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História Would you bleed for me? - Playful or Archangel?


Escrita por: ArrozDoce88

Notas do Autor


Olar, gente, vocês tem noção que segunda feira é natal?
VEI, SEGUNDA FUCKING FEIRA É NATAAAAAAL
MEU DEUS, OQ TA ACONTESENU

Capítulo 5 - Playful or Archangel?


 

-Vênus POV-

 

 

-Você vai parar de beber agora! - Disse o Dean tirando a garrafa de whisky da minha mão. -Não é possível, já detonou sozinha meu estoque de vodka e agora quer levar os meus whisky's para o mesmo destino? 

Sim, eu estava num estado decadente. Já se passou quase uma semana desde que a noticia sobre a marca veio atona e durante esses dias eu mal acordo e já começo a beber, hoje não foi diferente. Não vi ninguém nesses dias. Só queria beber o suficiente para esquecer da minha vida e da ressaca da noite passada mas parece que meu querido Dean Winchester não iria deixar.

-Vai se fuder, Winchester. - Resmunguei rancorosa. Ele mais que ninguém deveria entender. Levantei o dedo do meio para ele e tentei pegar a garrafa de novo, mas fui impedida pelo próprio, que levantou ela, anulando qualquer chance que eu tinha de alcançar. -Qual é, Dean!

-Você vai levantar dessa podridão que você chama de cama e vai direto para o banho. Eu não duvido que você tenha ficado 5 dias sem tomar banho. - Ele fez uma careta de nojo quando olhou em direção ao canto do meu quarto, era vômito e ele sabia.

Meu quarto estava do mesmo jeito que eu, nojento.

Eu prefiro nem discutir, vou direto para o banho. Começo a me despir em frente ao espelho, realmente eu estava horrível. Meu cabelo estava desgrenhado e seboso, estava mais pálida que o normal, não aquele pálido bonito, eu estava cinza e sem falar nas olheiras. Não olhei tudo, já sabia que estava um lixo, entrei direto no box e fiquei pensando em tudo que já me aconteceu até agora.

A água morna me relaxou instantâneamente, encosto minha testa no azulejo e sinto meus olhos marejarem de leve.

Porque eu não lembro de nada disso? Porque isso tinha que acontecer logo comigo? Porquê?

 Quando ouvi as batidas na porta notei que eu estava sentada no chão do box chorando e tratei de me recompor. Não posso fraquejar logo agora. Saindo do box eu pude escutar a voz do Winchester mais velho.

 -Venéria - Mais um apelido escolhido carinhosamente por Dean Cuzão Winchester -soube que você lutava várias coisas. Jiu-jitsu, Krav maga, MMA, Boxe. É verdade? - Perguntou do lado de fora do banheiro.

 -Sim, por quê? - Respondi num tom elevado para ele escutar. Estava me enxugando e colocando a roupa.

 -Sam e eu pensamos que, se você soubesse se defender, poderia ir com a gente investigar um caso. Quando sair do banheiro vamos lutar e se você ganhar você vai, tudo bem? - Talvez seja uma boa ideia, sair de casa, arejar a cabeça. Sorri com o pensamento de um passarinho fazendo cocô em mim.

 Abri a porta e já sai respondendo que sim. E fomos direto para a sala de treino, onde tinha um tatame gigantesco.

 -Vou te dar uma vantagem, sabe, eu realmente não gosto de lutar com garotas. - Dei um sorriso desdenhoso, vantagem? Sério?

 Comecei com um chute no peito e logo depois com vários socos, acertei a maioria e os outros ele defendeu. Tentei aplicar uma rasteira e, pelo incrível que pareça, consegui, não perdi tempo e tentei uma chave de braço. Em menos de um segundo ele escapou da chave mal feita e me pegou num mata-leão.

 -Tá na hora desistir, não acha? - Perguntou perto do meu ouvido. Não mesmo.

