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História Worst Best Family - Medo


Escrita por: Pooph

Notas do Autor


Volteeeiiii❤️❤️❤️

Já virou rotina a minha demora para postar, mas faltam poucos capítulos para o fim da WBF... 😔✊

Bom, espero que gostem ❤️❤️❤️
Boa leitura 🌺

Capítulo 45 - Medo



Jason virou seu celular para Bárbara, mostrando claramente a mensagem que havia acabado de receber.

Helena (11:57)

O que é o que é? Um Jason Todd sem a amiguinha de festa? Demore e descubra, antes que eu acabe com os gritos chatos dela.

YHSFM?

A garota mesmo sem conhecer a tal de Helena, pode sentir a preocupação que corria pelas veias de Jason.

—Tenho que ir— Falou ele a dando as costas, mas Bárbara foi rápida e o puxou.

—Eu vou com você— Disse decidida, embora Jason discordasse totalmente da ida da garota, ele não tinha tempo para discutir com ela. Então assentiu com a cabeça.

—Precisamos avisar Bruce— Disse a garota, Jason revirou os olhos.

—Não temos tempo!— Falou rígido.

—Ele está ali, chama um táxi que eu voltou em um minuto— Bárbara não esperou pela resposta de Jason e saiu correndo para o interior da delegacia, com os olhos fixados em Bruce, atropelando em estivesse pelo seu caminho.

Ao se aproximar, Bruce que falava com um policial e um advogado logo notou a presença da garota.

—Bruce— Disse ofegante, o policial a olhou com um certo julgamento— Quero dizer... Pai, Jason não está muito bem, ele teve uma crise por causa de um policial e precisamos ir para casa.

—Barbara esse não é o momento, eu mando alguém...

—É sério, ele não está bem— A garota o cortou, Bruce compreendeu logo o que ela queria dizer.

—Já deu o seu depoimento?

—Sim— Bárbara ficava mais ansiosa a cada segundo. Quando Bruce estava prestes a aceitar o acordo um grito os chamou a atenção.

Sem pensar, todos correram até a direção do grito, Damian, Tim e Dick estavam na sala onde iriam depor, muitas pessoas o cercavam assustadas, o grito vinha de uma mulher perto. O motivo de tal movimentação era uma grande caixa vermelha na mesa de centro, onde em seu interior varias moscas rodeavam o que era uma cabeça.

—O que aconteceu?!— Bruce falou alto, os policiais se apressaram em tomar providências a respeito do acontecimento, e um homem se aproximou de Bruce e Bárbara.

—Sr Wayne, sou detetive Lockhart. Eu estava aqui quando um homem do correio chegou com está caixa, alegando ser para Damian Wayne. 

Bárbara não perdeu tempo ao se aproximar dos outros irmãos ao redor da caixa, era uma péssima visão que chagara a causar ânsias. Ela conhecia bem o rosto morto no interior da caixa, já em decomposição. Era Timothy Taylor.

Damian se afastou lentamente, quando Dick o chamou o garoto correu para longe. Ao lado da caixa havia uma cartinha presa.

Para Damian Wayne.

Como eu disse, o sangue de uma família agora está em minhas mãos.

Ass: você sabe quem.

—Procure pelo Todd, isso pode ser uma ameaça a família Wayne, não podemos os perder de vista— Disse uma voz distante, que Bárbara reconheceu. Era Bullock que falava para uma policial.

—Tudo bem por aqui?— Ele se aproximou— Conheciam o rapaz?

Os três assentiram com a cabeça, não encaixava na cabeça dos Waynes qual era o propósito daquilo, mas sabiam quem era o responsável.

Timothy estava morto, Helena foi sequestrada e agora, além do maldito blog, estavam presos na G.C.P.D.

—Vocês não podem ficar aqui, venham— Bullock indicou caminho, os três não olharam para trás e apenas fizeram o que foi lhes dito, em silêncio enquanto suas mentes procuravam uma resposta para tudo isso.

Andaram em voltas até o centro da delegacia, onde ficaram em um canto todos juntos. Não demorou para Jason vir acompanhado de uma policial até eles, pela feição dele e pela maneira como a policial falava, Jason não estava nem um pouco de acordo com a situação.

—...Peço desculpas Sr Todd, mas isso não está em minhas mãos— Jason se juntou aos outros bufando de raiva e a policial suspirou, se afastando. Dick percebendo o mal humor de Jason, não deixaria de comentar.

