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História Wonderwall - He's got so much in his heart


Escrita por: Kirilov

Notas do Autor


Desculpa a demora. Estava sendo engolida pelo trabalho, agora, trabalhando de casa, está sobrando um tempinho para escrever 😊.

Espero que gostem!

Capítulo 9 - He's got so much in his heart


Provavelmente não deveria tomar minhas experiências como verdades absolutas, aplicáveis a todas histórias mal resolvidas. Porém, estava certo de que, uma mulher, quando quer, é capaz de pisar no coração de um homem até vê-lo agonizando, e faz isso como se não significasse nada; como se tal homem não passasse de um inseto. Era assim que me sentia quando Sakura passava por mim e me desejava um bom dia indiferente, fingindo da forma mais dura e descarada que nunca ocorreu nada demais entre nós.

Eu a observava o tempo inteiro, cada oportunidade de vê-la era uma salvação para o meu desespero de acreditar que precisava dela. E nos dias em que ela me evitou por completo, alterando seus horários para não me encontrar em seu caminho, voltei para casa como se deixasse para trás uma grande parte de mim.

Muitas noites, pensei que toda agonia sofrida era só a forma mais agressiva da paixão, circulando por minha corrente sanguínea de forma desenfreada e se fazendo lembrar a cada suspiro; noutras, voltei a acreditar na minha primeira teoria de uma obsessão maluca… Só isso justificava meu estado de quase loucura, estava perdendo a razão e voltando aos meus antigos vícios.

Passaram-se duas semanas assim, em que ela me tratou pior que a um estranho, pior que um inseto; como se eu não passasse do infeliz segurança ex-detento, a quem lhe foi concedida a esperança de um bom emprego. Tudo bem, eu estava lidando com isso, estava mesmo; com a minha própria filosofia para encarar a vida, mas estava. Bastava-me vê-la de longe, por mais que só me direcionasse um olhar breve, que mais parecia de misericórdia. Afinal, se um dia pensei que poderia tê-la, estava delirando. Eu não era homem para Sakura, ela merecia coisa melhor. Suportei que pisasse em mim, da forma mais cruel que conseguia com seu descaso por meus sentimentos.

No entanto, tudo tem um limite. E todo apaixonado, por mais que se veja poeticamente atraído pelo sofrimento de seu amor platônico, uma hora vê-se obrigado a tentar escapar desse estado inerte de conformismo.

O meu limite foi vê-la chegar, numa quarta-feira, usando o anel de noivado. Meu peito apertou de tal forma, que não me restaram dúvidas sobre quão fodido estava. É um inferno gostar de alguém e não poder ter aquela pessoa. Quando pequeno, minha mãe me julgava um menino sensível, ela estava certa, por mais que o meu pai detestasse ouvir isso. Mas também nunca fui tão banana assim, não era como se caísse de amores por qualquer hippie que cruzava meu caminho. Essa tal sensibilidade, até então não era nas paixões. Estava me superando dessa vez. Quando vi o maldito anel no dedo de Sakura, senti-me o maior dos idiotas. 

Ela havia retomado o noivado. Casaria com seu falso príncipe encantado de olhos azuis e cabelo loiro. 

No momento, de tão enfurecido, minhas mãos tremeram, mesmo travadas em punho. Senti o sangue borbulhar e o coração vir à boca. Pelo menos, ela teve a decência de não me direcionar seu maldito bom dia, passou de cabeça baixa e não hesitou ao caminhar entre o jardim sem olhar para trás. Minha vontade foi de ir atrás dela e perguntar que porra era aquela. Dei algumas passos para alcançá-la, na verdade; mas o ímpeto de abordá-la só durou até minha consciência gritar que Sakura não era nada minha, ela não me devia explicações.

Ao mesmo tempo, essa consciência também não deixou de titubear e me fazer pensar que, embora não fosse da minha conta, deveria existir uma explicação. Tinha que haver. 

