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História Xeque-Mate - Exposição


Escrita por: ShewantsCamz

Notas do Autor


Heeey! Olá lindas! Como estão?
Demoramos, mas finalmente saiu um capitulo novinho! Queria agradecer a paciência de todos, e por continuarem aqui com a gente. Queria dizer também, que eu amo, AMO, todos os comentários. Vocês me fazem rir muito com cada trecho que comentam. Eu leio absolutamente todos. Eu sei que sou bem desligada com as notificações, por isso me desculpem as pessoas que falam comigo aqui e eu acabo não respondendo. Juro que não é por mal. Quando entro nas mensagens tem umas 83643 de tempos atrás que vou respondendo todo mundo, atrasado, mas respondo!
Enfim, outra coisa importante que eu queria falar. É que bom, nessa fic a Camila é casada com o Christopher Collins, então é natural que ambos tenham demonstrações de carinho. Por isso, mesmo que não gostem, tentem ser pacientes com os héteros kkk Faz parte do enredo!
Para esse capitulo, vamos usar uma musica! É importante que escutem quando for solicitado. Vai dar aquele Up no capitulo! Acho que essa todos vocês conhecem "Do I Wanna Know - Arctic Monkeys" Está disponível na Playlist de inspiração pra fanfic. O link vai estar nas notas finais.
Agora sem mais conversas, vamos ao que realmente importa. Eu espero que gostem bastante! - Evelin.
"Hey galera, depois desse capitulo, leiam a Bíblia, pois a Camila é o satanás" - Larissa R.

Capítulo 9 - Exposição


 

Secret's Point of view.

Pisei mais uma vez no acelerador do carro, que moveu-se poucos metros para frente. O transito em Nova Iorque estava como sempre um caos. A fileira de carros a minha frente, tirava toda e qualquer vontade de cruzar a cidade para visitar meu lugar favorito. Girei o pequeno botão do aparelho de som acoplado no painel de meu carro, ouvindo a musica se estender por todo interior do automóvel. Os ruídos dos carros e reclamações do lado de fora, foram cessando gradativamente com o andar dos veículos. Encostei a testa sobre o volante do carro ao notar a luz vermelha se ascender no semáforo. O som estridente das buzinas a minha volta, me fizeram perceber que o sinal verde já havia sido dado. Levei com o carro até a próxima esquina, parando em uma das melhores cafeterias do bairro. Bem perto de onde sempre costumava ir. A Collin’s Enterprises. Estacionei meu carro na primeira vaga, um Toyota Rav4, bem ao lado da porta de entrada. Olhei por todo interior do veiculo, antes de pegar a mochila preta que estava repousada no banco do carona. Depois de ligar o alarme do carro, caminhei em passos lentos até a entrada da cafeteria. Algumas pessoas que passavam pela entrada soltaram um sorriso gentil, e logo se retiraram. O lugar era sofisticado e aconchegante. Contava com uma decoração retro, com moveis e objetos que hoje em dia pareciam não ter valor, mas ali se enquadravam bem. Segui caminho até a ultima mesa, sentando no banco de frente para todos que todos ali estavam. Larguei a mochila ao meu lado, quando pude perceber a presença de uma das garçonetes bem próxima.

- O que deseja?

Uma moça ruiva, com sardas no rosto perguntou. Ela tinha o bloco de notas e uma pequena caneta azul nas mãos. Levei os olhos ao cardápio, antes de escolher uma das primeiras opções.

- Me veja um expresso duplo.

- Mais alguma coisa?

- Por enquanto não.

A moça terminou de anotar em seu pequeno bloco de notas, e então se retirou. Logo capturei meu notebook, que estava dentro da mochila. Liguei o aparelho que em poucos segundos estava pronto.

- Vamos ver como anda as coisas na Collins Enterprise’s.

Digitei rapidamente a senha para que o computador liberasse o acesso. Cliquei no pequeno atalho do programa utilizado pela empresa de Christopher, abrindo uma pequena janela onde se pedia o login e a senha do funcionário.

- Vamos testar isso.

Antes de fazer qualquer tentativa de entrar no sistema digital da Collins. Tratei de ativar o mascarador de IP. Com as ultimas informações obtidas por mim, alguma espécie de investigação estava sendo feita. E ter meu notebook como referencia, não estava em meus planos. Logo o programa mascarou o IP, dando assim a tranqüilidade para continuar. Voltei à janela inicial da Collins. Digitando o login e a senha utilizada por mim nas ultimas vezes na qual fiz uma pequena visita ao sistema. O primeiro acesso foi rapidamente negado. Tentei mais uma vez, e novamente as letras em vermelho informaram “acesso negado.”

- Droga. – exclamei.

A terceira tentativa bloquearia o login, e instantaneamente uma mensagem de alerta seria enviado à central do sistema. Eu respirei fundo, quando a garçonete ruiva se aproximou.

- Aqui está seu café. – disse ela ao depositar a xícara de café sobre a mesa.