—O que aconteceu?

—Eu tenho que sair— Jason falou olhando para os lados— Y pegou Helena, eu preciso salva-la.

—Quem é Helena?— Tim sussurrou.

—Uma garota... A questão é, preciso sair daqui— Jason susurrou de volta.

—Será que não percebem? Y fez isso. Não tem como ser coincidência, o blog, Helena, a caixa... Ele está tramando algo— Falou Bárbara, os outros concordaram com ela.

—É muito suspeito que tudo tenha acontecido hoje... O Blog deve ter sido um plano pra nos encurralar, os remédios seria para nos deixar mentalmente vunerável, Helena pra nos precionar e a caixa... Tem alguma coisa rolando e nós sabemos a onde isso vai dar— Dick disse e desviou o olhar a Jason, que bufou.

—Eu não vou deixar de salvá-la só por que é suspeito.

—E se for um blefe dele Jason?— Dick sussurrou mais ansioso e irritado.

—E se não for?— Jason já mostrava traços de um descontrole emocional, discutir com ele só traria mais problemas.

—Eu vou com você Jason, se acontecer algo estamos juntos— Disse Bárbara, os 3 garotos concordaram.

—Mas não é só isso— Disse Tim— Eu, Dick e Damian vamos ficar na G.C.P.D, precisamos descobrir se realmente tudo tem ligação... Precisamos ter certeza.

—Tabom, tenho um plano— Sussurrou Dick— Bárbara e Jason dêem um jeito de sair daqui, talvez pelo telhado do prédio. Eu vou tentar descobrir o que sabem sobre a caixa até agora, Tim você fala com a Linda Jones e o Damian tem que prestar queixa do roubo dos remédios na mansão, talvez eles o levem na mansão para verificar, assim Damian poderia dar suporte para Jason e Bárbara da caverna. Okay?— Todos concordaram, já era comum Dick assumindo a liderança e bolando planos.

—Tá mas Damian não está aqui e Bruce precisa saber disso tudo— Disse Tim já ficando nervoso.

—Eu cuido disso, agora vão e eu vou falar com Bruce. Coloquem seus comunicadores— Dick saiu a procura de Bruce, colocou seu pequeno comunicador e ao ligar já teve a confirmação de que os outros estavam os usando.

Tim andou de um lado para o outro no interior da delegacia, procurando por qualquer rasto de Linda Jones.

Bárbara puxou Jason até a sala principal da delegacia, ele apenas fez o que ela disse.

—Fique aqui fora e não deixe ninguém entrar okay?— A garota não esperou por uma resposta e entrou na sala, no interior estava Bullock, que escrevia em alguns papeis.

—Bárbara, o que houve?— Disse ele se virando para ela e se levantando da mesa.

—Olha Bullock, eu realmente preciso da sua ajuda... Mas eu não quero abusar da sua boa vontade, sabe é uma emergência que pode te trazer problemas e...— Bárbara estava tão preocupada em conseguir a ajuda do policial que nem percebeu quando ele a segurou os braços.

—Gordon, calma! Escute. Não importa o que você me pedir eu vou dar um jeito de fazer okay?— Por mais carinhosa que fosse a frase Bárbara ficou assustada, não havia motivo.

—Até agora dês de que nos conhecemos eu só te trouxe problemas, eu realmente gostaria que isso não fosse tão... Importante, vai te causar mais problemas.

—Bárbara, quando eu e seu pai trabalhamos juntos só jos envolviamos em problemas e depois de tanto tempo trabalhando em um lugar como esse, coisas erradas da polícia se tornam rotina. Você não sabe, mas eu tenho mais contato com a sua família do que você pensa— Bullock desviou o olhar para o vidro de uma das janelas cujo a perciana estava aberta, Jason os observava, ele sorriu para o garoto e recebeu um leve sorriso de volta.

—Quando Jim se foi, levando a verdade sobre o outro Bruce com ele...— Continuou Bullock— Eu pude conhecer melhor alguns membros da sua família.

—Você sabe...— Ela sussurrou assustada.

—Não é só por você ou seu pai. Vou repetir Bárbara, do que você precisa?— Havia tanta segurança na voz dele, que Bárbara sentia que podia confiar até seus mais profundos segredos a ele.

