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História Yo Quiero! - Yo quiero tu cuerpo, yo quiero deseos sinceros


Escrita por: cybersad

Capítulo 3 - Yo quiero tu cuerpo, yo quiero deseos sinceros


Fanfic / Fanfiction Yo Quiero! - Yo quiero tu cuerpo, yo quiero deseos sinceros

Junghyun nunca foi um cara muito observador, durante o período escolar, era constantemente zoado pelos colegas de classe por ser 'cabeça de vento', e repreendido pelos professores por se 'dispersar muito fácil'. Termos que hoje são apontados serem capacitistas, antigamente eram o pior pesadelo de um pré-adolescente. Mas tudo bem, apesar de tudo isso, ele conseguiu crescer, se formar e seguir sua vida sem nenhum obstáculo pendente por conta do bullying que sofria. No começo do ensino médio, alguns alunos do seu antigo colégio também foram transferidos para a mesma escola que ele.

O que era para ser um momento da vida onde Junghyun poderia focar nos estudos e esquecer a forma desestimulante que foi o seu fundamental, acabou sendo mais um capítulo de comentários maldosos no pé do seu ouvido. Porém, diferente da época em que era um moleque medroso e sem autoestima, Junghyun agora era um adolescente confiante e que tinha um melhor amigo bastante protetor: Park Jimin.

Conheceu Jimin durante as poucas vezes que ia visitar os avós no interior da cidade, e a família Park por serem vizinhos, acabou criando um vínculo com o primogênito deles. Ele e Jimin eram bastantes semelhantes, tinham os mesmos gostos para desenho animado e, ambos possuíam irmãos mais novos irritantes e nascidos no mesmo ano. Por Jimin morar no interior, por muitos anos ele foi um amigo distante para Junghyun, apesar de possuir um carinho imenso por ele. Com a chegada da adolescência do primogênito e a fim de dar mais oportunidade — tanto de trabalho, como de estudos — para os filhos, a família de Jimin decidiu mudar para o centro da cidade. Os Park's moravam há apenas algumas quadras longe dos Jeon's, o que deu a oportunidade de Jimin e Junghyun estudarem juntos no ensino médio.

Diferente de Junghyun, Jimin era bastante sociável e não demorou muito para ele fazer amizade até com os trabalhadores da escola. Entretanto, a boa índole de Jimin ia para o ralo quando o garoto presenciava qualquer tipo de opressão feita por outros alunos a pessoas inocentes, e por isso, ver o seu melhor amigo ser intimidado foi a gota d'água para todo o bom senso que havia dentro dele.

Violência não era a melhor opção, mas, naquele caso, parecia ser a única. Por isso, Jimin não mediu esforços para defender o seu melhor amigo, nem que isso custasse uma semana sem poder assistir às aulas ou passar alguns dias com um roxo enorme e feio em uma das bochechas.

Perdeu algumas chances de ser aceito em uma universidade no futuro, tendo o currículo escolar perfeito e sem falhas, mas, pareceu valer a pena quando Junghyun parou de ser importunado e voltou a ser a pessoa animada que ele costumava ser. Junghyun, por outro lado, não queria que o irmãozinho passasse pelas mesmas situações constrangedoras que passou no fundamental, decidiu ensinar a arte da defesa para Jungkook e explicou como a comunicação entre a família era importante.

Para a sua sorte, Jimin também ensinou alguns golpes para Jungkook, além de convencer o seu irmão mais novo, Jihyun, a estar atento em Jungkook durante os intervalos. Apesar de não terem o mesmo vínculo forte que os mais velhos, ambos os caçulas tinham um bom relacionamento, o que já era de bom tamanho.

Presentemente, Jeon Junghyun era um homem amadurecido que estava para se casar em dois dias. A dona do seu coração era Siyeon, uma adorada professora do jardim de infância. Os dois se conheceram durante a faculdade de Letras, namoraram por algum tempo, mas logo terminaram por algumas desavenças no plano familiar. No decorrer dos anos, Junghyun teve outras namoradas, sem deixar de aproveitar a sua vida, e, quando menos esperou, a vida lhe trouxe Siyeon através de um pedido de amizade nas redes sociais.