Sakura não podia realmente ser tão fria, eu não poderia estar tão enganado. Ela não era o tipo de garota que brincava assim com sentimentos. Por mais que tivesse dito que tudo não passou de atração sexual, seu estilo de vida não revelava uma mulher que gostava de noitadas e sexo sem compromisso. Talvez, eu tivesse sido só um cara para fazê-la esquecer rapidamente de uma mágoa provocada pelo noivo, para quem ela correu de volta tão logo a ferida cicatrizou; porém, minhas lembranças esperançosas logo trataram de trazer à tona que, naquela noite, em minha casa, ela voltou. 

Sim, ela voltou, assistimos juntos a um filme idiota e fizemos amor mais uma vez. Sakura dormiu nos meus braços. A situação parecia controlada. Então, só precisava saber o que deu tão errado no dia seguinte. Apenas isso. Somente perguntaria o porquê de ela ter ido embora da minha casa daquele jeito, onde eu errei para merecer tamanho descaso. 

Uma pergunta. Tomaria um rumo na minha vida depois de ouvir uma resposta sincera. Não seria suficiente continuar com "É melhor esquecermos". Precisava saber o porquê de esquecermos, por que era um erro. Para mim, não era um erro. Tudo bem, eu nunca seria o tipo perfeito, alguém que agradaria a família dela; mas a faria feliz. Isso não tinha como ser errado. Quer dizer, o começo, provavelmente, foi errado. Mas e se pudéssemos começar de novo? 

Não fui imediatamente atrás dela, não me precipitei. Paciente, esperei até o fim do dia. Esperei todas as pessoas irem embora, as ruas escurecerem e esvaziarem, a temperatura cair, o segurança do segundo turno chegar… Até ver, de longe, quando Sakura apagou a luz da sala, dando fim ao longo expediente de trabalho. Então desci até o Terminal, encostei-me no gradil ao lado do ponto em que ela esperava o ônibus e aguardei mais um pouco.

Poucos minutos depois, Sakura apareceu, caminhando devagar por seu trajeto de todos os dias, os fones no ouvido como sempre. Minha respiração falhou algumas vezes a medida que ela se aproximava, faltando-me o ar completamente quando percebi que, ao me notar ali, Sakura desviou o olhar e seguiu como se não tivesse me visto.

Ela parou há uns 5 metros, de costas para mim, mantendo sua farsa sem nunca ousar olhar para trás, para onde eu continuava insistente, olhando-a sem desvios, inerte em minha insignificância. Não soube ao certo se deveria me conformar com aquela resposta apresentada no silêncio, ou se deveria permanecer ali até que ela fosse embora, para que depois não me arrependesse por não ter esperado o suficiente. 

Optei por ficar, por ir até o fim. Se não conversássemos, seria por uma escolha de Sakura; e não porque eu desisti. Não iria abordá-la,  não seria invasivo; por outro lado, não seria o primeiro a sair. Mantive-me em meu lugar, aguardando ela parar de fingir não me notar. 

Por infindáveis 5 minutos, nada aconteceu. 

O ônibus chegou, ela entrou, sentou-se numa cadeira na janela, a mesma do outro dia, e não olhou para o lado nem mesmo antes de partir.

Doeu demais. Doeu tanto, que continuei ali por mais uns 10 minutos, fumando os últimos dois cigarros em meu bolso enquanto tentava me recuperar da realidade dos fatos. Tinha a opção de subir a rua até o metrô, e chegar rápido em casa; mas fiquei tão fora de mim, que optei por ir para a outra plataforma, no próprio terminal, para pegar um ônibus que demoraria quase uma hora para me deixar em casa. Precisava colocar minha cabeça no lugar, e nada melhor que uma janela e um longo caminho pela frente.

Após jogar a bituca no lixo e prestes a entrar no ônibus, disposto a tomar meu rumo, foi quando ouvi chamarem por mim. Uma voz que reconheci facilmente, mas que me recusei a olhar de imediato por achar que deveria ter enlouquecido, a ponto de escutar coisas que não existiam.

— Sasuke! — Outra vez.  — Sasuke!

Então me virei, olhando em direção a voz. Sakura vinha correndo. Ofegante, parou, caminhando devagar por um tempo até voltar a apressar o passo e acabar com a distância entre nós.

Fiquei paralisado. Surpreso demais para entender alguma coisa.  