—Eu e Jason precisamos voltar para casa e você tem que despistar a polícia para eles não nos acharem— Disse apressada.

—Muito bem...— Bullock foi até perto de sua escrivaninha e pegou seu casaco— Vamos, eu levo vocês.

******

Depois de um tempo andando, Dick finalmente encontrou Bruce. O homem acabara de sair da sala de interrogatório.

—Pai... Eu posso falar com você?— Dick se aproximou, um policial ao lado de Bruce fez uma feição intrigada— A sós?

—Desculpe senhor Grayson mas não posso deixar o Sr Wayne a sós com você— Falou o policial.

—Está bem... Jason não está muito bem, Bárbara o levou para comprar os remédios... Eles também falaram com uma amiga do Jason, a Helena... Ela precisa muito da ajuda deles naquele projeto Y, e... Eles já voltam, nós vamos nos comunicar enquanto isso— Dick não precisou fazer esforços para Bruce entender o que o garoto dizia.

—Certo, eu vou dar uma coletiva de imprensa daqui a uma hora... Quero que você esteja lá— Era um ultimato, Dick teria uma hora para resolver o que ele precisava. O garoto assentiu e saiu pelos corredores.

Estava a poucos metros do laboratório quando deu de cara com Linda Jones nos corredores. Ela continuou andando sem nem mesmo o olhar. 

—Tim...— Sussurrou usando seu comunicador.

Fala Dick.

—Linda Jones está no corredor do laboratório, venha rápido— Abriu a porta do laboratório, encontrando para sua surpresa uma mulher no interior, que analisava a cabeça em cima de uma mesa de alumínio.

—Ah... Desculpa eu estou meio... Perdido— Disse chamando a atenção da mulher. Ela era loira e usava os cabelos em um rabo alto, parecia não ter mais de 23 anos.

—Sem problemas, do que precisa?— A garota o olhou de cima a baixo com um sorriso.

—Na verdade, eu só estava curioso... Sou Richard Grayson, mas pode me chamar de Dick— Estendeu a mão para ela.

—Você é um garoto Wayne? Bom, sou Lena Livind, pode me chamar de... Lena— A mulher apertou a mão— Qual sua curiosidade Dick?

—Eu conheço esse garoto, já tive muitas brigas com ele na verdade... Timothy Taylor é o nome, eu só queria saber... Como ele morreu?

—Ah eu não tenho como te dizer, até por que só temos a cabeça. Mas se você reparar bem...— Ela vestiu luvas de látex e Dick se aproximou— O pescoço foi cortado brutalmente, aqui fica a véia julgular. Ela jorra muito sangue, mas não tem vestígios de um corte que causou muito sangramento, ele estava morto bem antes de deceparem a cabeça... E pelo estado de decomposição, deve ter pouco mais de 5 dias de morte.

—Isso é horrível... Vocês já tem suspeitos?— Disse Dick.

—Na verdade não, não tem qualquer vestígio de dna alheio, a não ser essa digital— Lena apontou para um pedaço da caixa dentro de um saco plástico de investigação, havia uma digital marcada.

—Já sabem de quem é?

—Não... Vamos testa-lo ainda— Ela tirou as luvas, você não pode ficar mais tempo aqui. Vamos?— Lena apontou para a porta e Dick assentiu. Quando o garoto foi dar a volta na mesa, Dick derrubou uma caixa de ferramentas propositalmente.

—Ah, me desculpe— Ele se abaixou para pegar as coisas.

—Tudo bem, espero que não tenha quebrado nada— A mulher se juntou a ele para pegar os objetos. Nesse momento, Dick estendeu a mão e pegou o saco plástico com a digital e pos no bolso.

—Mesmo se tiver quebrado... Eu pago por novos— Sorriu se levantando, pos as coisas em cima da mesa, Lena riu.

—Agora, vamos antes que eu perca meu emprego por sua causa— Disse humorada.

—Sim, não quero te causar problemas.

Ambos sairam da sala, Dick usou a desculpa de que iria no banheiro e se separou da mulher, assim que se viu sozinho, voltou a usar seu comunicador.

—Tim, Sabe aonde está Damian?

Estou aqui seu idiota— Típica voz conhecida de Damian— Tim já me falou tudo, o que quer?

—Escuta, eu consegui a única digital da caixa, talvez seja de Y. Me encontra no banheiro, quando voce chegar na mansão faz o teste no computador e veja se bate com a digital de alguém.