Conversaram online durante algum tempo, e o que era uma simples amizade virtual, acabou crescendo para conversas a todo instante e ligações na madrugada.

Não foi difícil para Junghyun perceber que os sentimentos que tinha pela ex-namorada voltaram com força total. E, após ter a confirmação que Siyeon também compartilhava do mesmo, não demorou muito para começarem um relacionamento sério novamente. Meses depois, decidiram morar juntos e não demorou muito para que o pedido de casamento viesse pouco tempo depois.

Estando no melhor momento da sua vida, pediu para que o irmão e o melhor amigo organizassem a sua despedida de solteiro. Sua escolha foi baseada na confiança que tinha nos dois, sabia que eles não fariam nada que ultrapasse os limites do matrimônio que iria acontecer. Naquela altura, Junghyun já desconfiava do envolvimento de Jungkook e Jimin, eles não eram tão discretos como tentavam ser.

É inegável não citar que levou um susto quando descobriu, na verdade, começou como uma desconfiança. Aos poucos, percebeu olhares indiscretos — do tipo encarar e sorri ladino logo depois —, toques excessivos e alguns, um pouco invasivos, além dos risinhos entre os cantos e quantidade infinita de piadas internas.

No começo, sua sensatez tomou a frente e ele se convenceu que era apenas amizade, afinal, Jungkook sempre gostou mais de Jimin do que dele. Nada de anormal nisso. Porém, assim que a admiração virou algo além dos elogios, do tipo: "Jimin hyung isso, Jiminie hyung aquilo...", não foi difícil desconfiar que ambos escondiam alguma coisa, principalmente, quando Jimin começou a compartilhar do mesmo tipo de conversa, agora sobre Jungkook: "Jungkookie adora comer isso. Ggukie gosta de desenhar aquilo...".

Acabou ficando insuportável de não saber o que eles tinham, e, por ventura, escondiam. Certo, eles eram próximos e adoráveis como dois melhores amigos — o que deixou Junghyun com ciúmes por algum tempo —, e, ao mesmo tempo, agiam como algo a mais. Durante algum tempo, decidiu ficar quieto. Aquilo era problema deles, de qualquer forma, e tudo o que menos queria, era sair como o intrometido.

Até que, numa madrugada onde se reuniram juntos, após beberem (como de costume) e Junghyun ter ido dormir um pouco mais tarde, graças a ligação que recebeu da namorada, ele viu algo que nunca passou na sua cabeça sobre o possível relacionamento que poderia partir de Jungkook e Jimin: o amoroso, mais do que a relação de amigos que sempre demonstraram.

Desde então, o silêncio foi o seu melhor amigo. Aproveitou o meio tempo para ingerir o que havia descoberto, e, ao mesmo tempo, aceitar que seu irmãozinho era um homem crescido. E, aparentemente, gostava de apertar partes do corpo de Park Jimin, seu melhor amigo, que Junghyun nunca ao menos viu.

(...)

Os beijos de Jimin são molhados e pegajosos, por conta do brilho labial que ele gostava de usar. No começo, odiava a sensação pegajosa do lip gloss em contato com a sua pele, para ele, lembrava uma bala velha esquecida no fundo da mochila. Aquela bala escondida que você comeria depois, mas acabou esquecendo e só lembrando dela um ano depois. A aparência da bala quando você abre é nojenta, feia e era essa a sensação de Jungkook em ter gloss labial ao redor da sua boca.

Não apreciava o gosto também, apesar do cheiro ser interessante e um pouco artificial demais. Ainda detestava gloss, mas, gosta dos beijos de Park Jimin. Aprendeu a deixar de lado o seu ódio para apreciar o barulho meloso que ressoa pelo ambiente, como a marca do formato dos lábios de Jimin enfeitam o seu pescoço e ombros, além de, claro, o cheiro característico do perfume artificial de melancia que preenche o seu olfato.

