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História X-men a série animada - Verdades e mentiras


Escrita por: vanessa-clara

Notas do Autor


Se der tempo eu posto mais amanhã. Boa leitura.

Capítulo 52 - Verdades e mentiras


 

Quase duas semanas depois de ter acordado do coma, Vampira teve alta e se mudou para seu quarto. Aparentemente, ela queria muito voltar a dormir em seu quarto e ter as coisas familiares por perto. Seus almanaques com as fotos dos colegas da equipe x, álbuns de fotografias e pequenos objetos que lhe faziam lembrar do Gambit.

Jean lhe mostrou algumas fotos preliminares em que ele estava presente. O que chamou muita a atenção de Vampira, foi uma das fotos em que ele estava sentado ao lado dela em um imenso gramado verde. Jean explicou-lhe que aquele foi um dia de piquenique com o pessoal da mansão.

Aquela foto havia sido revelada em tamanho grande para ela, enquanto ela permanecia internada na enfermaria. Tempestade havia colocado em um porta retrato em cima da cômoda do quarto de Vampira, para que ela tivesse o privilégio de olhar para a foto quando voltasse a dormir em seu quarto. Talvez isso a ajudasse a se lembrar dele.

Estavam sentadas lado a lado Vampira e Betsy no sofá da sala, enquanto ela observava as fotos em que Gambit estava presente.

Tempestade se aproximou com mais algumas fotos de família, ela, assim como todos, esperava que ao ver aquelas fotos pudesse lhe devolver mais algumas daquelas memórias episódicas, e também fizesse com que ela pudesse se lembrar de alguns outros detalhes. Ela se reconheceu em todas as fotos e reconheceu todos da equipe, mas aquilo foi tudo. Ela ainda não tinha qualquer conexão ou lembranças do Gambit... e Tempestade percebeu seu desânimo, parecia não ter qualquer vontade de criar uma.

Tempestade lançou um olhar para Betsy, pedindo que ela a deixa-se sozinha com Vampira. Betsy entendeu e se levantou do sofá.

Betsy:- Bom... eu acho que vou fazer um lanchinho... – Ela disse olhando para Tempestade. – Vocês querem?

Vampira:- Não, obrigada.

Tempestade:- Já fiz um lanche, obrigada Betsy.

Betsy sorriu e se retirou.

Tempestade se aproximou em passos lentos e se sentou ao lado de Vampira.

Tempestade:- Sei que você está passando por uma fase difícil querida. – Ela disse, retirando o álbum das mãos dela e fechando-o com delicadeza. – Mas eu te garanto que é apenas uma questão de tempo... nada sério.

Vampira:- O que... o que aconteceu realmente enquanto eu estava em coma?

Tempestade:- Do que você está falando, querida?

Vampira se mexeu no sofá, com ar de decepção. Repetiu a pergunta, tentando manter a voz calma e uniforme.

Vampira:- Quero saber a verdade, Tempestade... o que aconteceu quando eu estava em coma? Me conte. Não é justo que eu não saiba.

A diversão havia desaparecido de sua voz, mas Vampira pode ver que sua súplica a tinha convencido a lhe contar.

Tempestade:- Eu já disse... creio que ouve um problema sério na família do Gambit e infelizmente ele teve que partir para Nova Orleans.

Vampira:- Isso não foi o que eu descobrir. – Ela disse erguendo-se do sofá. – Sem dúvida você não havia pensando em mencionar o fato de que ele me abandonou, apesar de ter tido a oportunidade quando te perguntei quem era Gambit. – Ela parecia nervosa. – Fale a verdade... ele me abandonou? Por quê? O que aconteceu?

Tempestade passou a mão pelos cabelos, se levantou e andou até a janela procurando uma resposta para dar.

Tempestade:- Não posso dizer.

Vampira:- Não seja boba, é claro que pode me dizer. – Tentou persuadi-la. – Não vou permitir que me engane, só quero a verdade.

Tempestade:- Vampira eu não sei o motivo dele ter ido embora.

Aquilo era de fato muito estranho. Como era possível que Tempestade não soubesse os detalhes de algo que devia ser investigado? Elas sempre dividiam tudo. É claro que ele deve ter dado uma explicação a ela... mas ela não queria falar.

Tempestade:- Eu tentei arrancar explicações dele, mas ele se recusou a dar.

Vampira:- Ele estava cansado de ficar comigo, não é mesmo? – Perguntou com a voz triste.

Tempestade:- Eu não sei, Vampira... quem te disse isso?

Vampira:- Não importa quem... você não quer me dizer a verdade.

