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História Wronged - O inferno só está começando


Escrita por: Dassa_C0

Notas do Autor


Boa leitura, amores! ❤️

Capítulo 21 - O inferno só está começando


Fanfic / Fanfiction Wronged - O inferno só está começando

P.O.V Spencer Roberts

Apartamento Bieber – 5h00 P.M – Seattle.

 - Talvez você não devesse esquentar tanto a cabeça com isso. Tenho absoluta certeza que ele não fez por mal, Justin não faria nada que te magoasse propositalmente. – ouço a Michele dizer enquanto mexo na comida em meu prato.

Justin tinha pedido para ela vir até aqui para me fazer companhia já que ele ficaria preso no trabalho por mais tempo do que estava esperando. Eu entendo que ele não tem controle algum sobre isso, que ele é contratado e tem que seguir ordens. Mas isso não impede que eu me sinta estranha sobre isso. Justin está fazendo o que pode para que eu não me sinta sozinha e desconfortável em toda essa situação, mas acredito que todo o seu esforço não está tendo tantos resultados como o esperado, já que eu me sinto sozinha na boa parte do tempo. E não tem o que eu possa fazer a respeito disso, nesses primeiros dias é melhor que eu nem saía, não sozinha. Resumindo, a minha vida se baseia nisso, em ficar no apartamento do Justin, sem o Justin. Isso é mais solitário do que eu imaginei que seria.

- Só é complicado, Michele. Ele é a única companhia que era para mim ter, e eu não tenho! Sobre o serviço eu sei que não há nada que possa ser feito, mas e sobre ontem à noite? Ele disse que viria e que assistiríamos um filme. É bobeira esquentar a cabeça com isso eu sei. – suspiro. – Mas não posso evitar. Ficar trancada aqui sozinha é muito ruim, eu não me sinto em casa. Sinto que estou em um lugar que não deveria estar, como se fosse um peso para ele. – desabafo e largo o garfo que segurava, perdendo totalmente o apetite. Chegar a essa conclusão é pior do que eu imaginei, é assim mesmo que eu me sinto? No fundo eu sei que é, não teria dito se não fosse. Em algum momento eu devo ter pensado nisso, só não dei tanta importância. Ignorei.

Michele me olha com cuidado e umedece os lábios.

- Não diga isso! Justin me pediu para vir aqui hoje porque ele não podia estar presente, você tem noção disso? Ele se preocupa de verdade com você, e de forma alguma você será um peso para ele, Spencer! – ela estica o braço e segura a minha mão que está apoiada na bancada, a apertando. – Ele só não está conseguindo administrar isso da forma certa, mas ele se importa de verdade contigo. Você estando aqui ou não, não muda esse fato. Não duvide disso!

Dou um sorriso sem mostrar os dentes e assinto.

- Eu não duvido disso. Só não queria que ele tivesse que esquentar a cabeça dele com isso, se eu vou estar sozinha ou não, não queria que ele precisasse ter esse tipo de preocupação.

- Mas isso você não pode controlar, entende isso? – a olho com atenção. – Ele decidiu se preocupar, Spencer. Apenas aceita! – ela pisca e sorri. – Ele vai continuar se preocupando, você querendo ou não.

- Eu sei disso. – respiro fundo.

- Eu sei que é uma merda ficar sozinha aqui, sem poder sair. Mas logo isso vai mudar!

- É realmente uma merda. – solto uma risada nervosa. – Estou acostumada a ter uma vida agitada, que eu só vou para casa no fim do dia para dormir. É um saco ficar o dia inteiro sem fazer absolutamente nada, olhando para o teto. Sinto falta da agitação que eu tinha antes.

- Tudo isso é temporário. – ela garante. – Que tal assistirmos um filme?

- Acho uma boa! – digo animada, pronta para levantar mas a mão da Michele me impede.

- Você não vai terminar de comer?

Meus olhos vão para o meu prato com a comida intacta, eu particularmente não estou com nem um pouco de fome para comer isso agora.

- Agora não. Vou guardar para quando der fome. – pego o prato, o tampo com a primeira tampa que encontro e guardo na geladeira, Michele observa cada passo que eu dou. Quando me viro para ela seus olhos estão presos em mim. – Vamos ir assistir o filme?

- Você tem se alimentado direito, Spencer? – seus olhos estão presos em mim.

