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História All I Needed (SeongJoong) - Capítulo 13


Escrita por: maah_atz

Notas do Autor


Boa Leitura 😊💕

Capítulo 14 - Capítulo 13


— O que é isso? — Seonghwa me perguntou mostrando um pequeno pote de remédio.


— Meus supressores — respondi rindo da cara de nojo dele — Eu não tomo desde que fui para o hospital, preciso voltar com eles logo.


— Claro — ele respondeu colocando o potinho no bolso da sua calça —E isso?


— Eu não sei — franzi a testa — É um álbum de fotos, mas não sei do que.


 Então Seonghwa abriu o tal álbum e ficou olhando as fotos, sua cara não estava melhor do que quando ele viu meus supressores.


— Honggie, a lareira ainda está acesa?


— Acho que não — respondi confuso — Por quê?


— Precisamos queimar essas fotos. Vou esperar o Yunho chegar, ele gosta de queimar as coisas — ele respondeu pensativo.


— Por que você precisa queimar essas fotos?


— Porque o Jiyong está nelas — ele disse como se fosse óbvio.


— O quê? — eu fui do seu lado para ver do que ele estava falando — Ah, são as fotos do meu casamento.


Eu olhei aquelas fotos, eu estava com os olhos inchados de tanto chorar, parecia um miserável. Além de Jiyong e eu, estavam o irmão mais velho dele e meu pai. Eu me lembro daquele dia, provavelmente um dos piores da minha vida. Estava grávido, fui expulso de casa e obrigado a casar com um Alfa que não conhecia, mas já sabia que não prestava. Eu tinha apenas dezessete anos, não tive escolha sobre minha própria vida.


— Mais um motivo para queimar tudo isso — Seonghwa resmungou irritado.


— Tudo bem, não preciso de lembranças dos dias mais tristes da minha vida — dei de ombros.


— Então eu posso queimar tudo o que for ligado aquele verme? — ele perguntou interessado.


— Se for diretamente dele sim, pode.


Era de tarde, Soojin já tinha ido para escola e nós estávamos em casa, mexendo nas caixas que trouxemos da minha antiga casa. Depois dos beijos trocados no sofá, ficamos um tempo abraçados. Ele fazia carinho na minha cabeça e cantava algumas músicas.


— Honggie, temos que ir para cama — ele disse quando eu já estava quase que dormindo.


— Certo — me levantei esfregando os olhos, enquanto esperava que ele verificasse o sistema de segurança da casa. Seonghwa veio até mim, eu achei que ele fosse me abraçar, mas ele me pegou no colo — Seong, o que você está fazendo?


— Te levando para cama.


— E por quê você está me carregando?


— Porque eu quero — ele respondeu dando de ombros — Acostume-se, se eu já era protetor antes, imagina como vai ser agora que eu não preciso mais fingir que eu quero te agarrar toda hora.


Meu rosto ficou levemente corado. Nós escovamos os dentes sorrindo para o espelho, rindo de besteiras que nem realmente eram engraçadas, mas só por estarmos ali, juntos, pareciam muito divertidas. Nos deitamos e ficamos um de frente para o outro, ainda existiam sorrisos bobos em nossos rostos.


— Posso te beijar? — ele perguntou.


— Você não precisa pedir — respondi.


— Então eu posso te beijar a qualquer hora e lugar que eu quiser? Porque eu pretendo fazer muito isso.


— Contando que você não me faça passar vergonha, tudo bem. E precisamos falar com a Soojin, ele é a pessoa que temos que tomar mais cuidado.


— Por quê? — Seonghwa já tinha me puxado para perto dele.


— Ela é uma criança que, infelizmente, veio de um lar repleto de abusos. Ela se apegou muito a você, eu tenho medo de algo dar errado entre a gente e ela sair magoada.


— E o que daria errado entre a gente? — ele perguntou preocupado.


— Não sei, podemos acabar brigando e terminando ou algo assim.


— Hongjoong, nós não vamos brigar e não vamos terminar! — ele falou ofendido com o pensamento de que podíamos terminar — Amanhã mesmo eu falo com a Soojin.


— Não é melhor eu falar?


— Não, vai saber o que você vai falar com ela. Não quero Soojin com essa falsa impressão de que podemos terminar.


— Francamente — ele resmungou, me fazendo rir.







Aquela manhã, após a noite em que nos beijamos, eu acordei me sentindo bem. Abri os olhos preguiçosamente, eu tinha tido uma das melhores noites na minha vida, e me deparei com um ser lindo de olhos pretinhos e pequenininhos me observando.


— Bom dia! — ele sorriu. Pisquei meus olhos ainda sonolento, mas devolvi o sorriso.


— Bom dia! — respondi.


— Dormiu bem? — ele perguntou acariciando meu rosto.


— Sim, muito bem aliás — o carinho dele era muito bom, tanto que eu fechei meus olhos para aprecia-lo.


