História You And Me In A Lost Paradise - Four

— JungKookie... Ei acorda! - abri meus olhos vendo ele ao meu lado. Sorri e ele retribuiu. — Marta quer falar com você.

— Sobre o que? – perguntei coçando meus olhos e sentando direito na cama.

— Não sei, ela só me disse pra te chamar. Vamos? – perguntou levantando e estendendo a mão pra mim.

— Ok. – segurei e levantei andando junto a ele, saímos do quarto e Marta sorriu pra nós assim que nos viu, nossas mãos ainda estavam juntas, Jimin sorrio de leve e me levou até o sofá sentando ao meu lado, Marta fez o mesmo.

— Então Marta o que queria falar com ele? – perguntou Jimin curioso.

— É que eu estou preocupada meninos, o JungKook passou o dia inteiro aqui e já é sete horas da noite, sua mãe deve estar muito preocupada. – não Marta ela não está.

— Não, minha mãe não deve estar preocupada comigo... Mas realmente acho que está na hora de eu ir mesmo. Desculpa pela bagunça de mais cedo – comentei e ambos sorriram. — E obrigado por me deixar ficar aqui, foi muito divertido.

— Não foi nada meu querido, espero que venha mais vezes aqui... Estou realmente feliz pelo Jimin ter te encontrado, você é um garoto incrível. – sorri envergonhado e a mesma veio me abraçar.

— Eu te levo JungKookie! – Jimin falou todo animado. — Só deixa eu ir pegar os nossos casacos. – ele foi correndo em direção ao corredor pra ir ao seu quarto.

— Marta, obrigado de novo.

— De nada querido... E por favor, venha fazer bagunça com aquela criatura mais vezes, é divertido ver vocês dois brincando que nem crianças. – sorrimos juntos e logo ouvimos passos vindo em nossa direção, eu e Marta andamos indo para o começo do corredor encontrando um homem alto de terno, percebi que Marta arregalou os olhos e olhou um pouco assustada pra mim. — Senhor! – o cumprimentou abaixando a cabeça, o mesmo a ignorou e olhou fixamente em mim, me fazendo ficar desconfortável, mas achei melhor o cumprimentar também.

— Olá senhor! – abaixei a cabeça corando violentamente.

— Quem é você garoto?

— Um amigo do seu filho... Prazer.

— Cadê o Jimin Marta?

— No quarto, pegando seus casacos. – respondeu a mesma.

— Pegando seus casacos?

— Sim, Jimin irá acompanhar seu amigo até em casa. – ele olhou de canto pra mim e arqueou as sombra celhas.

— Você pode indo embora, Jimin não irá te acompanhar. – falou arrogantemente enquanto andava em direção a porta a abrindo, olhei Marta que sussurrou pra que eu saísse. Andei lentamente quando eu ia chegando na porta, Jimin segurou minha mão e me puxou pra que saíssemos, mas seu pai bloqueio a passagem. — Ele já é grande o bastante pra ir sozinho, larga e o deixe ir!

— Não, eu disse que ia acompanhá-lo! Agora me dê licença pai, por favor. – pediu firme, e quando eu fui perceber Jimin tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto e o vermelho em sua bochecha, arregalei os olhos começando a tremer.

Ele bateu no Jimin na minha frente.

— Eu disse pra larga, ele sabe ir muito bem sozinho.

— Mas... – Jimin sussurrou e eu larguei sua mão passando por ambos e finalmente saindo de sua casa, e quando eu ia dar tchau o homem fechou a porta e eu só pude ouvi os gritos de Jimin.

Deixei uma lágrima escapar e senti como que seu meu mundo fosse desabar... Foi apenas dois dias atrás que o conheci e já tenho esse sentimento, Jimin amanhã irei me desculpar.

*---*

Entrei no consultório dando um pequeno sorriso pra recepcionista que é super educada, e que não merece ser tratada com ignorância por ninguém. E fui andando pelo corredor até chegar ao meu ponto de espera, não vi ninguém lá e suspirei sentado no banco.

Não havia conseguido dormi direito por pensar demais em Jimin, pois queria e quero saber se ele está bem sim ou não.

Suspirei e então decidi entrar na sala da doutora, abri a porta e vi a mesma com uma garotinha, sorri envergonhado me desculpando ela apenas sorrio e acenou, fechei a porta novamente e sentei no banco.

— Jimin. – deixei uma lágrima escorrer, e me assustei com alguém me abraçando, sequei rapidamente o lugar que a lágrima havia escorrido e sorri grande ao ver o Mark hyung se afastando do abraço e sentando ao meu lado, olhei pro lado procurando pelo Jinyoung e não o vi. — E o Jinyoung?

— Ele disse que não podia vir porque estava ocupado com não sei o que! Mas me diz Kookie por que está triste? E não adianta negar, que eu vi você chorando!

— Eu não estava chorando hyung, um cílio havia caído em meu olho.

— Hm. Sei. Vai conta pra eu, o que aconteceu? – suspirei olhando pra baixo.