Eu agradeci com um breve sorriso, e logo a moça se retirou. Capturei a alça da xícara, erguendo a mesma na altura de minha boca. Aspirei o aroma que se propagava em meio a fumaça que deixava o liquido quente, antes de bebericar um pequeno gole. Depositei a xícara de volta sobre a mesa de madeira, para voltar minha atenção ao notebook. Apaguei as letras digitadas no login, para tentar com outro. E novamente a tentativa foi falha. Pelo que parecia, o sistema da Collins Enterprise havia bloqueado qualquer tipo de usuário inconstante.

- Porra. Se não entro por bem, será por mal.

Abri o zíper da mochila repousada no banco ao meu lado, capturando o telefone celular. Destravei a tela de bloqueio seguindo diretamente para minha lista de contatos. Em poucos instantes consegui achar o numero e o nome de quem me importava. Depois de três chamadas, a ligação foi atendida.

- Alô?

- Pode falar. – a voz masculina soou do outro lado da linha.

- Eu estou na cafeteria Dom Valetim, e queria saber se está por perto. Estou precisando de seus serviços.

- Não acredito que vai me fazer sair de casa. – murmurou zangado.

- Você quer dinheiro ou não?

Ouvi o suspiro forte pelo telefone, e o barulho como se estivesse se levantando ou caminhando.

- Te encontro em vinte minutos.

Os vinte minutos pareceram se arrastar diante de meus olhos. O sistema da Collins enterprise reluzia na tela de meu computador, com um enorme aviso de acesso negado. Christopher parecia estar tomando certas precauções nos últimos tempos. Maldito. Ele não queria que absolutamente ninguém tivesse acesso às informações financeiras de seu patrimônio. Mas digamos que para mim, tais informações eram de total importância, e eu não ficaria sem elas. Eu poderia muito bem ter errado antes, mas agora seria diferente. Levei a xícara novamente até meus lábios, agora tomando o restante do café que ainda restava ali.

- Deseja mais alguma coisa?

- Você pode me trazer outro café. Estou esperando uma pessoa.

A mesma ruiva com delicadas sardas no rosto perguntou.

- Do mesmo jeito? Ou quer diferente?

- Do mesmo jeito.

Ela assentiu, e se retirou. A moça caminhou até o final do balcão de madeira escura antes de começar preparar o café expresso. O barulho da porta me tirou a atenção do preparo, para notar que minha solução havia acabado de chegar. Com uma cara amassada e cabelos bagunçados.

- Vou cobrar mais por me tirar da cama num dia de sábado.  – murmurou sonoleton.

- Você está com uma cara péssima.

- Acabei de acordar. Estou de ressaca até agora.

- Perdido.

- Não enche.

Revirei os olhos impaciente, e virei o computador para o mesmo que se sentou em minha frente.

- Veja isso.

Ele me lançou um olhar desconfiado, mas logo se acomodou melhor, puxando o notebook para mais perto de si. A moça ruiva se aproximou, depositando o café sobre a mesa.

- Aqui está seu café. – falou gentilmente.

- O que quer tomar? – perguntei.

- Eu quero rosquinhas e café. Duplo.

Gesticulei para mesma, em sinal para que trouxesse o que ele havia pedido. Logo ela se afastou enquanto anotava em seu bloco de notas.

- Então, o que quer aqui?

- Eu quero que entre no sistema da Collins Enterprise, tendo todo e qualquer acesso as informações contidas nele.

Ele me fitou por alguns instantes, provavelmente, esperando uma mudança de idéia.

- Isso é perigoso. – murmurou acuado.  – você sabe disso.

- Eu não estou perguntando se é ou não. Eu quero que faça.

- Eu não sei. Não quero ser preso.

- Vou te pagar por isso. E muito bem.

- Não sei se consigo ter acesso a tudo. Geralmente esses sistemas têm senha para qualquer campo que queira acessar.

- Ele tem. Tudo nesse programa é milimetricamente vigiado. Mas você já me ajudou uma vez, não custa nada fazer o mesmo agora.

- Vai ter que me pagar bem mais agora. Da outra vez você conseguiu ter acesso para entrar. E dessa não tem absolutamente nada.

Bufei. Peguei a mochila novamente, abrindo um pequeno bolso do lado esquerdo, onde retirei uma boa quantidade de dólares. Joguei sobre a mesa, atraindo a atenção do homem. Seus olhos fitaram as cédulas esverdeadas sobre a mesa com atenção, antes de esticar a mão e capturar o bolo de dinheiro.

- Faça isso agora. – ordenei.

Ficamos por cerca de duas horas naquele lugar. A garçonete que nos atendia a qualquer momento nos colocaria para fora. Apesar de que a cafeteria estava lotada, agora uma maior quantidade de pessoas estava devidamente espalhada pelo lugar, em conversas entretidas e irrelevantes. Impaciência tomava conta de mim, o trabalho parecia árduo demais para conseguir acesso a algo que eu tanto desejava. A idéia de desistir já rondava minha cabeça pelos últimos quinze minutos sem qualquer tipo de solução. Apenas erros e mais erros.

