História Wolf D. Hikari (One Piece) - OVA - As Damas do Sol. (Parte 01)

Narrador-On

<Em alguma ilha bem distante>

O sol reinava sobre uma ilha cheia de pedaços metálicos muito altos, os quais tentavam alcançar o mais longe possível o céu. Dentre esses pedregulhos, apenas poucos eram prateados como a luz do dia.  No chão, o qual também era feito de metal, alguém caminhava enquanto assobiava para as paredes de ferro que ecoavam seu som.

-Tratata... –A mulher de quase dois metros ria alto. –O sol está chegando em seu ápice. –Ela cerrava seus punhos e os erguia. –Sinto o poder chegar em mim! –Os prédios começavam a estremecer com a energia emanada da garota.

-Não seja tão apressada, sua idiota! –Sobre uma das barras de ferro, uma bela mulher aparecia. –Ainda é preciso achar a Lua que vai querer reger o poder noturno. –Uma calda longa branca balançava no ritmo do vento, dado equilíbrio para a moça.

-Cala a boca, a Lua não virá! Seremos apenas nós e o Sol. O nosso senhor! –A mais velha ouvia calada e se juntava a irmã, que juntas, olhavam para a estrela brilhante. –Quem precisa da Lua quando se tem esse gigantesco poder?

-Você saberá a hora quando ela vier. A Lua vai chegar.

Naquela ilha, o sol não descansava, o dia era eterno. O lugar se chamava Solaris e as duas eram as governantes daquela ilha de metal. Shine, a mais nova com uma força devastadora, seu corpo tinha inúmeras tatuagens do Sol, os músculos enormes eram a sua maior honra. O cabelo longo alaranjado lhe dava a pouca delicadeza de uma dama, já que cortes de batalhas, a qual tinha muito orgulho, eram sua vitória, e em suas roupas, uma armadura que cobria um braço, a cintura e um capacete.

Aika era a irmã mais velha e menos habilidosa fisicamente, mas possuía uma inteligência fantástica. Diferente de Shine, Aika não possuía nenhuma tatuagem, seus cabelos também eram diferentes, a mais velha tinha longos e lisos cabelos brancos. A calda peluda era uma característica única na moça e suas vestimentas tradicionais de kimono a faziam ser doce.

-Somos as irmãs, as governantas de Solaris! O que diabos pode nos deter?! A dama da Noite morreu a milhões de anos por nossos ancestrais! Os antigos governantes.

-Ora, Shine... A profecia.

-Você diz a história doida que aquela velha chapada falou? Tratata tá bom! Me conte outra Aika! –A mais nova caminhava por seu reino.

-Não chame a sacerdotisa de chapada, irmã. –Ambas chegavam em uma parte onde homens trabalhavam. –Ela é quem dita nosso futuro.

-Ela não ditou quando eu ia perder no jo-ken-po... –A mais nova sussurrava.

-Nossa anciã acertou quando a dama da Noite veio e quis tomar o lugar do Sol, mas nossos pais e nossos antepassados, filhos do Sol conseguiram manter a paz. –Ela dizia feliz. –Olhe, o Sol reina por aqui a mais de cinquenta anos. E não será em nossas mãos que a Lua vai ganhar.

-Foi o que eu disse. –Shine revirava os olhos. –Irmã. Qual era mesmo a profecia? –Dizia ela sem saber ao certo, já que nunca ouvia a anciã.

-Ora! –A mais velha preparava a voz e assim começava a falar. –“Chegará um dia em que o Sol estará fraco. Nesse dia, os filhos do Sol devem erguer suas lanças e proteger o Sol a todo custo. Nesse dia, a Dama da Noite virá para tomar posse de tudo e trazer a escuridão.” E foi isso. –Ela sorria. –Shine... Mesmo você não acreditando, eu...

-A Dama da noite virá! –A mais nova dizia séria.

-Agora acredita? –A mais velha sorria.

-Não é isso. Posso ser a menos inteligente, mas nosso Sol não é mais forte do que o de costume.

-Nisso você tem razão. –A mulher de cabelos longos começava a caminhar. –Mas não se preocupe, sua irmã tem os melhores planos. E com isso. –Ela erguia a mão. –Eu serei capaz de proteger essa ilha e todo mundo.

