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História Written in the Stars - Cineminha pré-festa-do-pijama


Escrita por: KagamineUnicorn

Notas do Autor


Há quanto tempo, não é mesmo?

Vocês não tem noção do trabalhão que tive com esse capitulo >.<

Estava difícil pra caramba embalar na escrita, mas em meio a esses dias (em um que provavelmente eu deveria estar estudando pra uma prova dificílima que vou ter quarta-feira) acabei conseguindo escrever bastante coisa, e por incrível que pareça, gostei do resultado ♥ Espero que gostem também!

Até as notas finais e boa leitura ^^

Capítulo 11 - Cineminha pré-festa-do-pijama


Gumi Megpoid - 1 de abril de 2016.

Sair com Lily era divertido, mas ao mesmo tempo me dava um puta medo.

 Não que minha amiga fosse um bicho de sete cabeças, e muito menos se parecia uma barata para me deixar morrendo de medo, porém ainda sim, milhões de inseguranças pareciam brotar na minha cabecinha daqueles momentos que havia passado sozinha com ela.

Lily é o tipo de garota que não falava muito e tinha uma postura confiante sempre resolvia dizer algo, enquanto eu era uma verdadeira tagarela que acabava não pensando muito antes de falar.

Constantemente eu acabava me perguntando se ela estaria mesmo interessada na conversa. Às vezes a encarava por alguns segundos em busca de algum sinal de tédio, e caso o notasse, trocaria o assunto. Me surpreendia bastante, quando ela sorriu com seus olhos em resposta a minha indagação, mostrando que ela estava se divertindo do mesmo jeitinho que eu. “Que bonitinho” – sorri inconscientemente.

Estávamos no metrô, a caminho do shopping perto de casa. Não sabia se sair logo depois do colégio havia sido nossa melhor ideia, muito provável que não, estava com aquela carinha de acabada, sabe? Minhas olheiras estavam totalmente à amostra, escuras e arroxeadas, dedurando que havia acordado cedo demais. Também estava vestindo aquele uniforme sem-graça, além de meu penteado já ter se desmanchado.

Não que eu fosse feia – sou maravilhosa – Mas, também sei que podia estar mais arrumadinha para passear. Pelo menos, tinha a segurança de saber que eu não era a única naquele estado, olhei Lily com o canto dos olhos e pude ver que assim como eu ela parecia tão...

Bonita.

Sério mesmo? Lamentei entre meus pensamentos. Quem tem a capacidade de continuar bonita depois de um dia inteiro de aula? Xinguei-a mentalmente por causa disso. É claro que ela ainda estava com a roupa do colégio, mas aquelas vestes pareciam cair tão bem nela, nem pareciam uniforme, e sim uma escolha por estilo. Seu cabelo loiro se encontrava preso em um longo rabo de cavalo em que o comprimento chegava até a metade de sua costa, e ela mantinha uma expressão pacífica no rosto. Bafejei com as bochechas infladas e os lábios contraídos e respirei fundo para conter aquela mini pontinha de raiva que havia aparecido em mim.

Encarei-a por alguns segundos, esperando a inveja passar e finalmente sorri, pelo menos eu podia vê-la daquele jeito, e por algum motivo não me parecia uma visão ruim. Franzi o cenho confusa, por que será que eu pensava assim?

Enfim, não gastei muito tempo me martirizando com aquela pergunta e voltei a focar no presente. Chegando no shopping, subimos as escadas e fomos até o último andar, direto para a fila do cinema.

Lá, fiz um pequeno-grande drama ao mostrar minha carteirinha estudantil ao moço que vendia os ingressos do cinema. Não existe a menor chance de você sair minimamente bonito em uma dessas, um feito praticamente impossível. A minha tinha sido tirada a dois anos atrás, tinha por volta de uns 13 anos, a carinha típica de um bebê lotado de espinhas. Ainda hoje, com meus 15 anos, eu tenho aparência de uma adolescente, é uma coisa que qualquer um que olhasse na minha cara daria para ver, não preciso de carteirinha para provar que sou estudante e que claramente não estou burlando o sistema para ganhar meia entrada.

Então, parei para pensar um pouquinho mais. Se bem que fazia sentido eles cobrarem a carteirinha antes que eu entrasse no cinema. Imagine se eu fosse uma cruel e terrível assassina? Que entraria no cinema, sem nenhum tipo de documentação, parecendo ser uma inocente garotinha, mas que na verdade aproveitaria o escurinho do ambiente para fazer minhas vítimas.

Sim, fazia sentido toda aquela baderna, infelizmente.

Lily pelo jeito não se questionou sobre a entrega da carteirinha ao supervisor – me perguntei se ela já tinha se dado conta dessa minha teoria e da importância daquela vistoria, e conclui que provavelmente já, Lily parece uma garota inteligente, pensaria nessas coisas até antes de mim. Compramos nossos ingressos para o filme que queríamos ver esperamos um tempinho, dando uma volta pelo shopping e finalmente entramos na sala de cinema.

Nos sentamos nas poltronas que ficavam quase que no fundo da sala, não eram as últimas, mas também estavam quase lá. Não tinha muita gente naquele dia, o que era curioso considerando que era uma sexta feira, e nesses dias o cinema costuma estar lotado, é claro que esse detalhe não era algo que chegasse a me incomodar, Lily me parecia simpática e a ideia de ficar sozinha com ela não era ruim.

