História Wonderland - Solo Leveling Interativa. - Epilogo 3 - Expectativas de Lesma.

Na Rússia, tem uma região chamada de Chernozem que significa Terra negra razão pela qual a principal setor econômico vem da agricultura, pois é um solo extremamente fértil. Além de ser a área mais importante em toda federação Russa em relação a metalurgia do aço e outros metais, pois o número de portais que se abrem nesta região é relativamente maior que as outras regiões da Rússia.

Com isso, muitos caçadores vão para esta região para minerar os portais, enquanto um grupo de caçadores de Rank maior limpa e controla os monstros mágicos destes portais. Assim, consegue se extrair muitos metais mágicos e pedras de mana, apesar de muitos acabarem morrendo com essas empreitadas.

A Terra negra se tornou uma região fértil, se não, uma das regiões mais férteis do mundo. Os motivos e histórias contatas pelos mais velhos, dizem que tal lugar se tornou tão fértil por conta do grande número de pessoas que morreram tentando manter vivo seus sonhos e objetivos, apesar de que muitos deles tentavam sobreviver diante das terras negras...

[...]

Ultimas noticias:

“Relatos indicam que a filha do caçador Urso ainda se encontra desaparecida dentro de um grande portal vermelho que surgiu no meio da cidade de Kursk, na praça vermelha. Até o momento, já se completa 7 horas desde o acontecido. Tivemos confirmação de alguns integrantes da associação mundial de caçadores estar no local, para dar apoio...”

– MERDA! – Um grande soco é dado no chão por um homem grande, com características fortes de um caçador experiente. Suas diversas cicatrizes ao longo dos braços e pescoço, não usava muitas roupas, sendo bastantes simples de certa forma.

– Se acalme, mesmo que não pareça, se continuar assim vai acabar demolindo a praça vermelha. – Diz uma mulher de cabelos negros, bastante alta, se não a pessoa mais alta do local, por medir seus mais de dois metros.

– Como quer... Que eu me acalme, com minha filha dentro de um portal vermelho?! – O homem se vira bruscamente para a mulher.

– Eu entendo sua preocupação, mas o que temos que fazer é esperar que o grupo a qual ela acabou junto possa a trazer de volta. – Ela fala bastante calma, ajeitando sua sombrinha em seu ombro.

– Entender? O que você entende sobre ter uma filha? Pelo que eu sei, você nem filhos tem ou mesmo um parceiro. Não me venha pedir algo quando vocês da associação ainda deixam que fragmentos continuem vivos! Minha filha estaria em casa agora se não fosse por isso! – A aura que aquele homem emanava fazia o cenário tremer, além de alguns civis desmaiar diante daquela pressão insana.

A mulher continua com sua expressão serena, com um singelo sorriso, a mesma retira um pequeno caderno com um pincel anexado da sua bolsa. Bastou alguns movimentos de mão, escrevendo algo para que o homem aos poucos se acalma-se.

– Um pouco melhor, senhor Urso? – A mulher fala ajeitando os óculos levemente, enquanto guarda seu caderno novamente em sua pequena bolsa.

– Sim... Vocês zodíacos são estranhos... Você não deixa de ser menos estranha, cavalo... – O homem respira fundo, voltando a olhar para o portal, com os ânimos mais pacíficos.

– Senhora Cavalo, um local foi disponibilizado para seu descanso. – Diz um homem uniformizado de terno preto com o brasão da associação.

– Senhora... – Um ar depressivo recai sobre a mulher, sendo nítido suas “orelhas” abaixar ouvindo aquelas duras palavras.

– Oh, seu cabeça de vento! – Um segundo agente bate na nuca do outro, suspirando. Ele volta a olhar para Cavalo. – Sinto muito, ele é novato. Sua acomodação...

– Eu vou ficar mais um pouco, não posso vir a descansar até que o grupo de caçadores venha para ficar aposto como linha de frente, além do mais... – Ela olha para o Urso, ajeitando novamente seus óculos. – Tem bons motivos para eu estar aqui.

Enquanto os agentes tentavam convencer Cavalo de descansar, um outro soldado se aproxima do Urso.