- Sinceramente se não dá conta é melhor me falar de uma vez. – murmurei.

Pelo parte superior do visor do notebook, pude ver os olhos do rapaz de moverem rapidamente. Quando por fim, se comprimiram pelo sorriso que se instalou em seu rosto.

- Eu sempre dou conta. – disse ao virar o notebook em minha direção.

O slogan da Collins Enterprise’s apareceu na parte superior da tela, e logo abaixo todos os campos de possível acesso do programa. Um sorriso involuntário cresceu em meus lábios, como se estivesse vendo uma pedra preciosa bem a minha frente.

- Agora você tem todo acesso. Mas devo avisar que não é por tempo integral, se você fechar o programa, perderá novamente o acesso.

Eu assenti, puxando o notebook para mais próximo de mim.

Agora sim Christopher, vamos ver como está o nosso dinheiro.

 

Lauren Jauregui’s Point of View.

 

O liquido tocou a ponta de minha língua, no qual fiz questão de apreciar lentamente. O whisky escocês estava liberado para mim aquela manhã. Afinal, só bebendo para suportar a chatice de ter que vigiar Camila em meio ao seu trabalho. A latina fiscalizava cada mínimo detalhe do processo de arrumação das obras que seriam expostas em sua galeria essa noite. Juntamente de sua melhor amiga, Dinah Jane. As duas circulavam pelo salão extenso, agora devidamente repleto de caixas de madeira, onde continha os quadros de um artista contemporâneo de grande importância. Uma boa equipe de funcionários acomodava as obras nos pontos onde ambas as mulheres ordenavam. De acordo com as mesmas, tudo precisava ficar do gosto do publico, até mesmo a iluminação teria que favorecer as obras. 

“Um pouco mais para esquerda! Vamos colocar o outro quadro em direção aquela coluna.”

Camila ordenou a dois homens que, agora estavam pendurados em escadas de alumínio bem a sua frente. Uma das características da latina, perfeccionista. Ela ordenava tudo com firmeza, sendo obedecida em questão de segundos. Encostei-me no balcão, local onde seria montada uma espécie de bar.  Alguns funcionários também já arrumavam tudo, enquanto eu apreciava um pouco da bebida. De longe recebi um olhar rápido, e um breve sorriso da morena. Virei o copo do whisky até o final, tirando minha atenção da latina, que prontamente voltou a fiscalizar. Assim que ela tirou os olhos de mim, voltei a prestar atenção na mesma. Hoje Karla Camila estava toda de branco, vestia uma saia longa, com uma enorme fenda na coxa direita.  Dando uma bela e sexy visão de sua coxa, perna. Em seus pés um salto de cor nude. Na parte de cima, ela usava um cropped de gola alta, sem mangas. Seus cabelos permaneciam lisos, e longos. Eu adorava a maneira como ela mexia nos mesmos, jogava de um lado para o outro, sem se preocupar se ficariam desgrenhados, até porque mesmo assim, ainda dariam um ar sexy. A latina conseguia transformar seus traços, jeitos, e tudo em si em algo sexy. Ela era sedução e poder.

- Acho que você precisa de mais um copo de whisky.

Tirei os olhos de Camila, e fitei o jovem rapaz que estava do outro lado do balcão, segurando a garrafa do whisky nas mãos. Eu engoli em seco, sobre o olhar curioso do mesmo que, com toda certeza, havia percebido a forma como eu fitava Camila.

- Realmente preciso.

- Eu sei. Mas olha, é impossível. – disse ele, ao me servir de uma dose da bebida.

Um sorriso se instalou em meus lábios. Ele parecia ser apenas um pobre garoto, cheio de hormônios que admirava sua chefe, da forma mais sexual possível. O garoto fitou Camila, e suspirou. Para ele, eu até diria que poderia ser impossível. Já para mim...

- Acho que você tem que beber também. – brinquei.

- Não, Deus me livre! Se ela me pegar bebendo estou no olho da rua.

Soltei uma sonora risada, e fitei Camila que nos encarou. O garoto logo voltou a arrumar as prateleiras de bebida. E eu apenas ergui o copo de bebida a morena, que negou com a cabeça, logo tendo sua atenção atraída por Dinah, que mostrava algumas papeladas. Meu celular que estava sobre a bancada, moveu-se assim que começou a tocar. Capturei o objeto, e na tela pude ver o nome de Normani.

- Bom dia, agente Kordei.

- Bom dia, agente Jauregui.  – sua voz doce soou do outro lado da linha.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim senhora. Eu acabei de receber um alerta do sistema do FBI. O programa da Collins Enterprise foi invadido.

Meus olhos se arregalaram, logo, larguei o copo de whisky sobre a bancada. E caminhei para uma área mais afastada, com poucas pessoas.