Diante de mim, ela respirou fundo, recuperando o ar, o peito subiu e desceu. Embargados e um pouco vermelhos de lágrimas ainda presentes, os olhos dela procuraram pelos meus.

Minhas barreiras caíram diante de sua expressão entristecida. Eu estava com raiva, naqueles minutos entre a partida e o retorno, meus sentimentos em relação a Sakura foram do céu ao inferno; da admiração ao repúdio. Mas só bastou vê-la daquele jeito para eu me sentir um inútil, um idiota, o culpado por tudo. Num ímpeto de acalmar meus sentimentos e protegê-la do que a fazia chorar, abracei-a forte. 

— Que se foda — sussurrei. Um aviso para mim, para o meu orgulho, que há poucos segundos jurara em silêncio nunca mais procurá-la. 

Soluçando, ela se apertou em meu corpo. Seus fungados aumentaram. Eu não soube o que dizer, só mantive-a perto pelo maior tempo possível.

— Fizeram alguma coisa com você? 

— Não... Eu desci quando o ônibus virou a esquina. Voltei para falar com você. — disse em fungados. — Me desculpe, Sasuke. Me desculpe por agir assim. Pensei que fosse o melhor a ser feito.

— Eu desculpo. Mas só me diga que não voltou pra ele e essa aliança em seu dedo foi só uma forma que encontrou para pisar mais em mim  — fui sincero com as ideias que me ocorriam.

— Não voltei para ele. — Afastou-se um pouco, o suficiente para me olhar diretamente. — Não estou pisando em você, Sasuke. As coisas não são como imagina. 

— E como são? Preciso que me diga, ou ficarei louco. 

Ela fungou, saindo dos meus braços completamente e dando um passo para trás.

— É complicado.

— De qual forma é complicado? 

— Você não entende. 

— Que droga, Sakura! Essa é a melhor resposta que tem para me dar? — Irritei-me, arrependendo-me logo em seguida, pois ela voltou a chorar. 

Senti-me um estúpido. Um idiota completo sem saber direito o que fazer, como agir. De novo me aproximei para abraçá-la, na esperança de que isso a consolasse. No entanto, dessa vez, ela recuou. 

— Veio até aqui para falar comigo, não foi? Esperou o dia inteiro para isso, provavelmente. Estou ouvindo agora. 

Eu queria ficar puto, queria xingar até a quinta geração. Queria mandar Sakura sumir de uma vez, por me confundir mais. Porém, não fiz nada isso; meu coração não obedecia minhas vontades. Seu rosto de choro e os olhos vermelhos não me deixaram ser um completo imbecil. Em vez de puto, como ficaria em qualquer outra situação, aproximei-me de novo, segurando-lhe o rosto para que não desviasse de mim. 

Ela engoliu em seco e umedeceu os lábios, de forma que meus olhos não conseguiram mais prestar atenção em outra coisa.  

— Vim atrás de uma resposta… Não precisa escutar,  só corresponder. 

Houve um instante de hesitação da minha parte, temi ser recusado. Ainda assim, beijei-a. Um simples encostar de lábios no início, com um pedido pouco insistente por passagem. Longe do esperado, ela entrelaçou os braços em meu pescoço e ergueu um pouco os calcanhares, aprofundando o beijo de forma urgente; como se precisasse daquilo tanto quanto eu. Segurei-a forte pela cintura, erguendo um pouco seu corpo, para poupá-la do trabalho de tentar me alcançar.

Foi um beijo quente; cheio de desejo de ambas as partes. A resposta mais sincera que poderia ter. Não adiantaria se depois me dissesse, mais uma vez, que aquilo foi um erro e deveríamos esquecer. Não acreditaria em suas palavras. Palavras que perdiam a importância, quando em meus braços seu corpo dizia outra coisa. 

Não concordava com Sakura em pensar que aquilo entre nós era só uma atração sexual, mas reconhecia que quando estávamos juntos, meus pensamentos se resumiam a tirar-lhe a roupa. A língua dela, tão doce e decidida, entrando em minha boca com tanto desespero, foi o suficiente para me deixar louco. Depois de duas semanas em agonia, estava cheio de saudades da minha hippie. Aquela noite, Sakura seria minha. Não importava que depois pudesse novamente me pisar.