-Ela se acha. –A outra murmurava. –Não acha, escravo? –O homem continuava exaustivamente puxando a corda.

-So.…corro... –Suas mãos sangravam pelo esforço, sua boca estava seca que mal conseguia ter saliva para umedecer a boca. –So..corro...

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-Certo! Escutem todos! –Nami batia suas mãos sobre a mesa de jantar, fazendo todos que estavam reunidos prestarem atenção na navegadora que estava de pé. –Estamos chegando a uma ilha nova. –Luffy, Chopper eram os primeiros a comemorar. –Ainda não terminei! –A mulher ignorava a felicidade de ambos e continuava. –Tem algo estranho naquela ilha.... Por algum motivo. –Ela mostrava seu Log Pose que girava sem parar de um lado ao outro.

-Muitas coisas estranhas já aconteceram com esse Log Pose. Pra que se preocupar? –Zoro era fuzilado pela ruiva.

-Fiquem espertos com essa ilha. –Essas eram as palavras finais da navegadora, assim quase todos se levantavam e saiam do local. –Ainda não sabemos quando a Hikari vai acordar...

-Depois do que aconteceu em Water7 é bem de se esperar que ela esteja dormindo a quase dois dias. –Sanji dizia. –Aconteceu muita coisa. –Todos que restaram ficavam em silencio. –Ela vai mesmo sair?

-.... –Nami cerrava os punhos ao se lembrar das palavras de Hikari. –Eu.... Acho que sim.

-Pra que ficar depressivo assim?

-O QUE DISSE MARIMO DE MERDA?! –O cozinheiro ardia em chamas ao ver a despreocupação do espadachim.

-Erocook, você que deveria saber mais do que todos. –Isso fazia a fúria do loiro dissipar. –Hikari nunca desiste, ela vai fazer isso, queira todos concordarmos ou não! .... Além disso.... Nosso capitão concordou.

-Você concorda Zoro? –A pergunta da navegadora deixava o espadachim pensativo.

-Concordando ou não... –Ele cerrava levemente a mão que segurava sua katana. –A Hikari sabe se cuidar e se essa foi a decisão final, o que nos resta é apoia-la.

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Dentro de seu subconsciente, Hikari se concentrava juntamente com seus elementos para conseguir o mesmo feito que houve em Ennies Lobby. Sua energia emanava, fluindo para seu corpo todo. Era possível ver o copo de água começar a congelar por baixo e na parte de cima borbulhar como se esquentasse no forno.

-Ainda não está bom! –Ela respirava fundo. –Não acredito que não está funcionando!  Estou seguindo todos os passos certos. –Ela se virava para seus elementos, muito frustrada. –O que vocês acham?

-Hum.... É complicado dizer, pois nem nós sabemos como. –Fênix dizia. –O que você sente quando está conectado diretamente a ela? –A pergunta se voltava para o lobo de gelo.

-Eu confiei nela apenas. Foi como se nós ligássemos em um só.

-Assim ajudou muito, lobo sarnento.

-Do que me chamou pássaro de grelha? –A tensão entre eles aumentava.

-Hi-chan, você acha que não acreditamos totalmente em você? –Lika perguntava insegura.

-Claro que não. Eu sei que vocês confiam em mim, do mesmo jeito que confio em vocês. –Ela sorria e trazia uma pequena insegurança para a Tigresa.

-Vamos tentar novamente. –O cavalo alado se aproximava, deixando sua sacerdotisa o acariciar. –Eu confio plenamente em ti. Você sabe como o ferro se forma? –A pergunta recebia um negativo com a cabeça. –A... –Antes que Tatsumi pudesse continuar, Hikari era chacoalhada por Luffy que estava muito animado com a próxima ilha.

-Vamos Hikari! –A irmã abria os olhos após ser praticamente jogada da cama. –A aventura nos espera!

-Hai, hai... –Ela se levantava cansada. –Que dia é hoje?

-Hum.... Acho que já se fazem dois dias.... Ou será três? –O capitão ficava confuso. -Ah! Quem se importa! Vamos! –Ele saia do quarto das meninas todo sorridente. –A HIKARI ACORDOU!