- Tem certeza disso?

- Sim! Eles estão no sistema nesse exato momento.

- Excelente! Faça um relatório completo! Eu quero todas as informações possíveis. Você consegue ver o endereço agora?

- Só um instante!

Eu poderia ouvir o suave barulho do teclado do computador.

- Eles estão usando o mascador. Isso vai levar mais alguns minutos.

- Ok, eu vou dar um jeito de sair daqui. Enquanto você vê a localização.

- Certo.

Cruzei o salão, caminhando em direção a Camila e Dinah que retiravam os plásticos de cima de uma escultura.

- Sra. Collins.

Camila ergueu a cabeça, e me fitou.

- Sim?

- Eu estou com uma emergência para resolver. Eu preciso ir à delegacia, creio que vai ficar aqui o dia todo, não é?

- Sim, não se preocupe. Eu só vou sair quando tudo estiver arrumado.

- Volto para buscar a senhora.

- Sem problemas, agente Jauregui. – disse com um sorriso.

Eu assenti, e em passos rápidos me retirei dali. Meu carro estava na primeira vaga do estacionamento. Assim que entrei no mesmo, voltei à ligação com Normani.

- Normani?

- Estou aqui, agente. Mesmo com a mudança de IP eu consegui ver. Estão na W 57th St, de esquina com a Av of the Américas. O numero é 182.

- Eu estou saindo da galeria agora. Fique na linha comigo.

- Agente, você sabe que não vai poder prender a pessoa, não é?

- Eu sei que não. Ela não chegou a fazer qualquer movimentação, certo?

- Certo. De acordo com as informações, o sistema foi violado. Tendo um acesso fora dos padrões restritos pela Collins. O usuário é totalmente desconhecido, a mudança de IP fez com que a localização aparecesse em Miami. Mas com o programa, pude identificar que está sendo operado aqui em Nova Iorque mesmo.

- Eu quero que retire todas as informações. Se possível até o modelo do aparelho utilizado. Temos como saber em nome de quem está?

- Temos sim. Cada aparelho vendido tem um protocolo. Vai levar um tempinho.

Eu suspirei, pisando no acelerador do carro que corria em uma velocidade absurda, em meio às ultrapassagens na avenida. Parando somente nos sinais de transito, que me faziam bufar.

- Droga. – ouvi ela resmungar, seguido de um silencio.

- O que houve?

- O usuário desapareceu.

- Merda! – bati com o punho no volante do carro. – Tem certeza?

- Sim, o sistema está estabilizado agora. A conexão foi fechada. – Normani falava enquanto digitava algo no computador.

- O que faremos?

- Eu recolhi informações importantes. Vamos conseguir boas pistas com isso.

- Eu quero que você passe essas informações para Vero e Allyson, diga para elas fazerem uma varredura total em todas as informações. Quero relatórios em minha mesa. Vou passar nesse endereço, e depois encontro com elas na delegacia.

- Pode deixar, agente Jauregui. Farei isso nesse exato instante.

- Certo. Falo com você depois.

Desliguei a ligação com Normani, praguejando céu e terra pelo corte da conexão. Não seria fácil encontrar a pessoa que havia invadido o sistema. Muito menos rápido, mas não seria impossível. Tudo era questão de paciência e muita cautela. Pisei no acelerador do carro, fazendo o motor roncar alto. O caminho estava livre, a grande fileira de carros agora já havia se dispersado. Entrei na rua indicada por Normani, automaticamente diminuindo a velocidade. Deixei meus olhos atentos as numerações indicadas em cada estabelecimento.

179,180,181....182.

- Merda.

Dom Valetim. Era o nome da cafeteria. Estacionei meu carro na segunda vaga, bem ao lado de um Toyota Rav4. O lugar ficava localizado no centro, devido a isso, era freqüentado por uma boa quantidade de pessoas. Segui caminho para a entrada da cafeteria. O ambiente era simples, porém com uma decoração sofisticada. Sentei próxima ao balcão, tendo uma boa visão de todo o ambiente. O lugar estava lotado, uma enorme quantidade de pessoas se encontravam distribuídas em mesas com seus celulares e notebooks.

- Bem mais difícil. – sussurrei.

- Deseja alguma coisa, senhora?

Uma garçonete ruiva perguntou.

- Um cappuccino, por favor.

- Um instante! – disse ela antes de se retirar.

Respirei fundo, sentindo o ar escapar de meus pulmões rapidamente. Olhei de mesa a mesa, procurando ao menos um sinal do que eu procurava. Eu não esperava encontrar tão facilmente o invasor, mas ter a esperança de recolher alguma pista material ainda se fazia presente em mim. A ruiva se aproximou novamente, repousando a pequena xícara com cappuccino sobre o balcão, dando um leve sorriso antes de se afastar. Tomei um breve gole, e repousei novamente sobre o pires de louça branca. Minha atenção foi atraída pelo noticiário que relatava alguma questão das bolsas de valores; quando ouvi uma voz suave e familiar naquele ambiente. Virei em direção em que ouvia, e notei em uma das mesas a loira de cabelos curtos.

