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  3. Dez

História Yes, You're Worth It - Dez


Escrita por: daredevxl

Notas do Autor


⚠️⚠️!!!CAPÍTULO!!!EDITADO!!!⚠️⚠️⚠️

Como eu disse nos avisos, achei algumas coisas sem nexo e até idiotas demais, estou reescrevendo além de colocar capas mais bonitas e modernas. A formatação de texto tmb mudou.

Não se preocupem vai ter capítulos novos quandoe eu acabar e também coisas novas em meio aos editados.

Capítulo 10 - Dez


Fanfic / Fanfiction Yes, You're Worth It - Dez

!Omegaverse notes! 


• Feromônios: é um cheiro único liberado por um alfa/ômega, eles não sentem o próprio (alguns podem ser estimulantes/atrativos).

Os feromônios normalmente são escondidos e são deixados amostra somente para chamar a atenção, na tentiva de seduzir ou também de intimidar (a maioria consegue controlar isso).


• Ômega: Pode engravidar independente do sexo. Se sentem naturalmente mais atraídos por alfas mas não os impende de firmar relação com outro.


• Ômega recessivo: Um ômega com má geração, chance pequena ou nula de engravidar independente do sexo.


• Alfa: Simplesmente são mais atrativos e conseguem engravidar os Ômegas mais facilmente. Fazem os Ômegas se sentirem seguros estando no cio ou não.  


• Alfa Dominante: Um "super" alfa. Eles tem uma autoridade maior, seus feromônios também são mais fortes. Possuem chances da dar incríveis primogênitos e de certa forma sao raros.


• O cio: cio é um período por onde os Ômegas soltam feromônios quase que naturalmente, eles se sentem na necessidade de ter contato físico. 


• Supressor: Medicamento usado para inibir o efeito do cio. São em pílulas. 


• Aninhar: Literalmente um ninho. Sabe quando você se agarra em um cobertor, um travesseiro ou até mesmo uma roupa? Os Ômegas fazem isso quando se sentem sozinhos! 


• Presas: Elas não estão ali só por estar, em relações, eles podem usar suas presas para "marcar" ou "denominar" que aquela pessoa está se relacionando com alguém! Sim, é uma mordidinha de amor. Para alguns doí para outros não. 

Levem essa marca não como algo para objetificar, mas sim como algo para identificar, como por exemplo um par de alianças. 


Isto é o meu mundo omegaverse, alguns não possuem as mesmas características, eu quis dessa forma. 

Caso haja alguma dúvida sobre isso posso fazer um capítulo apenas para esclarecer mais desse mundo. ^^


Kageyama Tobio.


Não vou mentir, a conversa que acabo de ter com Hinata sobre tudo que aconteceu mexeu comigo, não sei dizer se foi de forma negativa ou positiva. Hinata atualmente parece mais maduro, mais certo do que quer, sua fala é calma e agora ele me olha com mais frequência. Como pode mudar tão rápido?

Eu ando bem extressado ultimamente, mesmo tendo decidido esquecer Hinata não é tão simples assim na prática, uma pequena parte de mim ainda se importa com ele, uma parte quer ser amorosa, ciumenta e até arrogante, eu sei que o o que tivemos foi algo como um passa-tempo, apenas por curiosidade, mas sinto falta daquilo.

Ser sincero consigo mesmo é difícil.

Ver Hinata próximo a Hitoka ainda me trás más memórias, fico perplexo ao notar que coisas desse tipo me deixam mau humorado. Ele ja exclareceu para mim que não tem nada de íntimo com ela, mas fico inciumado. Não posso evitar.


Hoje o clima estava realmente mais quente que o habitual, mas, a situação de Hinata é oque vem me incomodando há um tempo, ele está suando muito mais que o de costume, fora que, muitas vezes o vi soltar pequenos grunhidos ou arfadas de dor,  ele se recusa a dizer o que ele tem e de receber alguma ajuda. 

Os garotos decidiram comprar mais bebida gelada, até há uma máquina próxima do ginásio, mas sairia muito caro pegar tantas unidades diretamente da máquina, vale bem mais a pena optar por passar em um mercado, assim, também compravam o gelo. Foi estranho, no momento em que saíram o restante das pessoas saiu também, Tsukishima e Yamaguchi foram para fora e Hinata simplesmente foi para a sala de materiais, eu fiquei sozinho em quadra.

