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História Wronged - Preciso que me responda algumas perguntas


Escrita por: Dassa_C0

Notas do Autor


Oi amores, boa leitura!!

Capítulo 13 - Preciso que me responda algumas perguntas


Fanfic / Fanfiction Wronged - Preciso que me responda algumas perguntas

P.O.V Justin Bieber

Empresa Miller – 08h00 A.M

Centro de Seattle.

Atravesso a rua em passos rápidos, quase correndo para não ser atropelado por um carro que está vindo. Assim que chego na calçada posso encarar o grande prédio melhor, ele é alto e bem sofisticado. De acordo com as minhas pesquisas aqui nesse prédio fica a parte administrativa de todos os hotéis Miller, aqui eles cuidam de tudo. E Josh costuma passar boa parte do seu dia aqui dentro, um excelente lugar para conversar com ele.

Assim que passo pela porta de vidro me vejo em um lugar bem luxuoso para um prédio de administração. Um lustre enorme enfeita o hall e chama toda a minha atenção para ele. Caminho em passos lentos até a única alma viva no local, uma mulher que me olha curiosamente sentada em sua mesa, enquanto digita rapidamente algo em seu computador. O barulho das teclas apertadas por ela faz é irritante e chega a ser alto por conta do silêncio do local. Ela deve ser uma espécie de secretária.

- Bom dia. – cumprimento seriamente.

- Bom dia, no que posso ajudar? – ela para de digitar e apoia as duas mãos na mesa de vidro, me olhando com atenção.

- Preciso ver o Josh Miller, ele está?

- Sim. – ela responde e quase posso ver um sorriso querendo aparecer em seu rosto, quase como se a situação fosse no mínimo engraçada para ela. – Tem algum horário marcado, sr? – ela intercala seu olhar entre mim e a tela do seu computador.

- Não. Não marquei nenhum horário.

- Lamento, o Josh não pode vê-lo então. Ele não recebe ninguém que não tenha marcado horário.

- Bem, digamos que eu sou diferente e não preciso de nenhum horário marcado. – retiro o meu distintivo e viro para ela, que imediatamente ajeita a sua coluna.

- Vou avisar que você está aqui. – ela diz e pega o telefone. – Josh? Tem um policial aqui embaixo querendo te ver. – pausa. – Tudo bem. Vou mandá-lo subir. – ela coloca o aparelho no gancho e me olha. – Josh está aguardando por você!

- Tudo bem.

- É só entrar no elevador. – ela apontou para as portas abertas a uns 10 passos para a direita da mesa dela. – Clique no último andar e alguém te levará até a sala dele. – concordo com a cabeça.

- Ok, muito obrigado!

Caminho até o elevador e entro nele, apertando o botão correspondente ao último andar. As portas de aço se fecharam, e eu senti o elevador se movimentar. Cruzei os meus braços esperando que isso acabasse logo e como eu começaria uma conversa com o Josh. O elevador parou e as portas se abriram, me dando a visão de uma garota loira com uma saia acima do joelho bem ajustada ao corpo, e uma camisa social com alguns botões aberto próximo ao busto. Ela estava com um sorriso enorme no rosto, sei que ela queria ser simpática. Mas estava assustadora.

- Olá! Vou te levar até o Josh. – ela deu uma olhada em mim, me analisando dos pés a cabeça.

- Ok. – me limito a dizer isso. Essa garota estava me irritando com seu comportamento estranho e exagerado.

Saio do elevador e vejo a garota sair andando enquanto rebolava a bunda de uma forma forçada e bem chamativa, estava claro que ela queria que eu olhasse e foi automático o meu olhar ir até o local. Desviei rapidamente os olhos e me mantive imparcial as coisas que ela fazia. Passamos por um enorme corredor e ao fim dele havia uma única porta, que eu supus ser a sala do Josh. Quando a mulher parou em frente a ela e deu uma leve batida, percebi que estava certo. Ela abriu a porta e colocou apenas a cabeça para dentro.

- Josh, ele está aqui!

- Tudo bem, querida. Obrigado! – ouvi ele dizer.

Ela deu um passo para trás e abriu ainda mais a porta, me dando espaço para passar. Passei por ela e entrei na grande sala do Josh Miller, o local tinha umas paredes em tons pásteis, havia uma pequena prateleira com alguns livros no canto dela e no outro canto um pequeno sofá. A grande mesa do Josh estava posicionada bem ao meio do local e ocupava grande espaço em sua sala.

- Bom dia, agente Bieber. – ele soou animado.

Rapidamente meus olhos foram em direção ao rapaz sorridente. Ele parecia tão normal para mim, não a pessoa que foi descrita em todos aqueles crimes cruéis.

- Bom dia, Josh. Prometo que o meu assunto com você será bem rápido, não quero ocupar muito o seu tempo.

- Sem problemas, agente. Eu estou a sua disposição para responder quaisquer perguntas. – ele aponta para a cadeira em sua frente. – Por favor, se sente.

