História XO's - Kid In Love

Kid In Love

I know that we just met

Maybe this is dumb

But it feels like there was something

 

POV PJ

 – Meu Deus! Percy Jackson! Como não tentar te matar?! – urrou Rachel.

– Quê?! – perguntei confuso.

– Eu estava gostando do “Clima” entre você e a Annabeth! E agora você deixou a menina com medo além de constrangida, seu afobado.

– Primeiramente: acho que Annabeth não esta com medo de mim.

–Eu ficaria. Na verdade, ficaria antes de você fazer essa declaração estúpida de amor.

– E eu só disse que achava estar “gostando” dela.

– E ela fugiu de você. Como qualquer pessoa sã faria.

– Agradeço pelo apoio Rachel.

– De nada.

Passei as mãos pelo meu rosto, atirando-me em minha cama.

Naquele momento, encontrava-me em minha casa, contando todo drama na lanchonete com Annabeth para Rachel, que só conseguia julgar-me por tudo. Rapidamente, passei o que havia pensando antes de chama-la. Talvez eu precisasse de apoio. O que visivelmente, não recebia.

– Por que vim te pedir ajuda mesmo?

– Também não te tendendo. Mas como a melhor amiga que você pode ter neste universo e outros paralelos, sou meio que obrigada a perguntar: Como você se sente?

– Agradeço novamente pelo seu ato de caridade.

– Dá para responder logo?

– Me sinto... – olhei para meu teto vazio – totalmente rejeitado.

– Ownt! Alguém está gostando de alguém. Por que ela não te aceitou, hein?

– Você estava fazendo uma lista de motivos até agora. Talvez ela só não goste de mim. Também tem toda a história das festas e tal.

– Você parece preocupado. Mas resolva logo, não fique tão mal, Ok? Fiquei preocupada quando você ligou. Mesmo assim, cansei de ter que sempre bancar seu cúpido. Tenho um namoro também, sabia?

– Como se em algum momento você o deixasse de lado.

– Falando nisto, tenho que ir. Promete para mim que não vai ficar de bad? Vou pensar em alguma coisa.

Suspirei.

– Até amanhã, Rachel.

– Até, Percyzinho. Vai dar tudo certo, Ok?

– Tchau, Rachel.

I wanna make you mine

The way you're lightin' up the room

Caught the corner of my eye

We can both sneak out the back door

 

No dia seguinte, eu simplesmente não sabia com que cara encarar Annabeth. Depois de você dizer que gosta de alguém, não pode espontaneamente agir como se nada tivesse acontecido. Principalmente não se recebe algo como “Todo mundo acha muita coisa.” – que foi exatamente o que ela me disse, diga-se de passagem.

Ou poderia. Só eu não queria admitir.

Quem a verdade seja dita, eu gostava disto. Gostava de gostar dela. Gostava dela. Isso soava bem. Fazia-me sentir bem. Não é isso que importava, no final de tudo?

Claro, pensei tudo isso antes de vê-la passar pela porta. Pois assim que ela o fez, minha mente parecia um balão onde o ar sussurrava “Hã? Que? Que beleza!”.

– Bom dia! – ela sorriu, tornando o ato de pensar cada vez mais ilusório.

– B-bom dia, A-An-Annabeth! Bom dia, Annabeth! Você esta radiante hoje! Quer dizer...

– Cala a boca, Jackson, por seu próprio bem. – queixou-se Rachel. – Bom dia, Annabeth! Como vai?

– Eu vou bem, Rachel. Obrigada por perguntar e vo...

– Isso é ótimo. – a cortou a ruiva – Eu estava pensando, agora que você e Percy estão tendo esse... Negócio, ou sei lá o que, e eu estou namorando, poderíamos marcar encontros duplos. Não é?

Eu poderia rir da forma como o rosto de Annabeth estava vermelho, se não fosse possível completa hipocrisia, já que havia muitas chances de que minha face estar igualmente corada ou pior.

– Co-como assim? – ela indagou.

– Eu contei para ela.

– Contou o que, exatamente?