—Tá, estou indo.

Ambos se encontraram no banheiro, não trocaram uma palavra, apenas fizeram o combinado e Damian saiu rapidamente. O garoto já tinha prestado a queixa e logo seria levado até a mansão para fazer a verificação do roubo.

******

—Eu não tenho tempo garoto, sinto muito— Disse Linda Jones saindo rápido para evitar Tim, mas ele foi rápido e a puxou pelo braço. 

Mesmo ela sendo bem mais velha, ambos tinham o mesmo tamanho, o que facilitava para Tim a intimidar.

—Você acha justo que por sua culpa estamos presos aqui?! Estão investigando o meu pai por sua culpa... Então abre a boca, antes que eu perca minha paciência com você— Tim falou baixo, mas com tanta raiva na voz que a mulher se encolheu.

—Eu só fiz o que qualquer pessoa normal faria, não fui minha culpa... Ele me ameaçou— Falou ela o enfrentando.

—Quem te ameaçou?

—Eu não sei! Ele usava uma máscara estranha e falou que iria matar eu e meu irmão se eu não publicasse o texto que ele me deu. Agora, licença...— Ela tentou sair, mas Tim a puxou novamente, a pondo contra a parede.

—Você vai retirar tudo o que disse na coletiva de Bruce!— Disse com raiva.

—Não! Eu não vou fazer isso, ele vai ir atrás do meu irmão!

—Se você ficou com medo dele, acha que eu não posso fazer pior? Filho do mais rico bilionário e príncipe de Gotham, herdeiro da maior empresa do estado, com muita gente me apoiando e apoiando a minha família!— Tim a pressionou mais contra a parede— Eu tenho contatos que sumiriam com você e com sua família e ninguém nem perceberia! Eu posso comprar todos e cada policial de Gotham, posso fazer com que te esqueçam para sempre! Então eu vou repetir... Se você está com medo dele, eu posso fazer pior... Vai retirar ou não?

—Eu... Eu vou retirar a matéria... E falar na coletiva...— Pequenas lágrimas de medo se formavam no canto dos olhos da mulher. Tim a soltou, e saiu.

O garoto sentiu um grande pesar interior por dizer coisas tão baixas a ela, mas sabia que só assim conseguiria o que precisava. Já tinha concluído sua missão.

******

É incrível como um carro de polícia com a sirene ligada pode fazer a enorme e movimentada Gotham parecer pequena. Em pouco minutos chegaram na mansão Wayne, e desceram do carro.

—Obrigada Bullock— Disse Bárbara e o deu um abraço.

—Ei Gordon antes de ir quero te dizer que, você é identica ao seu pai... Eu já estou velho e logo vou precisar de alguém para substituir o meu cargo, não consigo ver alguém que não seja um Gordon na liderança. Se você quiser Bárbara, vou guardar esse lugar pra você— A garota abriu um grande sorriso, faltava um ano de escola e mais alguns de faculdade, até agora não havia se imaginado fazendo algo que não envolvia prender pessoas ruins.

—Você é incrível Harvey.

—Até mais Futura Detetive Gordon— Ela riu— E Jason, foi bom revê-los.

—Obrigado Harvey— Falou, Bullock entrou no carro e em poucos minutos já estava a alguns quarteirões longe. Jason e Bárbara correram para o interior da mansão, e logo chegaram a sala que dava até a caverna.

Assim que as portas do elevador abriram, ambos entraram com rapidez na caverna, indo em direção ao vidros onde ficavam seu uniformes. Jason se vestiu com facilidade, e enquanto Bárbara terminava de por o uniforme, o garoto já carregava suas armas.

Não era costume de ninguém da batfamily usar armas de fogo, exceto Jason. O garoto era particularmente ótimo em atirar, mesmo com a reprovação de Bruce, ele não deixaria de usar armas.

Os dois ligaram seus comunicadores, logo puderam ouvir a voz de Damian.

Já estou na mansão, tenho que dar um jeito de despistar esses idiotas— Falava sussurrando.

Eu não descobri muita coisa, ainda estou vendo se consigo mais informações. Jason e Bárbara estão ouvindo?— Disse Dick, os dois respondneram que sim.