-Perdão Tatsumi... A gente pode tentar depois? –O espirito do Ferro concordava com cabeça.

Após uma ducha e a troca de roupa, a garota já estava pronta para a ação. Todos os ferimentos estavam curados assim como de toda tripulação. O Novo navio era tão espaçoso que Luffy poderia se pendurar sem ter problemas.

-Hikari-chawn! –Sanji era o primeiro a cumprimentar a dama. –Como está a senhorita? –Rapidamente o cozinheiro trazia alguns petiscos para ela. –Aqui, coma, por favor.

-Ora, obrigada! –Ela carinhosamente pegava o prato que continha sanduiches. Ela comia enquanto observava o céu azul tranquilo. Mais adiante, Sunny estava chegando em uma ilha que refletia o sol. –Aquela ilha é bem estranha... –Ela comentava com o cozinheiro que concordava.

-Que tipos de coisas veremos lá? –Robin surgia repentinamente atrás de ambos. –Que bom que acordou. –Ela sorria para sua companheira que retribuía.

-Certo! –Nami gritava. –Zoro, Chopper, comecem a amarrar as velas. Franky, continue nessa direção.

-Superr deixa comigo! –O novo membro dizia empolgado.

-Ainda temos que reabastecer o Sunny... Mas eu duvido muito que aquela ilha tenha algo... –A ruiva murmurava, desconfiada daquele local que brilhava fortemente.

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-Certo, certo! –A navegadora tinha todos atentos a suas ordens no convés do navio que já estava atracado na ilha. –Esse lugar parece ser bem estranho. Sejam rápidos para abastecer o navio.

-Eu irei junto com a Nami... –Sanji era bruscamente cortado pela outra.

-Eu irei ver do que é feito essa ilha, o Log Pose está ficando maluco aqui! Se não tivermos o Log apontando na direção certa, estaremos perdidos. Usopp, Chopper, ajudem o Sanji-kun no que ele precisar.

-Deixa com a gente, haha! –Chopper e Usopp riam enquanto o loiro bufava.

-Zoro você...

-Tá. –O espadachim já se deitava no chão e começava a roncar.

-Os demais podem fazer o que quiser, mas, NÃO arrumem confusão. Não importa o que acontecer! OUVIRAM?! –A navegadora encarava seríssima seu capitão que sorria descontraído.

Assim os grupos eram divididos. O grupo de Sanji adentrava em uma pequena floresta que se encontrava bem ao conto da ilha, já que era o local mais óbvio de se encontrar algum mantimento. Os demais entravam na ilha, de cara, todos notaram que o lugar era forrado de metal e a cada passo era como se o som aumentasse mais e mais.

-Que merda de ilha é essa que é toda de metal? –Nami já ficava indignada. –A nossa intenção não é fazer barulho!

-Vocês estão ouvindo esse zumbido? –Hikari colocava sua mão sobre os ouvidos.

-Que zumbido? O único barulho que ouço é daquele babaca correndo e fazendo barulho para Deus e mundo. –Nami apontava para o capitão que corria enlouquecido pelos cantos.

-Essa ilha é super estranha! AU! –Franky fazia uma de suas poses e tomava a frente do grupo. –Vamos ver o que essa Super ilha tem para mostrar.

-Não sei.... Tem algo estranho... –Hikari colocava a mão sobre sua cabeça, sentindo o som aumentar e lhe causar um enorme incomodo.

-Está tudo bem? –Robin se aproximava, tocando em seu ombro.

-A-Ah, sim... Só um pouco de dor de cabeça...

-Talvez seja eu... –Tatsumi dava um passo à frente. –Meus poderem reagem ao metal... Talvez essa não seja a minha ilha dos sonhos.

-O que faremos então?

-Se me permitir, posso me retirar até saírem da ilha. Mas isso quer dizer que não vamos poder se falar.

-Acho que tudo bem, certo pessoal? –Todos assentiam com sua usuária. Assim, o cavalo de ferro desaparecia na frente de todos. –O que acontece quando vocês somem da minha mente?

-Como somos almas, podemos diminuir nossa essência até ficarmos invisíveis. Tatsumi ainda reside aqui, mas com menos de sua energia.

