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História Wrong Love - Motivos para ficar


Escrita por: Valenttine

Notas do Autor


Gente, mil e uma desculpas por ter demorado em trazer mais um capítulo.
Para compensar ele chegou com pouco mais de duas mil palavras!!!!
Então espero que vocês gostem e se quiserem, aceito de bom grado suas opiniões.
***Gente, gostaria de pedir também se alguém poderia me ajudar a conseguir uma capa de forma rápida pra história. Por que pelo spirit leva tempo né. kkk

Enfim, boa leitura a quem chegou até aqui.

<3 <3

Capítulo 3 - Motivos para ficar


Os segundos que se transformam em minutos, as horas que se transformam em dias, e os meses que se transformam em anos.  

O trote do tempo. 

Que voa. 

Como voa. 

 

Havia completado sete meses desde minha cansativa passagem pelo casamento do meu melhor amigo, mais que isso, sempre foi um companheiro tal qual posso e pude contar desde minha pouca idade quando o mesmo já era maduro o suficiente para não querer entender uma garota ingenuamente infantil de 14 anos.  

E o tempo correu como água que escorre pelas mãos. Rick ainda assim se faz tão presente em minha vida quanto antes, o que eu sei, não é agradável aos olhos de Lori.  E mesmo que eu tivesse mais de uma vez citado o quanto isso a incomoda a Rick, ainda assim, ele está aqui agora.  

 

Seus lábios avermelhados levemente molhados pelas bebericadas no copo de café quente, jogam ao ar mais palavras que pouco ouço, mais sei a que se referem.  

O cabelo bem cortado mas não muito curto lhe dá a serenidade dos olhos azuis um ar mais jovial. Havia um novo sorriso que tentava escapar entre suas bochechas, entre seus lábios, havia uma felicidade aflorando, que aflorava mais ainda em mim. Por que eu sabia, ali,  que eu seria a primeira a saber de sua conquista.  

 

-Rick, você não faz ideia do quanto estou feliz por você! Digo sorrindo, realmente alegre. -Você conseguiu, Rick! Ser Xerife sempre foi seu sonho, mas, ainda assim, vou ficar duplamente preocupada com você agora!  Digo feliz e agitada. Não importa como, eu sempre me preocupar com o fato dele ser policial. Desde o momento em que ele apareceu na minha frente dizendo que havia entrado na academia de polícia local.  

 

-Hey eu sei! Eu sempre tomo cuidado, por vocês! Ele disse largando a xícara de café em cima da mesinha de dentro bem no meio da sala.  

-Eu preciso ir. Ele fala se levantando passando a mão pela calça do uniforme de cor marrom. -Lori provavelmente deve estar estressada comigo agora. Cita com um olhar zombeteiro.  

-Rick...Quantas vezes eu já lhe disse para não prejudicar seu casamento vindo aqui? Falo. Mas não era isso que queria sair dos meus lábios. Tampouco desejo que suas visitas semanais parassem.  

Rick recolheu parte do casaco grosso de frio que estava em cima do sofá ao seu lado, seus olhos percorreram o meu rosto enquanto ela deu passos preguiçosos até mim que, nesse momento já estava de pé perto da porta de saída.  

-Nada nem ninguém vai te tirar de perto de mim.  

Sua voz saiu firme. Seu rosto perto do meu sopra o ar de sua boca a cada palavra, e, sua mão direita toca meu rosto firme porém com delicadeza. Os olhos azuis ligados em meus castanhos. E eu me senti desfalecer, ali, naquele segundo, desejei beijá-lo.  

 

 

 

Mas não o fiz.  

 

 

 

E tudo ficou vazio assim que ele cruzou a porta de madeira marrom para fora de casa, sumindo pela leve neve branca do início do inverno. Voltando para casa. O toque ainda repousava em meu rosto mesmo com o vazio de sua mão. E seu abraço apertado que tive antes dele ir, continua quente em meus braços.  

 

 

 

Quanto mais o tempo passa, sinto que a Geórgia não faz mais sentido pra mim.  

Tenho um bom emprego no Hospital Central, minha própria casa, mas ainda assim há uma falta nessa linha da vida. E talvez eu não me arrependa de me mudar oficialmente para Atlanta.  

 

-O que tanto pensa?  

 

Sou tirada de meus devaneios pela voz grossa do homem à minha frente, solto um leve sorriso ao balançar a cabeça em sinal de "nada".  Os olhos castanhos sérios do homem à minha frente, questionadores. -Estava pensando na sua proposta de ir para Atlanta. Digo.  

-Pensando em me dizer sim e ir comigo definitivamente? Diz ele com um largo sorriso no rosto moreno.  -Talvez. Mas eu ainda preciso conversar com Rick antes. Respondo enquanto o sorriso de outrora se torna em uma cara fechada.  