 Ele esqueceu que eu fiz luta livre, com a mão livre dei um soco nas suas partes baixas e dessa vez, quem conseguiu fazer o mata-leão fui eu. Claro, com um golpe sujo foi fácil, mas olha o tamanho dele, eu nunca iria ganhar sem isso. Apertei o máximo que pude e enrolei minhas pernas na sua cintura, para evitar que ele fugisse.

 -Tá na hora de desistir, não acha? - Usei suas próprias palavras para fazer uma provocação. Ele soltou um riso em resposta.

 Eu só não contava que ele iria se jogar no tatame comigo ainda em suas costas, se doeu? Doeu muito e fiquei sem ar, mas eu não desisti. Pelo contrário, estava mais motivada que nunca. Tinha um golpe que eu só tentei uma vez e deu errado, mas vai esse mesmo. Black Widow. Peguei velocidade e agarrei minhas pernas no pescoço dele, com a tentativa dele de me tirar eu rodei com uma perna em sua cintura e coloquei no braço dele enquanto a outra foi para o pescoço enquanto eu inclinava seu braço para trás. Consegui!

 Ele caiu de joelhos comido ainda o imobilizando enquanto puxava seu braço cada vem mais para trás, até que ele pediu arrego. Eu ganhei de Dean Winchester. Me soltei e comecei a pular enquanto ele ficava deitado no chão.

 -Eu venci porra! - Joguei na cara dele, eu sei que ele deve estar odiando o fato de ter perdido para uma mulher. -Agradeço essa vitória a Natasha Romanoff, aquela Deusa em forma humana, copiei esse golpe dela.

 -Eu deixei. - Resmungou, ele estava literalmente derrotado. -Arrume suas coisas, no carro em 10 minutos, se não você fica. 

 Corri e comecei a arrumar minhas coisas. Eu não estou com medo nenhum de sair de casa, pode ser pelo fato de eu ainda estar alterada, nunca irei saber. Sair vai fazer muito bem a minha saúde mental.

 

 

 

 

-Quebra de Tempo 2 dias depois-

 

 

 

 

 

 

Eu não devia ter saído de casa.

 

Enquanto estávamos ouvindo a rádio da polícia, seguimos as pistas sobre o caso até chegar em um galpão abandonado, onde era para a polícia estar. Vi eles pegando uma estaca enorme com sangue na ponta e logo me deram uma. Fiquei encarando aquilo por alguns segundo com uma careta e esperando uma explicação, que não veio.

 -Pra quê isso? - Eu não sabia de nada, nada mesmo. 

 -Não é uma bruxa, é um brincalhão. Erramos sobre o caso e se for ele mesmo, é melhor você ficar com a gente e preparada. - O Sam estava sério. Acho que foi porque ele e o Dean discutiram sobre isso no quarto. Uma possível aliança com ele contra o apocalipse.

 Eles me contaram o básico do básico. Ele gosta de mulheres, doces e piadas, só que essas piadas sempre acabam com alguém morto. E infelizmente, eu tenho que ir junto. Entramos no galpão e do nada virou um tipo hospital.

-Doutores. - Falaram duas mulheres para nós.

 -O que tá acontecendo? - Eu perguntei desesperada para o Sam.

Olhei ao redor, realmente estamos em um hospital. Vejo pessoal com jalecos e uniformes brancos e azuis andando de um lado para o outro.

 -Eu não sei. - Ele também estava surpreso.

 -Estamos na série do Doutor Sexy. Me diz uma teoria, qualquer uma. - Dean se virou para o Sam esperando uma explicação, eu comecei a prestar atenção na conversa.

 Começamos a andar pelo hospital.

 -O brincalhão nos prendeu na Tevelândia? - Olhei incrédula para o Sam. Do que ele tá falando?

 -Essa é sua teoria? Idiotice. - Disse o Dean também com uma expressão incrédula. Eles convivem com isso sempre?

 -Gente, do que vocês estão falando? - Perguntei e fui ignorada.

 -Você que disse que estamos no Dr. Sexy! - Sam falou para Dean.

 -É mas a tevelândia não é tevelândia. Tem atores, técnicos, luzes, sabe? Isso parece real. - Dean rebateu.

