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História You are my brother, right? - A complexidade de como eu expresso meu amor por você


Escrita por: tellmeahistory

Notas do Autor


Bom, eu espero que o Spirit não apague esse capítulo por a imagem ter uma teta aparecendo. É um desenho, não é pornografia além do fato que é...ARTE! Não estou expondo nenhuma mulher explorada pela industria pornográfica, então...NÃO EXCLUAM MEU CAPÍTULO ESCRITO TÃO SUADAMENTE!
P.S: Boa leitura, não esqueçam dos cometários.

Capítulo 46 - A complexidade de como eu expresso meu amor por você


Fanfic / Fanfiction You are my brother, right? - A complexidade de como eu expresso meu amor por você

O silêncio é a única coisa que se é capaz de ouvir do lado de fora da matilha, uma hora depois desse alto rosnado que ninguém se atreveu a ir olhar, julgando ser o resultado de algum jantar que deu severamente errado. Não é dá conta dos outros, eles pensam como desculpa para que não saiam de cantina, deixando seu delicioso caldo verde de lado e tenham que tomar alguma providência a respeito. Por mais que desejem estarem comendo os saborosos pratos individuais de cada família, eles não querem deixar o que lhe foi destinado de lado.

De uma forma ou de outra, eles conseguem arranjar uma forma de manterem um clima agradável e confortável para as outras almas gêmeas que estão ali apenas para conhecerem uma terceira possibilidade de moradia quando se formarem em seus respectivos treinamentos. Comandado pelo irmão da alfa líder, o castanho puxa um papo agradável sobre fatos históricos da matilha, batalhas antigas e internas e histórias sobre os Deuses. Sua avó, se ainda estivesse viva, teria grande orgulho de não estar correndo para longe das partes assustadoras.

Ele sorri e gargalha ao lado da esposa, contando aos mais novos extremamente interessados, de como Cronos cortou fora a dignidade do próprio pai. Parece existir uma mágica que enfeitiça os mais novos sobre a mutilação da genitália de um homem, pois a gerações que esse tipo de história atrai cem por cento da atenção de todos em volta. Até os mais velhos dividem sua atenção em uma conversa principal e a história que o alfa está contando, causando um pouco mais de risadas ao homem e sua alma gêmea perceptiva.

Mas ao longe desta pequena multidão concentrada, um casal está deitado sobre uma toalha de algodão focando em observar as estrelas. A beta deveria estar em outro lugar, junto a seu pai e irmã, para o jantar com a alma gêmea da mesma. Demonstrando seu suporte e interesse ao casal, que ela claramente não parece nutrir muito no momento. Seus pensamentos e desejos estão em se manter aqui, colada ao corpo do alfa de olhos puxadinhos, que faz uma série de comentários bestas para ver a morena gargalhar.

-É aquela ali?-Questiona a mais baixa, erguendo seu braço para cima e apontando com seu dedo indicador para uma pequena constelação no céu.-Qual é a história dela?

-Ah, essa é a melhor de todas.-Ele afirma, vendo a mais nova se contar para não gargalhar antes da hora.-O quê? Eu ainda não falei nada.

-Querido, qualquer coisa que saia da sua boca já é ridículo o suficiente.-Ela rebate, levantando uma sobrancelha para a falsa expressão de ofendido que o mais velho expressa.-Não me vêm com essa cara! Você só sabe fazer palhaçada, Minho!

-Nossa! Você definitivamente atualizou os status de “Suporte de alma gêmea”!

-Isso não existe!-Rebate a beta, se levantando de leve e sustentando seu corpo pelos cotovelos.-E não é o meu trabalho ir nessa sua ladainha de histórias falsas sobre as constelações?

-Como sabe que elas são falsas?!-O alfa questiona, levantando uma sobrancelha ao comprimir os lábios.-Não tem como provar algo que foi contanto por nossos ancestrais a milhões de anos atrás.

-Posso provar que a sua história é a errada!-Afirma a morena com certeza, se sentando de forma correta de frente para o corpo deitado do mais velho.-Não tem a menos possibilidade de que aquela constelação ali, que você falou antes, tenha sido criada por Limos!

-Como não?-Indaga com convicção o mais velho, se levantando também e a olhando nos olhos.-Ele fez como presente de casamento para Deméter! Todas as constelações são algum tipo de presente para a esposa, elas tinham um nível alto naquela época.

-Idiota!-Exclama a beta, dando um leve empurrão no ombro de Minho, que deixa uma fina risada escapar.-Limos é o Deus da foma! Ele não tem como fazer uma coisa dessas.

-Brenda, é sério que você vai usar essa jogada?!-Pergunta o alfa, de uma forma presunçosa que irrita a alfa.-Não pensei que fosse tão burrinha.

-EU NÃO SOU BURRA!-Ela grita contra o rosto dele, se inclinando para frente e o empurrando contra o chão.-Então qual é a sua explicação extremamente inteligente para as constelações criadas pelo Deus da fome?!