Clarice.

Ela estava sozinha, entretida em seu notebook e uma pequena xícara de algo que eu julgava ser cappuccino. Tomei mais um gole do meu, antes de largar a xícara sobre o balcão e me aproximar. Fiz um sinal para a garçonete informando que estaria na mesa ao fundo, e a ruiva apenas assentiu.

- Olha só quem está aqui. – disse, atraindo rapidamente a atenção de Clarice que arregalou os olhos.

- Nossa! Que surpresa!

A loira soltou uma risada nervosa, enquanto abaixava a tela de seu notebook.

- Sente aí Lauren!

Me aproximei dela, trocando dois beijos em cada lado de seu rosto, para depois acomodar na poltrona que estava de frente para a dela.

- Sabe, eu estava pensando em chamar você para tomar um café comigo hoje. Juro!

- Mesmo?

- Sim, estou aqui tem um tempinho, e pensei em você.

- Me adiantei. – falei olhando nos olhos da mulher, que apenas sorriu. – Está tão longe de sua casa, gosta mesmo desse lugar, não é?

Ela suspirou, levando a xícara com cappuccino até seus lábios.

- Eu adoro! Fica próximo a Collins, então sempre que tinha um tempinho, eu dava um pulo aqui.

- Claro, eu imagino que deve encontrar com uma boa quantidade de pessoas que trabalham lá, aqui.

- Com certeza. Esse é um dos lugares favoritos, praticamente todos os funcionários freqüentam esse lugar. Eu passei na empresa para pegar algumas coisas que havia esquecido e parei aqui.

Eu apenas assenti. Clarice ficou calada por alguns segundos, e voltou a falar.

- Aproveitei pra começar a mandar meu currículo para outras empresas.

- Faz muito bem. Creio que irá conseguir outro emprego bem rápido.

- Eu vou sim.

Minha cabeça estava fervilhando. Eu não esperava encontrar com a loira aqui, não hoje. Fechei os olhos por breves segundos, tentando acalmar o furacão de idéias que rondavam meus pensamentos naquele momento. Quando senti o toque suave em meu braço. Abri os olhos encarando Clarice.

- Está tudo bem com você?

- Mais ou menos. Um pouco de dor de cabeça.

- Tenho analgésicos aqui. Quer?

- Não, eu já vou indo. Tenho mil coisas para resolver.

A mulher pareceu desconfortável, mas apenas assentiu.

- Como quiser. Foi bom ver você aqui, Lauren.

- Pra mim foi melhor ainda, Clarice.

- Podemos marcar de sair outro dia, se quiser é claro.

Eu me levantei da mesa, ficando em pé a sua frente.

- Claro, eu ligo para você, ok?

- Fechado.

Soltei um sorriso ligeiro e me afastei, seguindo em direção ao balcão novamente. Tirei alguns dólares do bolso, colocando debaixo da xícara de cappuccino no qual eu havia tomado. Dei uma ultima olhada para Clarice, que me fitava atenta do fundo do estabelecimento. Ela acenou brevemente, com um sorriso reprimido. Eu não esperava encontrá-la ali, não que algo a incriminasse. Mas ter sua presença em um lugar suspeito era apenas mais um ponto, entre milhares nessa investigação. Antes de sair do lugar, acenei para ela, soltando um sorriso forçado.

 

[...]

 

- Você tem mesmo que ir?

Vero perguntou enquanto abria a porta de nosso apartamento. Segurei com firmeza as inúmeras pastas que havíamos pegado da delegacia. A mulher girou a chave na fechadura, e a porta se abriu.

- Tenho. O Sr. Collins dispensou os outros seguranças.

- Não acredito que viemos para Nova Iorque para você servir de segurança pessoal.

Larguei as pastas sobre o balcão da cozinha. Enquanto Vero abria a geladeira, capturando uma das garrafas com suco de laranja.

- Eu pensei exatamente isso quando me fizeram a proposta. Mas de qualquer maneira, eu estou mais próxima do que estamos investigando. Isso ajuda muito. – me apoiei no balcão, pegando o copo cheio com suco. – Fora que é meu primeiro caso aqui. O inicio é sempre árduo.  – disse, enquanto tomava um gole do suco.

- Não é tão árduo assim ter uma mulher gostosa querendo transar com você todos os dias.

Vero saiu de trás do balcão da cozinha, passando ao meu lado, para capturar o copo de minha mão. Lancei um olhar em reprovação, que causou uma sonora risada em minha melhor amiga.

- Estou mentindo?

- Não. Meu maior perigo é Camila Cabello.

- Isso está bem evidente. Sabe que seu envolvimento com ela pode colocar tudo a perder, não é?