Jimin não restringe os seus beijos somente na parte de cima, ele é um devoto fiel do corpo musculoso de Jungkook e da sua cintura fina. Então, os beijos que arrepiam os pelos mal aparado próximo a pélvis, são muito mais do que bem vindos. Estavam naquele jogo erótico há alguns minutos. A chegada de Jungkook sendo o ponto principal para partirem para a foda rápida planejada. Precisavam voltar a tempo da despedida de solteiro de Junghyun organizada pelos dois.

Para Jungkook ainda era estranho saber que o maior exemplo de 'pegador' que já conheceu, estava prestes a se casar. O amor, realmente, parecia mudar as pessoas, e a jovem e bela Siyeon parecia ser uma prova viva disso, visto que Junghyun só aceitou mudar após voltar a manter contato com a mulher.

No fundo, imaginava algo assim acontecendo entre ele e o seu hyung, Jimin. Amava os encontros casuais — porra, como adorava! —, mas Jungkook não era mais um garoto. Ele estava com vinte e quatro anos, e até não poderia ser o maior exemplo de maturidade, responsabilidade, etc.

Em relação à vida sexual dos dois, ter fodas casuais, de repente, não pareciam mais tão atrativas como antes. Claro que a ideia de transar com Jimin sempre era atrativa, mas Jungkook queria mais. Nada como sexo em lugares públicos ou novos fetiches, era algo mais parecido como idas ao cinema ou parques; encontros em lugares públicos, sem ter a sensação de estar escondendo algo.

Queria poder abraçar Jimin por trás sem qualquer malícia, diferente das vezes que o abraçou apenas para tomar impulso para fodê-lo com jeito. Queria beijos e carinho (de preferência, um carinho que não o deixasse babando nas calças), queria amar e ser amado.

Jungkook queria Jimin por completo.

Quando o loiro levantou e foi até a bolsa pegar um frasco de lubrificante, Jungkook ficou entre o dilema de falar sobre o que estava pensando, agora ou depois do sexo. Sem querer estragar o clima entre eles.

Estavam há algum tempo sem se encontrarem, por conta do trabalho excessivo de Jimin e Jungkook perto de terminar o TCC.

Não queria ficar sufocado com aqueles sentimentos para sempre.

Distraído, Jungkook voltou à realidade apenas quando sentiu o líquido gelado em contato com o seu pau. Era o lubrificante despejado por Jimin, caindo diretamente em cima da cabeça sensível e molhada. O impacto gelado fez a pele de Jungkook arrepiar e soltar alguns xingamentos baixos.

Jimin riu baixinho e acariciou a linha de pelos que trilham do início do umbigo até desaparecer entre a região íntima de Jungkook. Sentiu os espasmos, sabendo o quão sensível ele era e, por fim, trilhou os dedos até a carne vermelha, que dava leves impulsos para os lados, procurando por contato.

As mãos medianas de Jimin poderiam ser motivo de piada entre os homens mais próximos e visto de maneira fofa entre as mulheres. Jimin não via problema, claro que, enchia o saco, afinal, ele cresceu ouvindo esse tipo de comentário, mas, com o passar do tempo, aprendeu a ignorar e seguir em frente. Jungkook gostava de brincar com as mãos de Jimin, macias e medianas, perfeitas para a situação suja que estavam inseridos. A mão macia que, quando em volta do pau de Jungkook, parecia pequena e delicada, como as de um anjo. A imagem da mãozinha de Jimin, sem conseguir fechar os dedos em volta da grossura, alimenta o seu ego. Enquanto outras pessoas veem o porte pequeno de Jimin como piada, Jungkook gostava de apreciar o quão bonito ele era, sem tirar e nem por, do tamanho exato para poder pegá-lo no colo e mimar — de todas as maneiras possíveis.