-Ele pediu a Zeus, obviamente!-O alfa fala, como algo óbvio de ser apresentado a outra pessoa.  Mulher sobre seu corpo solta um interno rosando ao revirar os olhos.-Não acha mesmo que Zeus iria negar um pedido tão romântico como este, acha?

-Eu nunca ouvi alguém dizer isto por ai!-Ela afirma, apertando suas mãos contra os pulsos do alfa deitado abaixo de si.-Não tem como só você saber está história.

-Sabe quem acreditou em mim?-Ele questiona a mais nova, essa que nega de leve com os olhos desviados.-Mônica Faris.

-Aquela ômega filha da puta?!-Pergunta Brenda se levantando de cima do alfa e apertando os olhos irritada com o mais velho.-Por que caralhos você estava contando para ela sobre uma história ridícula de com uma constelação foi feita?!

-Amor, este não é o ponto...

-Olha aqui, Minho Sheffield,-Começa a mais nova, se colocando de joelhos frente ao corpo do alfa ainda deitado.-, se você continua se engraçando para cima das ômegas da matilha, eu mesma corto fora esse teu pau de merda! Está me ouvindo!?!

-Você adora meu pau de merda, engraçado né?-Indaga em um tom mais baixo, o alfa, recebendo o olhar irritado da namorada como resposta.-TÁ! Eu não falei nada!!

-Tchau, Minho.-Brenda diz, se levantando da toalha e ajeitando ao short que usa.-Eu devia estar no jantar com a Harriet e Alisson mesmo.

Diz sem ao menos olhar para trás, seguindo caminho em direção a sua casa, deixando o alfa para trás. Não compreende como o mais velho pode ser capaz de dizer, tão descaradamente, para si que esteve contando história românticas para outra mulher quando tem um relacionamento assumido consigo. Não são almas gêmeas, mas isso não é uma desculpa para desmerecer tanto seu relacionamento com a beta. Ele não pensa em seus sentimentos? Brenda tem a leve impressão que não.

Ela passa pela pequena multidão de jovens que ainda estão sentados, abismados com as histórias antigas dos Deuses, fascinados pela forma que o irmão da alfa líder sabe contar histórias. Ouviu uma vez, quando a mão do castanho ainda era viva, que o mesmo saia correndo da roda, todo chorão, todas as vezes que as histórias eram contadas. Que tinha medo da ira dos Deuses, de ser morto pelos mesmos se desrespeitasse algum deles se estivesse despercebido. A falecida Stilinsk dizia que o filho morria de pavor de Afrodite, temendo sofre pelos encantos da Deuses e ser assassinado pela mesma sem poder se defender.

A beta solta uma fina gargalha, pesando em como o alfa rir abertamente de como os jovens estão interessados, resistindo ao impulso de gritar o nome da Deusa para apenas assustar o mais velho de longe. Não fará isso, obviamente, tem coisas mais importantes para fazer agora, como comparecer a um jantar que já devia estar presente a uma hora atrás. Deve assustar o castanho outro dia, quando tudo estiver mais calmo e ela possa sair impune por assustar o tio de seu melhor amigo com maestria.

Seus olhos castanhos escuros se encontram com a sua casa, a alguns passos a frente. Sua mente se divaga de como receberá a bronca de seu pai ao passar pela porta, talvez um puxa pelo braço e uma repreensão ao pé do ouvido, para manter as aparências frente a alma gêmea de sua irmã. Se bem que a alfa de cabelos pretos e pele branca, que divide a alma com a primogênita não é bem educada com uma formalidade de atitude.

A menina sai por ai fazendo fofoca das pessoas, contando segredos e descobrindo outros ao longo do caminho. A única vez que a mesma esteve por aqui, a algumas semanas atrás, descobriu três traições em alguns relacionamentos aqui, um deles foi da própria beta que rosnou tão alto que pode ver sua casa tremer. Não existe a necessidade de manter as aparências frente a alfa, o que significa que receberá um tapa ali mesmo, na frente de todos. Mais que isso seria extremo, já tem 23 anos de idade, se seu pai lhe levantar um dedo para ferirá, ela claramente revidará.

Entretanto, mesmo assim afunda bem suas mãos no bolso ao apertar os olhos para a porta de casa, buscando em sua mente uma desculpa boa o suficiente que suprima o fato de não estar presente em algo tão importante. De fato, Brenda está muito errada em “fugir” com Minho para observar as estrelas em um dia tão importante, mas eles tinham brigado semana passada e fizeram as pazes hoje de manhã. Tinha um certo clima para que ela tenha priorizado seu relacionamento em um dia que claramente é da negra de cabelos cacheados. Dizer isso não será uma justificativa, apenas reforçará seu papel de péssima irmã.

Sua atenção é desviada quando uma movimentação na floresta ao seu lado lhe faz virar o rosto, observando por entre a escuridão da noite e os arbustos um animal está escondido. O cheiro lhe é familiar, mas a mulher nega com a cabeça que esteja certa, uma vez que a caçula dos Stilinsk nunca se transforma dentro dos limites da matilha. Tem medo de voltar a forma humana, ficando nua na frente de todos os integrantes que incluem o alfa de pele morena. Quando suas íris escuras se encontram com as amarelas do lobo, a morena tem certeza que se trata da loira.

