mais leve e realmente acho que vou desmaiar ou simplesmente deixar o meu corpo. Não sei se deveria estar sentindo essas coisas e a frenesi do momento impede que eu consiga pensar a respeito. Agarro os cachos de Cameron tentando me prender a realidade, o que é uma tarefa bastante difícil. Os gemidos continuam escapando pelos meus lábios ao mesmo tempo que eu tento controlar as ondas de tremores e impulsos elétricos que percorrem o meu corpo com violência.

— Cameron, para com isso agora! - um arfo fremente escapa de mim - Cameron! - seguro a cabeceira da cama e tento me distanciar, mas ele me agarra com força, seus dedos cravando em minha pele.

Ele vira o rosto para mim e desfere um olhar sagaz, ele sabe que estou chegando lá, e continua a aumentar o ritmo dos seus estímulos. Tento empurrar ele para longe quando o choque vem com mais força. Pressiono os lábios e levo às mãos a cabeça enquanto involuntariamente arqueio as minhas costas. A pressão se intensifica ainda mais em um ponto da minha barriga e minhas pernas começam a tremer com violência, Cameron tenta me manter parada com a mesma dedicação que tenta manter o ritmo constante dos seus movimentos. Então eu finalmente gozo. Minha vista escurece e minha cabeça explode quase que literalmente, e logo depois tudo fica claro e leve. Desabo na cama ainda sentindo ondas de tremor e a respiração ofegante, meu corpo se desfaz nos braços de Cameron que ainda estão em volta das minhas pernas, ele vai me lambendo mais devagar e eu vou sentindo os tremores cedendo espaço para uma calmaria. Tiro os fios de cabelo que estavam grudados na minha bochecha e tento assimilar tudo o que aconteceu, tentando decifrar como isso pode ter sido real e como consegui suportar tanta energia passando pelo meu corpo. Cameron rasteja de volta para o meu lado, e eu não consigo me mexer. Nem pensar com clareza.

— Tenta se acalmar - Ele beija o topo da minha cabeça antes de dá um volta na cama para pegar minhas roupas que estavam no chão.

Ele senta ao meu lado e deixa as peças de roupa em cima da minha barriga. Ele não diz muita coisa, só observa tudo com uma expressão deslumbrada que provavelmente é bem parecida com a minha. Ele me deixa ter o meu momento.

— Acho que acabei de ter meu primeiro orgasmo - declaro completamente extasiada.


Notas Finais




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