Enquanto descansava no chão ouvi um barulho que estava me irritando, era de um celular que tocava  seguidamente a tempos, sei que não devo me intrometer mas ele simplesmente não parava de tocar. Ao notar que era o de Hinata o peguei em mãos e fui até a sala onde Hinata estava e escutei um barulho.

Ele estava caido e parecia tremer um pouco.

-Oque está fazendo aí no chão? 

-Eu estou cansado, apenas isso. - Ele parece meio grogue.

-Bem, seu celular estava tocando muito, não queria me meter mas vi o contato, era sua mãe. - Estendo o celular em sua direção.

-Minha mãe? - Ele pega o aparelho que logo volta a tocar. 

-Alô? Mãe?... Desculpe, eu não estava perto do celular, oque quer?


Seu semblante se tornou irritado.

-Eu poderia cuidar dela! 


O vejo segurar seu estômago fortemente.

-Mas mãe! 


Me sinto desconfortável e atrapalhando a conversa então faço sinal que vou deixa-lo para ter mais privacidade.

-Argh... 


Esse gemido me faz voltar a atenção a ele, agora ele espreme os olhos com uma expressão dolorosa.

-Estou mãe...


Ele da alguns passos tortos e me segura perdendo o equilíbrio.


-E-Eu vou desligar agora, tenho treino. - Ele deixa o aparelho escorregar de sua mão.


Hinata parece fraco em meus braços.

-Por que mentiu? 

-O que?

-Você não está nada bem.

-E-eu... Não posso explicar... Você pode ver no armário se... -Sua cabeça começa a se inclinar para frente.

-HEY! NÃO ABAIXE A CABEÇA ASSIM! - A seguro para que a possa manter reta e olhando para mim. -VOCÊ QUER DESMAIAR?! 

-E-Eu... 


Eu estou totalmente perdido, eu não sei oque fazer, eu não sei onde dói e ele se recusa a dizer.

-Hinata o que está havendo? Eu vou chamar alguém aqui! - Tento levantar mas sou segurado pela jaqueta.

-Kageyama não me deixe aqui... Eu não quero ficar sozinho, por favor...

-Mas eu... - Ele começa a chorar enquanto me olha de pé. 

-Kageyama eu estou... Implorando. 


Me abaixo e o aconchego em um abraço caloroso. Ele da algumas fungadas até parar com o choro. Fico surpreso por termos nos abraçado, até feliz mas a situação não colabora.

-Você precisa me contar oque está havendo então, eu não sei se posso ajudar você assim.


Após soltar um suspiro ele toma coragem para falar.

-E-Eu. - Pigarreia. - Eu acho que é um cio.


Não é como se não fosse natural mas era Hinata, eu sou o único no momento, um alfa, oque ele espera que eu faça? EU NUNCA TIVE UM CIO NA VIDA CARALHO!

-E o que você costuma fazer nessas horas para se acalmar? -Tento parecer calmo.

-Eu não sei.

-Não me diga que é seu primeiro? - Me afasto um pouco.

-Eu não sei o que fazer... Eu nunca tive um antes... As pessoas não me avisaram o que fazer... - Com uma cara de tacho ele continua. -Eu também não fiz questão de me informar...

-Remédios! É isso que falaram na escola não é  -Falo nervosamente. -Você não tem nenhum supressor?

-Eu sou recessivo Kageyama, eu pensei quem nem mesmo um cio eu teria direito.

-Caramba... Isso é novo, é... Hmm... - Tento pensar em alguma coisa. -A enfermaria da escola! Talvez tenham alguma coisa e... -Começo a sentir algumas fungadas em meu pescoço.

-Eu... - Ele se aconchega puxando minha jaqueta me fazendo quase perder o equilíbrio. -Você cheira bem... É como... A brisa do mar. 

-O que? - Engulo a seco. - Deve ter escapafo um pouquinho sem querer desculpe. 

-Não esconda seu feromônio... - Sinto sua respiração em meu pescoço. - Eu gosto...