Houve uma época em que Jimin era o mais alto, ele gostava de brincar de ser 'a colherzinha maior', quando dormiam juntos. Uma doce memória da sua cabeça, porque Jimin sempre foi a sua maior inspiração enquanto crescia. Querer ser alto, bonito e inteligente como Jimin hyung era algo que repetia em voz alta apenas para irritar o seu irmão mais velho, mas com o passar do tempo, aquilo acabou virando uma espécie de meta pessoal para um Jungkook confuso de quinze anos.

Conforme foi crescendo, as metas se tornaram outras depois que as principais foram atingidas. De repente, ele não queria mais ser igual ou ultrapassar Jimin, seus planos agora eram focados em completar o seu hyung.

Inconscientemente, Jungkook sempre orbitou em volta de Jimin.

Usando os dois indicadores, Jimin formou um anel em volta do caralho de Jungkook, apreciando a visão de tê-lo pulsante e quente na sua mão. Com a outra mão livre, acariciou as bolas cheias e pesadas, sentindo a textura da pele frágil. Juntou um pouco de saliva na boca e cuspiu entre as bolas de Jungkook, observando descer até o períneo.

O riso suave e sem vergonha de Jungkook tomou sua atenção do ato libidinoso que estava prestes a fazer. Lambeu a cabeça escorregadia, mantendo o contato visual com Jungkook. Ele parou de rir, e, aos poucos, sua expressão sendo tomada pelo prazer que sentia.

O contato visual de ambos era comum, gostavam de olhar e decorar cada movimento e sensação que davam mutualmente. Gemeu manhoso quando sentiu Jimin engolir o seu pau inteiro, e espaço minúsculo da sua garganta apertando e dando espasmos até a metade que conseguiu pegar. Jimin se revezava entre controlar o reflexo de vômito e respirar pelo nariz. O canto de sua boca vazava aos montes no que parecia ser saliva, lubrificante e a excitação do parceiro.

Jungkook tremia e rosnava igual um cachorrinho, as coxas firmes no colchão e as mãos ocupadas segurando o cabelo de Jimin com força. Apesar de estar quase gozando com a chupada sensacional que recebia, precisava ficar de olho em Jimin, ele era um daqueles que querem dar mais do que podem.

— Vem me preparar, Jungkookie... — pediu com a voz mansa, sabendo que sua personalidade passiva atraía o moreno.

Jungkook não era ligado em práticas fetichistas, não entendia de nada e ainda não havia sentido interesse nelas — apesar de já ter dado uns bons tapas e concedido o desejo de algumas parceiras em serem 'enforcadas' —.

Não tinha a mínima noção se poderia ser considerado fetiche, mas a falsa submissão de Jimin era algo que apertava o seu estômago. Ver aquela bunda empinada na sua direção encheu sua boca de água. Safado, o loirinho não poupou exposição e contraiu aquela área rugosa, quase sem nenhum pelo, molhada e vermelha pela abertura que Jimin deveria ter feito antes dele chegar.

Cansado de se exibir, Jimin virou e deitou na cama, olhou o amante de cima para baixo, selvagem, orgulhoso e cheio de fome, como se Jungkook fosse a sua presa e ele o caçador.

Deu dois tapinhas nas coxas grossas, as pernas abertas e o pau gotejando no estômago. E, com os lábios inchados, sussurrou:

— Me chupa. — O comando reverberou pelo quarto vermelho.

Encantado, Jungkook foi esquecendo completamente da própria necessidade. Naquele minuto, apenas obedeceu Jimin e foi dar o prazer que lhe era merecido. Ele adorava agradar Jimin, não por ser o seu hyung, mas por saber que os antigos parceiros sexuais de Jimin eram egoístas e pouco se importavam com o outro corpo que obtinham o prazer.

Não ligava para a forma dura que o seu pau pesava, naquele momento, ele queria apenas ser Jungkookie e agradar. Talvez, fosse por isso que se excitava com a 'falsa submissão' de seu hyung, porque, na verdade, o submisso sempre foi ele. Ansioso como um cachorrinho, maleável e bastante apaixonado.