-Ah... –Os piratas continuavam a caminhar sobre o chão metálico barulhento. O calor do sol fazia toda a ilha começar a esquentar.

-Isso aqui está virando um inferno na terra. –Nami limpava o suor que escorria de seu rosto, Luffy começava a se cansar, vendo que os demais estavam um pouco mais distantes que ele, o capitão resolveu observar o local com um pouco mais de atenção.

-Aqui só tem.... Nada.

-Acho impossível que alguém viva aqui. –Comentava a arqueóloga. –Com esse sol, todos vamos fritar.

-Acha melhor voltar? –Franky perguntava suando e respirando ofegante.

-Talvez não seja necessário. –Hikari congelava uma pequena parte do chão que rangia com o frio de supetão. –Vamos descansar por hora. Andamos pouco, mas esse calor pode matar.

-EI! LUFFY! NAMI! Venham aqui! –O carpinteiro acenava e fazia sinal para voltarem. Como sempre, o capitão chegava primeiro e já colocava seu rosto sobre o gelo no chão. A ruiva caminhava em direção ao grupo, sem prestar tanta atenção, ela pisava em uma placa de metal diferente, ao fazer isso o quadrado afundava e isso foi o sinal para todos se preocuparem.

-NAMI! -Os irmãos eram os primeiros a irem até a companheira, por conta do calor, Luffy estava um pouco mais cansado que sua irmã que conseguia agarrar o braço da navegadora segundos antes que ela caísse. –Você está bem?

-Estaria melhor se saísse daqui…. –Ambas sorriam, entretanto a elementarista percebia algo preocupante.

-LUFFY! PARA TRÁS! –O capitão parava de correr.

-O que foi?! –Tanto a ruiva como o irmão questionavam preocupados. Em segundos o local onde a Hikari estava se apoiando despencava, fazendo as duas caírem.

-Wings! –Usando os poderes do vento, Hikari conseguia por Nami em seus braços.

-Está tudo bem? –As duas respondiam que sim para a pergunta de Franky.

-Vamos voltar. –Ao dizer isso elas subiam para o topo, porém as paredes começavam a estremecer. –SAIAM DE PERTO DO BURACO! –Hikari gritava. –Droga.... Está ficando apertado! –Pequenos pedaços de matais começavam a cair sobre as duas enquanto as paredes se moviam para mais perto e nesse momento que a usuária percebeu que estavam em perigo. –Nami... Esse metal não é qualquer metal.

-Hikari! –Luffy estendia sua mão para as meninas.

-Vamos! –Nami esticava sua mão, mas era impedida por sua amiga.

-Não! -Wolf recuava para baixo, distanciando as duas mãos. –Luffy, se afaste das bordas. O metal tem Kairoseki! -Dito isso, era de imediato que o capitão sentisse suas forças indo embora.

-Seis Fleur! – A arqueóloga segurava Luffy que estava prestes a cair e o jogava para trás.

-Nami, teremos que descer. -Ambas olhavam para baixo, no breu. -Se o metal continuar caindo, nós... -Um pedaço de ferro se desprendia da parede, acertando a usuária e empurrando ambas para a escuridão.

-NAMI, HIAKRI! -Os três gritavam e em questão de segundos viravam ecos para aquelas que se afundavam naquele buraco sem fim.

-AHH! HIKARI! -A navegadora via que sua amiga estava desacordada e em plena queda a sacodia para poder ter alguma resposta. -VAMOS HIKARI!

-Hm? -Ao conseguir abrir os olhos, Hikari já usava seus poderes para conseguir criar suas asas. -Consegue ver o fundo...? -A amiga negava com a cabeça. -Será que dá para voltar? -Elas olhavam para o topo, porém estava muito escuro para saber se tinha alguma abertura.

Com uma das mãos, a elementalista desprendia uma pequena pedra que estava presa na parede de terra e a esquentava com o fogo. -Veremos se há um fim nisso. -Ao jogar a pedra a mesma iluminava todo o túnel até o brilho sumir e um som dela se chocando com o chão ser ouvindo.

-Parece que é uma descia longa. -A ruiva comentava tirando um sorriso de ambas.

-Vamos sair daqui. -Assim as duas desciam para baixo, encarando o escuro total.