-O que está fazendo? -Sinto seus lábios contra minha pele e engulo a seco.

-Isso é tão bom... Me acalma Kageyama.

-Nós temos que procurar ajuda pra você! 

-Então você não quer? - Ele se afasta me olhando choroso.

-Querer oque? -Minhas mãos q o seguram tremem.

-Realmente não me quer mais? - Uma de suas mãos puxa o tecido de sua camisa exibindo seu pescoço e clavícula, enquanto a outra tem um de deus dedos em lábios.


"Oque ele está fazendo? Isso soa tão tentador."


-Não é como se fosse isso, mas eu... - Kageyama seu idiota o que você está falando?

-Então porque não me beija?

-Eu não posso. -Sinto suas mãos por meu pescoço. -Senti um arrepio pela coluna.

-Vamos Kageyama... Eu quero tanto...

-Hinata isso não está certo... - Seguro suas mãos ao sentir que uma delas descia por meu abdômen.

-Kageyama... - Ele fala choroso com um olhar suplicante.

-Isso é por causa do seu cio Hinata... Você está se sentindo carente agora. Você vai se arrepender de qualquer coisa de agora mais tarde.

-Isso não é verdade! 

-É sim! Olhe para você! Está caindo em cima de mim! 

-Isso não tem lógica Kageyama, se eu disse que quero eu quero! 



"Oque eu faço agora?"


-Você realmente quer alguma coisa Hinata? 

-Quero. - Engulo a seco com sua resposta rápida.

-Que seja, vou te levar para um lugar. - Me abaixo colocando seu celular em meu bolso e o levantando em meu ombro. (Não nego que sempre quis fazer isso)

-Hey! Onde pensa que está me levando? -Sinto tapas em minhas costas.

-Fique quieto aí! Estamos indo para a enfermaria! - Dou um tapa em sua bunda que está bem ao meu lado.

-Ai! Isso doeu! Me bote no chão! Tem gente na enfermaria! 

-Não me diga? Esse é objetivo, levar você para alguém competente!

-Mas eu não queroooo! 

-Cale a boca! Tsukishima vai nos ouvir assim! 

-Seu alfa convencido do caramba me solta! 


Após ter um momento de recaída eu apenas pensei em toca-lo, isso resolveria o cio dele sem duvidas mas isso não seria o certo. Não gostaria de me aproveitar de seu momento de fraqueza, se ele quiser alguma coisa terá que me dizer quando estiver totalmente sã de suas ações.

Eu havia decidido esquecer tudo, mas eu ainda o desejo como nunca, porquê seu corpo me chama tanta atenção? Essa personalidade irritante dele me prende, me faz querer conhecer mais sobre ele, sobre todos os seu lados.

 Agora a pouco quando senti seus lábios em meu pescoço minha votande era de simplesmenre agarra-lo contra aquele armário, senti minha pele arrepiar.

Carregando Hinata em meus ombros eu o levei até a enfermaria da escola, por sorte os corredores em que passamos estavam vazios assim evitamos olhares e explicações desnecessárias. O coloquei sentado na cama da enfermaria, eu não tinha noção de como estava seu rosto mas ao ve-lo estava ofegante e rosado.

 Me afastei um pouco para elongar o ombro que doía, Hinata não era tão leve quanto pensei.

-Onde vai? -Ele segurou minha camisa. -Eu preciso chamar a enfermeira na sala ao lado.

-O que?! - Você deveria trancar a porta! 

-Porquê? -Pergunto confuso.

-Como a gente vai fazer...

-Eu não vou fazer nada com você agora. 

-Porquê?

-Hinata olhe sua situação.

-Você me deixou assim!

-Eu?! Isso é o seu cio! 

-Seria mais fácil para mim se meu ex não fosse um alfa com um aroma tão agradável! - Ele corou na mesma hora.

-Seu ex? -Soltei um riso. -Desde quando sou seue ex?

-Se a gente se pegou é um tipo de ex... -Ele da de ombros.


Hinata está falando tudo tão naturalmente que me assusta, eu sei que metade disso é o cio dele que lhe deu 0% de vergonha na cara, é o primeiro cio dele afinal, eu nunca estive presente em um antes mas sei que na primeira vez costuma ser algo exagerado.