Dick e Bárbara escutem— Uma voz diferente de Dick, Tim ou Damian falou. Era Bruce— A chance de tudo isso ser apenas para atrair vocês até Y muito alta, então digo se qualquer coisa sair do controle, vocês vão emitir o alerta para a Liga Da Justiça.

—O que?— Bárbara falou alto— Bruce, Você tem certeza disso?

Sim, façam o que eu mandei.

Bárbara estava indo até o computador quando sentiu Jason a puxar pelo braço. O garoto apertou o comunicador dela o desligando, antes aue a garota pudesse dizer algo ele a entregou uma arma.

—É uma PL-15K russa, está carregada com 14 munições e é semi automática— O garoto fechou os dedos de Bárbara contra a arma de mão.

—Jason, você sabe que Bruce jamais aceitaria isso...

—Não ligo para Bruce, se você estiver em risco a use, mate quem entrar no seu caminho sem pensar duas vezes. Ela é fácil de atirar e não exige muita pontaria.

—Matar? Isso vai contra meu códico de moral! Jason eles são pessoas comuns, mas controladas.

—Eu não me importo! Melhor pessoas comuns mortas do que a minha irmã, entendeu? Use— Ele a entregou mais dois cartuchos da arma. Bárbara assentiu e os colocou no cinto de utilidades.

Bárbara conectou o celular de Jason com o computador da caverna, em poucos segundos eles conseguiram a localização de Y, entraram no bat-movel e foram até os limites de Gotham.

Não deram uma palavra durante o caminho, era perceptível a ansiedade de Jason, já que sua perna esquerda não parava de tremer.

Chegaram ao local, uma onde de adrenalina os tomavam conta, sairam do carro em frente a um prédio, era uma antiga faculdade de Gotham. Mesmo desativada, ainda tinha uma estrutura moderna.

Entraram rapidamente no local, ainda estar de dia era um motivo para evitarem ao máximo serem vistos. Mas no interior do local parecia que estavam em uma outra realidade, que quebrava completamente o ar cativante do sol que iluminava Gotham.

Todas as janelas estavam cobertas com jornais e placas de madeira, deixando o lugar muito escuro. Também havia uma destruição muito visível em seu interior.

Haviam cinco portas diante deles, mas três delas estavam bloqueadas com móveis e barricadas. Era um jogo mental que Y fazia e eles sabiam disso, só os restavam uma escolha.

—Vamos ter que nos separar— Falou Jason ansioso.

—O que? Não, é exatamente isso que ele quer!— Bárbara segurou Jason pelo braço.

—Estou mais preocupado com a Helena, vai ser mais rápido assim!— Jason deu as costas para a garota e entrou por uma das portas. A única opção restante para Bárbara era ir pelo caminho da outra porta.

Estava pouco mais iluminado o corredor por onde ela andava cautelosamente, parecia um labirinto. Corredores que davam a nenhum lugar e voltas sem sentido, já se sentia tonta de tantas voltas.

Ouviu passos, o suficiente para deixá-la atenta a tudo ao seu redor. Tentou ligar o seu comunicador, mas ele não emitia nada além de um chiado.

Segurou firme varios batarangs em suas mãos, e ficou em posição de ataque, sentia sua adrenalida a mil. Derrepente um som metálico escoou e uma fumaça branca comecou a tomar conta do local aonde estava.

Batgirl usou sua capa para cobrir o nariz e boca, evitando respirar o gás enquanto procurava por seu respirador portátil no seu cinto de utilidades.

Pode ouvir passos assim que colocou o respirador, sem pensar duas vezes atirou dois batarangs em direção ao som. Não ouve nenhum sinal de que acertou algo.

Um som metálico de espadas e passos correndo se aproximaram da garota, batgirl usou seu bracelete para empedir o golpe. A espada prendeu nos dentes do bracelete e ela pode ver um rosto de uma garota que a atacava.

Contra atacou com golpes de braço, fazendo a garota cambalear para trás. Batgirl tirou uma das facas que seu traje equipava para atacar a altura. A medida que as lâminas se encontravam e os sons de luta corporal se intensificavam, mais adrenalina corria pelas veias de Bárbara.

Acertou a faca no ombro da garota, junto desse golpe a passou uma rasteira e a finalizou com um soco. Por mais ofegante que estivera, mal deu tempo para respirar, quando ouviu o som de uma arma disparando. A garota desviou rapidamente e se escondeu atrás de alguns móveis.

