A noite densa mais uma vez tomou conta de Gotham, e na enorme cidade os problemas reinavam, lixo, trafico, assasinatos e mafia eram o que faziam de Gotham, uma cidade perigosa.
Contanto, após o surgimento de vigilantes mascarados, até quem não não devia nada, temia a chegada da noite. A excessão existia é claro, e é por causa dela, que eles ainda saiam a noite.
Em mais um beco qualquer de Gotham, um homem alto e gordo, empunhava uma barra de ferro com uma mão, e a outra usava para segurar um menino, que tentava a todo custo, se largar.
—O que você fez com os pacotes?! Me responde!—Gritava ele, enquanto o menino continuava a tentar soltar seu braço.
—E-eu vendi!—Disse ele baixo, com os olhos fechados.
—VOCÊ VENDEU? ERA PRA ENTREGAR!—O menino continuou a tentar soltar seu braço das mãos do homem.
—Você vai me pagar aquelas drogas garoto! Vai pagar! Se eu não tiver 200 dólares nas minhas mãos amanhã! Eu vou...
—Vai fazer o que?—Uma voz masculina ecoou pelo beco, e no escuro, a unica coisa que tanto o homem, quanto o menino, puderam ver, foi a silhueta de um homem em cima do muro.
—Quem está ai?!—Disse o homem sem soltar o garoto, apontando a barra de ferro para a silhueta, e armando posição de defesa.
—Larga o garoto—Disse a voz.
—Estou te avisando! Saía agora ou eu irei até ai! Tanto você quanto o menino aqui, vão sofrer as consequências!—Gritou o homem de volta.
—Eu disse para largar o menino—A silhueta sumiu no escuro dos entulhos do muro, deixando tanto o homem quanto o menino em alerta.
—Eu não o largaria, nem se você fosse um deus! Agora aparece!—Disse o homem ficando cada vez mais nervoso, e o menino arfava tentando se soltar, já que a cada segundo, a mão do homem apertava ainda mais o braço.
—Não sou um deus, sou pior que um...—Disse a voz. A pouca luz que havia no beco, iluminou o dono da voz.
Ele usava uma máscara, mais para um capacete, que cobria toda a cabeça em uma cor vermelho sangue. Também usava uma jaqueta castanha e pesada, por baixo, um uniforme todo preto, cujo o único detalhe chamativo, era um símbolo de morcego de cor vermelha no peito.
No susto, o homem largou o pulso do garoto, que saiu correndo sem nem olhar para trás.
—Você... É o Red hood... Não... Não é ele—Disse o homem com a voz rouca e gaguejando—É mais fácil encontrar o batman do que o Capuz Vermelho.
—Então você está com sorte—Disse o mascarado. O homem não podia ver seu rosto, mas se pudesse iria se deparar com um sorriso egocêntrico do vigilante.
—Sua cabeça está valendo milhões...—O homem deu um leve sorriso.
—Vem pegar...
—Jason... Não é hora para brincadeiras! Siga a missão e deixa esse cara—Disse a voz de Dick pelo comunicador, mas Jason apenas o ignorou.
O homem tentou acertar a barra de ferro duas vezes em Red hood, mas falhou miseravelmente.
—Jason estou falando sério! Você vai acabar com a missão se não parar com brincadeiras—Disse novamente o comunicador.
—Cala a boca menino prodígio—Rebateu, enquanto desviava sem esforço algum, mais um golpe do homem com a barra de ferro.
—Escuta aqui! Batman vai nos matar se você não vier aqui! Agora Jason!—Disse com a voz tão alta que o ouvido de Jason chegou a doer.
Perdendo a paciência, apenas sacou uma arma e apontou para o homem, que no susto largou a barra de ferro e ergueu as mãos ao alto.
—Isso é pra você aprender a não envolver crianças no seu jogo sujo—Jason disse e o homem assustado andou para trás.
—Jason! Não ouse! Se controla!—Dick gritou ainda mais alto.
E derrepente um alto barulho preencheu todo o beco, e provavelmente ecoou por todo o bairro. Um tiro.
—JASON! Você matou ele?!—Dick entrou em desespero.
—O que? Não! Dei um tiro no joelho, ele vai sobreviver—Disse guardando a arma—Ei! Você! Liga pra ambulância pra esse cara aqui!—Disse Jason para um jomem que passava distraidamente pela rua. E antes do homem ter a chance de responder, ele saiu pulando pelos prédios.
Não é como se fosse acostumado a sair a noite como os seus irmãos, o capuz vermelho surgiu como um mal, e sempre que Jason e veste, alguém acaba morto. Na verdade, ele não se importa se pessoas vão morrer, ou se tem sangue em suas mãos. Até anos atrás tudo o que queria era ter sua vingança.
Sua vida tomou outro rumo, e ele ainda estava tentando encaixar o red hood no novo mundo, mas assim como era viciado em vinhos e em cigarros, com o vigilante não seria diferente.
Se lembra perfeitamente quando perdeu a cabeça, quando sua vida girava em torno de vingança e quando seu sentimento mais fiel era o ódio.