-Sonya?-Ela chama, dando um fino e quase imperceptível passo para a direção da mata, mas o lobo levanta bem as orelhas e corre para dentro sumindo na escuridão.-Que porra?

A beta da outro passo na direção da floresta, deixando que a leve preocupação lhe consuma de vagar para que vá atrás da mais nova, se certificar de que está tudo bem com a outra. Mas desiste, pensando que se algo está errado com a loira, sua família provavelmente já deve estar ciente, afinal de contar...a alfa líder sabe exatamente o que se passa com cada um de seus filhotes. Brenda não sabe exatamente porque, mas um sorriso cobre seus lábios com esse pensamento, a fazendo questionar se não deve mesmo ir atrás do lobo negro dentro da floresta.

-Não!-Alguém grita, fazendo a morena se arrepiar toda ao se virar para trás.-Eu só preciso...-A alfa para de falar, se virando para trás e olhando nos olhos da beta.-,eu preciso de ar! Só vou dar uma volta e já volto, ok?

-Alisson!-Grita a negra, observando a mais velha correr para longe da casa, deixando que sua frustração e ansiedade sejam expressadas pela pressão de seus pés na terra. A beta suspira fundo, colocando as mãos sobre a cintura e olhando para o céu.-Merda.

-O que você fez?-Indaga Brenda, atraindo a atenção da mais velha, que desvia os olhos para o lado onde a beta se aproxima hesitante.-Você deveria se aproximar dela, não fazê-la fugir.

-Vai se fuder, Brenda.

-Uou! Eu não sou o inimigo aqui, querida.-Brinca a mais nova de leve, parando no fim dos degraus, apertando os olhos para a negra lhe olhando de cima.-O que aconteceu, Harriet?

-Eu...-Começa a mais velha, virando seus olhos para a direção onde a alfa desapareceu de sua vista. Ela suspira fundo, subindo alto seus ombros antes de descê-los rapidamente.-Sinceramente? Eu não tenho ideia.

-Ótimo.-Responde a beta, se virando para trás e se sentando no segundo degrau, formando um leve sorriso nos lábios.-Que ótimos relacionamentos amorosos nós temos, né?

-A culpa provavelmente é do papai.

Comenta Harriet, se sentando ao lado da irmã e soltando uma fina gargalhada ao lado da mais nova. Encosta de leve se ombro coberto pela manga do vestido com o descoberto da morena, fazendo a mesma lhe lançar um fino olhar gentil que diz muito mais que as palavras são capazes de expressar. Um olhar, terno, profundo e significativo, que diz um “desculpe pelo atraso” ao mesmo tempo que diz “estou aqui agora, me diz no que posso ajudar”. Mas a beta mais velha não sabe bem qual solução teria êxito neste momento, uma vez que nem ela compreende a situação que se encontra.

-Nós tivemos uma breve discussão ontem na matilha Miller.-Começa a mais velha das irmãs, colocando uma mecha de seu cabelo cacheado para trás.-Era sobre um rapaz da matilha dela, a alma gêmea dele tem dependência grau três.

-Nossa, achei que fosse uma naquelas doenças que só existem nos livros.-Expressa a de pele morena, soltando uma fina risada para a cara confusa da mais velha.-Você sabe; prisão felina, ligação pré-matura, assassinato interno, dependência felina.

-Assassinato é um mito, Brenda.-Afirma a negra, revirando os olhos para as baboseiras que a irmã mais nova gosta de dizer por ai. Tudo que ouve nos bares que frequenta na cidade.-Mas é, ele tem dependência, e esse rapaz da matilha Hale estava tendo uma crise de pânico ao se dar conta responsabilidade que isto é para ele. Que vai se daqui em diante.

-Verdade. Uma vez, na cidade eu ouvi de um cara que tinha cara de grau 2 que pulou da janela porque sua alma gêmea não lhe deu um beijo de despedida.-Conta Brenda, acenando de leve para a face confusa e hesitante na negra ao seu lado.-O quê? Eu realmente ouvi isso no bar!

-Não, é que a Ali disse uma coisa pareci...não importa.-Conclui antes de terminar de formular sua frase, aceitando o fato de que podem ser duas histórias diferentes ou a mesma de fontes diferentes.-O ponto é que todo mundo da mesa onde estáv...

-Quem é todo mundo, Harriet?

-Isso não importa para o que eu estou tentando falar! Dá para calar a boca e me ouvir?-Expressa a mais velha, revirando os olhos quando uma brisa percorre o ar movendo seus cachos negros pelo ar.-A gente começou a tomar partido se estivesse na mesma situação que ele, em parte porque eu disse que ele não precisava assumir essa responsabilidade se não quisesse.

