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História Yakuza Shadows - I never said "Goodbye"


Escrita por: AkiraMikael__

Notas do Autor


Oi lá sz

Obrigado pela paciência e desculpem a demora ( ; ^ ; )
Como sempre espero que gostem sz
Boa leitura

p.s. Senpai, obrigado pela paciência comigo e por esperar a fic sz Beijokas

Capítulo 23 - I never said "Goodbye"


Fui para casa tomar um banho para então voltar para a cerimônia de cremação, durante o banho minha ficha caiu e eu ri, ri do quanto eu tinha mudado, do quanto eu consegui ser filho da puta com uma das pessoas que mais me amou.

 

- Parabéns, Aoi, você acabou de matar o resto de Yuu que ainda tinha dentro de você. – eu não chorei, eu não quis chorar, nem pela morte de Ruki, nem a de “Yuu”.

 

Eu não sabia se era o torpor do choque ou se eu realmente era um escroto, mas não me importava naquele momento, eu sentia muito por Ruki, mas foi preciso, agora que aparentemente Miyavi se recordou eu renunciarei o meu posto de Oyabun e o passarei de volta ao maior que é seu dono por direito. Sai do banho e o mais novo estava sentado na cama olhando em minha direção, me encostei momentaneamente na porta mas logo me desencostei indo pegar minhas roupas, coloquei um kimono branco e me assustei com a voz do maior.

 

- Por que matou Ruki, Aoi? – perguntou baixo, eu não me virei para o olhar.

- Ele não seguiu minha ordem quando o mandei abaixar a arma. “Nunca desobedeça um superior”... – falei baixo. – E eu não queria te perder...ele estava enlouquecido, ele ia te matar... – suspirei e me virei cruzando os braços. – Não estou pronto pra te perder de novo.

 

O maior nada disse, apenas se levantou e me abraçou com força, me deitei no seu ombro e suspirei, aquilo foi uma prova do meu amor? Eu matei por ele, assim como ele matou por mim...

 

- Eu estou aqui, eu não vou te deixar, sinto muito pela morte de Ruki...e...obrigado. – sussurrou próximo a mim.

 

Pela primeira vez depois do ocorrido eu quis chorar, mas não me dei ao luxo, apenas fiquei abraçado ao maior até dar a hora da cerimônia. Ao chegar lá todos me olhavam, alguns com medo e outro apenas sérios como sempre, compreenderam do que eu era capaz de fazer, se nem Ruki, meu braço direito e melhor amigo, estava salvo das regras nenhum deles estaria. Tudo foi bem rápido, como Ruki não tinha família biológica no lugar nem esposa ou filhos, não havia ninguém para chorar sua morte, a pessoa mais próxima dele era a responsável por sua morte, eu. No momento no qual as chamas se ascenderam eu juro que não vi apenas Ruki, mas o resto de Shiroyama Yuu sendo queimado junto. Assim que o corpo foi cremado me pronunciei, iria ficar com a urna, mesmo após tudo, ele ainda era muito próximo a mim, eu queria ficar com suas cinzas.

Era algo melancólico estar com suas cinzas nos braços, eu apertei a urna contra o peito e suspirei pesadamente, era como se só agora estivesse consumado, como se ainda houvesse um raio de possibilidade assim como fora com Miyavi. Ao voltar para casa arrumei uma estante na sala para colocar a pequena urna prateada e ali a deixei junto com a foto que tinha ali minha com ele, na época em que tudo ainda era calmo, quando nos conhecemos, antes dos estupros, antes da confissão, antes do beijo, antes da morte de Miyavi e também de sua volta, éramos apenas amigos e nada mais.

Me sentei no sofá e olhei de forma perdida para a urna, ri soprado e neguei com a cabeça.

 

“Me desculpe.”