- Sim, por quê? – franzo o cenho, não entendendo muito bem a sua pergunta.

- Por nada, só me bateu essa curiosidade. Você precisa se cuidar.

- Eu sei disso, Michele. Não se preocupe! – ela concorda com a cabeça.

- Vamos ir assistir o filme. – ela levanta e vai para a sala, se jogando no sofá.

Vou até ela e me jogo ao seu lado.

- Você saiu do serviço mais cedo por minha causa? – pergunto o que estava martelando em minha mente desde o momento que ela pisou aqui.

- Não. – ela responde na lata. – Hoje o dia estava parado, e quando isso acontece eu costumo sair mais cedo.

Por mais que eu não acredite no que ela fala, resolvo não rebater. Apenas aceno com a cabeça e desvio os olhos dela. Michele nunca tem um dia parado, ela é daquele tipo que se deixar ela passa a noite toda no serviço. Ela é realmente muito dedicada ao trabalho e faz o que pode e até o que não pode para que as coisas saíam conforme ela quer. É muito difícil acreditar que ela saiu mais cedo apenas porque o dia estava parado, não é assim que as coisas funcionam, não pra ela. Em outra situação ela faria o possível e o impossível para tornar o seu dia produtivo, não iria simplesmente pegar suas coisas e ir embora. Isso não faz o perfil da Michele, não mesmo.

Coloco o filme e me ajeito no sofá, tinhamos optado por um suspense.

(...)

Michele começou a receber algumas ligações quase no fim do filme, vi que ela ignorou todas as chamadas e tentou agir como se fosse algo sem importância. Mas quando o filme acabou e o celular tocou novamente ela decidiu atender.

- Eu vou atender, tudo bem? – ela aponta para o celular.

- Claro que tudo bem, parece ser importante.

Ela levanta do sofá e se afasta um pouco, atendendo o celular.

- Eu estou no meio de algo, não posso ir agora. – ela diz baixo, aparentemente não quer que eu ouça. – Tudo bem eu entendo, mas eu disse que não poderia ficar até mais tarde. – ela bufa. – Podemos ver isso amanhã, chego mais cedo. – pausa. – Vocês não conseguem resolver nada sem mim? Que merda! – ela parece irritada. – Tá bom, estou indo!

Ela finaliza a ligação e vem em passos lentos até mim.

- Você vai precisar ir, já sei. - digo antes que ela possa começar a falar e sorrio sem mostrar os dentes.

- Eu sinto muito, Spencer. Eles precisam de mim, parece que surgiu novas peças em um dos casos e o julgamento é essa semana. – ela disse tudo de uma vez. Parece verdadeiramente preocupada com a minha reação.

- Michele, tudo bem, sério! É o seu serviço, você não tem culpa.

- Eu sei que não. – ela bufa e passa a mão pelo o rosto. – Mas eu queria ficar aqui te fazendo companhia, não queria ter que sair assim.

- Eu sei que não, mas o dever te chama. – abro um pequeno sorriso apenas para confortá-la.

- Essa semana eu volto, tudo bem?

- Tudo bem. – sorrio e levanto do sofá. – Não precisa se preocupar com isso.

Caminhamos até o elevador e ela aperta o botão para abrir a porta, que abre na mesma hora.

- Qualquer coisa me manda mensagem, ok? – ela aponta o dedo indicador na minha direção e me encara seriamente, é quase como uma ordem.

- Sim senhora. – brinco, arrancando uma risada dela.

Michele me abraça, eu retribuo. Ela entra no elevador e vira de frente para mim.

- Você vai ficar bem? – o olhar dela muda para preocupação em questão de segundos.

- Vou, Michele. Fica tranquila! Vá trabalhar em paz, qualquer coisa eu te ligo. – digo com convicção, como se realmente fosse ligar caso algo aconteça, eu não ligaria.

Ela aperta o botão dentro do elevador e antes que a porta se feche totalmente eu dou um sorriso pra ela e aceno, ela faz o mesmo. Assim que as portas estão fechadas eu respiro fundo e tiro o sorriso do rosto.