 -Gente! - Gritei chamando atenção desnecessária, as pessoas que pararam para olhar logo voltaram ao serviço. Embaraçante. -Do que vocês estão falando?

 Eles começaram a me explicar tudo. Pelo que eu entendi, um anjo mandou eles para outra dimensão em que eles eram atores e não existia nada disso. Eles me explicaram até o Sam começar a dizer que o Dean era fã dessa... Série que estávamos. Dean não terminou de se explicar, porque o protagonista da série apareceu na nossa frente. A melhor cena da minha vida foi a expressão do Dean, nunca vou esquecer.

 -Doutor, posso saber por que ignorou uma ordem direta de fazer o transplante experimental de rosto da Sra. Beale? - Perguntou diretamente para o Dean e eu me segurei para não rir.

 Ele não soube responder e olhou para o chão e levantou a cabeça. Do nada, ele imprensou o cara na parede.

 -Você não é Doutor Sexy. - Afirmou enquanto colocava mais força no aperto.

 -Está louco? - Disse para o Dean. -Alguém chame os seguranças.

 -É mesmo? O que torna o Dr Sexy mais sexy, são as botas de vaqueiro e não tênis. - E depois ele diz que não é fã. -Nós sabemos quem você é.

 E tudo a nossa volta parou, tudo mesmo, menos a gente e o homem a nossa frente. E então, ele se transformou em outra pessoa. E eu dei um passo para trás, que consequentemente chamou a atenção dele. Merda!

 O brincalhão tirou as mãos de Dean de cima dele como se fossem penas.

 -Era você no rádio da polícia, não era? É uma piada. - O Sam estava muito sério. 

 -Hello, brincalhão. - Ele dizia com um tom sarcástico apontando para o próprio rosto. -Qual é? Eu soube que vocês estavam na cidade e não resisti. 

 Não vou ser covarde como fui com o Crowley.

-Onde é que nós estamos? - Tentei parecer firme, só tentei mesmo. Sabe aquele momento em que você deseja voltar no tempo para tentar consertar uma burrada que você fez num momento de loucura? É o que eu sinto no momento que a atenção se virou para minha pessoa.

 Ele olhou bem para mim, o que me fez encolher discretamente,  logo ele estava com um braço envolta do meu pescoço num abraço de lado. Merda. Merda. Merda. Respira, inspira. Meu coração falhou uma batida e eu fiquei desesperada, eu vou morrer. Os meninos ficaram tensos mas não fizeram nada, não tinhamos  a menor ideia do que ele poderia fazer, então ficamos no memo lugar. Inclusive eu, por mais que eu estivesse assustada, qualquer ação impensada poderia ser a última.

  -Você gostou? Fui eu que fiz. - Ele dizia perto do meu ouvido, apontando em volta. -Meu cenário, meus atores. Minha caixinha de brinquedos.

 Foda-se não fazer nada impensado. Não aguentei e dei uma cotovelada na barriga dele, sei que não deve ter feito nem cócegas mas foi o suficiente para ele me soltar, corri em direção ao Sam que logo me escondeu atrás dele. O brincalhão não pareceu gostar muito disso.

 -E como saímos daqui? - Dean já estava ficando de saco cheio.

 -Essa pergunta, meu amigo, é a pergunta milionária. - Parece que ele faz jus ao nome, tudo para ele é uma piada. 

-Não importa, queremos falar com você. Precisamos da sua ajuda. - Não, não, não. Esse cara é maluco, pirado, não tem chances de pedir ajuda para ele.

Tratei de sair de perto dele fazendo ele olhar para mim, eu estava com a mesma expressão do palhaço a nossa frente.

 -Já entendi, vocês dois ferraram com o mundo e querem que eu limpe a bagunça? - Ele dizia em tom irônico.

 -Só converse conosco por 5 minutos. - O Sam quer mesmo barganhar com esse cara?

 -É claro, se vocês sobrevirem ao jogo. - Disse em tom risonho. Jogo? (perdi, desculpa gente skdçdalkda)

 

 

 E depois de muitas cenas, estamos em outro cenário. Um quarto de hotel e de todas as nossas falas um público invisível ria.