Os tiros não paravam, um atrás do outro. Quando derrepende um tiro passou muito perto de Batgirl, perto o suficiente para ela ver que não se tratavam de balas e sim de dardos.

Sabia que estava em desvantagem, os tiros vinham de diferentes direções, jogou os batarangs mas os tiros não pararam. A fumaça empedia a sua visão para lançar os batarangs.

Ela não queria, mas não tinha muita opção, sacou a arma que Jason havia a dado mais cedo, apontou para os lugares de onde vinham os dardos e disparou varias vezes. Aos poucos os tiros íam cessando, e sons de corpos caindo os subistituiam.

Tudo ficou silenciosos quando a arma emitiu um som de falta de munição. Bárbara se levantou indo até o local, a fumaça havia se dissipado, logo já não precisava do respirador.

Pisava em balas e dardos enquanto andava ofegante. Se aproximou dos corpos caidos no chão. Ela queria ver o pulso deles, saber se alguém ainda estava vivo, mas um som de espada a empediu.

Batgirl desviou dos 3 golpes seguidos de um homem com espada, a garota usou da luta corporal para deferir socos e chutes sincronizados, o homem caiu mas conseguiu mesmo assim a causar cortes no braço direito e no tronco.

Depois de derruba-lo, Batgirl o atingiu com a perna fazendo o homem perder a consciência na hora. Derrepente sua cabeça doeu imensamente, a forçando a fechar os olhos.

Ficou tonta por um momento, quando voltou a abrir os olhos olhou para o homem deitado a sua frente. Não era como ela lembrava, olhos azuis e cabelos pretos bem penteados e expressão séria. Era Bruce Wayne.

Bárbara se afastou assustada, se negou a acreditar no que via, fechou os olhos com força e ao abri-los o homem a sua frente voltara a ser um completo desconhecido. Sua cabeça latejou de novo, ela olhou para trás, dessa vez os corpos assumiram a forma de Dick, Damian e Tim.

Bárbara soltou um grito rouco, e tampou a boca. Chacoalhava a cabeça com os olhos fechados, procurando se livrar da visão. Foi só aí que ela percebeu uma ardencia em sua perna e olhou para o local.

Havia um dardo lá, provavelmente a acertou no momento em que a garota saiu de seu lugar para atirar. Quando olhou para os corpos, voltaram a ser desconhecidos. Mas agora havia uma pessoa em pé ao seu lado, Bárbara o olhou detalhadamente, tinha os cabelos pouco claros e uma expressão gentil, se parecia com ela. Era James Gordon.

Ela esticou as mãos e tentou toca-lo, não sabia porque se sentiu tão vazia perante a visão, seus dedos atravessaram a alucinação. E ele sumiu.

Sua cabeça latejou e a visão embaçou, outra alucinação veio em sua direção, mas ela não a conhecia. Uma garota asiática, de cabelos pretos até os ombros e expressão séria. A garota sumiu, mas quem era ela?

—Bárbara— Disse uma voz atrás da garota, Bárbara se virou e correu até Jason.

—Eu... Eu fui atingida por um dardo... Alucinações, estou tendo alucinações— Falou se prendendo no abraço dele.

—Você está bem? Ouvi tiros e pensei que você tinha sido atingida— Ele a abraçou de volta.

—Estou bem... Achou Helena?

—Não, mas encontrei uma coisa— Desgrudaram-se do abraço e Jason a puxou pelos corredores da instituição. Entraram em uma curva quase invisível, seguida de uma pequena porta.

Para Bárbara a visão jamais poderia ser mais espantosa, a sala era grande e organizada, mas cada parede alí era completamente coberta por monitores. Eram tantos que não davam para contar, talvez houvessem centenas. Eram como câmeras, alguns transimitiam imagens da mansão Wayne, outros transimitiam imagens de lugares que Bárbara costumava ir com frequência. Podia se dizer que Gotham intera estava grampeada.

Isso explicaria como ele esta sempre a um passo na frente, por que ele sabe tudo o qie fazem. Câmeras até mesmo em seus quartos e nunca nem cogitaram a idéia de que a mansão estivesse grampeada.

A mente se Bárbara funcionava a mil por hora, criando teorias e fazendo conclusões a respeito de tudo aquilo, ela estava apavorada. E então seus olhos passaram por uma tela que mostrava o prédio em que estavam, em que mostrava Jason correndo pelos corredores.