Caminho até a cadeira e me sento de frente para ele.

- Bom, eu tenho algumas perguntas para te fazer sobre os assassinatos que foram ligados ao seu nome nos últimos meses. Por que não houve julgamentos? – fui direto.

Josh se manteve imparcial ao meu questionamento, é como se a situação em modo geral não o preocupasse em absolutamente nada.

- Eu não sei te informar isso. Acredito que eles não tenham tido provas o suficiente, esse tem sido o grande motivo para vários julgamentos não irem para a frente. – ele encosta totalmente em sua cadeira e mantém seu olhar fixo no meu.

- Isso é teoricamente impossível, Josh. Não me leve a mal, mas eu tive acesso aos documentos desses casos e tudo o que eles mais tem são provas contra você. O que me leva a crer que ou o delegado que está investigando esses casos está ignorando todos os detalhes, ou você está subornando alguém para impedir que isso vá para frente. – percebo que sua expressão endurece levemente. Ele não se permitiria ficar bravo apenas por isso, mas sei que as minhas suposições o incomodam.

- Bem, agente. Não sei o que está supondo, mas isso é uma acusação severa e séria. Acho que você sabe bem que isso não é nada legal e que posso processá-lo por isso. - ele diz mais ácido. E nesse instante eu posso ver a sua máscara se desfazer, Josh não é tão simpático e educado assim, ninguém é!

- Eu não estou lhe acusando de nada, me desculpe se foi o que pareceu. – digo tentando soar sincero. Josh é dissimulado, acho que dois podem jogar esse jogo. – O que estou dizendo é que é no mínima estranho, você não acha?

- Eu não entendo nada sobre esses assuntos, acredito que eles devem saber que eu não faria mal a nenhuma daquelas garotas.

- Claro.

- Isso é sobre a Spencer, policial?

O olho sem entender e minha feição confusa fica bem nítida para ele, já que ele continua, me explicando o que quis dizer.

- Eu me lembro de como você se comportou estranhamente quando me encontrou com ela dentro da sala de visitas da prisão. – ele segurou o seu queixo. – Naquele dia eu já achei bem estranho um policial estar tão preocupado com uma simples detenta, mas agora, agora tudo está muito claro para mim.

- O que está querendo dizer? – mantenho minha feição serena e cruzo os meus braços.

- Estou querendo dizer que você gosta dela.

Engulo seco. Por que as pessoas ainda continuam falando isso? Qual é o problema de todos afinal? Eu não sinto nada pela Spencer.

Solto uma risada e nego com a cabeça.

- Ok, Josh. Agora você foi longe demais.

Seus olhos me fuzilavam e pude ver quando sua expressão ficou mais suave e ele soltou uma risada.

- É verdade. Não tem nada a ver. – ele diz divertido.

- Eu particularmente não sei qual é o seu envolvimento nisso tudo, Josh. Mas sei que existe algum e eu vou descobrir.

- Não há o que descobrir, agente. Sinto muito! Eu sei que você quer que sua donzela seja inocentada, mas aceite, ela é uma assassina. Não se deixe enganar por aquele belo rosto.

Fecho o meu punho com força e sinto uma raiva fora do normal, mas disfarço. Não posso me mostrar alterado perto do Josh, isso só vai fazer ele ganhar força contra mim.

- É isso que vamos descobrir. – me levanto, vendo ele se levantar também. – Obrigado por me receber, Josh. – estico a minha mão em sua direção, sentindo ele a apertar.

- Foi um prazer!

- Durante esses dias evite fazer viagens, preciso te achar facilmente caso necessário!

- Como quiser.

Viro as minhas costas e saio de sua sala. Não consegui tirar nenhuma informação dele, mas agora tenho mais certeza que existe algo de muito errado em toda essa história. Assim que chego a onde o elevador estava, percebo que tem uma garota sentada em um sofá em um canto, ela não me parece estranha sinto que a conheço de algum lugar, mas de onde?

- Josh, está pronto para te receber. – a mulher que me levou até ele disse a menina sentada no sofá.

Ela ergueu a cabeça e sorriu, se levantando. Me lembrei! É a repórter que entrevistou o Josh, o que raios essa garota está fazendo aqui? Na verdade, já posso supor. Ela segue perfeitamente o padrão e está com cara da próxima vítima. Mal posso acreditar que o Josh seria tão burro de tirar a vida dessa garota, é quase como um tiro no próprio pé.

Seguro em seu braço fracamente, impedindo que ela se afaste. Seus olhos azuis se encontram com os meus, percebo uma confusão gigantesca neles. Ela não está entendendo nada.

- Desculpe, eu te conheço? – ela franze o cenho.

- Não. Mas preciso que venha comigo.

Ela me encara como se eu tivesse contado a maior piada de todos os tempos.

- O quê? Por que eu iria com você?

