História Worst Best Family - Visita

—É serio isso?—Dick bufou ao ouvir os roncos do de Jason, que realmente estava dormindo.

Batidas na porta chamaram a atenção de Dick, que suspirou e se levantou da cadeira para abrir.

Era Bárbara, estava com um sorriso gentil e as mãos na costa. Dick a olhou de cima a baixo, e a garota fez o mesmo.

—O que você ta fazendo no quarto do Jason?—Perguntou curiosa e tentando não ter pensamentos impróprios.

—O que você quer com o quarto do Jason?

—Não importa, eu vim chamá-lo... Bruce disse que teremos visitas, dentro de alguns minutos—Disse a garota.

Dick deu passagem para ela entrar, e a garota foi até a cama de Jason e começou a chacoalha-lo.

—Anda Jason! Acorda!—Em resposta teve um gemido manhoso do garoto, que se sentou com as mãos no rosto, tentando voltar a realidade.

—O que é?—Disse com a voz sonolenta.

—Bruce nos quer lá embaixo—Disse Bárbara—E você ja tomou os remédios?—Ela sussurrou a última frase para que Dick não ouvisse.

—Não precisa sussurrar, ele já sabe—Jason resmungou depois de um longo bocejo, e se levantou, colocando os sapatos.

—O que? Como assim?—Disse ela sem entender.

—Ele não saberia se não invadisse meu quarto! E me jogasse contra a parede, literalmente!—Jason falou alto chamando atenção de Dick que revirou os olhos.

—Vamos logo.

Os 3 desceram as escadas e andaram até o salão principal da mansão, sem entender. Lá encontraram com Tim e Damian, que estavam como sempre brigando por algum motivo.

—Por que papai nos quer aqui?—Disse Damian para os irmãos.

—Alguem vai chegar, sei lá—Barbara comentou.

Tim agora parecia concentrado em seu celular, ignorando os irmãos. Jason deu um longo bocejo.

—Você estava dormindo?—Disse Damian.

—Estaria se alguém não me enchesse o saco, não estou falando de você Babs querida—Disse Jason olhando diretamente para Dick. 

—Não foi eu que te acordei—Dick protestou revirando os olhos.

—Fo-Da-Se.

Bárbara não conteve um sorriso, não foi por conta da briga dos irmãos ou infantilidade, mas sim porque Jason parece estar mais humorado, isso significa que as consultas estão tendo um bom resultado.

—As vezes você tem que ser mais maduro, sabia Jason?—Dick se aproximou dele, e Jason o encarou como sempre faz.

—E as vezes você tem que aprender a cuidar da sua vida!—Jason rebateu, e tudo aquilo virou uma enorme discussão. Tim apoiou Jason e Damian ficou do lado de Dick. Bárbara no entanto, ficou apenas assistindo a briga infantil.

Ela jurou que a briga iria parar quando Bruce chegou ao salão acompanhado de Clark e Alfred, mas não foi o caso. Antes dos adultos pararem a briga, uma das portas duplas se abriu em um baque, silenciando todos.

E os irmãos que antes gritavam xingamentos, ficaram curiosos para saber quem havia chegado.

Ela ainda usava os cabelos vermelhos e curtos, mas agora estavam um pouco mais cumpridos des de o natal, sua pele um pouco mais bronzeada do que antes e usava uma roupa de verão, com óculos escuros.

—E ai pirralhos? Vão me ajudar com as malas?—Disse a ruiva e todos abriram um enorme sorriso. Bruce foi até ela a puxando para um abraço.

—Kate!—Disse ele.

—A própria! E você como está Brucie?—Kate passou a mão pela roupa de Bruce, era estranho ele não estar usando roupas sociais, na verdade usava uma camisa preta comum e uma calça jeans preta.

—Estou bem, A Kate, esse é o Clark—Bruce puxou seu namorado para perto.

—Kent! É um prazer te conhecer pessoalmente, Bruce fala muito de você. Também conheci a sua prima, Alex—Disse Kate simpática e Clark não deixou de corar.

—Eu espero que sim, o prazer é todo meu Srta Kane—Clark disse formalmente e ela abriu um sorriso.

—Ah para, me chame de Kate—Disse indo em direção a rodinha recém silenciosa.

—Kate!—Barbara a abraçou e os outros irmãos fizeram o mesmo.

—Olha só, temos um novo ruivo na família—Disse Kane passando os dedos pelos fios avermelhados de Jason—O vermelho ainda vai dominar as cabeleiras dessa família! O que acha Brucie? Você ficaria bem de vermelho.

—Ah não, nem pense nisso—Bruce falou humorado.

—Alfred! Meu querido Alfred!—Kate pulou nos braços do mordomo, que sorriu e a abraçou de volta.

—Senti sua falta também mestre Kate.