Vampira estava se esforçando para não chorar. Ela nunca chorava, nem de emoção se pudesse evitar.

Vampira e Tempestade se encaravam e não viram a porta da sala se abrir.

Emma:- Tem razão, sabe. – Disse Emma adentrando a sala com uma revista na mão. – Vejam só isso. – Ela então arremessou a revista em cima do centro.

Demorou alguns segundos para que Vampira reconhecesse a figura estampada em uma das páginas da revista de celebridades. Gambit e uma mulher loira abraçados. Ver aquela foto doeu em Vampira.

Emma:- O Francês vai se casar, vejam, está em todas as revistas de celebridades francesas. – Ela gargalhou, pegou novamente a revista e leu. – Remy Lebeau, filho de uma das figuras mais privilegiadas e importantes do bairro nobre de Nova Orleans vai se casar com Candra, uma moça muito rica e da alta sociedade Francesa.

Nem Vampira nem Tempestade conseguiram dizer nada. Vampira estava em choque, não conseguia nem piscar, muito menos sair do lugar. Sua visão estava borrada por lágrimas que ela nem sabia que derramava. Seu coração se partiu em tantos pedaços que chegava a doer fisicamente.

Vampira saiu correndo dali e Tempestade lançou um olhar de ódio para Emma.

Emma:- O que deu nela?

Tempestade:- SUA CADELA MALDITA. – Ela empurrou Emma e saiu atrás de Vampira.

Tempestade conseguiu alcança-la  no jardim e a segurou pelo braço.

Tempestade:- Vampira!

Vampira:- Como ele pôde? – Ela conseguiu balbuciar. – Como ele... como ele teve coragem, Tempestade?

A voz dela era apenas um sussurro, embora sua vontade fosse de gritar aos quatro cantos do mundo.

Tempestade:- Ele teve seus motivos, você precisa se acalmar. – Tempestade a levantou do chão. – Não torne as coisas piores, já foi ruim o suficiente.

Vampira:- Ele teve os motivos dele? – Vampira examinou o rosto dela, fixando finalmente um olhar claro em sua amiga. E o que ela viu ali a fez ter outra enxurrada de emoções: carinho, pena e remorso. Ela sabia. – Você sabia?

Os olhos de Tempestade a entregaram, ela parou de olhar para Vampira.

Tempestade:- O que você queria que eu fizesse? – Levantou o olhar exasperada. – Fala?

Uma onda de fúria se esgueirou para fora dela com toda força.

Vampira:- Queria que, como minha amiga, você tivesse me contado. QUERIA QUE VOCÊ NÃO TIVESSE ME DEIXADO PASSAR POR ESSA HUMILHAÇÃO! – Gritou a plenos pulmões.

Tempestade:- A culpa por ele estar com outra não é minha, Vampira.

E não era. Vampira sabia que ela estava chateada, mas nada justificava a omissão.

Vampira:- Não, realmente não é sua, Tempestade. Mas você também é culpada do que estou sentindo e passando agora. Eu não precisava ter descoberto isso enquanto vocês tentavam fazer eu me lembrar dele me mostrando fotos, álbuns e coisas. Eu não precisava ter passado por isso, vocês tinham o dever de ter me protegido. – Ela deu as costas para aquela mulher que ela não conhecia mais.

Vampira precisava ir embora dali. Precisava ir para longe. Ela precisava fugir. De novo. Ela procurou seu carro e demorou alguns segundos para ver que ele não estava ali. Claro, Bobby deveria ter levado todos para o lava a jato.

Ela então saiu voando, determinada a ir para bem longe dali. Para onde ela iria era outra história.

Aqui vai um segredo sobre ela: Vampira tinha uma hábil experiência em fugir de tudo e de qualquer coisa com uma eficiência impressionante. Não era preciso que alguém a magoasse duas vezes para que ela aprendesse a lição, até porque ela não iria mesmo estar lá para dar essa chance a quem quer que seja.

Não pensem que ela é incapaz de perdoar, não é isso. Vampira sabe perdoar sim, mas isso não quer dizer que ela queira ver ou conviver com quem a machucou. Na verdade, isso era praticamente impossível. Quando partiam seu coração da maneira como ele foi partido naquele dia, não havia volta.

Não demorou nem dez minutos para Logan parar o carro na avenida e destravar a porta para que Vampira entrasse.

Ele ainda foi bom e lhe deu alguns minutos para que ela decidisse se entraria ou não, mas ela notou que ele a observava pelo espelho retrovisor.