-E daí?-Indaga a mais nova, deslizando sua mão sobre os ombros e braços, começando a sentir o frio da noite lhe atingir.-O que o relacionamento de outra pessoa interfere no de vocês duas?

-Ela..., você está devidamente certa. Mas ela, por alguma razão que não entendo, ficou sentida pelo fato de eu me posicionar a favor de que ele terminasse com o outro rapaz.-Conta a de pele negra, tensionando seu maxilar.-Eu não entendi...

-Você se posicionou a favor do rapaz que não tem dependência? Para que ele termine com o que tem?-Questiona Brenda, afim de compreender bem de quem está falando. Harriet acena em confirmação.-Ela tem dependência ou alguma doença relaciona a alma gêmea?

-Não.

-Então com que porra ela está preocupada?!-Indaga a morena com uma sobrancelha levantada, observando sua irmã pensar a mesma coisa ao olhar para frente, apoiando os cotovelos nas coxas.-Harriet.

-Sabe, eu leio muitos livros.-Constata a mais velha, respirando fundo.-Não por causa da preparação para dar aula, mas porque eu gosto. Aprecio o fato de observar em trezentas páginas, o desenvolvimento de como uma personagem é capaz de pensar. De sentir, de mostrar sua perspectiva da vida.

-Ok?-Diz a morena, apertando os olhos para entender o raciocínio da irmã.-Eu não estou conseguindo te acompanhar...

-Compreendo muitas coisas da vida, Brenda. Conhecimento me trás experiência de ser inteligente quando falo com você.-Diz Harriet, fazendo a beta ao seu lado recuar um tanto ofendida.-Mas eu não entendo a Alisson. Um mês me encontrando com ela, saindo nos bares da cidade de mãos dadas com ela...e eu ainda não a decifrei.

A morena não responde, em parte por não compreender corretamente o que sua irmã quer dizer com isso, mas também por partilhar do mesmo sentimento ao seu próprio namorado. Deixando que sua mente divague pelas milhões de razões por seu namorado estar sempre dando em cima de outra pessoa, sempre mostrando publicamente que ela não é o suficiente para satisfazê-lo. A ferindo de uma forma sutil, mas ao mesmo tempo a beta não sabe como viver sem a presença do mesmo em sua vida.

Quando o tecido quente e pesado toca sua pele, a morena desperta sua rápida viagem entre os pensamentos, olhando para trás onde seu pai lhe forma um fino sorriso nos lábios. Ela agradece, sabendo que o mais velho estava dentro da casa, observando e esperando o momento certo para se penetrar na conversa de suas filhas. Ele caminha para se sentar na ponta, olhando para a face triste e confusa da filha mais velha.

-Querida, posso dizer um coisa?-Pede o beta mais velho, deixando que seu sorriso simpático faça a negra sorri de volta em um aceno.-Você provavelmente não vai gostar muito de ouvir.

-Tudo que você tem a dizer, Jorge Philip-Começa Harriet, levantando uma sobrancelha e respirando fundo.- é desagradável para qualquer um. Apenas porque é verdade.

-Isso faz de você acima da média, filha.-Expressa o homem de pele negra, desviando seus olhos para frente a escuridão cobre a matilha.-Isso não vem de nenhum livro ou estudo analisado que já fez. Isto vem de sua alma, das experiências que seu espírito carrega.

-Pode cortar toda a baboseira espiritualista? Sabemos que você é um homem em redenção pai, está mais do que óbvio.-Comenta Brenda, revirando os olhos ao soltar uma fina risada junto a mais velha ao seu lado.-Vai logo para a parte do conselho paternal desconfortável.

-Não pode decifrar pessoas, Harriet-Ele diz tão rápido que a beta pisca os olhos um tanto confusa.-Elas naõ foram feitas para isso. Foram feitas para serem amadas.

-Mas como posso amá-la se não a entendo?

-Quanto tempo acha que levei para compreender a louca da sua mãe?-Ele indaga fazendo a primogênita arregalar os olhos.-Décadas, menina. Décadas, e ela morreu como um livro incompleto para mim.

-Está dizendo que nunca vou compreender Alisson?-Questiona Harriet, um tanto nervosa.-Que vamos passar o resto de nossas vidas, sem entender uma a outra?

-Não, estou dizendo...-Recomeça o beta mais velho, respirando fundo e formando um sorriso apenas com seus olhos escuros.-, que leva mais do que um mês para compreender uma pessoa por completo. Não pode se apressar um processo como este.

-Ah, sim.

Expressa a negra, desviando seus olhos para frente, onde foca suas atenções para o caminho que a alfa percorreu para a escuridão que recai sobre a matilha. Respira fundo, deixando que a nova abordagem penetre a profundidade de sua mente trazendo a si algum conforto momentâneo, podendo elaborar alguma ideia para que seu relacionamento tenha algum fim. Ela aperta seus olhos, levando em consideração que o único propósito deste jantar, como sua irmã disse, era de se aproximar da alfa não afastá-la.