 

Me levantei indo para próximo a urna novamente, ascendi um incenso e fiz uma breve oração por Ruki, sentimentos conflituosos embaralhavam dentro de mim, mas não o arrependimento, foi preciso, esse pensamento me pareceu tão cruel, mas afinal, é isso que a vida é, não? É uma cruel sequencia de escolhas, nas quais o mais sensato pode parecer maldade para uns, e inteligente e comedido para outros. Me senti ser observado, sabia que era Miyavi então nem me virei.

 

- O que foi, Miyavi? – falei ainda de costas olhando para a urna e o incenso queimando.

- Por que não me contou antes sobre tudo? – perguntou e eu ri baixo. – Eu sei que eu não me lembrei, mas devia ter me dito, talvez isso me fizesse lembrar.

- Ah, super, um cara que você nunca viu na vida ia te dizer “Olha, o negócio é o seguinte, você é o Oyabun da Yakuza, meu noivo e fazia uns pornôs bem loucos, dá pra você voltar por favor?”. – fiz uma cara de quem explicava algo simples e ouvi a gargalhada do outro. – Ia ser no mínimo assustador, e você estava com aquela outra lá. – fiz uma careta.

- Está com ciúmes, Sr. Aoi? – ergueu uma das sobrancelhas e sorriu de canto.

- Eu? Não, você passou dois anos com uma mulher, provável que tenha transado com ela quase todos os dias nesse tempo e eu não estou com ciúmes. – falei irônico o vendo rir soprado.

- E você transou com o Ruki, não pode falar nada. – se pronunciou cruzando os braços.

- Foram apenas 2 vezes, ok? Eu estava carente e ele conseguiu me amolecer, mas fiquei bastante tempo sem sexo. – mostrei a língua. – Mas não quero falar nisso agora, eu quero dormir até não lembrar mais que matei meu melhor amigo... – suspirei e passei as mãos nos cabelos.

 

Como se fosse possível esquecer, a cena se repetia na minha cabeça como se minha mente me punisse por sua morte, caminhei com calma até o quarto e lá me deitei na cama sendo acompanhado por Miyavi.

Não conseguia dormir bem, sempre que dormia vinha o mesmo pesadelo, as cenas ocorridas mais cedo se repetiam e também se repetiam as inúmeras vezes que Ruki havia se declarado para mim, tenho certeza que esses pesadelos me acompanharam por um bom tempo, minha mente era filha da puta assim como eu, gostava de me fazer remoer minhas atitudes, mas eu não me arrependi, poderia sim ter sido diferente, mas Ruki não estava em si, se eu tentasse conversar ele acabaria atirando em Miyavi e dessa vez não voltaria.

Me sentei na cama e suspirei pesadamente, Miyavi dormia, me levantei e fui para a sala me sentando no sofá e ligando a TV, todos os canais passavam a mesma coisa, um noticiário de “emergência”, um rapaz havia se jogado de um prédio, no Japão não era incomum suicídios, mas esse rapaz era um tanto famoso, era líder de uma gangue que mantinha contato com a Yakuza, não era uma relação de amizade, mas era um “não mexe comigo e eu não mexo com você”, alguns atribuíam a culpa do suicídio a algum tipo de pressão por parte da Yakuza, ri soprado e desliguei o aparelho. Nem sempre somos culpados por tudo de ruim que acontecia, somos ruins? Sim, mas nem todas as mortes do mundo são nossa culpa.

Eu não sabia o que fazer, se eu dormisse teria aquele pesadelo, e em todos os canais passavam sobre o suicídio, peguei meu celular e comecei a mexer, passei minha galeria de fotos e vi as inúmeras fotos que tinha minha com Ruki em momentos de distração, ele tinha um sorriso lindo...

 

- Ah Ruki...sinto muito por tudo ter acabado assim. – suspirei olhando a foto, o sorriso infantil que ele tinha ficou gravado em minha mente.

 

Queria tanto que tudo tivesse sido diferente, mesmo não me arrependendo, gostaria que tivesse tido outra maneira, e eu nem pude te dizer "Adeus", meu amigo...mas espero que ouça minhas orações.


Notas Finais


É isso sz até o próximo!!


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