- Eu sei, Vero. E até agora eu estou me controlando bastante.

- Quero saber até quando. Eu vi aquela mulher, Lauren. – Vero falava, enquanto caminhava até seu quarto. - Ela é do tipo que consegue tudo o que quer. – Gritou do outro cômodo.

E ela tinha absoluta razão. Karla Camila Cabello não parecia ser alguém que desistia fácil. Muito pelo contrario. Ela se mostrava destinada a ir até o final do jogo, com a certeza de ser vencedora.

- E é uma das coisas que mais gosto nela.

 

Horas depois, estacionei meu carro novamente em frente à galeria Cabello. O prédio contava com um estacionamento lotado. Em seu interior, a boa iluminação, revelava parcialmente a quantidade de pessoas que ali já estavam. Me olhei pela ultima vez no espelho retrovisor, deslizando a ponta dos dedos pelo contorno de meus lábios. E logo depois olhando para meus cabelos, que caiam sobre meus ombros em ondulações suaves. Hoje, o evento seria diferente. Exigia uma vestimenta elegante e sofisticada. Optei por um vestido tubinho vermelho, de cumprimento um pouco acima dos joelhos. Ele tinha caimento justo, ou seja, se modelava de acordo com as curvas de meu corpo. Contava com mangas curtas, e um belo decote. Nos pés, um sapato alto preto.

- Ok Lauren, vamos lá. – peguei a bolsa preta de mão, que estava repousada sobre o banco do passageiro. Verifiquei pela ultima vez a pistola que estava dentro. Eu não poderia andar desprevenida.

Caminhei em passadas lentas até a entrada da galeria. Onde os seguranças permaneciam parados diante a porta, permitindo a passagem de todos os convidados. O lugar contava com um publico de classe alta. Notava-se fácil pelas pessoas que saiam de seus carros de luxo, acompanhado de pessoas tão esnobes quanto os donos da festa. Ao entrar no ambiente de temperatura mais agradável, logo notei a presença de Dinah Jane. A loira estava muito bem arrumada, usava um vestido longo e elegante. Ela conversava com um casal, e assim que me viu, lançou um sorriso.

- Lauren! – a mulher chamou.

- A Sra. Collins já chegou?

- Não. Acabei de falar com ela, está a caminho. E nossa, está querendo matar alguém?

Lancei um olhar confuso, fazendo a loira sorrir.

- Quis dizer que está maravilhosa.

- Obrigada! Você também está.

- Quero ver é como Camila vem. Ela disse que iria fazer questão se ser o foco principal da exposição.

Bem típico dela. Karla é como uma rainha. Gosta de atenção, luxo e poder. Estranharia ela não querer ser o centro de todas as atenções. Afinal, egocentrismo era uma de suas características.

- Pensei que o artista seria o astro principal.

Um garçom devidamente uniformizado se aproximou, servindo-nos com duas taças de champanhe. A loira com um sorriso no rosto, capturou duas taças. Entregando uma para mim, e a outra ficou para si.

- E ele é. Mas as donas do evento também são.

- Você e Camila.

- Exatamente.

(Deem Play na musica)

Dinah ergueu a taça, como se brindasse aquilo. Repeti seu gesto, erguendo minha taça, par logo em seguida tomar um pequeno gole.

- Falando nela...

Troquei um breve olhar com Dinah, que virou de frente para a entrada principal da galeria. A movimentação dos jornalistas e fotógrafos, que até poucos minutos estavam espalhados pelo salão, se concentrou no arco central, por onde os convidados passavam. Os flashs das câmeras começaram em uma onda luminosa que banhava o corpo da latina. Não que precisasse, é claro. Karla Camila Cabello era o sol. O astro de maior poder e luz.

Ela só poderia estar brincando.

Meus olhos se concentraram na latina que adentrava o salão nesse exato instante. Karla, diferente de hoje mais cedo, estavam toda de preto. Seu vestido era mais parecido com um blazer, de caimento longo até os pés. Diferente do convencional, ele possuía um decote escandaloso até a parte de baixo dos seios. E como se não fosse bastante, o vestido possuía uma longa abertura na frente. Como uma fenda. Seus cabelos longos, agora estavam lisos. Dando um ar sério e sexy ao rosto delicado da latina. Ela usava uma maquiagem que realçava seus olhos e boca. Boca que naquele momento estava coberta por um batom vermelho, dando uma aparência aveludada. Eu não tinha outra palavra para defini-la.

Perfeita.

Magnificamente perfeita.

Levei a taça de champanhe até os lábios, e só agora notando a presença de Christopher, que estava ao lado de sua esposa como bom marido. Ele trajava um terno branco, com detalhes pretos na borda. Tinha os cabelos bem arrumados, e uma barba por fazer. Ambos cumprimentava todos de forma educada, enquanto a mídia fazia seu papel de fotografar o casal perfeito.  Dinah logo se aproximou, e os três se posicionaram juntamente do dono das obras para as fotos. Caminhei entre as pessoas, sem tirar os olhos de Camila. Afinal, ela era minha protegida, certo?

