História XO's - Bad Reputation

Bad Reputation

 

Mistakes, we all make them

But they won't let it go

'Cause she's got a bad reputation

But I know what they don't

POV. NARRADOR

 

Annabeth sentia-se sozinha ao acordar. Estava em casa, com dor de cabeça, já em um nível extremo. Acima de tudo, encontrava-se sozinha. Isso a fez pensar na noite passada.

Ou tentar ao menos.

Fora para a festa com Percy. Agora estava sozinha em sua cama.

Ele havia levado ela?

Ou teria sido outra pessoa.

Quando pegou o celular suas mãos tremiam. Pensou seriamente em discar o número do moreno e pergunta-lhe. Até lembrar-se dos fragmentos restantes da última festa que compareceu.

James a odiava, assim como Thalia.

Poderia Percy odia-la também? Ele seria capaz disto? Ela teria sido capaz de magoa-lo do mesmo modo que fez com os outros?

Decidiu ligar para alguém que confiava sua vida.

Ligou para Cindy.

 Nobody knows the way that I noticed it

Nobody knows the way that time has shown us i

 

Rachel encontrava-se ao lado de Percy. Suas mãos na boca demonstravam sua reação a todo o ocorrido.

Não só a dela.

– Repete para mim toda esta história, por favor. – pediu ela.

– Annabeth não é todo este drama que fazem dela. Ela não tem culpa de nada. Todas as festas que tem por aqui, eles a embebedam, batizam a bebida dela. A loira é fraca com bebida e eles aproveitam isto. Todos a julgam pelos seus atos em meio a sua embriaguez, e a pior parte: Annabeth se culpa. Se você visse como ela estava infeliz.

– Que horror – ela direcionou a mão na boca, horrorizada, novamente. – e você, Percy Jackson, pretende ajuda-la, porque se apaixonou.

– Não só isso. Pretendo fazê-la a pessoa mais feliz deste mundo

Rachel sorriu.

– Quem é a doente?

– Doente?

Rachel revirou os olhos.

– Imbecil! A doente que fez isso com ela!

– Cintia.

– Quem?

– Aquela menina que não desgruda dela.

– É... Ela tem cara de puta mesmo.

– O que eu faço?

– Conta para ela. O que mais você pode fazer? Magia? Matar a Cintia? Se bem que isso não é uma coisa ruim. Digo matar a Cintia.

– Estou falando sério, Rachel.

– Eu também – resmungou a ruiva. – se você não contar, eu conto. Não tenho medo de uma pessoa como essa garota.

– Ela não me atende. Estou preocupado.

– Com a Cintia?

– Annabeth.

– Ela pode estar falando com a Cintia.

– Obrigada pelo apoio.

– Estou falando sério. Quer dizer, elas são muito amigas, não? Pelo menos para Annabeth. Se eu fosse você, agiria rápido. Tudo que Cintia falar, sua garota acreditará.

– Odeio você ser mais inteligente que eu.

– Isso não é difícil, amor. Agora, fale com ela.

O celular de Percy vibrou.

– Acho que ela não quer falar comigo.

– Por quê?

– Ela acabou de escrever exatamente isso.

Nobody know's the way that I noticed it

She got it bad

 

POV PJ

 

And I don't care what they say about you baby

But they don't know what you've been through

Trust me

 

 

Senti-me estranho durante a manhã de segunda. Eu simplesmente não queria acordar (o que não era uma coisa muito estranha). Contudo, o motivo não era cansaço.

Eu não queria vê-la.

Eu tinha concordado a seguir o “plano” de Rachel. Perguntar o que está acontecendo para Annabeth, e cotar a ela sobre Cindy.

Entretanto, tinha medo da resposta dela?

O que Cindy poderia ter inventado para fazê-la não querer mais falar comigo?

Enquanto perdia-me em meus devaneios, meu celular tocava frenético.

– Alô? – atendi.

– Filho! Como você está?

– Olá, pai.

– Sua mãe disse que você soube que estamos...

– Sim, eu sei.

– Visitei outra escola aqui no Canadá.

– Pai, eu não...

– Ouça. Tudo aqui é ótimo. Até mesmo sua mãe concordou que se as oportunidades forem melhores, concordaria em te transferir para aqui.

– Pai, eu realmente não quero.

– Mas...

– Pai, eu estou me atrasando para escola.

– Tudo bem, tudo bem. Só pense sobre tudo bem?

– Tchau, pai.

Desci as escadas de minha casa com pressa. Logo Rachel chegaria.

– Acalme-se, Percy. – riu minha mãe quando quase cai nos últimos degraus.

Forcei um riso sarcástico.

– Acordou de mau-humor? – questionou ela com uma sobrancelha levantada.

– Você concordou com a ideia louca do meu pai?

– Você sabe como ele é bom em insistir.

Suspirei convencido. Não conseguia ficar bravo com minha mãe.

– É... eu sei.

Ela beijou minha testa.

– Rachel chegou – disse ela.

***

Esperar pelo pior era uma das piores sensações que eu já havia sentido.

– Ela deve estar por aqui. – disse Rachel.

– Que milagre você ainda estar aqui.

– Eu sou uma ótima melhor amiga, só para você saber.

– Hã-rã.

Eu não estava prestando muita atenção na conversa.

“Ela deve estar por aqui.”

Deveria

Realmente deveria.

– Ela não está aqui... – murmurei.

Percebi que me distanciava de Rachel quando ela já estava realmente muito distante. Encontrava-me no meio da manada que corria em meio a uma esperança tola de chegar antes da hora na sala.

Annabeth não estava no meio destas pessoas.

Isso me decepcionou.

Quando desisti, encontrei-a.

Vê-la fez meu coração acelerar.

Ela estava reencostada próxima a porta da sala, conversando com Cintia sobre algo que aparentemente parecia interessante para a morena, somente. Annabeth olhava em volta e desviava olhares a todo o momento.

Ao ver-me, pude perceber que por uma fração de segundos, ela arregalou os olhos.

Cintia olhou para trás, provavelmente para saber por que toda atenção não estava sobre ela. A garota deu um sorriso frigido ao depare-se comigo parada as encarando. Deu uma piscadela maldosa, já contando com a vitória.

Não que eu fosse deixar isso acontecer.

Annabeth acenou com a cabeça para Cintia, quase entrando na sala. Segurei seu braço (de modo não agressivo, só para constar).

Ela me olhou de modo triste.

Bem triste.

– Precisamos conversar. – disse.

Só então percebi o erro que eu havia cometido.

Precisamos conversar.

James, os ex-namorado dela, havia dito o mesmo para ela.

Lembro-me da reação quando terminaram, imagino as coisas que ele havia dito para ela, como Annabeth parecia machucada.

– Acredite em mim – murmurou – eu não quero ouvir.

Ela se soltou com raiva e continuou se caminho.

Virei meu corpo para Cintia.

– O que você falou para ela.

Ela, novamente, sorriu com cinismo.

I could be the one to treat you like a lady

Then we'll see what's underneath

All I need is you