-O que eu faço com você? - Coloco a mão na nuca.

-Me beija? 

-Não vou fazer isso Hinata!

-PORQUÊ?! 

-Se me pedir isso depois quando realmente estiver bem, eu não vou negar.


Pela primeira vez Hinata ficou em silêncio por um tempo.

-Tudo bem então.

-Sério?

-Eu me seguro um pouco. -Ele faz um bico enorme e vira o rosto.

-Eu vou chamar a enfermeira. - Digo saindo rapidamente dali.


Em seguida encontro a enfermeira e conto o caso, primeiramente ela desconfia de mim, pergunta se eu não fiz nada com ele, ela explica que qualquer coisinha muda tudo, após dizer tudo oque tinha a dizer ela parece compreender a situação em que me encontrei e agrece por tê-lo trazido aqui. 

Desço no ginásio e peço para Tsukishima avisar aos demais rapazes, arrumo as coisas de Hinata e as minhas, também mando uma mensagem para minha mãe avisando que me atrasaria e chegaria tarde hoje. Subo novamente e a enfermeira acaba de sair da sala.

-Ele está melhor?

-Eu dei a ele um supressor e um remédio para febre, o suor em exagero não era normal...

-Oh sim, compreendo.

-Ele está mais calmo, quase dormindo agora... Não deveria avisar a familia dele? 


"Bem lembrado, há pouco Hianata estava falando com sua mãe ao telefone."


-Vou falar com ele. 

-Okay, se ele voltar a ficar "agitado", me chame imediatamente.

-Eu vou.

-Estou falando sério, não tente resolver do jeito alfa. - Ele me olha dos pés a cabeça. - Apesar que eu acho você um tanto quanto diferente.

-O que? Eu não faria isso.

-Sabe, normalmente... - Ela recua. - Deixa, me desculpe por isso. Apenas cuide do seu amigo.


Ela sai dali e me deixa esperando pela resposta após sua fala vaga. Ao entrar no quarto Hinata está deitado, aparenta estar mais calmo agora.

-Você está bem? 

-Eu estava bem antes. Mas agora me sinto mais calmo.

-Não fique bravo comigo, eu fiz isso pelo seu bem.

-Eu não estou bravo com você.

-Então oque foi agora? -Ele se vira na cama para poder me encarar.

-Estou decepcionado comigo mesmo.

-Com você?

-Uhum... - Ele parece sonolento. - Mesmo sendo meu primeiro cio eu não estava totalmente fora de mim sabe? Eu até que sabia...

Sinto minhas orelhas esquentarem. 


"Hinata realmente queria me beijar agora pouco?"


-Eu sei oque deve estar pensando Kageyama... Eu vejo por mim mesmo, estou decepcionado. Eu disse que não seria um ômega qualquer mas olha essa situação... Na primeira oportunidade que tive eu me atirei em cima de você.

-Mas isso foi... Eu não poderia usar essa situação a meu favor... 

-Exato, foi graças ao seu auto-controle, mas, e se isso tivesse acontecido na volta para casa? Sabe se lá perto de onde e com quem eu estaria? 

-Você se jogaria em cima de qualquer um? 

-Sinceramente? - Aceno com a cabeça ansioso pela resposta. - Não. Em parte era porque era você, desculpe tanto incômodo.

-Eu... Só fiz oque era preciso.

-Eu sei, e agradeço por isso. 

-Você não deveria avisar a sua mãe? Já passou das sete e meia.

-O que!? Mas já?! - Gesticulo que sim com a cabeça. - Minha nossa... Bem, de qualquer forma não tem ninguém em casa hoje, minha mãe deixou Natsu na minha avó.

-De novo? Ela não confia mesmo em você né? -Ele solta um riso.

-Minha mãe disse no telefone que "eu sou o irmão dela, não o pai, não é minha obrigação ficar cuidando de uma criança". -Agora ele imita a voz de sua mãe. - "Um dia você vai casar e vai ter todo o tempo do mundo para cuidar dos seus próprios filhos!" -Ambos gargalhamos com sua imitação.