— Honggie? — ele me chamou depois de alguns segundos. Abri meus olhos e o olhei curioso — Posso te beijar?


— Pode, eu já disse que não precisa pedir — eu sorri de volta mas só depois que eu escovar os dentes.


— Por quê? — ele franziu o cenho.


— Porque acabamos de acordar e eu devo estar com bafo.


— Ah — Seonghwa abraçou minha cintura e me puxou mais para perto, tomando minha boca para si, sem nem me dar tempo de falar nada.


— Papais? — Soojin nos chamou da porta, fazendo me afastar dele na hora, que bufou por eu ter o empurrado — Posso entrar?


— Claro meu amor — respondi para ela, enquanto empurrava as mãos de Seong que tentava me agarrar.


— Bom dia! — ela entrou sorrindo, com os cabelos bagunçados e vestia um dos seus pijamas de unicórnios coloridos. Soojin correu para cama, para nos abraçar — Bom dia Papai, bom dia Pai!


— Bom dia, está com fome? Seonghwa perguntou depois de abraça-la e Soojin balançou a cabeça confirmando — Vamos fazer o café da manhã, quem quer panquecas?


— Eu! — ela gritou pulando.


— Eu vou escovar os dentes, já encontro com vocês — eu disse fugindo das mãos de Seonghwa, que ria de mim.


Quando cheguei na cozinha os dois estavam com as colheres nas mãos fazendo um dueto de "WIN" do ATEEZ. Soojin estava em pé em cima do balcão da cozinha, enquanto Seonghwa estava em pé do seu lado, eles cantavam e dançavam. Soojin começou a rir, Seong a atacou com cócegas e eu nunca fui tão feliz.


Agora estávamos aqui, Soojin já tinha ido para a escola e nós estávamos vendo o conteúdo das caixas.


— Vocês demoraram — Seonghwa falou quando Yunho, Mingi e Minhyuk chegaram em casa.


— A gata do Min escapou, ele me fez procurar essa infeliz — Yunho resmungou.


— Ela fugiu porque você rosnou para ela — Minhyuk reclamou.


— Ela que começou! — Yunho tentou se defender.


— Vocês dois, já chega! — Mingi falou sério — já resolvemos em casa, mas se continuarem com birra, quem vai resolver sou eu!


— Desculpa — Yunho e Minhyuk murmuraram juntos.


Até fiquei surpreso, sabia que ômegas eram submissos aos seus Alfas, e Minhyuk tinha dois. Agora, ver um Alfa obedecendo outro que foi diferente. E, pelo jeito, Mingi tinha a última palavra ali. Mingi é tão gentil, que me esqueço que é um Lúpus. Mas se Mingi pode fazer os outros se calarem apenas levantando a voz, o que será que Seonghwa pode fazer, sendo que ele é um Lúpus Puro?


— Yunho — Seonghwa falou — Tudo nessa caixa você pode queimar. Depois tenho uma lista de outras coisas que você pode dar o mesmo fim.


 — Eba! — Yunho parecia uma criança que ganhou um presente de Natal, já indo mexer na tal caixa.


— Antes de queimar, me deixe olhar isso — Mingi disse — Eu conheço Seonghwa, é muito bem capaz dele queimar qualquer coisa que tenha a ver com Jiyong, sem nem ver direito o que é.


— Ooops! — Seong falou como uma criança pega aprontando.


— Falando em Alfas imprestáveis — Mingi voltou a falar — Preciso falar com você, apenas resolver alguns detalhes.


— Certo — ele respondeu um pouco sério — Vamos no escritório.


Eu achei estranho o comportamento deles, mas como Minhyuk e Yunho não se importaram, deixei pra lá.


— Já volto — Seonghwa falou me puxando pela cintura e me beijando na frente dos outros. Alguma vez eu ia parar de sentir que o mundo deixou de existir quando ele me beijasse?


 — Há! Eu falei! — eu ouvi Minhyuk gritar — Podem me pagar, cem de cada um — eu escondi o meu rosto no pescoço de Seonghwa, que xingou os amigos por apostarem sobre nós.


Seonghwa e Mingi se trancaram no escritório e ficaram lá por mais de uma hora. Minhyuk me ajudou a separar as roupas que íamos doar e cada vez que achávamos algo que poderia ser do Jiyong ou ligado a ele, ia para a pilha que Minhyuk batizou de "fogueira do Yunho".


— Olha essa roupinha! — Minhyuk disse segurando um dos macacões que Soojin usou quando era bebê — É muito lindo!


— Sim — sorri com a lembrança — Nem acredito que meu bebê já vai fazer seis anos.


— Falando nisso, precisamos terminar de organizar a festa dela. Você ainda não fez a lista de convidados — Minhyuk me lembrou.


— Verdade — Yunho concordou preciso da lista, para planejar a segurança e investigar os convidados.