 -Temos que fazer isso para sempre? - Mais risos. Maldita hora que eu quis sair de casa.

 -Acham graça é? Hienas. - Dizia o Dean para o nada.

O Castiel  entrou pela porta da cozinha todo machucado e eu fiquei preocupada, mas quando cheguei perto dele, voei para uma poltrona e lá fiquei presa por algemas.

 -Escutem, tem algo errado. Este ser é muito mais poderoso do que devia. - Castiel disse chegando perto de mim e tentando tirar as algemas

-O brincalhão? - Perguntei.

 -Se for um brincalhão. -

 -Como assim? - O Castiel não pôde responder assim como não pôde me soltar. Ele voou contra a parede e eu não consegui reprimir um grito de susto, eu me desesperei mais ainda quando o brincalhão apareceu com uma entrada triunfal, com os braços para cima e rodando, recebendo palmas do público. Quando eu olhei de volta para Castiel, ele estava com uma fita na boca o impedindo de falar.

 -Olá! Obrigado. Obrigado, por favor, já chega. - Castiel levantou e olhou para ele como se já soubesse o que ele era. -Olá, Castiel. -

 Castiel olhou para ele e em seguida para nós e arregalou os olhos, como num passe de mágica, desapareceu com um estalar de dedos do brincalhão.

 -Você conhece ele? - Só o Sam para fazer perguntas idiotas em momentos desnecessários.

 -Pra onde você mandou ele? - Eu gritei para aquela coisa. Dessa vez eu realmente não liguei para nada, só queria saber o que ele fez com o anjo.

 -Relaxa, ele vai sobreviver. - Soltei o ar dos pulmões. -Talvez. 

 Comecei a me debater e gritar contra a poltrona tentando me soltar, isso fez com que ele risse de mim e colocasse uma fita na minha boca e mais amarras. Fiquei completamente imóvel.

 -Calma aí doçura, quer um doce para se acalmar? - Senti meu rosto pegar fogo, sim, eu estava muito furiosa. Acenei que que sim, se esse era o único jeito de ele me soltar, que seja.

 E não é que ele realmente me soltou, só os braços, e me deu um milk shake de chocolate. Já não estava mais tão furiosa assim. Ok, sei que eu não deveria ter aceitado. Sam e Dean me olharam incrédulos.

-O quê? Eu tô com fome. - Dizia como se fosse óbvio.

 -Quer saber, cansei dessa brincadeira. Já entendi. Interpretar os papéis, não é? - Dean tomou a frente da discussão.

 -Essa é só a metade. - Disse o brincalhão, com uma expressão risonha.

 -Qual é a outra metade? - Perguntou o Sam.

 -Representar seus papéis lá fora. - Do que esse lunático tá falando? -Dean no papel de Miguel, Sam no papel de Lúcifer. A batalha final das celebridades. Representem.

 -Quer que a gente diga sim para os filhos da mãe? - Sam parecia não acreditar e eu resolvi só ouvir e tentar entender. -Se a gente fizer isso o mundo acaba!

 -É mesmo? E a culpa é de quem? Quem tirou Lúcifer da caixa? Veja, já começou. Vocês começaram, não dá pra parar, então vamos acabar com isso. - Jogando as diretas nos irmãos de forma cruel, eles eram realmente os causadores disso tudo, mas não era legal ser lembrado disso o tempo todo.

 Todos ficaram em silêncio, o clima ficou tenso e eu já não queria mais o milk shake, olhei para os meus pés e tentei ligar tudo. Que confusão eu me meti.

 -Céu ou inferno. Qual o seu lado?  - Dean quebrou o silêncio e eu olhei para o brincalhão, aguardando a resposta.

 -Eu não tenho lado. - Disse quem um sorriso de lado e olhou rápido para mim, não entendi.

 -Qual é. Faz campanha para quem, Lúcifer ou Miguel? - O Dean insistia e eu já estava notando mudanças na expressão dele, não era mais tranquila. Isso não vai acabar bem...

