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História Worst place - Capítulo 3 - Worst Place


Escrita por: heassss

Notas do Autor


oi

Capítulo 4 - Capítulo 3 - Worst Place




Se passaram meses, e tudo continuava da mesma forma. Jimin continuava sofrendo diversos abusos, e nunca reclamava, mas diferente de antes, ele não encarava aquilo pensando que iria para um lugar melhor e muito menos que iria sair dali, Jimin encarava aquilo com indiferença. O pior sentimento do ser humano. Mas, oras, pense pelo lado bom! Jimin não sentia mais nada; nem amor, nem ódio. Nem tristeza, e muito menos felicidade. Jungkook, quando se foi, levou os resquícios de esperanças que Jimin ainda guardava em seu coraçãozinho. Ele o abandonou sem esperanças, mas não é como se agora fizesse diferença.

Suspirando baixinho, Jimin olhou ao redor, ele agora havia mudado de quarto — se é que podia chamar aquilo que apenas continha um corredor de quarto — estava ainda pior, o cheiro de mofo se destacava ali, deixando tudo ainda mais desconfortável.

Ouviu três batidinhas suaves na porta, e com o cheiro, reconheceu ser a filha da governanta. Sorriu breve, ela sempre levava algum alimento a ele escondida dos demais. Conheceu Suran quando a mais velha começou a trabalhar na cozinha, ajudando os muitos cozinheiros que tinham ali, mesmo que não precisassem. Autorizou a entrada desta com um murmúrio quase inaudível, por conta de estar fraco, sem energias. Suran entrou por ali sorrindo, trazendo consigo um prato de sopa e um recipiente com água, quentinho por sinal.

— Oi, Jimi… — Suran se aproximou, perto o suficiente pra acariciar o cabelo mal cuidado do pequeno, sorrindo afetuosa. — Eu trouxe pouquinho, pois hoje não tinha quase ninguém na cozinha. Porém ainda está quentinha, então coma bem, sim? Lhe trouxe água, depois que comer a tome, mais tarde eu volto, huh? Fique fortinho, criança.

— O-obriga-gado, noona. — Disse ele — ou melhor, gaguejou —, sorrindo sem mostrar os dentes, até porque, não tinha forças para fazer tal ato.

Deu um beijinho breve na testa de Jimin e saiu dali o mais rápido possível, antes que alguém aparecesse. Ele logo se arrastou para perto do prato, lambendo os lábios ressecados rapidamente. Estava quase morto — literalmente — de fome, então não demorou a atacar o prato, não comendo desesperadamente, mas rápido o suficiente sem se engasgar. Após satisfeito, pegou o copo de vidro e tomou dois goles, se sentindo farto. A sopa estava deliciosa, e isso o alegrou, estava comendo algo que o satisfez pela primeira vez em um mês; antes só comia pedaços de pão e tomava metade de um copo d'água. 

A rotina do pequeno Park era só acordar, esperar a sua noona trazer uma roupa para ele se trocar e uma bacia não tão grande para ele se banhar; ficar sentadinho em um canto pensando em nada; dormir por estar entediado; comer o almoço — que as vezes era só um pedaço pequeno de carne e uma porção menor ainda de arroz. Já estava farto de tudo isso, antes dava até pra aceitar, parte de sua vida foi ser escravo, então não existiria coisa pior a se fazer, certo? Errado, sendo escravo, ainda sim fazia coisas, mas agora só era mantido em cativeiro, trancafiado e sem poder fazer nada, mas não era como se já não tivesse sofrido isso antes. Jimin era trancafiado por sua mente em uma bolha de depressão, se próprio pressionando a fazer coisas, se culpando por ser escravo e por desobedecer seu dono, quando a última coisa que fez foi sobreviver e aguentar tudo isso; Jimin não via o quanto era incrível e batalhador por ainda estar aguentando tudo isso, oras, ele era só um menininho de 19 anos! Um menino ingênuo, que só conheceu metade do mal que no mundo o abita.

Depois de se aconchegar no colchão dali, parou um pouquinho pra pensar. Aonde estava o moço de olhos cor clara? Estaria ele pior que dá última vez? Estaria bem? Com raiva? Pensando em Park também? Jimin não sabia, e tentando enganar a si próprio, colocou em sua cabeça que não se importava, quando na verdade aquilo era tudo que rondava a sua cabeça e fazia seu coração remoer.

Sentia que algo estava prestes a acontecer, só não sabia distinguir se era bom ou ruim.




[•••]

O quartinho estava barulhento, um tremendo breu. A ventania era forte, e só se escutava o barulho das janelas batendo. Jimin estava encolhido em um canto, chorando baixinho, com medo das trovoadas; tremendo, em puro pânico. Como ômega, tudo lhe assustava. O barulho da janela batendo; a porta encostava, voltava e encostava novamente, mais forte ainda; a cortina balançando fortemente e os pinguinhos da chuva caindo em sua cabeça, molhando-lhe totalmente.

Em meio a ventania e o barulho, escutou atentamente algo estranho, como barulho de solas batendo no solo, na madeira gasta do extenso corredor perto de seu cubículo. Os olhos arregalados demonstravam todo o nervosismo e medo que o pequeno garotinho de cabelos desbotados estava sentindo. Reprimiu novamente um gemido de frustração e um soluço, falhando nisso. Os passos começaram a ficar mais altos, e Jimin se encolhia ainda mais. A porta, que antes estava fechada, abriu-se rapidamente, e alguém encapuzado surgiu ali, e quando seus olhos enxergaram claramente a silhueta de um Jimin encolhido, em seus lábios surgiu um sorriso ladino, sagaz, cheio de malícia. Andou em passos pesados para perto do pequeno, olhando em seus olhos.