Jungkook não era cuidadoso como Jimin, não tinha muita paciência para jogadas sensuais, gostava de tudo em ponto. Por isso, com a sua submissão em total aparência, abriu a boca e enfiou o caralho pesado na boca. Cobriu os dentes e gemeu ao redor, trazendo vibrações que fizeram Jimin se contorcer. Chupava e babava, gemendo de prazer em ter o corpo miúdo se contorcendo, as pernas travadas e as duas mãos em torno dos fios grandinhos e molhados de suor, de Jungkook.

Sua língua serpenteava em torno de todo o comprimento como se fosse a primeira vez chupando-o, conhecendo aquela parte tão grossa e sensível. Precisava respirar, mas isso não deteve as suas mãos em continuar o trabalho. Os gemidos de Jimin soavam como música, os pedidos de "vamos, vamos..." retumbavam no fundo da sua cabeça, Jimin implorando para ir mais rápido, queria gozar e estar apresentável para o compromisso que tinham.

"Despedida de solteiro do Junghyun hyung..." reverberou mentalmente.

Voltou à realidade quando sentiu as tiras finas descerem pela sua bochecha. Estava tão perdido nos próprios pensamentos que nem percebeu o acelerar das mãos em torno do pau de Jimin. Com a ponta do indicador, traçou o gozo do rosto e enfiou o dedo na boca aberta do loirinho, que foi recebido por um gemido baixinho quando sentiu o próprio gosto.

Traçou os dedos ao redor dos lábios, usando da saliva de Jimin para contornar a boca, como se estivesse passando batom. Jungkook levantou da cama e se afastou lentamente, procurando o frasco de lubrificante no meio da cama.

— Não temos muito tempo, hyung.

Despejou o lubrificante nos dedos, esquentando um pouco, e passou em Jimin. Pincelou ao redor e sentiu contrair. A intrusão dos dedos grandes fazendo com que Jimin apertasse e gemesse baixinho. Não era novidade que ele gostasse de qualquer parte de Jungkook, não só por gostar da pele suave, mas por ele ter o porte grande em todos os lugares. Sua mão grande e dedos longos não eram uma exceção.

Apesar de que, o moreno morria de medo de machucar o parceiro, sempre indo devagar e com cuidado, como se estivesse dirigindo um carro pela primeira vez. Fazia tanto tempo que eles estavam nessa, e Jungkook ainda era atencioso como na primeira vez. Adorável, de verdade, mas o problema era que Jimin sempre foi um vagabundo, e sexo romântico não era tão atraente para um rapaz que já tentou enfiar o próprio punho no cu, em uma noite aleatória em Gangnam, regada a bebida e devassidão.

— Vai logo, seu desgraçado — Implorou, irritado com a demora. Jungkook enfiou o segundo dedo com tanta delicadeza que Jimin quase bufou sem paciência. Se continuarem nesse ritmo, só sairiam daquele motel barato depois da cerimônia. — Tá achando que tá comendo uma virgem, é? — Apertou com força ao redor dos dois dedos enfiados pela metade.

— Tá no cio, porra? — Jungkook retirou os dedos. — Sem preparação, vou acabar com você, seu filho da puta! — respondeu cheio de raiva e lambeu uma parte do pescoço a mostra, logo acima da veia. O pênis molhado de Jimin ainda estava duro e gotejante em cima da barriga malhada, nem parecia ter esporrado minutos atrás.

Só então, lembrou do essencial: o preservativo.

Jungkook não esperava que Jimin, do nada, mandasse um nude e um endereço anexado embaixo. Não planejava transar, em toda a sua inocência, pensou que Jimin só quisesse um alívio rápido.

— Ah... — resmungou. — Jiminie, esqueci de trazer a camisinha... — completou amuado. Eles nunca haviam feito sem, era esperado que dessem para trás. — Você tem alguma?

Jimin ponderou, o lábio inferior vermelho de tanto ter mordido.

O que estava prestes a dizer era arriscado, mas confiava tanto em Jungkook, e sabia que aquilo poderia ser um grande erro, mas resolveu arriscar.