-Compreendo bem isso... 

-Sabe... Eu fiquei curioso sobre algo...

-Sobre oque?.

-Seu feromônio, normalmente você o esconde, mas, hoje eu pude senti-lo fortemente... Me lembra o mar, tipo, aquela brisa fresca... 

-Desculpe, isso não deve ter ajudado você, eu estava tão nervoso que nem notei e devo ter deixado escapar um pouco.

-Um pouco? Aquilo me deixou quase louco! Deve ser as vantagens de ser um alfa.

-Não queria que fosse assim... Mas meus pais deram sorte...

-Humm... - Ele leva sua mão até o queixo. - Então isso é ser dominante...

-Como você sabe da parte dominante?

-Da pra notar a diferença. Da pra notar MUITO.

-Desculpe...

-Não, eu disse que gostei, eu não menti na hora, realmente me acalma e agrada!


Ele tem um sorriso estampado no rosto, isso me abala de um jeito que não sei explicar. Queria dizer que ainda o amo, não como antes mas amo.

-Não fale assim... - Resmungo ao desviar o olhar.

-Porquê? Vai ficar coradinho? - Ele provoca.

-O inferno que vou! E você já parece estar bem melhor pra fazer piadinha não é? -Ele gargalha.

-Oh sim, estou bem melhor... Será que a vendinha ainda vai estar aberta? 

-Sei lá, deve estar... 

-Preciso comprar um doce que prometi a minha irmã e também algo para jantar.

-Oh sim...

-Eu fiquei curioso sobre mais uma coisa... 

-O que é dessa vez?

-Qual é o meu cheiro?

-Hã? O seu? -Começo a pensar para tentar explicar. 

-Qual é não deve ser difícil, eu deveria estar exalando feromônios.

-Eu não sei ao certo, é doce, me lembra pêssegos ou morangos... É bom.

-Doce? - Ele parece ter ficado satisfeito. -Kageyama... Muito obrigado por hoje mas... Quero que você me esclareça mais uma coisa ou simplesmente irei ignorar tudo.

-Oque? - Meu coração está acelerado.

-Sabe... Quando você me contou tudo oque aconteceu... Eu fiquei bem chocado... Mas eu me arrependo apenas por não lembrar claramente, isso foi um passo bem importante entre nós dois que tínhamos apenas uma amizade.

-Oque eu disse naquela hora, sobre ser um peso. Não era assim, eu estava apenas frustrado sabe...

-Sim mas... Eu vi você de uma forma que eu nunca vi hoje... Eu... Droga isso é difícil de dizer.... -Ele tosse um pouco. - Você não quer tentar mais uma vez? 

-Mais uma vez? 

-Não me faça repetir... -Ele diz choroso.

-E-Eu entendi... Estou muito surpreso... -Sorrio ao desviar o olhar.

-Hum... Bem... Eu não sei oque falar agora... Acho que está na hora de eu ir pra casa...

-Eu também...

-Você não deve ter avisado seus pais né? Desculpa ter causado problemas... -Disse enquanto vestia seu casaco.

-Não foi nada de mais! Eu mandei uma mensagem para minha mãe quando fui pegar as mochilas.

-Bem... Oh! Você trouxe minha mochila? Obrigado eu vou... - Ao levantar ele acaba se desiquilibrando e eu o seguro.


Sinto seu rosto esquentar em meu peito, ele deve ter corado.

-M-Me desculpe... Minhas pernas ainda estão um pouco... Hum bem... Veja... 

-Não precisa explicar, eu levo você pra casa.

-Oque! Não! Isso é demais.

-Mas você precisa da minha ajuda agora!

-Hey! Não me trate como se eu fosse um ômega fraquinho. Sou complemetamente capaz de caminhar sozinho. - Seu tom foi rude.

-Que seja. -Estendi a mochila para ele. - De qualquer forma eu vou junto! 

-Você é muito convencido mesmo.

-Isso já não cansou?

-Também é reclamão.

-Que seja, vamos logo, não tenho a noite toda. 

-Okay, okay!
  