— Planejar a segurança e investigar os convidados? — perguntei sem acreditar naquilo — Yunho! São crianças de seis anos! O que você acha que elas vão fazer?


— Nunca se sabe, melhor se prevenir.


— Ele está brincando? — perguntei para Minhyuk, que deu de ombros.


— Não, eles realmente levam a sério, acostume-se.


— Hong, não são só as crianças convidadas, também investigamos os pais, pessoal do buffet, a empresa que vai fazer a animação da festa... — Yunho foi enumêrando — Mingi ainda está tentando convencer Seonghwa a fazer a festa na casa pública e não aqui.


— Sinto que vou me arrepender de perguntar isso — falei passando a mão pelo meu cabelo e me sentado no sofá — Como assim, casa pública?


— Honggie, o Seonghwa pode ser o amor da sua vida — Minhyuk disse e eu corei — Mas ele é um "amor" só contigo. Você se esquece que ele é o Alfa Lúpus Puro temido na Ásia inteira. Ele pode ser bonzinho conosco, mas ele não tem uma coisinha que chamamos de paciência e misericórdia, por exemplo.


— E eu não vejo problema nisso — Yunho resmungou.


— Porque você é outro psicopata — Minhyuk respondeu e Yunho ofegou, se fazendo de ofendido — Yunnie, eu te amo muito, mas você tem tendências psicopatas e sabe disso.


— Talvez — Yunho deu de ombros, como se aquilo não fosse nada.


— Voltando ao assunto — Minhyuk continuou — Seonghwa tem uma casa pública, que todos sabem o endereço, é lá que ele recebe visitas e as vezes dá festas. Mas essa casa aqui que estamos é privada, só os mais próximos sabem que ela existe.


— Receber visitas? — De quem ele recebe "visitas"?


— Então só vocês vieram aqui? — perguntei sem intenção nenhuma de saber se ele já trouxe outro Ômega para essa casa.


— Nós, o pessoal que você viu na festa de recepção que fizemos para você — Minhyuk respondeu distraído — E aquela vaca nojenta, só acho que ela que ela não chegou a morar aqui, só...


— Minhyuk! — Yunho o repreendeu, o de cabelos loiros tomou um susto e tentou mudar de assunto.


— O importante é que você precisa fazer essa lista. Semana que vem vamos começar a provar os doces e escolher o sabor dos bolos.


O loiro continuou a falar animado, eu respondi cada pergunta e fingi bem que tinha esquecido o assunto. Mas eu ia descobrir quem era "aquela vaca nojenta" e porque eu não poderia saber nada daquilo. Eu não me lembro exatamente do que estávamos conversando, Minhyuk mudava de assunto muito rápido.


Quando de repente ouvimos o Seonghwa rugir no escritório, então veio um barulho muito alto, eu acho que ele socou alguma coisa.


— Fiquem aí, eu vou ver o que esta acontecendo — Yunho falou — Não deve ser nada, sabem como Seonghwa é.


Por mais que ele tentasse nos acalmar, eu sabia que estava mentindo. Eu tinha noção que Seonghwa era um Lúpus Puro temido por todos e toda essa história, mas comigo não. Comigo ele sempre foi gentil e carinhoso, nunca ergueu a voz para mim, prometeu cuidar da minha família e tinha jurado amor, ou algo assim, na noite anterior. Ele até queria me marcar! Então não, não tinha como aquilo "não ser nada", algo tinha o enfurecido.


Antes que Yunho chegasse a porta, Seonghwa a abriu com força e veio na minha direção. Parecia marchar de tanto ódio que emanava dele. Eu não tive medo, ele nunca faria algo contra mim, mas aquilo me surpreendeu.


— Você! — ele me pegou nos braços e de repente eu estava sendo prensado contra a parede. Ele me tirou do chão, me fazendo enrolar as pernas na sua cintura — Você é meu! MEU! Ninguém vai tocar em você! Nunca! Eu não vou deixar que nada te aconteça! Você só sai daqui comigo ou com dois seguranças!


— Seonghwa, o que está acontecendo?


— Dois não, três! Três seguranças!


 — Seonghwa! — eu insisti.


— Prometa, Honggie. Prometa que não vai se afastar de mim e sempre vai estar onde eu possa chegar até você!


— Ok, eu te prometo.


— E promete que você é meu! Que se alguém tentar encostar em você, vai me avisar, para eu matar essa pessoa lentamente!


— Do que você está falando?


— Promete, só promete!


— Seong, eu sou seu, lembra? — eu segurei seu rosto entre as minhas mãos — Eu sou seu, você é meu e eu prometo o que você quiser, principalmente se for algo relacionado a minha segurança ou da minha filha. Agora me fala o que está acontecendo, por favor.

Ao invés de me responder, ele me beijou furiosamente.


Notas Finais


Até o próximo 😉


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