Olho em volta, parece que estou sozinha novamente nesse apartamento gigante. Vou até a cozinha e limpo toda a sujeira que eu e a Michele fizemos ali. Depois de tudo limpo, vou até o meu quarto e procuro por minhas roupas, já que não tenho nada de muito interessante pra fazer tomarei um banho, escolho uma roupa mais confortável e levo ela junto comigo para o banheiro, tranco a porta me livro da roupa que uso e liga o registro, checando se a água está quente o suficiente. Quando percebo que está bem quentinha, entro de uma vez debaixo do chuveiro. Fecho os meus olhos e passo a mão pelo o rosto retirando um pouco da água dele.

Automaticamente a minha conversa com a Melanie ontem vem a minha mente, fico me perguntando o porquê dela ter sido tão áspera comigo na primeira vez que nos vimos e o que fez ela mudar sua visão. Seja o que for, eu fico feliz que vamos pelo menos conviver em paz já que seria bem chato se o clima ficasse ruim entre nós. Ela é uma das amigas mais íntimas do Justin e eu estou morando aqui, consequentemente íamos acabar nos vendo bastante. É melhor que a gente consiga ser pelo menos educadas uma com a outra, não sei se pode sair uma amizade disso, seria legal se rolasse mas nesse momento acho um pouco improvável. Já o Collin, a chance dele se tornar alguém importante para mim é gigantesca. É bizarro o quanto ele acredita na minha inocência e no quanto está disposto a me ajudar, senti isso desde o dia que estava sendo interrogada pelo Justin e ele fez questão de me perguntar algumas coisas. Collin desde sempre achou que eu não seria a culpada, acho que ele nunca engoliu toda essa história. E fico feliz por isso, por ver que tem gente disposta a comprar a minha briga, mesmo que não tenha nada a ver com a situação em que eu me enfiei. É nesses momentos que tenho a plena certeza que ainda existem pessoas que valem a pena, pessoas que tem o coração bom e que estão dispostas a ajudar o outro, isso é ter empatia! Justin e Collin poderiam simplesmente deixar isso quieto e me manter na cadeia por esse crime, seria a coisa mais fácil a se fazer. Já que o caso se deu por encerrado e eles foram considerados os heróis por terem colocado a suposta assassina na cadeia. Não precisava mais mexer com isso, era só me deixar apodrecer lá e já era, logo esse caso viraria só mais um. Mas não, eles se interessaram em saber a minha versão de verdade e acreditaram nela, coisa que não aconteceu inicialmente, não com o Justin.

Desligo o registro e me estico para pegar uma toalha, assim que a pego me embrulho nela e me enxugo rapidamente. Me visto ali no banheiro mesmo, volto para o quarto e me jogo na enorme cama de casal. Pego o notebook que está em cima do criado mudo e começo a fazer algumas pesquisas sobre escritórios de advocacia que podem estar contratando. As vezes me pergunto se depois que eu for inocentada conseguirei um serviço na minha área novamente, detesto pensar sobre isso porque a minha conclusão sobre o assunto nunca é boa; a sociedade não costuma ser boa com pessoas que já foram presas, sejam elas culpadas ou não. É realmente difícil encontrar quem esteja disposto a dar uma oportunidade para um ex detento, ainda mais no meu caso que teve repercussão por todo o país e envolve pessoas com influência. Algo me diz que talvez eu nunca mais trabalhe como uma advogada, é péssimo pensar dessa forma. E até parece negatividade, mas é a realidade. Quem iria querer ligar o nome do seu escritório com uma advogada que foi presa acusada de matar a melhor amiga? Talvez eu tenha que começar a pensar na hipótese de ter que abrir meu próprio escritório, mas ai vem outra questão, quais clientes iriam querer seu casos resolvidos por mim? Meu deus que situação! Será que existe alguma chance disso funcionar? Será que existe alguma chance da minha vida voltar a ser como era antes? Sinto que perdi toda a minha credibilidade, lutei por anos para conquistar a carreira dos meus sonhos e perdi tudo em questão de minutos. Isso é frustrante!

Ouço passos no corredor e automaticamente olho para a porta do meu quarto, posso ver a sombra de alguém por debaixo dela. A pessoa fica ali por alguns segundos até que eu possa ouvir uma batida leve na porta, só pode ser o Justin.

- Pode entrar. – falo alto e engulo seco.

A porta se abre lentamente e por ela passa um Justin com a mesma roupa social que ele costuma usar no serviço.