– Grande urso, pedem sua presença. O general não pode mais ficar esperando por coisas... – O soldado é interrompido quando o Urso agarra o pescoço do mesmo.

– Eu espero que eu esteja imaginando coisas..., mas você chamou minha filha de coisa?... – Bastou o soldado encarar aqueles olhos dourados e expressão de pura raiva para que se paralisa completamente.

Cavalo suspira um pouco, percebendo aquela cena. Estava para pegar novamente seu caderno, até que raios avermelhados saem do portal que podiam ser vistos a longas distâncias de como cortavam os céus que ficaram nublados.

Do portal o grupo de caçadores saiam aos poucos, junto de um grupo pequeno que estava amarrado, todos apesar de devidamente equipados com armaduras e equipamento apropriado, demonstravam um grande cansaço, além de uma expressão de terem visto algo que não acreditavam.

– Aleksandra! Floco de neve! Cadê você? – O urso procurava desesperado, ele perguntava para todos os que saiam do portal, mas quase não tinha a resposta que desejava. – Onde está minha filha? Por que essas caras?

O urso estava vai na direção do grupo que estava amarrado, um dos caçadores até tenta impedir, mas recebe um tapa no rosto que o jogo alguns metros de distância.

– Seus merdas fragmentados! O que fizeram com minha filha! – Era inevitável impedir que ele segura-se todos com seus braços e começar os apertar. – Eu vou fazer quebrar suas colunas se não me falarem!

Neste momento, todos sentem uma sensação estranha, foi algo em conjunto. Não podiam descrever aquela sensação, apenas que tal sensação foi algo sentindo por todos que estavam diante do portal. O urso soltava o grupo, com seus olhos marejando por ver algo que estava quase acreditando ser impossível.

Sua filha sendo trazida no colo por um ser pequeno, com uma grande carapaça de caracol nas costas. O mesmo deixava a garota no chão, ela olhava para o pequeno com uma expressão um tanto quanto calma, mas naquele momento ela tentava argumentar algo com o mesmo. O urso corre na direção de sua filha, para abraçar com força enquanto recobrava suas emoções, quando ele olha novamente para o salvador de sua filha, o mesmo estava voltando para o portal.

– Espere... – O ser para ainda de costas, dando tempo para Urso falar aquelas poucas palavras. – Obrigado... por trazer ela de volta...

– Espere! Por que não fica? Você é uma figura muito conhecidas entre os caçadores! Com sua ajuda, podemos resolver muitos assuntos pendentes. – Cavalo surge ali rapidamente, em suas mãos tinha seu caderno aberto, enquanto sua sombrinha ficava pendurada em seu pulso, mas ao ver o ser voltando andar na direção do portal. Ela avança para segurar o ombro do ser, praticamente se ajoelhar para fazer isso devido a clara diferença de altura. – Caracol! Eu não posso simplesmente lhe deixar ir!

Caracol fica em silêncio por um momento, tal silêncio parecia eterno e ninguém naquele local tinha coragem de dizer alguma coisa ou fazer algo, se não apenas observar. Até que o ser humanoide se vira um pouco para olhar para Cavalo, que ainda estava com sua expressão serena.

– Si vis pacem... para bellum – Poucas palavras e raras vindo daquele ser, foram o suficiente para Cavalo finalmente mudar sua expressão e simplesmente recuar sua mão de modo tremulo do ombro de caracol.

Assim caracol segue novamente na direção do portal, que se fecha quando o mesmo passa por ele. Toda aquela sensação desaparece aos poucos, até que um dos agentes se aproxima da mulher.

– Cavalo, você está bem? Temos que relatar isso ao presidente... – O agente para de falar ao ver a situação com clareza, o mesmo para de falar subitamente e pegar do bolso do terno um lenço estendendo para a caçadora.

– Agradeço... Os tempos... serão mudados completamente... eu vou te rever... eu sei que vou... eu preciso... – A mulher de cabelo negros, com seus olhos arroxeados brilhando levemente em meio as suas poucas lágrimas que são enxugadas, despertando a esperança...