Enquanto os trailers passavam não me aguentei em esperar, e resolvi sequestrar uma pipoca, do balde amarelo que tínhamos comprado logo após a saída da fila dos ingressos.

Pipoca era um petisco extremamente simpático, eu certamente seria amiga de uma pipoca, caso vivesse no mundo dos alimentos. Elas são crocantes, salgadinhas na medida certa, e também sabem ser vingativas quando necessário – vai dizer que você nunca se perguntou o porquê daquela mania que os milhos têm de ficarem presos à garganta?

Me deparei com mais um dilema ao lembrar que a pipoca era feita de milho. Para fazer pipoca, você aquece o milho até que as partículas de água que estão ali dentro evaporem, o milho exploda e elas se tornam as minhas simpáticas amigas pipocas. Mas acontecem que as galinhas comem o milho antes de todo esse processo maluco, será que nós seriamos parentes das galinhas por conta disso? Nós evoluímos um pouquinho mais que nossas ancestrais galinhas e aprendemos a aquecer o milho. Ou será que essa evolução nunca aconteceu e nós ainda somos galinhas? Gostar de pipoca me faz uma galinha?

Ri do meu próprio devaneio e percebi que o filme já havia começado há um bom tempo, acabei não prestando muita atenção, como sou distraída, poxa vida! Estávamos ali para ver “Convergente”, o terceiro filme da saga Divergente. Sinceramente, não era muito meu tipo de filme – não tinha visto os dois primeiros, e normalmente costumo preferir desenhos a qualquer outro tipo de filme. Sim, admito que sou um pouquinhozinho chata, mas foda-se – concluí minha linha de pensamento com um grande sorriso de orelha a orelha, viva a chatice!

Fechei a cara em sinal de decepção, eu definitivamente não conseguia focar em uma coisa por muito tempo, Rin costuma falar que sou hiperativa por conta disso – discordo totalmente disso, acho que é ela quem é um ser extremamente preguiçoso que não consegue acompanhar meu ritmo, porém acredito que seja isso que nos faz uma boa dupla.

É claro que nossa dupla não estaria completa sem a Luka, que é meio que a mãe da nossa turminha, aquela que bota ordem na paróquia, a pessoa que faz eu e a minha amiga anã termos um pouquinho mais de juízo nas decisões do dia-a-dia. Grande Luka, deusa, rainha do meu coração.

Lily ainda era a novata, e não tinha ideia de que papel ela ia ocupar no nosso grupo, mas sabia que ela tinha feito uma grande mudança em nosso time. Passamos de “As três espiãs demais” para “Os pinguins de Madagascar”, e como todos sabem, pinguins são seres superiores à humanos, então a evolução foi clara e nítida.

Brincadeiras a parte, me divertia com ela, e estava feliz de ela estar ali comigo. Encarei-a com o canto do olho e sorri levemente, era bonitinho vê-la ali, concentrada no filme, totalmente envolvida por seu enredo.

Acho que em algum momento ela percebeu que eu estava observando-a, já que Lily virou a cabeça bruscamente, franziu o cenho e começou a rir.  Eu, sem saber o que fazer, ri também em resposta.

— Quer um pocky? — Ofereceu-me tirando um pacotinho do doce de dentro do compartimento da frente de sua mochila.

Eu sorri. Adorava aqueles palitinhos com chocolate em volta, um dos meus docinhos preferidos.

Coloquei minha mão dentro do pacotinho, e explorei-o com meus dedos até encontrar um dos palitinhos para puxar. Inclinei minha cabeça encarando-a.

— Mas, Lily, só tem um. — Protestei — É o último doce, a regra é clara e ela diz que tem que o doce ser seu.

— Mas eu quero que você fique com ele — Contestou.

— Mas não é o justo! — Exclamei, aumentando o tom de voz — O doce tem que ser seu.

— Tenho uma ideia para a gente resolver esse impasse. — Disse por fim, convicta.

Lily se aproximou de mim lentamente, olhei-a confusa, e ela encarou-me no fundo dos meus olhos. Tirou o doce da minha mão e posicionou a pontinha coberta de chocolate entre seus lábios. Pisquei algumas vezes, até que finalmente entendi o que ela queria fazer. Mordi a outra ponta do doce e fui me aproximando até chegar mais ou menos na metade, Lily fez o mesmo. No momento que ia me afastar, senti uma de suas mãos encostar na minha nuca e esfregar o polegar ali devagar, me causando um arrepio.

Entreabri meus lábios assim que mordi o meu último pedaço do palitinho açucarado, porém, não me movi um milímetro para trás, e deixei o momento rolar para ver o que ia acontecer. Senti ela ainda mais próxima a mim, e o quente de sua respiração faziam meu coração bater mais rápido.

Fechei meus olhos quando ela selou nossos lábios.

Lily havia me beijado...? Sim, ela havia. E aquilo tinha todo para ser um momento muito gostoso se um flash de celular no nosso rosto não o tivesse o estragado. Senti meu coração gelar junto a uma sensação ruim de que aquele flash não havia sido uma lanterna ligada por acidente.


Notas Finais


Eu mudei pra caramba esse final em relação ao original. Quando elas se beijam, já era pra elas estarem na casa da Gumi, mas eu achei que o escurinho do cinema seria uma boa oportunidade para essas duas fofas ficarem pela primeira vez ♥

Espero com carinho que tenham gostado ^^ Beijinhos de pêssego e até o próximo!


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