Percebo que a outra mulher acaba de notar que quem deveria estar te acompanhando até a sala do Josh, não está. Ela olha para trás, para onde nós estamos e começa a dar passos rápidos em nossa direção.

- Preciso que venha comigo, é sobre uma investigação. – retiro o meu distintivo e mostro para a repórter.

- Mas eu tenho que...- ela aponta em direção ao corredor que leva até a sala do Josh.

- Eu sei. Mas isso pode ficar para outra hora. Por favor, me acompanhe.

- Ei, Josh já está esperando por você. – a mulher chega até nós e seu sorriso já não parece tão amistoso como antes.

- Eu não vou poder ir até lá agora, avise para ele que eu volto em um outro momento.

Dou passos rápidos até o elevador sendo acompanhado pela repórter, a empregada do Josh fica apenas nos observando em silêncio, até a porta se fechar e me privar do desgosto de encarar aquela garota por mais tempo.

- Que investigação é essa? – ela pergunta e me olha de soslaio.

- Não posso te dar muitos detalhes agora.

A porta do elevador se abre e eu sou rápido em sair dali, ouvindo os passos da repórter atrás de mim. Saímos do prédio juntos.

- Espera! Você me tirou de lá por causa de uma investigação, e não vai me dizer absolutamente nada sobre ela? – ela parou na minha frente. Impedindo que eu dê um passo sequer.

- Eu só preciso que você me escute, fique longe do Josh! – ordeno seriamente a olhando nos olhos.

- O quê? Por quê?

- Eu não posso te explicar agora, mas acredite quando eu digo que ele é mais perigoso do que parece. Fique longe! Ok?

Ela concorda com a cabeça e percebo uma tensão tomar conta do seu corpo.

- Se precisar de algo, me ligue nesse número. – retiro um cartão do bolso e entrego para ela, que pega prontamente.

- Ok, obrigada! – ela acena e se afasta de mim em passos lentos. Tenho até medo de saber o está atormentando a sua cabeça, mas contanto que ela fique longe do Josh para mim está ótimo. Ele já tirou muitas vidas, não posso permitir que ela seja mais uma. Não é justo!

Vou até o meu carro o destravo e entro nele, socando levemente o volante. Esse encontro foi bem diferente do que eu imaginava, esperava conseguir tirar mais informações do Josh, mas não, ele é mais esperto do que eu sequer pude pensar. O que é estranho já que todos os assassinatos foram cometidos de forma burra, justamente por isso que tem tantas provas contra ele. No fundo ele sabe que pode se safar de tudo isso se quiser, Josh sabe que pode usar o seu dinheiro para o que bem entender. Mas farei o possível para isso acabar, ele não vai continuar se livrando disso. Não posso permitir!

(...)

Paro o carro em frente a penitenciária e espero o enorme portão se abrir, passo por ele com meu carro e paro em minha vaga. Saio do veiculo e o travo, caminhando em passos lentos até a entrada. O local estava gelado, poderia dizer que estava mais frio ali dentro do que lá fora, o que é assustador. Passo por alguns policiais até chegar na minha sala, entro nela e rapidamente me sento em minha cadeira. Ligo o aquecedor do local e retiro o meu paletó.

Aperto um botão em meu telefone e o coloco na orelha.

- Bieber? – ouço a voz suave.

- Preciso que peça para algum policial trazer a Spencer até a minha sala agora.

- Tudo bem.

Coloco o aparelho no gancho, apoio os meus dois cotovelos na mesa tampando o meu rosto com as mãos. O dia mal havia começado e eu já estava cansado, preciso achar caminhos para chegar até o Josh, preciso achar alguma brecha para pegá-lo. Mas como? Já posso sentir que as coisas serão bem mais complexas do que eu imaginava. Josh está acostumado a escapar de tudo o que faz, está acostumado a ter o dinheiro limpando todas as suas merdas. Eu gostaria que as coisas fossem diferentes e gostaria de poder dizer que a justiça sempre funciona, mas infelizmente as coisas são bem contrárias a isso. Chega a ser triste isso, saber que existem pessoas por ai, carregando cargos importantes e passando pano para verdadeiros bandidos apenas por dinheiro.

Quando eu decidi ser policial eu queria poder contribuir para que a justiça fosse feita, seria bom se todos pensassem da mesma forma. Seria bom que pessoas como o Josh estivessem pagando por todo o mal que fizeram, mas a realidade é outra. A maioria escapa. Ouço a porta se abrir e a minha atenção vai para a policial entrando com a Spencer, ela solta a algema da morena e acena rapidamente com a cabeça.

- Obrigado. – agradeço antes dela fechar a porta totalmente.

Spencer parecia bem abatida, desde o dia que o Josh veio até aqui ela está desse jeito. O seu comportamento me preocupa, mas sei que as coisas irão melhorar.

- Quer falar comigo? – ela pergunta baixo.

- Sim. Se sente!



Notas Finais


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