- Obrigada. – disse ela ao homem, que eu julgava ser o dono da exposição.

- Eu que estou grato em colocar minhas obras em exposição em sua galeria.

Camila sorriu, apertando a mão do senhor gentilmente. Os fotógrafos deram os últimos cliques, antes de a calmaria voltar. Assim que deram mais espaço, percebi que a latina correu com os olhos pelo salão, até repousar sobre mim. Um sorriso cínico nasceu em seus lábios. Virei o restante do álcool que continha na taça de cristal fino, enquanto a morena conversava com algumas pessoas. Caminhei mais um pouco entre os quadros. Parando na frente de em um em especifico. Nele era facilmente observada à presença de duas mulheres, ambas despedidas. Uma delas envolvia o corpo da outra com os braços, colocando o rosto sobre o ombro da outra. Como se sussurrasse um segredo intimo.

- Um quadro interessante, não acha?

A voz de Camila provocou um arrepio que percorreu a linha de minha coluna até a nuca. Fechei os olhos por breves segundos, antes de me virar de frente para ela. Ela estava bem próxima, já que havia acabado de sussurrar em meu ouvido.

- Pensei que não viria, agente Jauregui. 

Em segundos vacilantes, meus olhos correram pelo decote chamativo que a mesma mostrava. Ela não usava sutiã, seus seios medianos estavam devidamente livres por debaixo do tecido preto do vestido. Eu engoli em seco. Quando o garçom se aproximou novamente. Camila pegou a taça de minha mão, colocando sobre a bandeja. Para em seguida me entregar uma cheia, e ficar com outra.

- Eu não costumo faltar em meus compromissos de trabalho, Sra. Collins.  – dei um passo para trás.

Ela sorriu, e levou a taça até seus lábios vermelhos como sangue; provando do primeiro gole da bebida.

- Claro que não. Você é competente demais para isso.

- Obrigada.

- Gostou do meu evento, Lauren?

Seu tom de voz demonstrava certa ambigüidade nas palavras. Ela sabia muito bem como jogar. Eu respirei fundo, enquanto bebericava um pouco mais do champanhe.

- Sim, é maravilhoso. Devo dizer que estou impressionada.

Senti meu corpo despido diante dos olhos castanhos de Camila. Para mim, ela não fazia questão de disfarçar a forma de olhar. Ambas sabíamos quem era quem ali.

- Eu também. – ela deu um passo à frente, diminuindo o espaço entre nós. - Se me permite dizer, você está deliciosa nesse vestido vermelho.

- O que?

Nossos olhares se conectaram rapidamente, quando percebi os lábios vermelhos da latina se expandir em um sorriso cínico.

- Meninas. – a voz grave de Christopher se fez presente.

- Oi amor.

Camila fitou o mesmo com uma expressão serena. O homem repousou a mão na cintura da esposa em um ato natural.

- Sr. Collins. – apenas disse.

- Estava aqui falando para Lauren sobre o evento.

- Vai ter que freqüentar muitos agora que é segurança particular de minha esposa. Confesso que não tenho paciência, mas faço isso por ela.

- Imagino que sim, Sr. Collins.

Collins sorriu, atraindo o olhar de Camila que retribuiu. Tomei o restante do champanhe de uma só vez. Eu teria que começar a maneira no álcool, se não quisesse chegar bêbada na metade da exposição. Um homem bem arrumado se aproximou, puxando uma breve conversa com Christopher. Karla me fitou, e eu apenas neguei com a cabeça. Quando seu marido voltou à atenção para nós.

- Devíamos ter trazido a equipe de seguranças. – Collins falou em um tom sério.

- Eu dispensei todos os outros seguranças. Quero apenas Lauren essa noite. 

Meus olhos se fixaram nos dela.

- Camila acha que daria uma má visão ao evento tantos seguranças. – comentou um tanto mau humorado.

- E realmente daria. Para que tantos? Temos os da galeria, e Lauren.

- Espero que se garanta, agente Jauregui. – o homem falou com os olhos fixos em mim.

- Com isso o senhor não precisa se preocupar. Eu dou conta muito bem.

Camila pigarreou, e logo tomou um gole da bebida.

- Muito bem.

O evento correu tranqüilo, eu me mantive atenta a todo tipo de movimentação. Dinah não havia errado em dizer que Camila seria o centro do evento. Apesar de o pintor ser alguém de tamanha importância, as câmeras namoravam a dona da galeria. Karla com seu ar imponente atraia as lentes das câmeras para si, e parecia adorar tudo aquilo. Entre sorrisos e olhares, ela se dirigia de pessoa a pessoa. Tudo sobre minha supervisão. As horas foram se passando, e Christopher parecia incomodado por ainda estar ali. O mesmo agora já não tinha o mesmo sorriso da chegada, talvez o cansaço ou algum problema o atormentava.

