História Without you I'll be lost - Hospital

Capitulo12

Leo

Olho para a rua e vejo um táxi vindo, dou sinal. Jogo Star dentro do carro e grito para o motorista para ir o mais rápido possível para o hospital. Olho para o lado e vejo Star se encolhendo.

- Você está bem? - pergunto passando as mãos em seu rosto e a vejo suando frio.

- Lógico que eu tô, idiota! - ela fala e dá um tapa forte na minha mão me fazendo distanciar dela.

- Você não está bem - falo me afundando chateado no banco do táxi, a vejo se encolher mais e dou de ombros.

Me sinto um filho da puta por não ajudar nesse momento, ela é tão delicada e esta passando pelos piores dias da sua vida.

Começo a pensar em como continuaria sendo enquanto Hongbin estivesse em nosso meio, como ele teria agido com ela, o amor de nossas vidas, me sinto um lixo por isso.

Meu coração se aperta e eu tiro minha blusa cobrindo seu pequeno corpo e ela se aconchega mais a minha blusa e eu pego a manga enxugando seu suor.

- Queria ser como você, queria que ela me amasse como te ama - falo baixinho enquanto penso em Hongbin, então percebo que já tínhamos chegado. Jogo o dinheiro para o motorista e a pego no colo.

- Star? - falo enquanto ela joga seus braços entorno do meu pescoço.

- Oi - ela fala suspirando e sua cabeça tomba para trás.

- Star? Star?- falo enquanto a chacoalho em meus braços e nada dela responder.

Acelero meus passos e entro no hospital gritando por ajuda, desesperado, logo os enfermeiros estão vindo com uma maca e a levam hospital adentro e eu tento acompanhá-los.

Eles a levam para dentro de uma sala e pedem para eu esperar que logo trariam notícia. Fico inquieto andando de um lado para o outro. Não demora muito eu escuto alguém chamar por meu nome:

- Leo, Leo - vejo ele correndo em minha direção - onde está ela? Precisamos logo dela - sinto minha espinha arder e tenho um longo calafrio.

- Ravi, ela também não esta muito bem - sinto meu peito ser empurrado.

-VOCÊ ME PROMETEU QUE IRIA CUIDAR DELA- ele grita enquanto lágrimas caem de seus olhos e seus murros acertam meu peito. Não aguento vê-lo assim e meus olhos ficam marejados.

-Me desculpe - falo cerrando meus punhos, suas mãos param sobre meu peito e seu rosto vai para o mesmo lugar; ele começa a chorar em minha camiseta e eu simplesmente o acompanho.

- Me desculpe , me desculpe - eu repito insistentemente, engulo meu choro e vejo Ravi se desmanchar em meu peito. Demora um pouco e nos sentamos, explico tudo que aconteceu hospital à fora, vejo seus olhos pedindo por um socorro interminável e meu coração pesa.

- Eu poderia ter cuidado melhor dela, me desculpe, me desculpe – falo passando as mãos freneticamente em meus cabelos, ele coloca suas mãos nas minhas e me dá um leve sorriso e então eu entendi o quanto ele estava triste. Num momento como esse esboçar um sorriso deve estar sugando todas as suas forças.

- Ele deixou isso pra você- ele fala e me entrega um envelope, fico sem entender mas o recebo e ele se levanta saindo em direção a N que nos observava a todo momento.

Dou um suspiro e fico relutante para abri-lo.

~N~

Os observo atentamente mas não me aproximo. Não demora muito e Ravi entrega o envelope para Leo e ele vem em minha direção me abraçando e viramos o corredor para esperar na frente da sala de Ken.

Ravi não tinha mais lágrimas mas continuava amuado choramingando baixinho.

Alguns enfermeiros e médicos saiam e entravam na sala mas nada de trazer notícias, mas finalmente Ravi dá lugar ao sono em meus braços, parece um bebê dormindo mas continuava resmungando algumas palavras que eu não entendia. Seus pequenos olhos estavam inchados e seu rosto vermelho, meu coração se aperta por um tempo e sou interrompido por uma enfermeira:

- Bom dia – ela fala e eu percebo que o dia já amanheceu e tento me espreguiçar sem acordá-lo.

Então ela me conta o que aconteceu na sala durante a madrugada e o quanto foi difícil fazer ele ficar estável por conta das sucessivas convulsões e que um médico logo viria nos receber; falo um obrigado baixinho e logo ela sai.

~Leo~

Não consegui abrir o envelope, não queria que aquelas fossem as últimas palavras dele para mim, não estava aceitando em perder ele ainda, virei o restante da noite pensando o que estaria escrito ali mas relutante e confiante que estaria vivo e ficaria bem eu não li.

Levantei e comecei a passear de um lado para o outro, quando sentava minhas pernas balançavam então decidi ficar em pé. Comecei a roer o restante das unhas que tinha mas nada de me acalmar, meu coração estava a mil e eu estava pedindo para que algum ser divino os ajudasse.

Não demora muito uma enfermeira vem até mim e fala que ela está estável e que vai ficar tudo bem e me guia até a sala nos deixando a sós então eu seguro suas delicadas mãos.

- Você vai ficar bem, eu vou cuidar de você – falo e dou um selar em seus dedos

- Mas você tem que ficar bem, você é a única chance do Ken – eu falo suspirando – se eu não tivesse te deixado sair, se eu não tivesse... Me desculpe – eu falo e logo o médico que a atendeu entra ao recinto.

-Bom dia – o doutor fala simpático e eu o respondo com uma cara de alívio

- Como ela está doutor? – eu pergunto e ele sorri

-Ela irá ficar bem, está estável e logo irá acordar – ele fala enquanto vai saindo em direção à porta.

- Doutor eu tenho uma pergunta a fazer. Como está o paciente do corredor ao lado? – eu pergunto e ele arregala os olhos e eu sinto um frio na espinha.