Pulava de telhado para outro, as vezes usando a arma de gancho para chegar a determinado local mais rápido.
Chegando mais perto do armazém, foi capaz de ver um menino de roupa azul, que aguardava ansiosamente por ele.
—Eai?—Jason sussurrou quando se aproximou de asa noturna, que ficava agachado no telhado de um antigo prédio.
—Eai? Você ficou louco? Quase acabou com o plano!—Dick sussurrou de volta.
—Cala a boca passarinho, você que vai avacalhar tudo se não falar mais baixo—Disse Jason.
—Esta na hora, vai para a sua posição!—Dick disse, olhando para o sinal que Superboy deu do outro lado.
Jason abriu uma mala que Dick havia trazido consigo. Soltou um breve assobio ao abri-la, admirando seu interior. Fuzil Russo SVLK-14S. O mais potente do mundo.
—Anda Jason!—Dick o apressou. O garoto pensou seriamente em pegar a arma e sair correndo, poucas pessoas no mundo já colocaram as mãos em uma SVLK-14S, não existe arma mais precisa no mundo. Perfeita, e seria usada como moeda de troca. No final das contas, tinham mais integrantes da Young justice do que ele, então a missão de roubar a arma, seria um fracasso.
Saltou do prédio com a mala em mãos, chamando atenção dos guardas armados que estavam presentes na frente do galpão. Os guardas apontaram suas armas para Red Hood, que levantou as mãos para o alto em sinal de rendição.
Um homem se aproximou com um detector de metais na mão, e passou por todo corpo do vigilante, apitando somente na cabeça.
—Vou precisar que tire o capacete—Disse o homem com o detector nas mãos.
—Não vai rolar... Aonde está... quero o seu chefe, agora!—Disse Jason, e o homem se afastou assustado. Fez um sinal positivo para o outro guarda na porta do galpão.
—Me acompanhe por favor—Disse o homem de aparência chinesa. Jason o seguiu com a mala nas mãos. Entraram pela pequena porta do galpão escuro.
Seu interior estava vazio, a não ser por uma enorme mala no meio do galpão. Um homem careca e bem vestido permanecia a frente dela, acompanhado de 2 seguranças armados, uma mulher e um menino ruivo.
—Eu estava começando a achar que você era apenas um mito—Disse o homem careca.
—Apenas quando convém—Disse o mascarado.
—Você trouxe?
—Não entendo o por que quis roubar a arma, sendo que tem dinheiro suficiente para comprar uma, ou então, fabricá-la—Jason alfinetou colocando a mala que carregava em cima da mala maior.
—Qual é a graça de comprar, se posso roubar do meu maior rival—Disse ele com um sorriso sádico—Afinal, como conseguiu entrar na mansão Wayne?
—Tenho lá meus truques...—Disse Red hood abrindo a mala, deixando em exposição a enorme arma—Quero o que me prometeu Lex.
—Claro—Lex fez um sinal para a mulher abrir a grande mala, no seu interior, Capuz vermelho pode ver, um líquido azul, que rapidamente se transformou em pedra.
—Ele precisa ser mantido na mala, para não cristalizar, ou temperatura acima de 180 graus—Disse Lex, tirando a arma de dentro da mala de Red Hood. Após analiza-la por completo, voltou a guardar.
—Bem que me disseram, você é bom de negócios—Luthor estendeu a mão para Red, que não a apertou—Bom, de qualquer forma, eu gostaria de negociar com você mais vezes... Mas antes... Tenho que perguntar, por que o morcego?
—Um certo morcego se faz de vigilante, se eu puder provoca-lo, farei—Disse com convicção.
—Parece que temos um inimigo em comum, engraçado, antes de você aparecer, um homem com voz muito parecida com a sua tentou comprar o Cristal azul... Agora, até mais Red Hood—Luthor fechou a mala com a arma e a segurou, dando as costas.
—Sabe, você já foi melhor em mentir—Disse Lex por último.
—E você já foi mais fácil de enganar—Os capangas de Lex apontaram as armas para Red Hood, que levantou as mãos em sinal de rendição.
Os 2 capangas de Lex se aproximaram de Red Hood lentamente, e quando um deles foi toca-lo, capuz segurou o pulso que levava a arma e o puxou a sua frente, usando o homem como escuro humano dos tiros do outro guarda.
Após o homem cair morto, Red Hood foi em direção ao outro guarda, batendo seu braço contra a mão armada, fazendo o outro homem derrubar a arma, ao avançar nele, Red o passou uma rasteira, e o segurou pelo braço, puxando para trás e forçando um deslocamento.
Passos foram ouvidos no telhado do galpão, e derrepente uma grande explosão detonou o telhado, deixando o galpão cheio de poeira e destroços. 4 pessoas desceram pelo pelo bucaro que a explosão causou. Asa noturna, miss marte, superboy e red robin.