— Você está limpo, Kook? — Perguntou de maneira cautelosa. Dependendo do que Jeon respondesse, poderia dar uma reviravolta no relacionamento deles. — Estou limpo. — Deu uma pausa e engoliu seco. — E acho que poderíamos fazer sem hoje. Mas só por hoje.

De primeira, Jungkook ficou atônito. Acabou sentindo-se meio ultrajado em ter Jimin lhe perguntando se ele estava limpo de doenças sexualmente transmissíveis, mas entendeu a preocupação, faria o mesmo, em situação parecida. Era comum que muitos tivessem e não se importassem de avisar o parceiro, o que além de errado e nojento, era péssimo.

— Estou, não tenho transado com mais ninguém além de você... Só por hoje, né?

A confiança que um estava botando no outro não era recomendável. Era arriscado e perigoso, se algum dos dois tivesse alguma coisa, talvez essa confiança fosse quebrada de maneira abrupta. Jungkook não saia metendo em qualquer buraco e Jimin também não saia dando para qualquer um.

Era uma pergunta de segurança necessária, apenas. Ambos eram como ficantes fixos, talvez namorados, se o modo como se tratavam constantemente contasse.

Ao guiar a cabeça do pau até aquele orifício minúsculo, penetrou sem pressa, esperando as reações de Jimin. Era um amante preocupado e cuidadoso, afinal — apesar de estar envolvido com um verdadeiro vagabundo na cama.

Resmungou de alívio quando entrou pela metade, ainda observando o rosto calmo de Jimin, a boca inchada em formato de 'o' sendo puxada em um sorriso ladino, amava a sensação quente e crua do pau de Jungkook estirando por dentro. Mordendo (ainda mais) os lábios, Jimin sorriu ao receber um pau grosso dentro dele. Sem vergonha. Naquele momento, ele era a definição de erótico. Ele era provocante, instigante e viciante. Uma obra completa.

Quando se meteu a ponto de sentir a pélvis encostar na bunda do loirinho, pensou se estava tudo bem. Tão rápido como apareceu, a preocupação se foi. Lembrou o putinho que estava lidando, e quando abriu os olhos e focou na expressão de Jimin, o sorrisinho ladino estampado naquela cara lisa respondia a sua pergunta. Lentamente, deu a primeira estocada, só para irritá-lo, sabia o quão desesperado o outro estava. Além de provocar, estava aproveitando o pouco tempo que tinham, daqui a alguns minutos, quando estivessem satisfeitos e suados na cama, teriam que se vestir e fingir que não passavam de bons amigos. Uma relação que não deixava de ser verdadeira, só meio estranha.

Você não, literalmente, goza na cara do seu amigo.

Era sufocante aquela situação do caralho.

Enquanto pensava no quão fodida e complicada era a sua relação com o seu hyung, Jungkook acelerou as estocadas, indo e voltando de forma rápida, sentindo o seu caralho sendo apertado em volta daquele buraco molhado. Jimin era tão filho da puta que, mesmo cheio e com um pau entalado até o fundo, ainda tinha disposição para contrair as pregas e ser uma provocação total. Eles não tinham muito tempo, não demoraria muito para que Junghyun começasse com a série de ligações sem parar. Por isso, ia rápido e com força, sentia a cama tremer e o barulho dela em contato com a parede.

Os gemidos de Jimin e os rosnados de Jungkook, junto do barulho cru de pele suada batendo uma na outra, e o cheiro predominante de sexo eram o único som que preenchia o ambiente. Sujo, rápido e proibido. Enrolou as pernas em volta da cintura fina do moreno, apertando e abraçando o corpo malhado.

Sim, sim, sim... Sua voz afinava a cada vez que sentia a cabeça do pau de Jungkook bater na sua próstata, inchando e enviando ondas de prazer. Jimin se pôs a masturbar, quase no próprio limite, sentindo aquela euforia conhecida na boca do estômago. Sentiu as veias vibrarem na sua mão, e a próstata ser estimulada com força. Apertou em volta, num pedido silencioso para ser feito de novo, e gemeu em voz alta, pedindo por mais.

