O cheiro salgado do mar costuma ser agradável e até satisfatório quando você não o vê com frequência ou até mesmo seu sonho é o ver, mas quem já está habituado e convive com tal odor constantemente passa a ser algo enjoativo, assim como as pessoas.
Quando se é alguém sem ninguém, seu maior objetivo e algumas vezes até sonho é ter alguém do seu lado, mas quando se consegue e percebe que não é como imaginava, que você começa a ser afogado naquele mar, passa a ser algo ruim e enjoativo, causador de náuseas e noites em claro por coisas que você sequer teve peso de culpa.
Por isso que no mar da vida tudo deveria ser como a espuma dela.
As vezes aparece pouco, as vezes muita, mas sempre surge com algum motivo e logo se vai. Ela não é o suficiente para te afogar e sufocar.
Quando você fala com a espuma ela te compreende e se vai, quando você fala com o mar ele acaba mandando uma onda para cima de você e nem sempre era uma onda que se esperava para aquela situação.
Quando se está sozinho, com os pés descalços pisando na areia molhada e com o pouco do mar batendo em seu tornozelo no meio da madrugada é aí que se percebe, o importante não é ter todo um mar para si, o importante é ter a si mesmo. Podemos até brincar com as espumas do mar, mas nunca com o mar em si, pois é ele quem vai o puxar cada vez mais e mais para longe do porto seguro e te colocara no fundo de algo que você não irá saber como sair.
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