- Oi. – ele diz meio sem jeito e passa as mãos pelo o cabelo, bagunçando alguns fios.

- Oi. – tento soar simpática, mesmo que esteja desconfortável com toda essa situação.

Ontem eu mal tinha visto ele já que ele saiu com os amigos e quando voltou eu já devia estar no meu vigésimo sono, já que não ouvi absolutamente nada. Hoje pela manhã quando eu levantei ele já estava fora de casa.

- Me desculpa por ontem e por hoje! – ele diz sem me olhar. Parece tenso.

- Está tudo bem.

- Mesmo? – seus olhos vem em minha direção.

- Mesmo. – sorrio fraco.

- Que ótimo porque tenho um convite para te fazer. – ele disse animado e abriu um sorriso enorme. – Para te compensar por todos os meus vacilos.

- Sério? E que convite seria esse? – arqueio a sobrancelha e cruzo os meus braços.

- Vou te levar para dar uma volta.

- Eu não disse que vou.

- Você não vai? – seu semblante fica um pouco abatido por alguns segundos.

- Já que faz tanta questão. – dou de ombros e abro um sorriso quando vejo ele sorrir.

- Se arrume então que já vamos sair.

- Pra onde nós vamos?

- Vamos jantar.

- Tá bom.

- Vou me arrumar, até daqui a pouco. – ele dá uma piscada e sai do quarto, fechando a porta.

Rapidamente levanto da minha cama e vou até as minhas coisas, escolhendo uma roupa apropriada para um jantar. Por incrível que pareça esse convite me animou, não sei se é porque eu finalmente vou sair um pouco desse lugar e respirar um ar puro ou se é porque vou sair com o Justin. O melhor para mim é que seja a primeira opção.

Me visto, arrumo o meu cabelo e faço uma maquiagem bem leve. Gosto do que vejo no espelho. Saio do quarto e fico esperando o Justin na sala, ele não demora a aparecer.

- Você está linda! – ele diz e coloca as duas mãos no bolso da calça.

- Muito obrigada, você também está! – elogio sincera.

Vamos juntos para o elevador e o clima fica um pouco estranho entre nós, era como se quiséssemos dizer algo mas os dois não soubessem ao certo o que falar. Assim que chegamos ao hall do prédio nos direcionamos a outro elevador, entramos nele e logo estamos na garagem. Os nossos passos até o carro são rápidos, Justin destrava e eu sou rápida em me sentar no passageiro, já colocando meu cinto. Vendo o Justin fazer o mesmo.

- Espero que goste do restaurante que eu escolhi. – ele comenta enquanto manobra o carro.

- Com toda a certeza eu vou gostar. Você só não precisava ter tido esse trabalho comigo.

- Não precisava? Eu te deixei na mão duas vezes em dois dias seguidos. – por mais que ele tente dizer isso de uma forma divertida, eu posso sentir o arrependimento na sua voz.

- Eu confesso que fiquei chateada, mas eu entendo o seu lado. Eu pedi que não deixasse de viver a sua vida por mim, e fico feliz que tenha seguido o pedido.

- Mas eu tinha prometido que iria ver o filme com você.

- É, mas acabou esquecendo. – olhei para a janela do meu lado, vendo Seattle passar rapidamente por ela.

- Sim e não.

Olho para ele imediatamente, que resposta é essa?

- Como assim? – franzo o meu cenho.

- Depois eu te explico, nós chegamos! – ele olha para frente com os olhos brilhando e com um sorriso bonito, seu rosto é iluminado por algumas luzes que estão próximas e ele consegue ficar ainda mais lindo do que já é. Desvio os meus olhos para onde ele olha e posso ver o restaurante muito bem iluminado a nossa frente, o lugar é realmente encantador. Justin para o carro em frente ao local e um manobrista é rápido em vir até a sua porta, e a abrir antes que ele pense nisso. Soltamos o nosso cinto e saímos do veículo, vendo o carro se afastar de nós rapidamente.

- Vamos? – Justin coloca sua mão levemente nas minhas costas, como se me incentivasse a andar. Eu estava encantada demais com o que estava vendo para me mover, mas quando senti sua mão me empurrando de leve eu fui inconscientemente. Assim que entramos no restaurante eu me surpreendi com a beleza e delicadeza do lugar, as paredes eram em um tom vinho, o que deixava o lugar bem aconchegante. Uma moça muito bem vestida e educada parou na nossa frente.