-Aonde você vai?-Indaga Brenda, ao observar a negra se levar e descer o último degrau que falta, começando a caminhar para dentro da matilha.-Harriet, sua doida!

-Eu vou procurá-la.-Afirma a beta, sem virar seu corpo para trás, focando no cheiro da alfa de cabelos negros.-Eu vou encontrá-la.

-Volte para dormir em casa!-Grita o beta de pele negra quando a filha mais velha some em e meio as cabanas da matilha. Seus olhos recaem para o filhote que sobrou ao seu lado, se encolhendo de frio.-E você? Como estão as coisas com Minho?

-Uma merda.

 

[............................]

 

Existe uma certa tensão em volta da casa, uma leve neblina invisível que faz com que as pessoas que caminham pela matilha a essa hora da noite, desviem da construção instintivamente. É apenas um arrepiar de pelos, um recuar de passos ou um desvio sutil de membros, um sinal de que o lobo dentro de si não nutre algum desenho para andar perto da cabana. Talvez até exista um cheiro que escapa pelas janelas, que se acumula por debaixo dos degraus e cola-se a madeira das paredes.

Hesitação, desconforto, raiva – muita raiva mesmo -, medo, desapontamento e quantidades duplicadas de vergonha. Não é o que se espera de uma casa que recebe a alma gêmea, uma família que deve se sentar na intimidade de sua própria casa para que possam conhecer bem a pessoa que divide a alma com alguém que se importam. Gentileza, felicidade, expectativas e todas as melhores sensações e sentimentos é que deve ser sentindo transbordar pela casa. Um tanto confuso para aqueles que reconhecem a residência.

O som da jarra vadia se chocando contra madeira ecoa por todos os lados da casa, ao mesmo tempo que faz a beta se arrepiar por completo. Ela já entende que o mais velho tem um certo problema com bebidas, pode ver isso pelo bafo do mesmo ao adentrar a casa, e na forma apressada que correu para encher sua taça duplamente mais rápido de quando lhe estendeu a mão. Mas é surpreendente que, em apenas duas horas de jantar, o alfa já tenha bebido as duas únicas jarras de vinho que lhe foram reservadas.

Seus olhos verdes recaem sobre a alfa ao seu lado, observando a mesma deixar os talheres de lado e levar os dedos as pálpebras as tensionando com força. A mais nova pode sentir a aflição da anfitriã sobre sua pele, como um formigamento leve que a faz lembrar da discussão rápida na caminhada vinda para cá. Da direta afirmação da mulher em dizer que não seria uma boa ideia que este jantar acontecesse, que a apresentação para a sua família seria um desastre, exatamente como está sendo.

Ela respira fundo, erguendo seus olhos para frente onde os outros dois alfas parecem hesitantes, pensativos em será a próxima atividade agressiva, impulsiva e extremamente desrespeitosa que seu pai irá fazer. Não são capazes de perceber os olhos da mulher sobre si mesmo, a fazendo desistir de buscar alguma ajuda por parte dos mais novos, se virando para o homem na ponta da mesa. O alfa bebe um longo gole de vinho com os olhos fechados, deixando que finas gostas em velho escorram pelo canto de sua boca. Como sangue -, a ruiva constante em sua mente.

A morena respira fundo, apoiando sua tenta contra seu punho esquerdo que se fecha sobre a testa, pesando a si mesmo quais foram seus pecados com os Deuses para passar por tamanha tortura e humilhação. A voz calma, afável e agasalhada de sua mãe ecoa por sua mente, como um sussurro proibido a fazendo levantar os olhos. Não o culpe pela dor que não escolheu sentir, ela diz trazendo a mínima das motivações para o coração da mais velha, formando um fino sorriso nos lábios ao olhar para frente.

-Qual a graça?-Pergunta o alfa, deixando que sua voz rouca arrastada ecoe pela casa como uma ofensa direcionada a mulher.-Que porra você está rindo, hein?

-Nada, pai.-Ela responde, virando seu roto para a direita onde o homem está, deixando que seus olhos castanhos façam o alfa avistar um fantasma distante.-A comida est...

Ela não é capaz de terminar sua observação, sentindo as mãos ásperas e fervente de seu pai contra sua face com força, jogando seu rosto para o lado sem aviso. O alfa de olhos pretos e cabelos loiros escuros se levanta, deixando que a cadeira atrás de si caia para trás com a mesma força que sua mão bete contra a mesa de madeira. A primogênita levanta a mão, impedindo que seu irmão faça alguma coisa que um dia irá se arrepender.

-Malia...-Geme o mais novo por entre os dentes, rosnando com raiva e repulsa para seu próprio pai.-Por quê?

-Está tudo bem.-Ela afirma, levantando seus olhos castanhos escuros para observar a face paralisada da ruiva, que treme de leve com a mão esquerda.-Eu estou bem.

-Vai pegar vinho, garoto!-Esbraveja o mais velho, erguendo seu copo na direção do alfa mais novo que se encolhe em sua cadeira desviando os olhos.-ESTOU FALANDO COM VOCÊ!