— Hyung eu sei que é besta mais eu estou preocupado com o Jimin hyung... Ontem eu fui pra sua casa, e quando eu estava indo embora o pai dele apareceu e o agrediu dizendo que ele não podia me acompanhar, hyung ele bateu no Jimin na minha frente e tudo por causa que ele insistia em me acompanhar. Agora estou me sentindo culpado, e estou louco pra saber se está tudo bem com ele. – deixei mais algumas lágrimas escorrerem, vi Mark sorrir de leve e me abraçar.

— JungKook, o Jimin vai ficar bem, ele já é acostumado e sabe como resolver as coisas, e não fique pensando que foi sua culpa porque não foi tá? – apenas acenei e senti minhas bochechas arderem um pouco por conta do aperto que Mark me deu. — Deixa eu te pergunta Kookie... Você e ele se conhecem há três dias não é mesmo?

— Sim, por quê?

— É que parece que se conhecem há anos. – sorri ao lembrar do pedido que ele propôs.

— Ele me pediu pra que eu agisse normalmente com ele sem formalidades.

— Ah por isso ficaram tão íntimos assim... Você pensa que eu e o Jinyoung não vimos o quão perto vocês estavam, safadinho. – corei violentamente.

— Que? Não! – ele me olhou sem expressão arqueando as sombra celhas, fazendo eu rir um pouco. — Ai ta, eu admito que estávamos muito perto mesmo.

— E quando vão começar a namorar? – arregalei os olhos e o mesmo riu ao ver minha expressão.

— Oi garotos me desculpa interromper, mas pode entrar em minha sala JungKook. – sorri pra mesma e entrei em sua sala indo logo direto pra cadeira, esperei ela sentar a minha frente e ela me olhou com uma carinha decepcionante.

— Que?!

— Posso saber o quão grande motivo foi pra você ter faltado ontem JungKook? Logo no seu segundo dia. – falou calmamente.

— Posso, mas eu não quero.

— Ok tudo bem, só espero que isso não volte a repetir, pois fiquei esperando um tempão vocês quatro.

— Desculpa. – sussurrei, e ela apenas acenou dando um sorriso lindo.

— Então, irá se abrir um pouco comigo hoje? Ou não? – pensei por um bom tempo. Eu não tinha motivos pra guarda todas as minhas mágoas, então resolvi contar um pouco.

— Sim doutora, estou cansado de guarda tudo isso só pra mim, espero realmente que a senhora me ajude.

— Pode confiar, irei fazer qualquer coisa pra te ajudar!

2 DIAS DEPOIS...

— Hyung, faz dois dias que não vejo Jimin, o que deve ter acontecido? – perguntei enquanto andávamos pra algum lugar sem rumo.

— Eu também não sei, estou começando a ficar preocupado.

— Que tal irmos até sua casa? – sugeri e o mesmo pareceu concorda na hora e então pegamos um caminho diferente.

Quando estávamos na frente de sua casa, vimos a porta se abrir e sair seu pai, nos escondemos atrás de um arbusto e depois que ele saiu sorrimos um para o outro, até parecia que estávamos fazendo algo super errado.

Batemos na porta e quem veio atende foi Marta, ela deu um grande sorriso e nos abraçou.

— Mark, JungKook! Estava com saudades de vocês.

— Eu também estava com saudades de você, faz tempo que eu não venho pra cá Martida. – comentou Mark.

— Marta, estamos preocupado com o Jimin... Ele está? – perguntei, ela acenou e deixou nós entrarmos.

— Ele está no quarto! Podem ir até lá. – agradecemos e andamos até o final do corredor, batemos na porta e nada, então decidimos abrir um pouco pra espionar.

Jimin estava deitado em sua cama entramos calmamente indo até ele, eu sentei ao seu lado mas o Mark não apenas sentou que nem eu, ele pulou em cima de Jimin o balançando e fazendo cócegas, o mesmo riu um pouquinho ainda com seus olhos fechados, mas logo levantou tentando parar as cócegas de Mark.

— Ai tá eu já acordei! – disse rindo pegando nas mãos de Mark que lançou um beijinho pro mesmo no ar.

— Garoto eu vou é te matar junto com o JungKook! O que te aconteceu em? – Jimin suspirou e olhou pra mim.

— Simplesmente meu pai me chateando como sempre! E pra não deixar vocês ainda mais pra baixo com o meu humor decidi não ir.

— Seu pai brigou muito?

— Sim, ele até me deus uns tapas... – abaixei lentamente minha cabeça, me sentindo culpado, eu acho que eles perceberam e ficaram em silêncio. — JungKook, eu estou bem não precisa ficar assim! – ele se aproximou de mim, pegando em meus ombros.

— Jimin como você não quer que eu fique assim, isso aconteceu por minha culpa.

— Ei não foi culpa sua não seu bobo, meu pai não precisa de motivo pra brigar ou me bater, ele simplesmente desconta tudo que ele sente em mim, e eu estou acostumado. Eu só te peço uma coisa, eu não quero mais ouvir sair da sua boca que a culpa é sua, entendeu? – falou firme, acenei ainda cabisbaixo e senti ele abraçar meu pescoço deixando seu rosto rente ao meu me fazendo arrepiar um pouco.