Em uma fração de segundos ela entendeu tudo. Olhou para o reflexo que o garoto atrás dela fazia nas telas escuras e pode perceber, ele tinha os cabelos de Jason, os olhos de Jason, o corpo de Jason e o rosto de Jason, mas ele não era Jason.

Ela entendeu tudo, entendeu tudo o que descobriram, entendeu tudo o que era. Como em um filme ela pode ver tudo passando diante de seus olhos, e uma estranha sensação de que sabia bem o que iria acontecer.

Com um movimento quase imperceptível, ela levantou parte de seu braço até seu cinto de utilidades, e atrás de um bolso apertou um pequenino botão, botão responsável por acionar a liga da justiça.

—Por que você me trouxe aqui?— Falou baixo, o olhando pelo reflexo das telas.

—Você descobriu não foi? Igualzinho ao que planejei— Ele se aproximou a ela, passou os dedos levemente pelo pescoço da garota, que nada fez.

—Por quê? Qual a razão de tudo o que você fez com nós?— Bárbara fechou os punhos com força, enquanto ele levava a outra mão ao outro lado do pescoço dela.

—Você está muito agitada Bárbara, suas perguntas vão ser respondidas em breve. Por enquanto relaxe um pouco— Y começou a massagear suas costas e ombros.

—Eu não quero esperar.

—Eu te trouxe aqui porque essa deve ser sua última descoberta antes que adormeça— A frase soou como um baque para Bárbara, que se virou rapidamente em choque.

—Relaxe garota, eu te sedei no momento em que pisou nessa sala— Y deslizou os dedos pela bochecha esquerda de Bárbara, a garota recuou, mas ele continuou insistindo em massagear o rosto e o ombro dela.

Derrepente Bárbara sentiu seu corpo cansado, ela sabia que era efeito do que Y havia a injetado, seu corpo ficava cada vez mais mole e sensível ao toque macio do homem de rosto semelhante a de Jason.

Ela estapeou a mão de Y com força para longe, e o sorriso sádico no rosto do garoto mudou derrepende para um expressão séria. Ela se aproximou, cara a cara com ele.

—Você vai ceder Bárbara, poupe o esforço— Disse calmamente, embora sério.

Mas se ela fosse ceder, seria o olhando nos olhos, encarando o homem que fez mal a sua família nos olhos, enchergando a alma podre que habitava aquele corpo que não pertencia a ele. Ela não baixou o olhar, mas sentia seu corpo pesar, sentia um desespero de querer mais que tudo ceder, mas não iria. Sua última visão seria o rosto dele.

—PARE DE ME OLHAR ASSIM! SE ENTREGUE!— Gritou ele, levando as mãos ao pescoço dela e a enforcando com todo ódio que sentia no momento.

—Você... N-não vai ganhar— Disse Bárbara, e aos poucos os olhos dela se fecharam. Y então a jogou adormecida no chão.

Mas antes que a garota caisse em sono profundo, ela pode ver uma imagem de uma das telas do qual seu raciocínio não funcionava o suficiente para entender.

Um traje roxo, botas... Armas...

******

Jason corria, o suor escorria pela sua testa e suas têmporas pulsavam, ele estava imerso e atento a toda e qualquer movimentação.

Tentava achar uma saída, mas acabava dando voltas pelos corredores. Estava tonto, parecia faltar ar no mundo, ele não sabia se estava cansado e estressado ou se a falta dos remédios o causavam crises.

Já havia encontrado com 5 pessoas a quem Y controlava, as mesmas que agora eram aoenas corpos jogados pelos corredores.

Só sabia que queria gritar, porque as janelas ficavam desregulares, os seus olhos tremiam e seu suor se tornava gelado, tudo misturado de uma forte sensação de desespero e vontade de chorar.

Estava andando novamente por mais um corredor igual aos outros, quando ouviu um som alto. Uma voz com alterador escoou pelo corredor, Jason parou.

—Bom... Acho que está me ouvindo, certo?— Falou aquele que tanto o atormentava— Jason! Que surpresa você por aqui!

—ONDE ESTÁ HELENA?— Gritou o garoto, perdendo os sentidos.

—Acalme-se, eu sei que não é fácil depender diariamente de remédios, eu só te livrei da dependência— Dizia Y sádico.