- Vocês reservaram uma mesa? – ela pergunta educadamente com um sorriso simpático nos lábios.

- Sim. Está no nome de Justin Bieber. – Justin fala e ela prontamente checa a informação no iPad que está em sua mão.

- Sr. Bieber, a sua mesa já está pronta no seu aguardo. Podem por favor me acompanhar? – ela diz e se vira, começando a ir em direção a nossa mesa, vamos andando atrás dela. Posso ver os lustres luxuosos que tem no local, são lindos mas devem custar uma fortuna.

O restaurante não está tão cheio mas também não está vazio.

A moça para em frente a uma mesa de dois lugares e dá espaço para que eu e o Justin nos sente.

- Bom apetite para vocês! – ela deseja e sai andando.

Um garçom surge ali e entrega um cardápio para mim e outro para o Justin.

- Assim que escolherem podem me chamar. – ele diz gentil e se afasta.

Abro o cardápio e de cara já sei o que vou pedir, o fecho e coloco sobre a mesa, atraindo a curiosidade do Justin que me encara por cima do cardápio que está em sua mão.

- Mas já? – ele questiona.

- Sim. – digo com segurança.

Fico algum tempo só observando as pessoas comendo e prestando a atenção nos detalhes do lugar. Quando o Justin enfim se decide o garçom volta a nossa mesa e fazemos o nosso pedido. Assim que ele se afasta eu encaro o Justin.

- Quero que me explique melhor aquela sua resposta confusa do carro. – peço e apoio os dois cotovelos na mesa, apoiando a minha cabeça em minhas mãos.

- Sobre o sim e não? – ele pergunta.

- Isso!

Percebo que ele se mexe de uma forma desconfortável em sua cadeira.

- Eu não esqueci do combinado quando marquei de sair com o pessoal do trabalho.

Ok, talvez isso tenha me pego um pouco de surpresa.

- Não? Então você me deu um bolo de propósito?

Justin nega com a cabeça e suspira.

- Falando desse jeito parece ruim, mas não é! Eu só queria evitar que tivéssemos mais momentos constrangedores, depois do beijo o clima ficou estranho entre nós. Não queria que se sentisse desconfortável.

- Então você optou por sair com os seus amigos para me evitar?

- De certa forma sim.

- Seria mais fácil se você tivesse chego em mim e dito isso, Justin. Teria evitado muita coisa.

- Agora eu sei disso. Por isso resolvi que te chamar para jantar, não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente.

- Eu também não quero isso.

O garçom vem com os nossos pedidos, assim que vejo a minha comida o meu estômago ronca. Comemos toda a refeição em silêncio.

- Quer pedir alguma sobremesa? – Justin pergunta.

- Não, estou bem.

- Que tal assistirmos um filme quando chegarmos em casa?

- Acho uma boa! – falo animada.

- Então podemos ir?

- Só vou ao banheiro antes. – aviso e me levanto.

- Tudo bem, enquanto isso eu acerto a conta.

Concordo com a cabeça e caminho até o banheiro, assim que entro nele percebo que sou a única ali. Faço o que preciso fazer e vou lavar as minhas mãos, enquanto meus olhos estão atentos nas minhas mãos percebo que algo se move no espelho. Quando ergo a cabeça para ver me deparo com uma mulher loira, o cabelo tampa o seu rosto e ela permanece parada atrás de mim. Sinto meu coração disparar, minhas mãos começam a tremer. Viro de frente para ela.

- Precisa de ajuda? – pergunto com a voz trêmula.

- Seu tempo está acabando! – ela diz com uma voz forçada.

Me afasto dela e saio do banheiro em passos rápidos, olhando para trás o tempo inteiro para ter a certeza de que ela não está me seguindo. Procuro o Justin pelo restaurante com um certo desespero e logo o vejo encostado em uma parede mexendo em seu celular. Dou passos rápidos até ele e assim que paro em sua frente seus olhos vem em minha direção, seu olhar muda para preocupação na hora.

- Spencer, o que aconteceu? Você está pálida!

- Só me leva pra casa. – mordo o lábio para não chorar.

Parece que o inferno só está começando.



Notas Finais


Comentem!! ❤️


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