-Eu pego!-Grita a morena em um tom mais alto, levantando seu rosto para encarar seu pai novamente.-Eu pego mais vinho.

-Não falei com você.-Ele fala em um tom mais baixo, deixando que a gravidade de sua voz se misture com a escuridão de seus olhos. Se inclina para frente, agarrando o queixo da alfa com foça.-Quando eu falar com você, ai pode dizer alguma coisa.

-Sr. McManus...por favor.-Pede a beta em um tom mais baixo, deixando que seu corpo trema aos poucos quando o homem lhe direcionar o olhar negro e macabro.-Eu..-Tenta dizer, engolindo seco.-Não precisa fazer isso.

Ele aperta os olhos, respirando fundo e sentindo o pavor que emana do corpo da filha entre seus dedos, desviando suas íris para ela rapidamente. Algo dentro de si, como um rugido profundo e pesado o faz soltar a face da mulher, a empurrando contra a cadeira de uma forma agressiva e dolorosa na mesma. Deixa sua taca na mesa de forma brusca, vendo o objeto de vidro cair sobre seu prato pela metade, onde o pequeno líquido vermelho se mistura as verduras e pedaços de costelas que ainda compõe o prato.

Estica sua mão para frente, tomando a taça de Malia pela metade e bebendo o que ainda tem ali, deixando que seus olhos caminhem por entre as faces de seus filhos. A primogênita receosa, temendo suas atitudes desde sempre, o segundo de cabelos loiros e olhos negros como o seu, raivoso como um cão na coleira prestes a rasgar a garganta de alguém. O mais novo de todos, agarrado e sua jaqueta de couro preta dada pelo ômega a alguns anos, temendo inquietamente qualquer um de seus movimentos, transbordado de um desejo intenso de misericórdia.

Nunca levantou um dedo para os meninos, deixou apenas que o exemplo que a mais velha expressa sirva de material para os pesadelos dos mesmos mais tarde. Solta uma fina gargalhada, virando de uma vez todo o líquido dentro da taça que não lhe pertence, a batendo contra madeira da mesa novamente. A dor diminui com o álcool em seu sistema, o faz esquecer da única coisa que mais quer, mas não pode ter.

-Jantares estúpidos!-Ele exclama, pegando uma costela com seus dedos e mordendo um pedaço de carne com brutalidade.-Na época que eu deveria ter tido meu jantar, estávamos em guerra com a sua matilha! Com a sua alfa filha da puta.

-PAI!-Grita o loiro com intensidade, ainda de pé para olhar para o mais velho de cima e demonstrar algum poder.-Não estamos mais em guerra.

-Mas pessoas foram mortas mesmo, não é?!-Questiona o homem, deixando que sua face raivosa e angustiada seja vista pelo filho.-Covas foram cavadas, e lágrimas foram derramadas! TUDO POR CULPA DAQUELA ALFA DIABÓLICA FILHA DE HADES!!

-Eu sinto muito por sua perda, Sr.Lawrence.-A beta diz, fazendo o alfa arregalar seus olhos e se inclinar de leve para frente.-Sinto muito que a perda de sua esposa possa vir a ser culpa de minha matilha...

-Não..

-O quê?!-Ele indaga, ouvindo o leve gemido solto por sua filha mais velha, correndo seus olhos para a face envergonhada de Malia.-O que você contou para ela, sua estúpida?!

-Malia me disse da suspeita que a Matilha Hale seja responsável pela morte de sua esposa.-Conta a ruiva, molhando os lábios para as faces confusas de todos na mesa.-É uma suspeita, certo?

-Corinne não foi morta durante a guerra.-Afirma o alfa de olhos negros, se recostando na cadeira novamente, observando a mesa e a jarra de vinho vazia.-Ela foi assassinada...-Ele perde a voz, sentindo o nó em sua garganta cortar sua fala.-Foi morta por encomenda.

-Sem nenhuma ligação com os Hales?

-Por que eles iriam querê-la morta? Sequer era soldada.-Conta, deixando que a tontura do vinho passe a retardar seus movimentos, deixando suas pálpebras moles.-Ela era professora. Trabalhava com crianças...

-Mas, a Malia me disse que...

-Não ouça o que ela diz, é um bando de músculos e ossos inuteis!-Exclama o mais velho olhando para a filha pelo canto do outro, observando a morena se encurvar perante sua fala.-Fica vagando pela matilha fazendo merda atrás daqueles dois, sendo a porra de um problema para todo mundo o tempo todo. Se sua mãe estivesse viva...

-Teria vergonha de você.

Malia sussurra com os olhos desviados, observando a face tensa de seu irmão do meio, que tensiona as mãos ao lado do corpo quando o alfa vira sua face completamente para a primogênita. Seus olhos negros e profundos focam na expressão da mulher, sobre o jeito que ela levanta seus ombros e busca os verdes olhos da beta como alguma motivação pessoal. É sútil a forma como ele mordisca o lábio inferior hesitante, sem saber bem o que irá receber da ruiva, se o apoio existe ou não, mas a esperança não a deixa desistir.