— Uhm… — Avaliou ele — Então és você? És você o tão clamado Park Jimin? — Debochou — Aquele a qual Jeon Jeongguk estás perdido de amores?

— O quê… — Engoliu em seco, sentindo as lágrimas se formarem em seus grandes olhinhos cor caramelo — O que queres co-comigo?

— Ora, Park Jimin sabe falar? — Debochou, novamente — Preste atenção, querido: Jeon me deve, e muito, e você não acha que o mais justo pagando a dívida que ele me deve é pegando algo que ele adora, ou, até, amas?

Jimin ficou estático. Então Jeongguk o amava? As lágrimas já desciam em abundância, se Jeongguk o amava, por que de o tratar mal? Por que de o deixar com o coração partido, quebrado em pedacinhos? Não entendia, tudo era tão novo. Ele não sabia que o amor e a indiferença juntos podiam machucar tanto; não que o amor machuque e seja ruim, completamente ao contrário! O amor é a única coisa no mundo que não machuca e é capaz de curar, aceita as diferenças e todas as formas de amar. O amor é o sentimento mais puro do ser humano, quando amamos, parece que nada mais existe, só nós e nossos mundinhos, só nós e as pessoas que amamos.

— Ei, eu ainda estou a falar contigo, me respondas quando eu te perguntar algo, inútil. — Falou o homem, usando sua voz de alfa, obrigando Jimin a assentir — Venha, iremos para um lugar mais apropriado. — Disse a última parte em tom de ironia, porém Jimin não percebeu.

Puxou Jimin para fora do cubículo, olhou para os lados apreensivo, antes de correr rapidamente até estar fora do castelo incrivelmente grande, sorrindo ao obter sucesso. Jimin que ainda estava aéreo a tudo, ouviu, antes de desmaiar, com um pano no nariz repleto de clorofórmio;

— Boa noite, príncipe.




[•••]

Acordou em um lugar escuro, preso em uma jaula. Perguntou-se porque estava ali, recuperando a consciência aos poucos. Quando recuperado, ficou desesperado. Para onde o homem havia lhe levado? Ele havia finalmente ido embora do maldito castelo, pra sempre? Animou-se. Ele estava longe de Kwan, e isso era bom, certo? Errado. Estava longe de Kwan, preso em uma jaula fétida e fria. Seu pulmão doia, e seu coração ainda mais. Saiu de um lugar ruim, para ir a outro pior ainda.


"Ele sabia que sairia dali

Só não sabia que seria para um lugar pior ainda"



Ouviu-se um barulho, e rapidamente ficou atento. Uma pessoa encapuzada entrou por ali, provavelmente mulher, por conta do barulho alto da sola dos sapatos. Ela parou em sua frente, levantando o rosto e tirando o capuz, deixando seu cabelo preto cair perfeitamente em suas costas. Seu rosto era fino, mas não exageradamente, seus olhos eram grandes e negros, como um buraco negro, com vários pontinhos. Os lábios eram grossos, possuindo ali um batom clarinho, realçando a cor de sua pele, que era morena. O corpo atlético, perfeito, ela era perfeita.

— Olá, Park.

Sua voz o deixou apreensivo, esperando o pior. A face da linda mulher em sua frente continuava inexpressiva; indiferente, como se não se importasse e ligasse se o pequeno estava ali, ou não. Tremendo de medo e frio, não ousou a olhar nos olhos, como se a mesma fosse uma ameaça, e bem, ela era mesmo.

— Eu lhe cumprimentei, Jimin. Aguardo uma resposta. — Disse rude.

— O-olá, senhora… — Sua voz soou baixinha, no cômodo escuro.

— Senhora não, Park. Te lembres que eu só tenho 27 anos. — Diz ela, brincalhona, porém logo retomou a sua postura — Irei lhe dizer umas regras básicas do campo de extermíni-

— E-estamos em um cam-campo de extermínio? — Perguntou Jimin, horrorizado e com medo.

   — Sim, Park, estamos em um campo de extermínio*, ou mais conhecido por "campo de morte". Seja bem-vindo, querido.


Notas Finais


ola, meus anjos, tudo bom? quero deixar aqui umas explicações e o porquê de demorar tanto.

primeiro — eu estava sem criatividade e sem tempo, a escola pega pesado, bebês. nada saia e eu já estava ficando deprimida, porém graças a Deus eu consegui escrever — e acho que ficaria melhor. anjos, o capítulo está pela metade, ok? isso é uma nova fase, e está dividido em duas partes, não fiquem bravos comigo, eu amo vocês!!!!


segundo — *campo de extermínio, diferente do campo de concentração — que é um trabalho árduo e forçado —, campo de extermínio é mil vezes pior; feito por assassinos, é a morte certa, porém fique calmos — ou não fiquem, vocês que decidem.


terceiro — estamos sem banner, nenês, então se alguém aqui faz, fale comigo, preciso de você, KKK.


acho que é só isso, me desculpem a demora, o capítulo está bosta, mas tá aí, te amo vocês.


quero dedicar esse capítulo a @allbulletproof e pra gi — @Oceanborn —, que me deu a ideia do campo de concentração, q eu mudei para extermínio pq eu achei +emocionante. e queria dedicar também pra minha melhor amiga, razão da minha vida todinha ai @yayyoongi
eu amo você, capítulo te pedindo mil desculpas por tudo, amo amo amo


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