— Isso, isso... — era a única coisa compreensível que conseguia falar.

Seus dedos se contorcem, os músculos apertados procurando por alívio. Chegou ao pico sem ao menos perceber, gozando por todo o seu estômago. Soltou murmúrios fracos, sôfregos, bêbado da quantidade de endorfina que recebeu. Ao não aguentar o aperto em sua volta, por já estar sensível, Jungkook retirou de dentro do loiro e movimentou o prepúcio para cima e para baixo, rente à barriga gozada de Jimin, pretendendo aumentar a bagunça.

Quando a sua porra saiu e Jungkook pôde soltar o seu gemido quase brutal, Jimin poderia jurar que gozaria novamente, mesmo sem nem ter o que jorrar mais, só de observar a expressão prazerosa no rosto dele. Jungkook era fodidamente lindo.

Mesmo suados e com o torpor pós-sexo, correram para se arrumar a tempo de Junghyun não desconfiar da demora. Jungkook carregou o corpo molenga de Jimin em direção a jacuzzi, sabia que o loirinho demoraria alguns minutos para se recompor por completo.

Seus pensamentos ainda ferviam com as palavras não ditas mais cedo. O medo da rejeição e do fim da relação que tinham. Era a hora exata para aquilo? Não queria estragar o clima, tampouco afastar Jimin.

— Jimin — Sua voz saiu pesada, os pulmões trabalhando para se recuperar das atividades anteriores. Sem sinal de honoríficos, denunciando a seriedade do assunto, não por desrespeito, mas para que Jimin soubesse que ele queria conversar por igual, e, não como o dongsaeng do seu melhor amigo.

— Pirralho... — Jimin respondeu e sentiu os olhos de amêndoas vidrados em si. Estava um de frente para o outro, não tinha mais como disfarçar, eles teriam aquela conversa. — O que foi, Jungkookie? — Perguntou após perceber a seriedade no rosto do mais novo.

— Eu não quero mais continuar com isso — disse de uma vez.

— Oh... — balbuciou, sem saber o que responder. — Ok. Você... — limpou a garganta. — Você encontrou alguém? — Tomou coragem e perguntou, temendo que a decepção estampada na sua cara fosse perceptível. Era esperado que Jungkook, um jovem bonito, inteligente e encantador, fosse encontrar alguém para compartilhar momentos da vida, em um relacionamento saudável.

— Sim e não. — Jungkook respondeu, olhando para os dedos, por pura timidez. — Olha, Jimin, eu sei que você ainda me enxerga como um pirralho, o irmão mais novo do seu melhor amigo, talvez até como a criança pentelha que eu era no passado. — Coçou a sobrancelha e riu um pouco, lembrando como ele era insuportável quando se tratava de Jimin. Sempre procurando estar ao redor dele, como um satélite.

— Você sempre foi adorável — Jimin sussurrou, temendo o que Jungkook tinha a falar. O moreno sorriu e voltou a falar:

— Eu cresci, hyung, não sou mais aquele garotinho que fazia desenhos e te entregava, esperando a sua aprovação — disse de uma vez, olhando a movimentação da água. Somente Jimin estava dentro dela, movendo a espuma dos sais de banho com a mão. — Sou um homem agora, Jimin, e não quero mais encontros casuais com você. Não quero só gozar e ir embora sozinho para o meu apartamento frio. Quero uma companhia. Quero alguém que me ame e seja o meu namorado, alguém para assumir e poder dizer em voz alta que estou apaixonado.

Mesmo com os olhos vidrados na espuma, conseguiu ouvir o seu hyung suspirar lentamente.

— Escolhi você, Park Jimin, porque eu te amo e te quero por completo — soltou de uma vez, enquanto Jimin fazia contato visual com ele.

A surpresa era nítida na sua expressão, os olhos fixos, arregalados e gigantescos. Conseguia saber exatamente o que se passava na cabeça dele, algo como: 'Você só pode estar brincando!'.