Eles seguiram para a sala de estar falando sobre diversos assuntos aleatórios, era diferente como Kate trazia o alto astal por onde passava. Ela sempre forá uma pessoa simpática, mas sua personalidade sempre carregou muita rebeldia. Inclusive Bruce via muito de Kate em Jason, a diferença é que os primos são muito proximos.

—Ta, mas você só vem no dia de ação de graças e no natal, qual é o motivo?—Disse Tim, e Kate deu um sorriso.

Ela levantou a mão esquerda e apontou para o dedo anelar, onde um reluziu com uma enorme pedra cintilante.

—Estou noiva, Bruce já sabia óbvio—Disse ela rindo—Bom, vim para Gotham passar a despedida de solteira com os amigos, e Maggie ficou na cidade natal dela.

Todos a deram parabéns a deixando com um sorriso bobo, e Kate começou a dar detalhes sobre seu casamento que seria no Havaí. Convidou Clark e Bruce para serem seus padrinhos, e falava de Meggie a todo momento com um enorme sorriso.

O tempo passou muito rápido e quando já estava anoitecendo, Kate saiu para visitar seu pai, deixando a casa silenciosa novamente.

Bárbara já de banho tomado, pensou em ir comer algo ou jogar com seus irmãos, mas uma pontinha de mistério atormetava sua cabeça, sem ter o que fazer, ela foi de encontro com a sua sala preferida. Alguns toques no piano e a passagem secreta se abriu, mostrando um elevador, por onde desceu.

Tim estava concentrado, tão concentrado que sua cabeça latejava em estresse, na frente do enorme computador, ele tentava resolver o mistério do homem secreto identificado por YHSFM.

—O que esta fazendo?—A voz doce de Bárbara foi a única coisa que interrompeu seus pensamentos.

—Tentando resolver isso—Tim mostrou a ela os arquivos que estava estudando, e a garota se sentou ao lado dele, na tentativa de ajudá-lo.

—Olhe isso—Disse ele apontando— as pistas que ficaram no seu corpo. Aqui temos numeros de uma suposta localização em Gotham, e aqui uma data. Mas essa localização não existe, nem essa data. A unica coisa que é concreta aqui é a frase.

Bárbara parou para analizar, era verdade. Os números que diziam ser uma localização não faziam sentido, muito menos a data 03/15/5.7.21.

You Have secrets for me?

—O que significam?—Perguntou Bárbara tentando encaixar as peças.

Eram 4 horas da manhã, Tim e Bárbara ainda estavam acordados a base de café, tentando resolver o enigma do homem misterioso.

—Isso não faz sentido...—Disse Tim passando as mãos pelo cabelo.

Bárbara que prestava atenção nos minimos detalhes fazia questão que redesenhar todos os fatos, na tentativa de encontrar um padrão.

—Tim! Olha isso!—Apontou a garota para as folhas de papel em cima da mesa—A palavra Me está escrita diferente, olha, as outras estão bem rabiscadas e essas tem um formato mais caprichado—Tim olhou tentando entender o que a garota falava.

—Não entendo como conseguiram desenhar as letras bonitinhas na sua pele. Não se lembra de nada que aconteceu?

—Me lembro de ir até o galpão procurando Dick, e depois acordei no hospital—Disse ela bagunçando os cabelos.

—Vou pegar mais café.

Tim saiu, e Bárbara ficou sozinha na imensidão da caverna escura. O que esses números queriam dizer? Ela e Tim já haviam os trancritos para todos os códigos difíceis conhecidos. E nunca dava em nada. 

Me....

—Essa letra não me é estranha...—Disse para si mesma, se forçando a lembrar.

Quando era mais nova, Bárbara costumava fazer cartões de aniversário para todos, essa letra sempre era escolhida por ela. Se lembra de que esse estilo era representado pelo número 18 nos arquivos.

—Achou alguma coisa?—Disse Tim, voltando com mais café.

—Sim, vem ver.

—Eu não estava esperando por isso—Disse forçando o humor.

—Tim, você se lembra de quando éramos mais novos, eu sempre fazia cartões de aniversários com essa letra—Disse ela mostrando a folha de papel para o garoto.

—Sim, eram horríveis...Ai! Tá bom! Continua—Disse após levar uma cotovelada da garota.

—Essa letra é representada pelo número 18 nos arquivos, acha que possa dar alguma coisa?—Disse ela.

—Não sei Babs, não parece muito concreto... É meio óbvio—Tim passou a mão pelos cabelos após dar um longo bocejo—Vamos tentar... Vou por o computador para buscar qualquer padrão entre o número 18 e o falso endereço.

Após alguns minutos, um som apitou do computador, chamando atenção dos dois qe estavam ainda concentrados.