Sorri, devolvendo-a ao chão, mas sem afastar nossos corpos. Sakura também sorriu. Ela não me esqueceu tão fácil, como suas palavras fizeram entender que aconteceria. 

— Venha para casa comigo — pedi.

Balançando a cabeça devagar, enquanto mordia forte o lábio, ela negou. Para minha surpresa, ela negou. Angustiado, passei a mão no rosto. Não podia ser. 

— Pretende continuar me ignorando e fingindo que não me quer, mesmo depois desse beijo?

— Não é isso. 

— Então o que é? 

Esperei, impaciente. Não obtive resposta. 

— É o seu noivo? Sakura, não faça joguinhos comigo, você voltou ou não voltou para aquele idiota? 

— Não. Não de verdade, pelo menos. 

— E você me quer, como eu te quero? 

— Sim. Eu quero, mas…

— Sem mas. Só venha comigo. — Aproximei-me, de novo. Inclinei-me para sentir seu cheiro bom. Sakura não fazia ideia de como me deixara aflito e com saudades. — Quero ficar com você hoje. Agora, Sakura. Não amanhã, não depois. Tem que ser hoje. 

Puxando meu rosto de seu pescoço, ela me olhou, evidenciando certo nervosismo. 

— Estou… Estou doente… 

Isso me assustou. Como assim, doente? Essa pergunta ecoou em minha cabeça, deixando-me confuso e preocupado. Era por isso que ela estava chorando? Sakura estava doente? Tentei dizer algo, minha boca mexeu, mas nada saiu. 

— Não estou morrendo. — Disse sorrindo. Um sorriso bonito, sincero. — Meus Deus... Essa sua expressão foi muito boa. — Ela continuou sorrindo; depois parou de repente, escolhendo-se um pouco, como se a dor que sentisse voltasse para lembrá-la que ainda estava ali. 

— O que está sentindo? Eu peço um táxi, ou um Uber. Levo você ao hospital. — Peguei rápido o celular, abrindo imediatamente o primeiro aplicativo de transporte que apareceu. 

— Não. Sasuke… É cólica. Não estou “doente”. Deus… não sei como dizer isso. É… 

— Coisa de mulher? — completei, entendendo finalmente o que tentava me dizer. 

A resposta foi um breve meneio envergonhado. 

Estava com o celular na mão, o aplicativo do Uber aberto. Contrariando a vontade de Sakura, coloquei o endereço de casa e chamei o motorista.

— O que está fazendo? Esse não é o seu ônibus?

— Demora uma hora para chegar em casa, não vou te fazer sofrer por todo esse tempo ou subir até o metrô. Vamos de carro, eu te deixo no meu apartamento e vou à farmácia comprar um remédio.

Ela quis recusar, ou, pelo menos, tentou negar minha proposta. Mas não deixei que se manifestasse contra. Estava decidido, Sakura viria comigo. Segurei-lhe a mão, confesso que receoso pela possibilidade de ela não segurar de volta; e quando fui correspondido, levei-a comigo até o lugar que marquei para embarque, na rua paralela ao Terminal.

Durante a viagem, as dores pioraram. Sakura se contorceu algumas vezes, embora dissesse que estava tudo bem e insistisse que iria comigo a farmácia. Ela não queria me deixar comprar as coisas. Eu, por outro lado, não achei prudente atender-lhe os desejos. Quando chegamos ao meu apartamento, deixei-a no quarto, deitada em minha cama, e precisei insistir para que me falasse o que precisava. Por fim, ela acabou escrevendo em um papel sua pequena lista de compra; mas só me entregou depois de eu prometer que só leria quando estivesse na farmácia.

Para mim, toda aquela vergonha não fazia sentido; não era como se eu não soubesse sobre os ciclos femininos. Pensando bem, não era realmente tão simples como imaginei. A lista de Sakura se resumia a dois itens, um remédio e absorventes; aparentemente, eu daria conta. Pelo menos foi isso que pensei, até estar parado diante de um setor inteiro de absorventes. Certo, meio setor. Ainda assim, era mais do que podia imaginar. Talvez, realmente, fosse melhor ter escutado Sakura. Eu não sabia nada sobre aquilo. 

