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História YESTERDAY Bughead - Capítulo XVII - You Found Me


Escrita por: Carms

Notas do Autor


obgggg mais de 100 favoritossssssssssss

Conhecendo melhor essa menininha. Será a Iris??

You Found Me do The Fray

Capítulo 18 - Capítulo XVII - You Found Me


Capítulo XVII

You Found Me

 

Eu estava muito obcecado pela ideia dessa menina ser a minha filha. Tanto que passei o resto da aula prestando atenção nela. Pedi que os alunos fizessem um breve resumo de sua obra favorita que tinha perguntando anteriormente só para poder ficar a observando.

Enquanto os alunos escreviam, podia notar certas expressões na Lorena que se pareciam muito com a Betty na idade dela. A simples forma como pegava no lápis, como deitava o tronco praticamente inteiro para se aproximar do papel, até a forma como enrolava os cabelos presos no rabo de cavalo alto.

A menina terminou muito rápido, foi a primeira da turma a concluir.

“Aqui está” veio em minha direção e entregou o caderno. Até o andar me lembrava ela.

“Você é muito rápida!” observei.

“Eles que são muito lentos” Ai! Essa menina é fogo!

Eu ri enquanto ela se virou e voltou para sua carteira que ficava bem na janela. Ela pôs a mão no queixo e ficou observando o lado de fora da escola com atenção. E eu a observando. Espero que ela não note, pois é tão esperta que é capaz de chamar a polícia.

Li todo o seu resumo e me surpreendi, escrevia absurdamente bem. E tinha uma letra muito bem feita para uma menina da sua idade. Em menos de uma hora que a conheço, já estou bastante surpreendido.

Eu enfiei na minha cabeça que aquela era minha Iris, mas podiam existir outros motivos para elas se parecerem tanto. Talvez fosse só coincidência e eu estivesse apenas me apegando a uma mera lembrança da Betty que eu amava... Ou talvez coincidências não existam e essa menina não só é minha filha como veio parar aqui com um propósito que não sei ainda do que se trata, mas vou descobrir.

Tendo isso em mente, após o fim da aula, eu fui direto até a sala em que eu sabia que a dona das respostas estaria. Chegando lá, ela estava acompanhada.

“Verônica, Archie! Vocês dois juntos aqui...” comentei em tom de deboche.

“Por que se surpreende? Ele também é meu funcionário” V respondeu.

“Esqueceu como ele é possessivo?” Archie provocou.

“Olha aqui, seu fulaninho, eu sou uma pessoa diferente. Uma pessoa melhor!” me defendi.

“Até porque pior você não podia ficar, né?” provocou novamente.

Respirei fundo e contei até dez. Não sou mais um adolescente para me meter numa briga no colégio.

“Confesso, fiz muito mal a pessoas que deveria proteger, mas recebi muita coisa ruim também”

“Como é?” Archie se surpreendeu.

“Archie, deixa pra lá” V pediu.

“Não, V. Ele tem que saber o mal que fez a ela. Aliás, a elas duas! Ele não pode ter o privilégio de dormir tranquilo sem saber o que aconteceu com elas!”

“O que você está falando?” perguntei.

“Deixa pra lá, Archie, vai embora. Depois a gente conversa” Verônica interviu.

“Tudo bem, mas isso não vai ficar assim. Ele ainda vai pagar!” ameaçou antes de ir.

“O que está acontecendo aqui?’ questionei quando ele saiu.

“Nada, só queria meus amigos por perto, posso?”

“Claro, contanto que isso não tenha nada a ver com a Betty” disse.

Ela suspirou mas permaneceu em silêncio. Percebendo que ela não diria nada, continuei.

“Será que é muita coincidência você ter me convidado para dar aula nessa escola no mesmo ano em que uma menina estupidamente parecida com a Betty está estudando aqui?”

“O que? Não sei do que você está falando”

“Estou falando da Senhorita Weedbead”

“A Lore?” perguntou sem graça.

Fiz que sim com a cabeça e quando ela abriu a boca para falar algo, sua secretária a chamou para resolver alguma pendência burocrática.

“Depois conversamos” murmurou e saiu da sala.