—Deu em algo?—Disse Bárbara ansiosa, e o queixo de Tim caiu.

—Sim... Uma sequência de números...—Barbara levou sua atenção ao computador.

—9...432...3356? Um endereço?

—Não.. Parece um número de telefone—Tim sentiu a empolgação tomar conta de si, e rapidamente colocou o computador para procurar pelo número dentro do estado.

—Eai?!—Barbara já estava ansiosa.

—Deu um único número! O que é no mínimo suspeito...

Bárbara se levantou indo até um armário de metal, que ficava um pouco distante do computador. Dentro do armário havia uma caixa com varios telefones descartáveis antigos, que não continham câmera, nem mesmo GPS.

—Poe pra gravar—Ela jogou o telefone para Tim, e o garoto o conectou com o grande computador.

Depois de discar o número, um som de apito agonizante soou pela caverna, buscando pelo número. A ansiedade só aumentava a cada som que o aparelho emitia.

—Joe's Pizza, por favor informe o código de 8 caracteres— Disse uma boz masculina robotizada, provavelmente gravada.

—Codigo? Que código?—Disse Bárbara se corroendo por dentro.

—Os dados que buscam estão gardados por um código de 8 caracteres, volte mais tarde—Concluiu a voz e o telefone desligou.

—Merda!—Tim deu um soco na mesa.

—Podemos tentar fazer a mesma coisa com a data! Se isso foi óbvio, a data também deve ser—Disse Bárbara, e Tim logo começou a digitar.

Alguns minutos depois o computador fez um som de conclusão.

—Alguma coisa?—Disse ela e Tim fez uma careta.

—Nada—Os dois sentiram uma enorme vontade de chorar, estavam presos nisso a horas.

—Adolecentes da idade de vocês amanhecem em festas, o que estão fazendo aqui?—Disse a ruiva.

—Kate! Amanhecem? Que horas são?—Disse Bárbara e a mulher deu uma risada.

—5:30, achei que tivessem aula hoje.

Tim e Bárbara se entreolharam assustados, definitivamente esqueceram da aula.

—Ta de boa, já ficamos mais tempo acordados...—Disse Tim.

—O que estão fazendo?—Disse a Kate pegando as folhas que Bárbara transcreveu.

—Tentando resolver um enigma de um cara que está nos perseguindo—Disse Barbara bagunçado os próprios cabelos.

—Olha só, que engraçada essa data. Quando eu e Beth éramos crianças, transcreviamos as letras para os números, e ficavamos passando uma para outra—Disse Kate com uma certa tristeza na voz.

Bárbara deu um pulo de alegria quando Kate terminou sua frase.

—Kate! Eu te amo!—Disse Bárbara—Tim, isso é óbvio! Como não pensamos nisso antes? Transcreve os números para letras! E manda o computador procurar uma sequência!—Kate ficou sem entender nada.

—Tabom... Okay deu Joes Ldf?—Disse ele confuso.

—Bom, vou levar essas coisas antes que o Alfred sinta falta—Disse Kate pegando as xícaras e garrafas de café.

Ela saiu subindo as escadas, e os garotos ficaram sozinhos de novo.

—Esse é o código?—Disse Bárbara nervosa.

—Vamos ver...—Tim colocou o celular para chamar, e logo foi atendido.

—Joe's Pizza, por favor informe o código de 8 caracteres—Disse a voz robotizada, causando arrepios nos dois.

—Joes L.D.F—Disse Tim, e um alto som saiu do antigo aparelho, algo que soou como alguém tirando um telefone do gancho.

—Gordon e Drake! Eu sabia que iriam resolver o meu enigma—Tentaram reconhecer a voz, mas um efeito utilizado a distorcia, tornando incapaz a identificação.

—Quem é você? E o que quer?—Disse Tim com a voz pesada.

—Assim você acaba com a graça menino prodígio. O que eu quero... Um encontro, com toda família Wayne...Ou devo chamados de Batfamily?—Barbara e Tim se olharam assustados, porém sem surpresa alguma.

—E o que te faz pensar que iremos aceitar e te encontrar?—Disse Bárbara, com a voz rouca.

—Vocês tem a chance de me mandar para a prisão... E eu sei o que passa na cabeça de vocês... Seus segredos estão ocupando a mente não é? Tem medo de que eles venham atona?—Uma alta risada atravessou o aparelho, causando arrepios em Tim e Bárbara.

—Eu preciso de telespectadores para o meu show! E ficaria contente de ter a presença dos meus vigilantes favoritos... Caso contrário, muita gente será machucada...—A chamada foi encerrada. Bárbara respirava ofegante, recapitulando tudo o que a pessoa desconhecida havia dito, e Tim nem se quer respirava. Foi obviamente uma ameaça, e o que eles poderiam fazer... além de ir ao "show".