 Eu não sei oque está acontecendo mas me sinto totalmente inseguro de deixa-lo ir sozinho para casa, eu sei que é um homem forte e que pode se cuidar sozinho... Mas eu não quero isso. 

 Eu não quero deixa-lo sozinho, eu quero o acompanhar mais.


"Que ridículo, cá estou eu praticamente seguindo Hinata apenas para ter certeza que tudo vai correr bem...

'Eu não o amo mais, já superei totalmente está paixãozinha.' 

Tobio... 

Você não vale um centavo de suas palavras, você continua totalmemte apaixonado."

Passamos no mercado, Hinata comprou um pacote de balas de ursinho para a irmã e algumas batinhas para comermos no caminho, comprou um suco também e pegou um pouco de sushi pronto.


-Você não cozinha não?

-Não.

-Não tem nem vergonha de admitir?

-Kageyama eu sou um desatre na cozinha, mal sei fazer o básico. Eu não posso negar, caso contrário iria passar uma baita vergonha! 

-Faz sentido... Mas hey, não tem problema deixar a bicicleta na escola? Eu poderia ir empurrando ela.

-Está cadeada, ninguém vai roubar uma bicicleta de cestinha.


No caminho conversamos sobre alguns assuntos aleatórios, Hinata fazia muitas piadas me fazendo rir, eu não era tão bom em ser engraçado afinal de contas. Também passamos em uma farmacia e também compramos mais alguns remédios para Hinata, ele ficou bem constrangido e pediu para que eu esperasse lá fora.

Hinata e eu estamos quase na sua casa agora, faltam apenas algumas quadras e eu continuo a observa-lo. As batinhas que comemos evitou quaisquer resquício de mau humor que ele poderia ter tido, incrível os milagres que um pacote de batinhas faz.

Devo ter me distraído por um momento pois quando olhei novamente havia um cara nos seguindo à algumas quadras já, Hinata também deve ter notado e tentava ficar o mais próximo possível de mim.

-Você notou? 

-Sim... Aquele cara... - Ele se aproxima de meu ouvido. - Ele já me seguiu algumas vezes, deve ser um alfa aleatório tentando abusar de um ômega aleatório.

-Hey, não diga isso. 

-Mas é verdade! Ele ja tentou falar comigo mas eu sempre o ignorei, uma vez eu o neguei. Deve ter ficado ressentido ou sei lá. - Ao olhar novamente o cara não está mais nos seguindo, me alivia mas também me deixa em alerta.

O cheiro daquele cara, eu já o guardei.

-Você é louco? Porquê não o denuncia?

-Eu estou bem com isso, ele não seria tão babaca de tentar algo certo? 

-Não deveria pensar assim, digo... É perigoso.

-Porque eu sou um ômega? 

-Sim... E eu sou um alfa convencido.

-Bom que sabe... Porquê... - Coloco minha mão em sua frente fazendo-o parar. - O que esta fazendo? 

-O homem ele... Ele está muito perto...

-O que?! Como você sabe?

-O cheiro... Eu guardei o cheiro dele.

-Porquê?! 

-Segurança, o cara é um stalker!

-O que faz com esse ômega? Eu estou de olho nele a tempos! Quem é você? - O rapaz começa a falar.

-Quem é você afinal?

-Isso não interessa a você, eu estou interessado nele. - Ele aponta apra Hinata.

-Eu nem te conheço cara! Já disse que não quero nada com você! - Hinata fala firmemente

-Você deveria deixar ele em paz. 

-Cala a boca, quem você acha que é pra opinar aqui. - O homem continua em tom rude mas sempre volta a olhar para Hinata. -Pensando bem... Você não se importa em dividir não é?

-O que?!

-O ômega. - Ele aponta. - Ele não ligaria.

-Não saja babaca! 

-Você me chamou do que? - Ele se aproxima e cutuca meu peito. - Você quer apanhar cara? Apenas saia da frente.

-Hinata se afaste, você está fraco agora.

-Eu não vou sair daqui! Não vou deixa-lo! - Ele vai em minha frente e o rapaz se prepara para um soco.


Por sorte fui rapido o suficiente para puxa-lo para trás evitando que ele fosse atingido, em compensação, senti o gosto de sangue em minha boca. O filho da puta fez com que eu me cortasse com minha própria presa.