– Que eu talvez, muito provavelmente, esteja gostando de você.

– Você continua com esta ideia maluca.

– É, acho que sim...

– Bem, tenho que ir encontrar Cindy, se me derem licença.

Olhei bem ela se afastar. Escorrendo pelos meus dedos.

Virei-me para direção oposta, passando a mão no rosto, um gesto que estava incrivelmente tornando-se um hábito.

– Por que, Rachel? Só me diga isso – murmurei.

– Só achei que ajudaria.

– Claro que achou.

 

Baby, there's no pressure

But if you're down, I'm down

Cause, it's alright, it's alright

 

POV AC

If this is what it's like falling in love

Then I don't ever wanna grow up

Maybe I'm just a kid in love

 

Após desabafar tudo com Cindy, ela parecia ter levado um soco na cara, e aquilo fez com que eu me sentisse pior.

– Recapitulando – começou ela – Percy Jackson está apaixonado por você...

– Gostando, somente isto.

– E você está confusa?

– Cintia Morin! Não confunda as coisas!

– Então você não esta confusa – neguei com a cabeça – e você não gosta dele. Tipo nada. Zero por cento. Ele não tem nenhuma chance com você.

– Eu não sei!

– Você está confusa.

– Eu sei... Só queria ter certeza mesmo.

– Acho que você não pode dar esperança a ele, por agora pelo menos.

– E eu não estou dando! Mas... O jeito como ele me defendeu do James, e o que disse hoje... – não deixei de sorrir lembrando-me disto.

“Que eu talvez, muito provavelmente, esteja gostando de você”.

– Ele pode estar enganando você – supôs.

– Ele é fofo demais para isso.

– Parece mesmo, e bonitinho. Daqueles garotos que nasceram para sofrer por alguém.

– Será que esse alguém sou eu?

– Espere um pouco. Quem sabe?

***

Espere um pouco.

Este “um pouco!” foram exatas duas semanas. E foram suficientes.

Era de torcer, amolar, apertar e dilatar o coração vê-lo, ouvi-lo ou qualquer coisa relacionada à Percy Jackson.

– Finalmente, decidi-me. – ele disse uma vez, enquanto conversávamos.

– O que? – questionei.

– Eu realmente estou gostando muito de você. Quem sabe uma hora eu tenha uma chance?

– Não quero te dar falsas esperanças.

– Isso é um “nunca”?

– Isso é um “talvez”.

E ele sorriu. Não um sorriso qualquer. Aquele sorriso. Aquele de destroçar qualquer coração.

Mais uma palavra para devastadora lista:

Era de torcer, amolar, apertar, dilatar e destroçar o coração vê-lo, ouvi-lo ou qualquer coisa relacionada à Percy Jackson.

Tudo sem citar suas tentativas.

Às vezes ele recomendava-me músicas com possíveis duplos sentidos.

Às vezes só dizia simplesmente que gostava de mim. E ponto. Eu não precisava gostar de volta ou se quer aceitar, no entanto isso não mudaria nada.

Até que, depois de duas semanas, eu me decidi. Iria dar sim uma chance. O que de pior poderia acontecer?

– Já vai, Annabeth? – perguntou ele na saída.

– Acho que sim.

Meus olhos bateram direto em suas mãos, que levavam uma pequena (e, infelizmente, quase murcha) flor.

– Meu Deus – falei rindo – isso já não é um exagero, Percy?

– Também achei. Ideia da Rachel, claro.

– Imaginei.

– Não precisa aceitar.

– Mas irei.

– Quê?!

– É bonitinha. Mesmo quase morta.

– Ah, claro.

–Hã... Percy?

– Eu.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Espero que sim.

– Se você gosta de mim, por que nunca me chamou para sair?

– Porque... Porque... Boa pergunta. Realmente, muito boa.

– Então...

– Então o que?

– Você é a pessoa mais idiota que eu já conheci, sabia?

– Ah! Você quer sair comigo?

– É. Acho que sim.

We've got it all

And we don't ever wanna grow up