 -Escuta aqui, seu babaca arrogante. Eu não trabalho para nenhum dos dois, acredite. - Eu percebi que o humor dele estava mudando, mas acho que era só eu.

 -Não. Você é pau mandado de um dos dois. - Disse Dean num tom irônico.

 Foi tudo muito rápido, em um minuto eles estavam na minha frente e no outro o Dean estava sendo levantado pela gola da camisa pelo brincalhão. Eu arregalei os olhos e olhei para o Sam, que olhava para os dois, assim que tentei me levantar, fui presa de novo.

 -Não ouse pensar que pode imaginar quem eu sou. - Ele disse em um tom sombrio e por um momento duvidei que fosse o mesmo palhaço que estava fazendo piada com tudo. Ele segurou Dean com uma mão só e se virou para o Sam. - Agora escutem bem, vocês vão colocar a viola no saco, aceitar as responsabilidades e representar os papéis que o destino reservou para vocês.

 -E se não quisermos? - Sam estava com medo, eu podia sentir, eu também estava. Dean já estava com problemas para respirar.

 Ele olhou para todos nós e deu uma risadinha.

 -Vocês ficam na tevelândia para sempre, 300 canais e... Só porcaria. - Estalou os dedos e estávamos em outro cenário.

 O cenário era de uma cena de crime e eu só ouvia os meninos dizendo sobre usar óculos escuros a noite.

 -Já chega! - Eu já estava farta daquilo tudo. -Do que aquele sociopata maldito estava falando sobre vocês?

 Eles se entreolharam e pareciam ler a mente um do outro. 

 -Primeiro vamos sair daqui. É melhor você ficar aqui enquanto nós achamos ele. - Sam disse e eu simplesmente me joguei no chão e fiquei sentada ali mesmo. Os dois me encararam de forma irônica e foram para o meio da cena de crime.

 Não fiquei nem 10 minutos e já mudei de cenário, dessa vez sozinha.

 -Deus, será que uma vez na minha vida de merda você não poderia me ajudar? - Não é possível, eu só me fodo.

 Estava em uma floresta e comecei a andar, andei tanto que cheguei numa espécie de cabana e cai antes de chegar, acho que quebrei o pé. Fiquei ali por uns 3 minutos e o Dean chegou. Obrigada Deus.

 Ele saiu do carro e veio até mim e me perguntou se eu estava bem. Olhei bem para a cara dele e o vi engolir seco.

 -Onde está o Sam? - Perguntei.

 -Aqui. - Olhei para todos os lados e não o achei, até que o Dean segurou meu rosto e o virou para o carro. Não acredito. -Não fala nada, por favor.

 Dean tirou um tipo de óleo do "Sam" e colocou em circulo na nossa frente. Resolvi não perguntar, só entrei no carro mesmo. E acabei cochilando, sim eu cochilei. Uma coisa que ninguém sabe é que eu tenho um poder muito forte e útil, eu durmo em qualquer lugar. Acordei no colo do Sam e estávamos de volta ao velho galpão.

 -Gabriel, gente. - Ele estava no centro de um circulo de fogo e muito sério. Peraí, Gabriel? -Meu nome é Gabriel.

 -Arcanjo Gabriel? - Opa, opa. Parece que eu peguei o bonde andando. Esse cara é um anjo? O mesmo que aparecia em alguns dos meus sonhos?

 -Gabriel, como um arcanjo vira um brincalhão? - Dean não parecia surpreso, ele já sabia?

 -Meu próprio serviço de proteção à testemunha. Fugi do céu, fiz um transplante de rosto e inventei o meu próprio pedaço do mundo. Até vocês dois estragarem tudo. - Então meus sonhos são verdade? Mas de quem era a vida que eu vivia? Preciso das respostas o mais rápido possível.

 -O que o seu pai disse quando o filho fugiu e virou um pagão? - Não sabia a onde Dean queria chegar.