-Você vai dever satisfação eternamente para esse cara? Pergunta ríspido.  

-"Esse cara" Matthew, é a única coisa que me sobrou como família, e sim ele pode e vai ter satisfação da minha vida até o momento que eu achar necessário. Achei que você já havia entendido a importância dele na minha vida.  

 

_ Até entendo Ella, mas não entendo essa ligação extrema com o Xerife! Para um homem casado, ele visita muito outra mulher, não é? O tom acusatório soou muito firme durante a frase inteira, e a reação de explosão que tive também. Por outro lado, um hospital não era o melhor lugar para falar tudo o que passava pela minha cabeça. - Sai! Sai agora Matthew! E não volta até saber me respeitar. O que você insinua é grave demais, e não esqueça que você está falando do seu próprio Xerife!  

- Ellla, me desculpa. Diz tentando se reportar.  -Matt, olha, só me deixa trabalhar. Digo por fim movendo meus olhos de volta para os arquivos médicos em minhas mãos. Matthew levanta e sai batendo a porta levemente. Eu não o veria mais hoje.  

 

Olhava mais uma vez o vestido azul rodado em meu corpo. O batom vermelho desenha minha boca que se destaca em meus olhos castanhos com nada mais que um leve rímel preto.  Lá fora o sol estava começando a mostrar a que veio, calço um par de sapatilhas simples, na cor preta. Não gosto de exageros e, nada mais simples para uma festa de aniversário de criança.  Mal acredito que Carl já fez cinco anos, soube da gravidez de Lori na mesma noite em que soube que Rick havia sido promovido a Xerife. Dando-me mais certeza de minha escolha em permanecer em silêncio eterno quanto aos meus antigos pensamentos. Não que alguma coisa tenha morrido. Alias minha presença na vida de Rick apenas aumentou com o fato de que sou madrinha do Carl, que aliás, é a criança mais linda que já vi. Uma cópia menor de Rick, em um par de olhos azuis brilhantes encantadores.  

 

Recolho a bolsa que estava jogada em cima da cama juntamente com o embrulho de presente que já havia dias que estava guardado. Dou mais uma olhada no espelho checando se está tudo bem e desço as escadas de casa rumo a sala recolhendo a chave do carro que não faz muito consegui comprar. Rick muitas vezes quebrou um galho me levando para o trabalho no carro de polícia, mesmo que não estivesse de um todo certo quanto a suas típicas regras morais.  

O burburinho de pessoas e crianças pequenas já dá pra ser ouvido mesmo do lado de fora da casa de porta e paredes  branca, caminho alguns passos até chegar na varanda onde aperto a campainha.  

 

-Ella. Você veio.  Lori atende a porta, seu olhar me mede de cima a baixo com um sorriso nitidamente falso no rosto, de fato, nem eu nem ela mudaremos.  

-É, vim sim, afinal não poderia perder o aniversário de Carl. Digo simplesmente. Lori me dá passagem para o lado de dentro sem dizer mais nada e sai a minha frente a passos rápidos parando com algumas outras mulheres que desconheço.  

 

Rumo até o lado de fora tentando achar o pequeno garoto de olhos cor do céu, e antes de achar, sou empurrada por uma pequena menina loira que vinha correndo sem me ver. -"Desculpa tia'. Ela fala enrolado logo voltando a correr novamente.  

 

 

-ELLA!  

 

Ouço alguém gritar meu nome e me viro em direção da voz vendo Rick e Carl vindo em minha direção, Rick tenta passar por todos os brinquedos e mesas espalhadas pelo caminho sem esbarrar em nada. Sorrio com isso. -Ei meu coração! Digo assim que Carl desce correndo me pedindo para pegá-lo no colo. -Toma, é para o garoto mais lindo do mundo! Falo para ele que grita algumas palavras meio emboladas e sai correndo com o presente em mãos até as outras crianças.  

 

-Que bom que veio.  Está maravilhosa. Cita Rick assim que ficamos apenas eu e ele ali. -Você tem estado ausente, Ella. Fala ele.  

-Digamos que mesmo em uma cidade pequena, trabalhar como médica no hospital central não é muito tranquilo. Respondo-o.  

-E aquele garoto que você namora? Pergunta ele tentando uma forma indiferente. 

-Rick, ele se chama Matthew e não é um garoto. Assim como eu também não sou. Digo olhando em seus olhos. - Pra mim é. Ele diz se aproximando. Meus olhos estão colados nos seus, seu rosto estava sereno,  relaxado. Uma face que quase não era possível ver durante o dia em que ele mais que apenas Rick Grimes, meu Rick. Mas sim alguém responsável pela segurança de uma cidade inteira.  

Eu preciso te falar uma coisa. Me pronuncio.  