— Ah que fofo vocês dois! – comentou Mark sorrindo e logo entrando no abraço.

Depois de um tempo estávamos sorrindo e brincando que nem idiotas, deitamos um do lado do outro na cama e não falamos nada. O silêncio estava ótimo até o celular de Mark tocar, interrompendo aquele silêncio gostoso.  

— "Amor! Ah sim tudo bem, eu posso ir sim... Estou na casa do Jimin com o JungKook. Sim ele está bem, é a mesma coisa de sempre com o velho. Mas é claro que sim meu amor, tá eu só vou me despedir deles e ir correndo. Também ti amo baby." – ele desligou todo sorridente e veio até nós. — Vocês se comportem, não façam nada que o hyung não faria! – sorrimos e ele saiu de perto indo pra porta, lançou um beijinho pra nós e saiu.

Olhei pro Jimin que estava um pouco coradinho, ele se aproximou um pouco mais de mim e suspirou fundo.

— JungKookie eu quero te dar um selinho! Posso? – perguntou acariciando minha bochecha, aquilo tinha sido inesperado, eu só sei que se colocasse um tomate ao meu lado não ia ter diferença nenhuma na cor.

Ele estava me encarando tão profundamente, enquanto eu tentava desviar o encontro de nossos olhares.

— Jimin hyung, lembra que não precisa de permissão em nada que queira fazer, simplesmente faça. – e finalmente o encarei encontrando aqueles olhos castanhos lindos, observei ele morde seu lábio. — E sim você pode. – sussurrei  me aproximando pra que ele pudesse colar, ele sorrio e colou suavemente logo dando uma sugadinha, dei um leve sorrisinho após ele se afasta um pouco e colar novamente, segurando meu lábio entre seus dentes e o puxando de leve, e logo em seguida o sugando pra si aprofundando o beijo... Isso é bom, beijar Jimin é muito gostoso, nesses últimos dois dias eu fiquei com saudades de seus lábios, saudades do seu jeitinho “tímido”, e de como ele se aproxima tão timidamente de mim.

Senti seu corpo quente colar no meu... Ele separou um pouco sorrindo.

— Era pra ser só um selinho JungKook! – ele me bateu, e eu sorri indignado o batendo também.

— Não me bate não, e por que a culpa é minha?

— Por que é bom te beijar, e eu tento parar mas não consigo.

— Não precisa ficar alterado por isso. – falei sorrindo e o mesmo ficou me olhando por um tempo e logo me roubou um selinho.

— Fofo. Obrigado por ter vindo com o Mark, vocês me animaram... E amanhã eu prometo que vou pro consultório.

— Jimin, amanhã é sábado não tem.

— Ah, é verdade, então vamos sair nós quatro, ou só nós dois que é melhor. – sugeriu animado roubando outro selinho meu, suspirei tristonho.

— Não vou poder. Desculpa.

— Por que?

— Não posso sair de casa nos dias de sábado e domingo, pra falar a verdade eu não posso ficar saindo de casa, só estou saindo por conta do tratamento.

— Espera como assim você não pode sair de casa?

— Minha mãe não gosta que eu fique saindo.

— Ah entendi... Sua mãe deve ser quase igual o meu pai. Ok, irei ficar com você então. – lançou uma piscadinha fofa pra mim.

— Como assim?

— Irei na sua casa, não ligo se meu pai me encher o saco depois.

— Jimin não precisa, isso vai arrumar confusão pra você. – ele revirou os olhos.

— Cala boca. – mandou e selou lentamente nossos lábios em seguida deixando uma chupada. — Não. Adianta. Tentar. Me. convencer. – a cada palavra era um selinho.

— Tudo bem, eu não vou.

— Acho bom mesmo. – sorrimos um pro outro e ouvimos batidas na porta e uma voz de homem do outro lado, me desesperei junto a ele que respondeu que já ia abrir. — Vai pra debaixo da cama rápido! – ele sugeriu me abaixei e me escondi debaixo de sua cama.

Vi ele indo até a porta e abrindo e em seguida fechando, seu pai havia entrado vindo em direção da cama, ambos sentaram.

— Jimin eu queria te avisar algo!

— O que?

— Lembra quando eu falei da minha namorada... Então, amanhã iremos almoçar na casa dela.

— Tudo bem.

— Pronto dei o recado. – vi o homem levantar e ir até a porta com Jimin abriu a porta e se certificou que ele tinha ido mesmo e então a trancou novamente e eu sai debaixo da cama.

— Desculpa, não vai dar pra eu ficar com você amanhã. – abaixou a cabeça enquanto fazia biquinho.

— Tudo bem Jimin, apenas se divirta amanhã.

— Impossível a namorada dele é chata e falsa, ai junta com ele vira o inferno. – sorri pegando em suas bochechas e as apertando, ele fez bico e eu me aproximei dando um selinho demorado. — Adoro quando você começa a fazer isso!

— O que?

— Fazer isso em mim, eu acho fofo. Nunca fui muito de receber.

— Nem eu Jimin, mas para aqueles que eu gosto eu dou um pouquinho.

— Gosta de mim? – acenei um pouco envergonhado. — Ótimo. – selou mais uma vez.