Não consegui escolher, não fazia ideia de qual era o certo. A única coisa que consegui fazer, foi excluir aqueles que pareciam um pequeno canudo de algodão. Pensei que Sakura não se sentiria confortável com aquele negócio dentro dela o tempo inteiro. De qualquer forma, a exclusão de algumas opções não foi suficiente. Ainda tinha o outro tipo, tão diversificado quanto o primeiro: noturno, diurno, diário; com abas, sem abas; com gel, sem gel; fluxo intenso, médio, moderado… Fiz uma conta rápida, chegando a conclusão que havia, no mínimo, umas 36 combinações. Colocando minha probabilidade de acertar em menos de 3%, a não ser que levasse um pacote de cada.

— Precisa de ajuda? — uma atendente me abordou, olhando-me com um sorriso de piedade. Era Tenten, lembrei dela. A mesma moça que me atendeu no dia da briga e me ajudou com o curativo. — Leve um desse, e um desse — disse, jogando uma embalagem rosa na minha cesta, depois uma azul-escuro.

— Obrigado. — Fiquei desconcertado, é claro. Estava parecendo um idiota. Sentia-me assim, aliás. 

 — Precisa de mais alguma coisa?

— Você tem esse remédio?  — Entreguei-lhe o papel. Esperei que lesse. Com um sorriso, ela confirmou que tinha, afastando-se em seguida em direção ao balcão dos medicamentos.

— Para a sua namorada, suponho — puxou conversa, o que me deixou mais desconfortável. 

— Ela… Bem, não é exatamente minha namorada.

A expressão dela foi de uma obviedade gritante. O mesmo olhar acusador que Sakura costumava me lançar.

— Cheguei a pensar que você é um cara legal. Me enganei... Qual o problema dos homens, ein? Por que não conseguem assumir um relacionamento? — Ela me pareceu irritada, bem irritada; como se na verdade estivesse descontando uma frustração em mim. — Se a garota é sua namorada, não fale para mim que não é, como se isso fosse lhe dar alguma chance comigo.

— Não foi o que eu fiz — defendi-me. — Para ser sincero, se ela quisesse, seríamos namorados. 

Os olhos castanhos investigaram meu rosto tal qual um policial em vistoria. Por fim, ela baixou a guarda e saiu de trás do balcão, encaminhando-se ao caixa. Estava sozinha na farmácia. 

— E o corte em seu ombro, deu tudo certo com os pontos?

— Sim, caíram sozinhos depois. Obrigado por ter me ajudado aquele dia… E hoje, de novo.

— Não se meta mais em confusão — disse, enquanto passava as coisas no caixa.

Não respondi, só pensei que aquele também havia sido o pedido de Sakura. Paguei as compras e fiquei observando-a empacotar. Aparentemente, nossa conversa chegara ao fim; isso me deixou aliviado. Ela era uma garota legal, ainda assim, não me deixava muito confortável para um diálogo.

— Compre chocolates. — Entregou-me a sacola. Não entendi bem, pensei que fosse alguma promoção, então olhei para os doces sem açúcar expostos por ali. — Esses não. Compre chocolates no mercado, chocolate de verdade, com muitas calorias. E sorvete. Um pote grande de sorvete. Se a sua namorada… quer dizer, a garota que você gosta, está nesses dias, a melhor coisa que você pode fazer é levar chocolates e sorvete para ela. Como pode notar, eu também sou mulher, então sei o que estou falando. Escute o meu conselho.

Tenten era maluquinha. Mas uma maluquinha que dizia coisas com total sentido. Eu sorri, agradecendo a ajuda.

E foi exatamente o que fiz, passei no mercado, comprei chocolates, sorvete e latas de leite condensado para um brigadeiro de panela. Brigadeiro com coco ralado, a receita que minha mãe fazia em casa.


Notas Finais


Não se preocupem. Dessa vez ela estará lá, quietinha na cama dele, prometo!


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