O alfa conhece esse olhar, está postura e esse desejo de aprovação e suporte...é o mesmo que sua falecida esposa costumava lhe direcionar. Talvez seja a bebida, os intensos feromônimos que infestam a matilha está noite ou o fato de estar completando dez anos sem a morena ao seu lado, mas ele é capaz de ver a alfa a sua frente. Vê-la tão nitidamente como quem observa as constelações do céu, a silhueta da mulher que dividiu a cama por longos quinze anos de sua vida. A dor lhe atinge de uma forma penetrante e descontrolada, retirando o ar de seus pulmões.

Ele precisa dar fim a isso, precisa parara com esta dor em seu peito que o faz querer morrer a cada segundo que se passar. Tem filhos para cuidar, um emprego a servir dentro da matilha e a missão que lhe foi deixada pela amada antes de morrer. Mas é tão forte, avassalador e profunda, como raízes da mais velha das árvores que penetram seu coração como adagas afiadas. Aperta seus olhos ao tempo que abre seus lábios, deixando que a saudade e dor lhe deem a motivação necessária para fazer o que tem que ser feito.

Levanta seu braço e puxa os cabelos caramelos da alfa, fazendo a mulher se curvar para trás e arregalar os olhos, surpresa com a audácia de seu pai em fazer isto em pleno jantar. A beta se levanta rapidamente, gritando para que o homem solte a alfa imediatamente, o mesmo é dito pelos dois outros filhos ao seu lado, mas ele os ignora. Olhando fundo nos olhos castanhos da primogênita ele solta um forte rugido, deixando que o pavor da menina adentre por sua narinas tão profundamente que ele é quase capaz de sentir tal medo como seu.

-Não me responda outra vez!-Grita contra a face da morena, a vendo fechar os olhos em fraqueza.-Acha que pode falar em nome dela?! Acha que sabe alguma coisa do que ela iria sentir se estivesse viva!!?? ACHA QUE A CONHECE MELHOR DO QUE EU?!

-Não...eu..

-VOCÊ NÃO É NADA! ESTÁ ME OUVINDO? NADA!!-Ele berra tão alto que seus próprios ouvidos ardem em desconforto, o dobro de dor é sentindo pela mulher presa por suas mãos.-Ela teria vergonha de você! TERIA NOJO DE SABER QUE ESTÁ LIGADA A UM HALE DOS INFERNOS!-O alfa vocifera ao mover seus olhos vermelhos para a beta de pé.-Eles mataram milhões dos nossos! Mataram a porra dos seus avós, e você a trás para a MINHA CASA?!

Seus dedos se apertam ainda mais ao couro cabeludo da mais nova, que passa a tremer intensamente por sentir sobre sua pele o calor da raiva de seu pai. Por sentir dentro de si que ele está pior do que todas as vezes, por saber que a presença de quem lhe faz sentir completa é a única razão pelo estouro de seu pai. Mas pior do que tudo isto, seu corpo treme de vergonha por saber que os olhos arregalados da beta estão colados a si.

O desejo dentro de si é de sumir, desaparecer e desejar que esta noite chegue logo ao fim para que possa se concentrar em esquecer, em apagar de sua memória tudo que aconteceu ali. As lágrimas passam a escorrer de seus olhos ao tempo que sente as garras do alfa sobre sua cabeça, que ouve o leve rosnado alto em seus ouvidos como um aviso. Um lembrete de que tudo ainda pode ficar pior se ele quiser, se desejar destruir ainda mais está noite. Perde o controle de sua respiração, fechando os olhos e buscando em sua mente a voz calma e tranquila de sua mente para ter o mínimo de paz.

Malia não encontra e por esta razão sente o dobro de pavor, tremendo tão rápido quanto as batidas de seu coração acelerado. Ela quer gritar, berrar para que alguém do lado de fora da casa possa entrar salvá-los da ira de seu pai abusador, implorar para que ele de fim a esta tortura pequenina que abre tantas feridas. Seus olhos correm para o lado onde seu irmão se prepara para pular em cima do homem mais velho, na tentativa de salvar sua irmã, mas ela treme os lábios ao dizer para que não faça.

-Eu queria que ela não tivesse morrido.-Diz em um tom mais baixo, deixando que o rouco de sua voz se alastre para dentro dos ouvidos da morena com lentidão.-Queria que tivesse sido o seu corpo esfaqueado até a morte naquele beco...que ela estivesse viva, chorando por seu túmulo...mas viva.

-SOLTA ELA!-Grita a ruiva, atraindo os olhos negros do alfa pra frente, que os aperta irritado.-SOLTA ELA AGORA! Se não..

-O que?!-Indaga o alfa, erguendo a cabeça para cima e sorrindo de leve para o sutil tremor nas mãos da beta.-O que você vai fazer para proteger sua amada alma gêmea? Matar mais um Stilinsk, como demanda seu legado?