Eu saí logo em seguida. Ao chegar no corredor, percebi que já era o intervalo. Ainda usava esse período para escrever, mas dessa vez decidi passar no pátio para ver se via a menina.

Após procurar com o olhar em vários locais, a encontrei debaixo de uma arvore lendo enquanto comia uma maçã, ao lado de uma menina aparentemente mais velha um pouco, negra e de cabelos naturais, fazendo exatamente a mesma coisa que Lorena.

As duas aparentemente estavam bastante concentradas. Cena linda de se ver!

Até que uns garotos mais velhos se aproximaram e começaram a provocar a amiguinha dela. A menina se levantou e ameaçou bater neles, eu corri naquela direção para impedir que eles começassem uma briga física.

Quando cheguei mais perto, vi Lorena tomar à frente da amiga e começar a xingá-los.

“Vocês são dois energúmenos, pessoas horríveis. São dois atrasos para a formação de um Estado de Direito Igualitário!”

Uou. Eu conheço esse jeito de xingar.

Mais uma vez a menina me lembrou a Betty.

Eu não aguentei e comecei a rir, fazendo com que todos olhassem para mim.

Os meninos, vendo que sou um professor, saíram correndo. Enquanto a amiga de Lorena ficou gritando xingamentos baixos, a menina me encarou de braços cruzados com um olhar fulminante.

“Posso saber do que o senhor mestre está rindo?” disse ironicamente.

“Nada, é que...” ri mais um pouco “você me lembra muito uma amiga minha na sua idade” decidi provocar “o nome dela é Betty”.

Esperei que ela mudasse de postura, algo que entregasse que ela conhece a Betty, mas nada, permaneceu com a mesma cara carrancuda de antes.

“Não quero saber dos seus amigos, tomara que ela tenha te dado um pé na bunda!”

Depois de dizer isso, ela saiu pisando forte, mas sua amiga ficou.

“O que ela tem contra mim?” perguntei à menina.

“O que ela tem contra todo mundo. Ela odeia todo mundo” a menina explicou.

“Ela não odeia você”

“Odeia sim, ela só me tolera porque não faço perguntas”

“Obrigado pelos esclarecimentos senhorita...” esperei ela concluir.

“Johnson. Kaidi Johnson. Sou do sexto ano”.

“Então tem onze anos. Bem mais velha que a senhorita Woodbead”. Observei.

“Ela não gosta das meninas da idade dela. Acham todas idiotas. Dos meninos menos ainda. Só do irmão.” Explicou.

Então ela tem um irmão...

“O irmão dela estuda aqui?”

Ela arregalou os olhos e abriu a boca para falar, mas nenhum som saiu de sua boca. Então ela saiu correndo, como se estivesse fugindo da resposta.

Estranho.

As horas foram se passando e finalmente chegou a hora de ir embora. Fui correndo para a saída pra ver quem ia buscar a Lorena. Esperei na porta da saída fingindo que estava me despedindo de todos os alunos e cumprimentando os pais.

A Lorena saiu sozinha e eu ainda gritei um “até logo senhorita Woodbead!” mas ela apenas me olhou daquele jeito fulminante de novo.

A observei seguir apenas mais alguns passos e parar. Alguns segundos depois uma limusine estacionou em sua frente. O motorista saiu para abrir a porta para a menina, que ignorou e bateu a porta com força.

Qual o problema dela?

Enquanto a limusine saía, senti a presença de alguém do meu lado e olhei, era Verônica.

“Qual o problema dessa menina, Verônica?” perguntei.

“Problemas. São muitos. E nenhum deles pode ser resolvido por nós” ela respondeu.

“Nem por mim?”

Ela me olhou e deu um suspiro derrotado.

“Ela está passando por um momento difícil... Aliás, toda uma vida difícil. Ela precisa do que ela mais odeia: atenção. Precisamos ter paciência” Explicou.

“Você não respondeu o que perguntei na sua sala” lembrei.

“Você vai ter sua resposta em breve, mas não sou eu quem vai dar.” Falou saindo e me deixando mais uma vez sem respostas.

Acredito que isso que ela disse foi uma confirmação, mas não quero me iludir.

Quem ela disse que vai me responder?

Será que a Betty está na cidade?

E agora?


Notas Finais


Qual será o problema dela? hmmmmmmmmm


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