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História Yandere - Eu, psicopata?


Escrita por: dpsilva

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 2 - Eu, psicopata?


-Estão todos dispensados.-disse a professora.

Todos saíram da sala, enquanto eu ainda estava guardando minhas coisas. Quando eu já estava para sair da sala de aula, Haruka me parou:

-Ah não. Você não vai embora agora!-disse ela.

-Por quê não?-perguntei.

Haruka me entrega uma pilha de papéis.

-Quero que você organize esses papéis e entregue-os hoje na diretoria.

-Mas esse é o trabalho da líder da turma! O seu trabalho!

-Sim, mas agora eu tenho um compromisso urgente que não pode ser adiado. Então nesse caso, faça você.

-Mas porque eu?

-Por quê todo mundo já foi embora e só sobrou você!

-Mas eu não posso, eu tenho consulta com o psicólogo daqui a pouco!

-Então se eu fosse você, eu calava a boca e fazia logo o trabalho!Eu não quero saber de desculpas! Eu sou a líder da sala, e posso muito bem mandar em você! Faça isso rápido e direito, entendeu!?

 -...Tudo bem.

 Por quê eu tenho que passar por isso todos os dias? Eu não aguentava mais...

Haruka sai da sala e me deixa sozinha.


Terminei os relatórios e corri as pressas para casa. Mas no meio do caminho uma coisa me chamou a atenção. Era Haruka, Akari e a Sakura tomando sorvete juntas!


Fui lá para saber porque a haruka estava lá.


 

-Haruka? Você não disse que tinha um compromisso urgente?-perguntei.

 -Pois é, as meninas disseram que o meu sorvete estava derretendo, então eu corri urgentemente pra cá.-respondeu Haruka, com um sorriso.

 -Por que você me fez fazer todos aqueles relatórios?

 -Fala daqueles papéis? São todos do ano passado. São inúteis.

 -Então porquê...?

 -Eu só queria que você perdesse seu tempo.

Fiz cara de triste. Quase chorei.

-O que foi?-disse Haruka.-Por quê a carinha de triste?

-Você é muito cruel...

 -Cala a boca garota idiota! Você é inútil, não presta pra nada! Não percebe que ninguém gosta de você!? Ninguém quer ser sua amiga, todos dizem que você é muito estranha! Vê se acorda, e se toca de que você não pertence a essa sociedade! Você não faz nada, só fica sentada o dia todo com cara de triste, se fazendo de coitadinha pra todo mundo! Insuportavel!

Naquele momento eu não aguentei, e uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

-Olha só.-disse Sakura.-A coitadinha começou a chorar de novo.

As três ficaram rindo de mim enquanto eu chorava.


Eu não queria ficar lá, senão eu provavelmente cairia de joelhos e choraria mais alto. Toda a humilhação, toda a tristeza fizeram com que eu saísse em disparada em direção a minha casa.


Eu corria contra o vento, que fazia com que as minhas lágrimas fossem arrancadas do meu rosto.


Cheguei em casa aos prantos, e minha mãe me questionou:

-Mayu? Filha? Por quê está chorando?-perguntou ela.

-Não foi nada.-respondi enxugando minhas lágrimas.

-Houve alguma coisa. Se não, você não estaria chorando. Me conte.

-Não foi nada!

 -Viu só Mayu, é por isso que eu vou te levar no psicólogo, você sempre chega em casa triste e nunca me diz o que houve! Vamos logo, que já estamos atrasadas!

Entrei no carro, e partimos para a clínica. Mas no caminho passamos por uma praça onde Haruka estava. Quando ela me avistou no carro, ela, Akari e Sakura começaram a rir e apontar para mim. Isso só me deixou mais triste.


Chegando na consulta, o psicólogo nos recebeu.

-Bem vindas a minha clínica.-disse o doutor.-Então, qual é o problema com esta linda jovenzinha?

-Eu não sei, todos os dias ela chega triste em casa e nunca me conta o motivo. Inclusive hoje, ela chegou em casa chorando.-disse minha mãe.

-Você quer me contar o que houve Mayu?

-Não.-respondi.

-Ora, se você não me contar, então eu não vou poder te ajudar. Por quê você não fala?

-Eu não quero falar sobre isso.

-E porquê não?

-Por que eu não quero! Por favor, respeite a minha decisão!

-Mayu!!!-gritou minha mãe.

-Não não dona Hinata. Não se enfureça com a sua filha. É normal uma pessoa não querer comentar sobre algum assunto quando está sofrendo. Muito bem Mayu, já que você não quer me contar nada, então vamos tentar traçar o seu perfil.

O psicólogo pega uma folha de dentro da gaveta e passa para mim.

-Esta é uma prova que vai traçar o seu perfil. Por favor responda com sinceridade. A primeira folha, são questões com opções, ou seja, você vai marcar a que você julgar certa. A segunda folha são imagens. Você vai dizer o que você vê e escreva. A teceira, são questões abertas. Escreva a sua resposta com franqueza. Pode começar.

Levei uns vinte minutos para responder toda a prova. O doutor corrigiu duas vezes, e disse.

-Mayu, por favor deixe a sala um minutinho. Eu quero conversar a sós com a sua mãe.

-Tudo bem.

Deixei a sala curiosa em saber o que havia comigo.

 -Vendo as respostas do questionario, eu posso deduzir que a sua filha é uma psicopata.-disse ele.

 -O quê? Não tem como... A Mayu nunca machucou ninguém!-disse minha mãe.


 


-Parece que ela nunca demonstrou nenhum sinal de ser uma psicopata, mas parece que ela guarda uma grande mágoa ou um recentimento dentro dela. Eu pude perceber quando ela chegou e não queria me contar nada. Senhora Hinata, a sua filha está sofrendo em silêncio.


-Pode ser... A minha filha nunca teve uma amiga, ela sempre é solitária e ingênua. Não tem como ela ser uma psicopata!

-Acalme-se senhora, psicopatas são imprevisíveis, nunca se sabe quando o temperamento deles pode se explodir.

 -O que eu faço?...

 -Primeiro, eu peço que avise a escola sobre o problema e também sobre uma possível mudança de comportamento repentina dela. Depois, eu peço que dê todo o amor possivel a ela.

-Tudo bem doutor, obrigada.

Depois que a consulta acabou, minha mãe saiu da sala angustiada, e eu fui perguntar:

 -Mãe, o que foi?

 -Não é nada, minha filha, não se preocupe.

 -Tem alguma coisa errada comigo?

 -Não, não é nada.

 Fiquei me perguntando porque a mamãe estava daquele jeito, eu nunca tinha visto ela assim. No carro, de volta para casa, minha mãe me fez uma pergunta estranha:

 -Mayu?

 -Sim mamãe?

-Você nunca faria nada para prejudicar alguém, não é?

-Porquê a pergunta?

 Minha mãe ficou um longo tempo em silêncio antes de dizer:

 -Nada não, esquece filha...



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