 -Papai não diz nada, sobre coisa alguma. - Ele disse com um tom frio.

 -Então o que aconteceu? Por que você fugiu? - Foi a vez de Sam perguntar.

 -E você põe a culpa nele? Os irmãos dele são barra pesada. - Pegou na ferida aberta.

 -Cale essa boca. -Gabriel disse em tom de ameaça. -Você não sabe nada da minha família. Eu amava meu pai, amava meus irmãos. Mas ficar olhando eles brigarem, querendo esganar uns aos outros? Foi demais para mim! Eu caí fora, só que agora tá acontecendo tudo de novo, graças a vocês.

 -Então nos ajude a impedir isso! - Sam suplicou.

 -Não tem como impedir. - O arcanjo seguiu irredutível.

 -Você quer ver o fim do mundo? - Acho que eu consigo me imaginar no lugar dele. Minha família também era péssima, minha mãe e eu caímos fora na primeira chance que tivemos.

 -Eu quero que isso acabe logo! Eu tenho que ficar sentado, vendo meu irmão se matarem, graças a vocês dois. - Ele dizia com pesar nas palavras. -Céu, Inferno, eu não ligo para quem vai ganhar, eu só quer que isso acabe!

 -Não precisa ser assim, tem que ter outro jeito. - O Sam tentava a todo custo mudar a situação que ele mesmo criou.

 Uma risada forçada ecoou pelo galpão.

 -Você não conhece a minha família, o que você chama de apocalipse, eu chamo de almoço de domingo. É por isso que não tem como parar, não se trata de guerra. Se trata de 3 irmãos que se amavam e traíram um ao outro. Vocês acham que podem entender?

 -Do que você está falando? -

 -Como vocês são hipócritas. Por que acham que são as cascas? Pensem nisso. -Ele parou e logo começou a falar de novo, isso já tá me dando dor de cabeça. -Miguel, o filho mais velho, totalmente leal a um pai ausente. Lúcifer, o do meio, que se rebela contra o plano do pai. E a irmã caçula, que sempre acaba no meio da confusão dos dois. Vocês nasceram para isto, assim como foi no céu, será na terra. Um irmão tem que matar o outro.

 Gelei ao ouvir isso. Um silêncio se formou no local.

 -Não. Isso não vai acontecer. - A voz de Dean parecia abatida.

 -Ah gente, eu queria que isso fosse como um programa. Respostas fáceis e finais feliz sempre, mas as coisas não são assim. - O silêncio prevaleceu. -

 -Traz o Castiel de volta. - Foi minha primeira fala até agora, acho que todos pensavam que eu estava dormindo.

-Isso é uma ordem, doçura? - Disse com um sorriso malicioso e eu revirei os olhos. -Ok.

 Num estalar de dedos Castiel apareceu e cumprimentou o arcanjo a sua frente.

 -Castiel, como vai a busca pelo papai? Deixa eu adivinhar, horrível.  - O Clima ficou mais pesado que antes.

 -Vamos, Sam. - Dean começou a andar em direção a saída.

 -Vocês não vão me deixar aqui pra sempre né? - O arcanjo fez uma expressão inconformada.

 -Dean, você pode deixar ele ir? - Não gosto de pensar na ideia de maltratar anjos, mesmo eles sendo sociopatas desgraçados, eu ainda tenho esperança neles.

 Dean pensou antes de agir, ele usou o sistema de incêndio que irrigou água em tudo antes de libertar Gabriel. Antes de ser carregada para fora dei uma última olhada para ele, era de partir o coração. Foi tudo completamente diferente do sonho. Dei um aceno antes de desaparecer da vista dele e ele da minha. Castiel me curou e eu segui rumo ao carro.

 -Eu mereço pelo menos um hambúrguer bem grande e com bastante fritura depois de tudo isso enquanto vocês me explicam detalhe por detalhe essa história toda. E vocês que vão pagar.

 

 


Notas Finais


O lindo do meu core apareceu lindamente. Não sei vocês, mas o meu personagem favorito é o Gabe, fiquei na bad depois que ele morreu.


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