Nesse momento eu me esqueci totalmente de onde estava.  Eu só queria esmurrar aquele cara até ver um de seus dentes voar.

Fechei a mão e lhe acertei um soco com toda a minha força em seu rosto, ele grunhiu de dor.

-Kageyama! - Hinata está trêmulo e se aproxima de mim.

-Quem pensa que é seu babaca?! - O cara se aproxima novamente.

-Hinata, se fizer isso de novo... 

-Kageyama! 

Me esquivo por pura sorte do primeiro soco e consigo segurar o seu braço,  jogo seu braço para trás o imobilizando, sinto o homem puxar meu cabelo com a mão livre, foi complicado acertar mas lhe passei uma rasteira o fazendo cair no chão. Eu estava em cima dele ainda. O deixei totalmente imóvel. 

-Quem você pensa que é seu filha da puta?!Está sentindo isso? - Puxo seu braço o fazendo grunhir.

-E-estou, me larga!

-Eu deveria quebrar a porra do seu braço agora mesmo! -Puxo um pouco mais fazendo-o gritar.

-Kageyama! -Diz Hinata perplexo.

-Oque te faz se achar no direito de usar as pessoas assim?! 

-Me solta cara! Você é maluco?! -Empurro sua cabeça contra o chão e me aproximo de seu ouvido.

-Da próxima vez que usar seus feromônios com tentativa de intimidar... Vou surra-lo até me implorar para parar... Te dou 5 segundos para sumir daqui e eu não faço aquele garoto prestar queixa... - Digo em tom baixo.


Ao sair de cima o cara se levanta e corre desesperadamente equanto grita alguns xingamentos. Hinata está tremendo enquanto junta algumas sacolas do chão. 

-Você está bem? 

-Estou... Mas você levou um soco... - Ele está quase chorando.

-Não foi nada de mais.

-Foi sim! Poxa! Olha pra você! Sua boca está ensaguentada! 

-Foi porque a minha presa bateu contra a bochecha, não dói tanto e... -Ele estapeia meu peito.

-Não faça isso. Não faça isso nunca mais. - Sinto sua testa contra meu peito e sua mão continua a me estapear. -Caramba! Eu deveria colocar uma fucinheira em você! 

-Hinata... Espera, fucinheira?

-Eu fiquei com medo caramba! E se aquele cara tivesse uma faca? - Seus tapas se acalmaram. - Não faça mais isso, apenas ignore.

-Hinata, era sobre você.... Eu não posso simplesmente ignorar. Eu, eu ainda gosto de você pra apenas deixar passar assim...

-Você tem certeza disso? 

-Tenho. - Digo o cercando em um abraço.

-Ainda não chegamos na minha casa. Vamos antes que eu chore.


Andamos mais um pouco em silêncio, eu estava nervoso não vou mentir, eu podia sentir o nervosismo de Hinata ecoar também... O clima era estranho... Afinal a gente estava tendo alguma relação de novo? 

Quando chegamos em sua casa eu não sabia muito bem oque falar, se eu lhe deixava um beijo no rosto ou um abraço ou apenas o dizia um tchau, enquanto eu ainda raciocinava Hinata tomou um passo adiante.

-Venha, entre... 

-Eu?

-Não há mais ninguém aqui seu idiota.

-Não me chame de idiota seu idota! E eu não posso, desculpe.

-Eu estou sozinho Kageyama, e... Não seja malicioso eu vou apenas cuidar desse soco!

-Eu não maliciei! -Disse entrando em sua casa.

-Pode se sentar no sofá, quer água ou alguma coisa? 

-Aceito a água.

-Certo, já volto.

Eu estava realmente me sentindo estranho, na ultima vez que estive sentadoaqui, a gente se beijou nesse mesmo sofá, e, eu fui jogado para fora da casa de Hinata... 


"E se a mãe dele aparecer aqui? Oque eu vou fazer? Ela ja havia mandado eu me afastar antes..."


Vejo Hinata se aproximar com um copo de água gelada, isso será ótimo para a sede que sinto. Quando começo a tomar sinto um pequeno choque em minha presa que foi atingida.