Logan:- Entre e vamos conversar, guria! – A profundidade de sua voz a assustou, Logan parecia ter idade para ser seu pai ou avô, apesar da idade ele não tinha cabelos brancos graças aos poderes de cura, mesmo assim muito bonito para a idade bastante jovem.

Vampira:- Me leve para longe daqui, por favor. – Ela estava tão exausta emocionalmente que até falar era cansativo.

Logan dirigiu em silêncio por quase metade do caminho, e foi suficiente para que o mecanismo de auto defesa de Vampira desse as caras. Ela precisava de um tempo sozinha. Os prós e os contras de mudar radicalmente de vida de novo, não chegavam a lhe incomodar.

Mas ela começou a se dedicar exclusivamente a pensar para onde iria... ela tinha poucas opções e nenhuma delas era muito animadora.

Logan:- Não fique tão triste, Vampira. – Disse o Logan, fazendo uma pequena pausa, certamente para saber se ela tinha saco para ouvir. – Vamos lá, o que poderia ser pior do que o Gambit trocar você por uma loira oxigenada? Se não foi, não era pra ser. Afinal de contas, você nem lembra dele e provavelmente não voltara a se lembrar.

Vampira:- Não é isso que me incomoda e sim o fato da Tempestade ter escondido a verdade de mim.

(Engrenagens funcionando) Será que ela fez alguma coisa para aquilo acontecer? Será que ela foi uma péssima namorada?

O Logan seria um ótimo ouvinte, afinal, ele que tinha começado e ela esperava que não se arrependesse.

Vampira:- Será que a culpa é minha? Eu devo ter feito alguma merda que não me lembro para ele me abandonar e me trocar por uma loira azeda, você não acha? Pelo amor de Deus, eu não lembro de nada sobre aquele filho da P...

Logan a cortou.

Logan:- Pelo que sei, o relacionamento de vocês não era nenhum mar de rosas, vocês viviam em pé de guerra devido aos seus poderes entende? – Disse ele, rindo um pouco. Claro, porque rir da desgraça dos outros era sempre divertido.

Logan:- Toma, pega. – Disse entregando a ela um lenço de pano branco. – Não foi culpa sua, Vampira.

Vampira:- Como você pode saber? – Choramingou.

Logan:- Porque eu não perdi a memória assim como você. E somente um Homem sem caráter faria o que o Francês fez a você, e nada do que você pudesse ter feito mudaria quem ele é. Pelo que sei ele já nasceu sem compaixão, Guria, e sequer saber a minha opinião, foi melhor assim. Você não se lembra de nada relacionado a ele, mas Gambit sempre foi um cafajeste, saia com mulheres, chegava no outro dia, te magoava, um verdadeiro FDP. – Ele disse e Vampira arregalou os olhos em sua direção. – Você ainda é nova, é bonita sem estar com o nariz escorrendo e os olhos inchados, e um dia vai achar alguém que não te trocara por ninguém. Ninguém Humano de verdade magoaria e abandonaria uma moça em coma e ainda teria o descaramento de dizer que ela não acordaria mais.

Ao escutar aquelas palavras Vampira voltou a chorar e encharcou o lencinho, esperando que ele não o pedisse de volta.

Vampira:- Eu vou morrer solteira, vou virar uma velha cheia de gatos!

Logan:- Não vai, não. Você não vai, se me prometer uma coisa. – Disse estacionando de frente a mansão x e virando o pescoço para olhá-la nos olhos.

Vampira:- O quê?

Logan:- Nunca se ressinta, nunca desista. Promete?

Vampira:- Sim! – Ela disse enxugando as lágrimas. – Escuta... você sempre foi solteiro?

Logan:- Não, eu já fui casado. Minha esposa morreu faz muitos anos. – Disse sem encará-la. – Porquê, Vampira?

Vampira:- Por nada.

Ela desce do carro e o Logan lhe deu um sorriso e o lenço de presente quando a deixou na porta da mansão e saiu dizendo que tinha  uma missão a cumprir.

Vampira subiu as escadas a passos lentos e quando finalmente se fechou em seu quarto, as lágrimas que abandonou no carro voltaram com força total. Ali tudo era muito conhecido, reconfortante e seu, mas deixaria de ser em breve. Vampira achou que havia chorado mais nas últimas duas horas do que nos últimos cinco anos. Ela chorou agarrada ao travesseiro, só que se deu conta de que não tinha muito tempo a perder. Ela teria uma vida de auto piedade inteirinha pela frente, mas agora teria que ser forte.

                              CONTINUA...


Notas Finais


Eram dois capítulos e eu decidir fundir os dois e transformei em um só. Espero que tenham gostado, pois tem surpresa por ai. Abraços e até amanhã.


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