Com os guardas finalizados, o garoto ruivo levou uma seringa para o pescoço, e em menos de 5 segundos, seu corpo todo foi deformado, se transformando em uma enorme criatura. Superboy acertou na criatura um golpe no peito, que o fez voar longe, não satisfeito, o monstro voltou contra Superboy e o acertou um ponta pé. Ambos estraram em uma guerra de poder, voando para os lados a cada golpe.
Mais guardas armados entraram no local, e decidido asa noturna foi contra eles. Enquanto o passarinho lutava com os guardas, Jason saltou pela mala com o cristal, e alcançou a mala com a arma, satisfazendo seu desejo de atirar com ela.
Red robin se deparou com a advogada de Luthor, que a princípio parecia uma mulher normal. Mas derrepente seu braço se auto modificou, para algo robótico, e tiros sairam da nova arma.
Red hood segurou a arma com precisão, atirando contra os guardas, tiros certeiros. Asa noturna não pareceu muito contente, e pelo canto do olho, pode ver Lex Luthor fugindo.
—Superboy!—Gritou Miss Marte quando o garoto foi arremessado contra a parede, e caiu no chão impossibilitado. Os olhos da garota se tornaram verde brilhante, e usando sua telecinese, levou todo objeto pesado ao monstro o prensando contra a parede.
—Red Hood! Pega o Lex!—Gritou asa noturna enquanto continuava a desarmar os capangas de Lex.
Red hood mirou em Lex Luthor por um segundo, e antes de conseguir atirar, outro tiro veio em sua direção, acertando-lhe a mão e jogando a arma longe. Olhou para trás a procura do atirador. Viu a advogada-robô de Lex mirando nele. Red Hood rolou no chão escapando dos tiros da mulher, e quando olhou para ela novamente, viu Red robin pulando na direção da mulher com um bastão para acerta-la na cabeça.
Infelizmente a mulher do braço robotizado se virou em direção ao robin, e com o outro braço o jogou contra a parede, focando toda sua atenção no garoto.
Jason viu o momento certo para acabar com ela, e se jogou em direção a arma, após pegar o fuzil, mirou perfeitamente na cabeça da mulher e deu um tiro. A fazendo apagar na hora.
O silêncio reinou, o único som eram os zumbidos nos ouvidos dos heróis após a cansativa luta. Asa noturna correu em direção a mulher com um tiro na cabeça.
—Você a matou?!—Gritou para Jason, que no momento analizava a própria mão, machucada por um tiro de raspão—Por que não seguiu minhas ordens!? Por que não foi atrás do Luthor?!—Asa noturna continuava a gritar com Red Hood. Superboy se levantou indo em direção a mulher no chão, e Red robin, ainda machucado pelo impacto fez o mesmo.
—E você queria o que? Que eu deixasse ela matar o Robin?—Jason gritou de volta.
—Asa noturna! A missão deu certo, pegamos o cristal, não deixamos Luthor levar a arma...—Miss marte tentou acalma-lo.
—Podiamos pegar Lex de uma vez! E agora ele fugiu, de novo!—Disse gritando.
—Lex não iria ser preso! Ele tem imunidade, não foi culpa do Red Hood—Megan disse.
—E aliás...—Superboy chamou atenção de todos—Era só um robô—Ele levantou a cabeça da mulher, que tinha no pescoço varios fios arrebentados.
******
Alfred terminara de enfaixar a mão de Jason. Tim estava deitado em uma maca que havia na bat-caverna, bebendo um suco enquanto usava o celular.
—Eu não entendo o por que está tão bravo!—Barbara disse chamando atenção de Dick. Que estava observando tudo de cima das escadas da caverna.
—Ele devia seguir as minhas ordens, eu sou o líder!—Dick levou as mãos a nuca respirando fundo.
—E como líder, você deveria entender que as vezes é preciso desculprir as ordens pra salvar alguém! O que teria acontecido com Tim? Se Jason tivesse te escutado?—Barbara parecia mais do que brava, estava furiosa.
—Ele deu um tiro em um homem hoje!
—Era um traficante! Ameaçando uma criança!—Barbara rebateu, e Dick revirou os olhoss com um sorriso cínico.
—Não muito diferente dele...—Murmurou.
—Qual é o seu problema Dick?!—Barbara levou as mãos ao quadril.
—Por que você sempre defende ele?—Disse irritado.
—Eu só o defendo quando ele está certo, e você errado, como é o caso.
—Quer que eu ignore todos os problemas dele só por que esta deprimido?!—Dick disse, e assim como acontece com todos, se arrependeu no final da frase.
—Você sempre foi o paz e amor né? Ridículo—Barbara desceu as escadas o deixando só, e foi até Jason ver se estava bem. Dick ficou apenas observando, com os olhos ardendo em raiva.
—Esta com ciúmes não é?—A voz doce de Kate o cortou dos pensamentos.
—Não estou com ciúmes!
—É bom admitir as vezes Dick, olhe para ela... Gosta de você, e isso nunca vai mudar—Kate debruçou na barra de proteção da escada.
—Talvez... Eu esteja com... Ciúmes.
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