-Eu não..-Ela vacila, deixando que uma mecha de seu coque alto caia sobre suas íris verdes, ao tempo que as junta com o rosto molhado da mais velha.-Eu..

-Está tu..-Malia se cala, movendo seus olhos para a porta quando um forte cheiro conhecido chama sua atenção.-SCOTT! SCOTT! SOCORRO!!!!

Demora pequenos segundos, o suficiente para o alfa aperte os olhos ao produzir um som de desdém e levar com toda a sua força o rosto da primogênita de encontro a mesa. Ela grita quando sente sua testa se corta, mas a porta se abre e o alfa de pele moreno rosna alto contra o mais velho sentado. Ele adentra a casa, sendo seguido pelo beta de cabelos loiros e o ômega de pele morena, dando um ar de tranquilidade a todos dentro da casa.

A beta corre de encontro a morena, se ajoelhando ao lado do corpo da mesa que volta com força para trás, com sua mão sobre a área atingida com força. Mais uma pessoa adentra a casa, sendo seguido por outro beta de olhos azuis, que parece horrorizado com a pequena cena que vê. Se move rapidamente até sua irmã mais velha, ajudando a mesma a levantar a alfa e levá-la até o sofá mais atrás. Não são necessárias palavras para compreender o que está acontecendo.

A casa parece escura, como se não tivesse recebido luz o suficiente para iluminá-la por completo, deixando buracos negros nos cantos dos cômodos. A mesa de jantar está tremida, como se movimentos bruscos tivessem acontecidos em momentos seguidos, explicando a hostilidade no ar misturado com raiva e medo. O forte cheiro de vinho trás um frio na espinha do beta, movendo seus olhos para o corpo embriagado do alfa que é levado para fora da cabana. É como uma cena proibida, que deve ser temida pela própria sobrevivência.

-Por que você não me disse?-Questiona a beta, quando a alfa abre seus olhos e respira fundo em panico.-Por que não me contou que seu pai faz isso com você?

-Como se inicia uma conversa com este tipo de objetivo!?-Indaga Malia, deixando que sua respiração tremula e apressada saia por entre as palavras que diz.-Não tem como dizer isto para alguém...

-É indicado quando este alguém vai jantar na sua casa de noite!-Expressa a ruiva, se sentando ao lado esquerdo da morena que aperta os olhos surpresa.-Desculpa..não é sua culpa. Mas...precisa confiar em mim, Malia.

-Eu..-A alfa tenta dizer, mas seus olhos observam de relance o movimento de seu pai pela janela. O pavor a impede de dizer o final da frase, a fazendo se virar para o lado onde a ruiva está.-Podemos só..

-Sim! Deuses, vem aqui!

Fala a beta ao dar conta de si mesma, puxando a mais velha para um abraço forte e profundo, deixando que seu calor envolva o frio medonho que a morena está sentindo no momento. Se condena internamente por fazer esse tipo de pergunta tão insensivelmente, segundos após o susto que sentiu. Sente em seus braços o tremor da alfa, o suor frio que a mesma está sentindo descontroladamente mesmo em seus braços.

Move seus olhos verdes para frente, onde o beta de cabelos loiros está com as sobrancelhas arqueadas, correndo os olhos por todos os lados da casa inquieto. Ele sente o olhar d a mesma e para de observar tudo, focando em dar o devido suporte que a irmã e sua alma gêmea necessitam, guardando para si a necessidade de perguntar onde a alfa esteve com o moreno intimamente pela casa. Não é hora para isto -, ele diz a si mesmo. Suporte e paciência -, constata em sua mente que é o que deve ter agora.

A alfa de pele morena se aproxima de leve, sorrindo simpaticamente para ambos os betas ao se sentar do outro lado do sofá, deslizando sua mão pelas costas da alfa de cabelos castanhos claros. Malia se levanta, sobressaltada mas logo se acalma, avistando as íris negras da mulher e se jogando para os braços da mesma, onde se permite chorar de verdade. Externa de uma vez só sua dor, seu pavor e sua tranquilidade por ter acabado momentaneamente, e de tristeza por reconhecer que não é o fim definitivo.

-Eu sei que está passando por muito agora.-Começa a mulher, vendo a mais nova se afastar e fugar fundo para ouvi-la claramente.-Mas por algum acaso, você viu a Sonya?

-Não.-Responde Malia, tensionando suas sobrancelhas.-Está tudo bem com ela?

-Talvez tenha ouvido o alto rugido a alguns horas...-Sugere a alfa, apertando os olhos para o aceno das duas mulheres a sua frente.-Ela se transformou por completo..

-Sonya? Na forma de lobo?-Questiona a morena inteiramente surpresa, esquecendo por completo a aflição que a fazia tremer segundos atrás.-Stiles! Já falaram com ele?

-Falamos com Jason e Noah já está ciente, estamos ajudando a procurá-la.-Fala a alfa mais velha, formando um finos sorriso nos lábios.-Podem nos ajudar também? Quanto mais melhor.



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