- Querida, será que já não podemos ir para casa? Muitas pessoas já se foram, e está bem tarde.

Camila trocou um olhar com Dinah, e fitou seu marido.

- Chris, ainda tem muitas pessoas.

- Eu sei, mas tive um dia exaustivo. Quero ir para casa.

- Fique mais um pouco, Christopher. – Dinah falou calmamente.

- Eu até ficaria, mas preciso mesmo ir. Tenho um compromisso cedo amanhã.

Camila respirou fundo, e me fitou por alguns segundos. Franzi o cenho sem entender, mas ela nada falou. Apenas sorriu.

- Tudo bem, amor. Vamos ficar mais dez minutinhos. Vou me despedir de algumas pessoas e vamos.

- Certo, eu espero você.

- Me esperem aqui, vou ao escritório e volto logo.

Meus olhos acompanharam a latina que seguiu para a escadaria. Mantivemos uma conversa aleatória enquanto Camila não voltava. Dinah mais falava comigo, do que com o marido de sua amiga. Ele parecia impaciente, e estressado.

- Aí vem ela. – Dinah falou ao vermos Camila se aproximar.

- Já me despedi de algumas pessoas, vamos?

- Finalmente. – resmungou ele.

- Você vai ficar, Dinah? – Camila perguntou, ignorando Christopher.

- Sim, Mila. Vou ficar até o final, não se preocupe.

As duas trocaram um abraço rapidamente, e logo se afastaram. A loira acenou para mim, e então retribui. Christopher segurou na cintura de Camila, que caminhou em direção a saída. Antes que estivéssemos totalmente fora da galeria, a morena pediu uma taça de champanhe para o garçom mais próximo.

- Ultima da noite. – Ela sorriu e ergueu a taça.

- Agente Jauregui, se quiser ir. Está liberada. - Christopher falou assim que saímos da galeria.

- Não, nada disso. – protestou à morena, parando no meio do caminho.

Collins e eu encaramos a mulher que, apenas molhou os lábios com o champanhe.

- Está tarde, e eu não quero ir sem segurança até em casa. Fora que Lauren pode muito bem dormir em nossa casa hoje.

- Posso levá-los em casa, e voltar para a minha.

- Não vejo necessidade disso. – Christopher falou. – Podemos ir sem ela.

- Pois eu sim. Lauren nos leva em casa em segurança. E volta para casa amanhã.

O marido de Camila bufou, e assentiu.

- Como quiser Camila, eu estou exausto demais para ir contra.

- Perfeito.

- Espero que não se incomode, agente. – o homem falou educado.

Eu neguei com a cabeça, sem acreditar no que estava acontecendo.

- Não me incomodo, fique tranqüilo Sr. Collins. – menti.

Descemos a pequena escadaria da frente, caminhando em direção ao Rolls Royce Phantom preto que estava a nossa espera. A cada passo dado em direção aquele carro, meu coração palpitava. Karla não dava ponto sem nó, por trás de sua simples idéia havia alguma coisa. Disso eu tinha certeza. Um jovem rapaz se aproximou, cumprimentando o Sr Collins que gentilmente o atendeu.

- Podem entrar senhoras. – o motorista do carro falou.

A latina rapidamente entrou no carro, e eu a segui. Ao sentar no banco de trás do veiculo, a morena repousou a pequena taça de cristal sobre o suporte que havia ali. Olhei pela janela, tendo a visão de Collins em uma conversa agradável com o garoto, mas logo, um chiado baixo ao meu lado, atraiu minha atenção. Camila girou a pequena taça em sentido horário, fazendo-me perceber que ela havia colocado algo ali dentro.

- O que você fez? – sussurrei.

Ela sorriu abertamente.

- Eu? Nada. Só estou garantindo que ele não vai acordar essa madrugada.

Antes que eu pudesse protestar ou evitar. Christopher se juntou a nós.

- Esses garotos sempre querem emprego. – comentou ao se acomodar ao lado de sua esposa.

- Você é um homem importante, querido. Todos querem estar perto de você. – disse ela, beijando o rosto dele. – Tome, termine esse champanhe para mim. Não agüento mais.

Eu arregalei os olhos, e quando pensei em me pronunciar; Camila repousou a mão sobre minha coxa, apertando de leve. A iluminação parcial dentro do carro eliminava qualquer possibilidade de Christopher ver o ato. O marido de Camila lentamente levou a taça até os lábios, ingerindo o liquido ali contido até o fim. Ela olhou para ele, e em seguida para mim, com aquele sorriso diabólico nos lábios.

- Isso vai ser interessante. – sussurrou ela, olhando unicamente para mim.


Notas Finais


Link da musica no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=bpOSxM0rNPM
Link da Playlist: https://play.spotify.com/user/evelinsilva17/playlist/1qQbAwuw4mxVbeBYSTkvv8
Acho que o próximo será bem interessante.


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