— Não quero só o seu corpo, mas desejo ter um pouco do seu coração, também. Se não for possível, eu entendo, de verdade. Você é livre e continua sendo um homem incrível, eu te respeito e te admiro demais, Jimin, eu nunca poderia ficar com raiva de você. Se não estiver preparado para ficar comigo, espero que seja feliz com alguém decente e que te dê valor o suficiente. Chega de idiotas que só pensam com as bolas, ok? — Tentou fazer graça para disfarçar o aperto horrível que tinha no peito. Seus pensamentos voltados em 'você estragou tudo!', se martirizando por ser desesperado pelo carinho e afeto de Jimin.

"Talvez você ainda seja uma criança boba. Sua mente o tentava pregar peças."

— Poxa, Kookie... — As lágrimas denunciavam a emoção de Jimin.

Ninguém nunca havia dito algo tão bonito para ele. Pela primeira vez, em anos, sentia-se verdadeiramente amado.

— Você não precisa responder agora, hyung. Sei que deve ser muito para absorver, posso te esperar.

— Mas eu aceito a sua confissão — respondeu, levantando e indo de encontro com o corpo musculoso que estava em sua frente, na jacuzzi. — E faz muito tempo que não te vejo como alguém imaturo.

— Sério? — Sua cara de surpresa era impagável. — Entendo se você não retribuir os meus sentimentos na mesma intensidade, hyung, só peço que, ao menos, possa tentar ser recíproco.

Ele imaginava que seria negado e jogado para escanteio. Park Jimin sempre foi uma pessoa livre, prender-se a alguém era algo que não combinava com ele. Porém, ao pensar nisso, Jungkook estava se referindo ao Jimin de cinco anos atrás, mais jovem e disposto a ter relações casuais com qualquer um, até mesmo o irmãozinho do seu melhor amigo, somente para sentir o tabu da coisa.

Sempre em busca de um desafio, Jimin achava relacionamentos sérios irritantes e uma perda de liberdade.

— Sim, eu aceito — respondeu emocionado, correndo para os braços de Jungkook. Por mais que não compartilhasse do amor avassalador que Jungkook nutria por si, Jimin gostava bastante de Jungkook, e ele não estava acostumado a reprimir e ignorar os seus sentimentos. Gostava de Jungkook e tinha uma paixão por ele. — Primeiro, precisamos ir com calma. Não quero que os seus pais surtem, proponho tentarmos e contar a verdade somente quando tivermos certeza que não foderemos com tudo.

Jungkook assentiu, emocionado e sorrindo para Jimin.

Gostava da versão mais jovem e rebelde de Jimin, vivendo livremente e exaltando os seus 20 e poucos anos.

E, agora, amava a que estava prestes a entrar na faixa dos 30 anos, essa que também não queria apenas encontros casuais ou qualquer coisa do tipo. Ele poderia não saber, mas o Jimin de agora queria ter uma família, alguém que o amasse e respeitasse acima de tudo.

Uma companhia para dormir agarrado nas noites frias de inverno e para reclamar da temperatura escaldante do verão.

Jimin poderia ter escolhido qualquer um — a lista era imensa —, mas, ainda, sim, escolheu a pessoa mais improvável: o irmãozinho do seu melhor amigo que, de irmãozinho, não tinha nada.

Porque agora Jungkook era o seu namorado.

O seu homem.


Notas Finais


***A prática de ter relações sexuais sem camisinha é extremamente PERIGOSA (gravidez é o de menos comparado com o tanto de DOENÇAS que existem), por ser uma história de ficção, com eles não “aconteceu” nada, mas, na realidade, por favor, USEM! Não se deixem levar pela confiança no parceiro.***

É a primeira vez que me arrisquei escrevendo uma pwp e fico feliz que tenham gostado! Obrigada de coração 🥰 ❤: https://linktr.ee/cybersad

Enfim, obrigada de verdade! Se cuidem e muita luz para vocês 🌠🌌


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