-Realmente dói não é? Você é muito imprudente Kageyama... -Ele não usava um tom de cobrança, ele parecia amuado com a situação.

-Desculpe. -Coloquei o dedo em minha presa em tentativa de aluviar o choque. -Eu não aguentei ouvir aquele cara falar com você daquela forma, era ridículo!

-Eu sou um ômega Kageyama, mesmo que seja recente, eu devo me acostumar com isso... - Ele tinha em mãos alguns curativos e um antisséptico.

-Você não deveria se acostumar.

-Mas é preciso... Talvez comece a arder um pouco.


Viro o rosto para ele, seu toque é delicado, ele espirra um pouco do produto e sinto realmente arder um pouco... 

-Seu rosto bonitinho agora vai ficar roxo enorme e com um curativo... -Ele bufa.

-Bonitinho? Você está bem? 

-Não me zoe, mesmo eu querendo morrer após falar isso, você tem um rosto bem bonito e proporcional. - Ele pega dois band-aids. 

-Eu estou surpreso... - Solto um gemido com o local onde foi pressionado.

-Desculpe, estou tentando ser cuidadoso, vou colocar o outro.- Ele posiciona os curativos em forma de " X ".

-Esta tudo bem... 

-Você sempre diz isso né?

-Mas realmente está tudo bem...

-Sabe, antes... Você disse que seu pedisse quando estivesse melhor não negaria, então... está tudo bem?

-Agora?! - Ele desvia o olhar meio preocupado. Eu não estava pronto para isso mas sabia muito bem do que se tratava. - Está tudo bem. 

Hinata volta seu olhar para mim e sinto sua mão encostar em meu pescoço, ele recua um pouco mas logo o segura com mais firmeza, encaramos a boca um do outro rapidamente e nos aproximamos. Nossos lábios se selaram em um toque macio e por alguns segundos, os afastamos minimamente e fazemos o mesmo mais duas vezes, em seguida damos espaço para nossas línguas.

Um beijo calmo, sem ousadia alguma, apenas um beijo onde nossas línguas lentamente se entrelaçaram, o beijo dele sempre me fez tão bem? Ou era apenas por saudade? 

Suas mãos brincavam com algumas mechas de meu cabelo e eu aproximei sua cintura. Nos separamos para pegar um pouco de fôlego e em seguida outro beijo lento e caprichado, sentia o beijo anestesiar toda a dor que sentia. 

Os lábios de Hinata começaram a ficar rosados agora. Nossos beijos eram realmente demorados e precisávamos de um tempo para puxar mais fôlego. 

Quando me aproximo para outro beijo, sinto a mão de Hinata em meu peito.

-Você precisa... Vai com calma... - Ele limpa os lábios.

-Me desculpe...

-Você sempre beijou assim? Nossa... Se eu lembrasse disso eu teria me preparado sabe? 

-Você achou que eu beijava tão mau assim? Estou realmente chateado! - Brinco.

-Não, mas também não esperava isso... Nossa...

-É realmenre estranho esse novo você...

-O que? 

-Antes você era todo envergonhadinho... Agora você fala as coisas descaradamente, parece que a batida na cabeça mexeu com você.

-Prefere o eu de antes?

-Eu prefiro que seja você.

-Não diga isso! - Ele se levanta com um bico. -Você... Vai passar a noite aqui? 

-Isso é um convite? 

-Talvez... 

-Eu adoraria mas sua mãe me mataria se me visse dormindo com o filho dela pela segunda vez, e, eu não avisei meus pais sobre não voltar para casa, apenas que chegaria tarde.

-Me desculpe pela minha mãe e pelas coisas que disse antes... Era apenas...

-Não precisa dizer nada, isso já passou. - Disse indo em direção aporta. - Agradeço pelo curativo... Ficou bom.

-Isso era o mínimo que poderia fazer. Obrigado por tudo mais uma vez... - Sorrio para ele e ele desvia o olhar.

"Ele ainda fica envergonhado."


-Até amanhã... -Ele da um aceno curto em frente a porta.

Eu o puxo pela cintura e lhe dou um beijo rápido. Em seguida me afasto.

-Até amanhã.



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