—ONDE ELA ESTÁ?— Jason gritou novamente, procurando pelo objeto que reproduzia o som.

—Helena? Não sei, não faço a mínima idéia de quem seja...— Houve um silêncio— Brincadeira! Bom, ela deve estar em casa tomando um banho ou lendo um jornal— Jason ficou estático.

Dick o mandou não ir, mas ele veio mesmo assim e foi tudo uma mentira.

—Na verdade, eu peguei sim uma garota. Isso me faz refletir o quão ingrato você é— Disse a voz, Jason já sentia a raiva dominar seu corpo.

—Sabe JayJay, ela foi a única que se preocupou, ela te colocou em primeiro lugar sempre, te levou ao medico, suportou suas crises, teve que ver você se machucar e se envolver com coisas ruins... Mesmo assim ela ficou do seu lado, ela brigou com seu tutor, se tornou rebelde, mas estava todas as noites acariciando esses seus belos cabelinhos até você dormir, tudo para garantir que você não ficasse mal durante o sono.

—Do que você está falando?— Jason disse ofegante.

—A mesma garota que não fazendo idéia de quem seja Helena, veio com você para uma missão suicida. Estou falando da sua irmãzinha, que agora dorme profundamente ao meu lado.

—O... O quê?— Ele desmoronou, Y havia pegado Bárbara?— O que você fez?! O QUE VOCÊ FEZ?!

—Eu a acertei com uma droga alucinógena, fazendo ela ver cousas terríveis e por fim a sedei para dormir. Ela esteve chamando por você no sono, enquanto você chamava pela desconhecida Helena.

—Eu...— Amargura e arrependimento era o que ele sentia, mais além disso, tinha raiva— Eu vou te matar.

—Ah eu dúvido muito disso pequeno Jason, porque enquanto falavamos sobre a linda e meiga Babs, eu liberei gás alucinógeno no corredor onde você está... E agora ele está circulando pelos seus pulmões, consegue sentir?— O ar faltou novamente, Jason olhou para os lados, sentindo a fumaça densa encher o local, já não dava tempo de fazer algo.

—Se você quiser sua irmãzinha de volta, vire um corredor a esquerda e encontre a quadra. Até mais— Um som alto como o de uma explosão fez os ouvidos arderem.

Jason queria correr, mas sentia-se indisposto mentalmente e fisicamente. Caminhou pelo corredor que parecia nunca ter final.

Quanto mais passos dava, mais seu corpo dava sinais de crise de ansiedade. Mordia a boca com tanta força que seus lábios sangravam. Ele já não sabia aonda estava seu capacete, nem mesmo lembrara se viera com ele.

O sangue passou a escorrer pelo queixo e quando pingou na roupa, sua cabeça latejou. No caminho antes vazio, agora havia uma pessoa.

Um homem alto, meio gordo e de aparência péssima, como se acabasse de sair da mais pesada ressaca. O que chamava atenção era a feição apavorante e a grande cicatriz que atravessava o seu rosto.

Jason parou no caminho, olhando para a figura do homem que se aproximava. Suas mãos passaram a tremer, ele queria correr mas não sabia para onde.

O homem porém se aproximava, Jason precisava passar para salvar Bárbara, mas a idéia parecia assustadora. Ele respirou fundo, se vendo sem qualquer opção e passou a caminhar em direção ao homem.

A medida que andava, sua respiração se dificultava e seu corpo parecia querer criar vida própria e fugir. Mas ele precisava encarar aquele homem, porque não era real, estava morto. Não podia mais o causar pesadelos, aquele homem não tinha esse direito, porque diversas vezes o machucou, mas não hoje.

Jason continuou andando, a figura ficava mais próxima, mas ele não iria mudar o caminho. Quando estava a poucos metros do homem, Jason acelerou o passo, o homem estava bem alí, na sua frente. Ele sumiu. Jason o atravessou, não sentia nada, o medo desapareceu junto da figura do homem que antes alí estava.

E foi quando ele pisou na quadra, que sua visão escureceu e ele apagou.



Notas Finais


É isso genteeeesssss ❤️❤️❤️

Lembrando que falta muito pouco para o nosso final, infelizmente. Mas mesmo assim, eu não poderia estar mais feliz❤️❤️❤️

Espero que tenham gostado ❤️❤️❤️
Até a próxima ❤️❤️❤️


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