-Matthew me fez há alguns dias uma proposta. Ele vai ser transferido para Atlanta. Digo enquanto ele me observa sério. -E onde você entra nisso Ella? Questiona. -Eu vou me mudar para Atlanta. Digo enfim, vendo seus olhos mudarem de sérios porém serenos para exaltados.  

 

-Não você não vai! Ele diz vindo pra cima de mim pegando em meu braço sem apertar.  -Não é você que decide isso Rick! Digo olhando-o firme. Eu já estava mais que decidida quanto a isso, e, nada iria me fazer mudar. Aliás isso já devia ter acontecido a muito tempo.  

-Não, você não vai Ella, não vai ir para longe de mim! Responde. Ele me traz para mais perto de si, minhas mãos vão para seus ombros.  

-Rick está na hora de eu seguir minha vida, eu te amo, mas você tem a sua vida e Carl, eu não posso viver para sempre em sua sombra ou você pensar que eu ainda sou uma garotinha, Rick eu já sou uma mulher! E a menos que você me dê um bom motivo, eu vou para Atlanta em menos de um mês, por que eu preciso disso.  Minha voz foi se tornando mais baixa a cada palavra que soltei, assim como a distância entre nossos lábios. Eu sabia que algo não estava certo. Principalmente porque não fui eu que encurtei essa distância, e, meu coração estava agitado como a tempos não sentia. Desde a descoberta sobre Carl exatamente.  

-Você não vai Ella! Sua mão sobe por entre meus cabelos castanhos soltos. -Você não...  

 

-O que está acontecendo? A voz de Lori soou na porta de saída. Eu não sei em qual momento, mas todas as pessoas e crianças já não estavam mais ali. Além de mim e Rick, agora Lori que nos olhava com um olhar desconfiado.  

 

-Ella quer ir embora. Rick responde sem hesitar.  

-Embora? Sério? Lori retruca sem nem ao menos evitar ou esconder o sorriso que aflora em seu rosto. Os olhos negros dela estavam mais felizes do que nunca.  

-Não! Por que ela não vai. Ele diz e se retira a passos firmes e rápidos.  

 

 

 

A noite já começava a cair, a grande maioria dos convidados já havia ido embora, Rick não falou mais direito comigo desde a situação de mais cedo e Lori não escondia estar radiante.  Recolho a bolsa que eu havia deixado do lado de fora e caminho até Carl que brincava com a menininha loira de mais cedo que ainda estava ali., dou-lhe um beijo no rosto prometendo voltar para brincar com ele e procuro Rick com os olhos. O encontro me encarando do outro lado da casa. Rumo até ele a fim de lhe dar tchau e sair, já que não sabia e não fazia questão de achar Lori.  

-Me acompanha até a saída? Pergunto chegando perto dele que sai comigo sem falar nada fechando a porta de entrada atrás dele. A noite já havia chegado definitivamente. O sol deu lugar a lua e as estrelas que acompanham a noite.  

-Ella, você não vai ir para Atlanta. Rick volta a repetir.  

-Rick não é você que decide isso. Respondo já de forma cansada sobre o assunto. Eu já lhe expliquei que isso vai ser o melhor pra mim e até para você. Eu vou voltar e visitar você e o Carl mas, eu não vou ficar aqui sem um bom motivo para ficar. Falo novamente as mesma palavras de mais cedo.  

-Eu tenho um bom motivo para fazer você ficar, Ella. Ele diz.  

Solto um suspiro misturado com um leve sorriso de ironia antes de ousar questionar qual seria o motivo.  Provavelmente ele dirá que eu ainda sou sua garotinha, sempre pensando que eu ainda tenho 14 anos como a anos atrás.  

 

-E qual seria? Perguntando cansada cruzando os braços. Olho de forma tediosa para ele.  

 

-Isso. Rick diz antes de puxar meus braços cruzados para si, sua mão vai para meus cabelos e a outra para meu rosto. É impossível esconder meu olhar arregalado e surpreso, mas eu não imaginava ainda o que viria.  

Rick olha de meus olhos para meus lábios e sem nenhuma relutância ele cola seus lábios com os meus, meu peito doía pelas batidas do meu coração mais que acelerado.  Calor e sabor. É quente é forte é saboroso. E ainda assim não consigo descrever o sabor de seus lábios grudados nos meus em um beijo que deixou de ser calmo ao ponto de que suas mãos puxam meu corpo para si e apertam meus cabelos. Sua língua procura a minha de forma aflita, eu sentia que havia uma descoberta sendo feita, não somente por mim mas por ele também.  Macia, língua que saboreia a minha. Meu corpo arrepia, e minhas pernas desfaleceram se seu aperto não fosse firme em meu corpo.  

E assim, no beijo que tanto sonhei, por vezes imaginei nas noites sozinhas em meu quarto durante minha adolescência e descoberta íntima, até mesmo vida adulta. Recebi um bom motivo para ficar.  

 


Notas Finais


E então? O que acharam???
<3 <3


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