História You are my favorite secret (Taekook) - Celebration with drinks

Taehyung já estava parado na porta pronto, estava com a câmera presa em volta de seu pescoço e um sorriso quadrado em seu rosto.

O Park pegou a sua chave do dormitório já saindo dali, junto com Taehyung, logo trancando o quarto.

–Sua chave?–Jimin perguntou e o Kim mostrou a chave que estava no seu bolso.–Ótimo, vou deixar a minha aqui então.–Ele falou jogando a sua por de baixo da porta.

Aquele era o último dia do campeonato do semestre, o próximo era apenas daqui a dois meses.

E Jimin iria mostrar o jogo inteiro em tempo real, e por isso, Taehyung estava tão animado.

Ele nunca tinha feito algo tão importante assim, estava orgulhoso de si mesmo.

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Jimin estava animado, estava no intervalo entre o segundo e o terceiro tempo.

O time da faculdade estava com muitos pontos a frente do outro time, que Taehyung nem fez questão de saber quem era.

A derrota já estava sendo prevista, por isso, quem não estava no estádio vendo já estava até mesmo postando hashtag sobre o jogo no blog do Park que estava recebendo diversos comentários ali, e chamando muita atenção de várias pessoas.

Jimin ficava sorrindo para o celular, e sempre estava mostrando aqueles comentários para o Kim que sorria amável.

Ele também estava sendo mencionado em alguns comentários, falando que ele tinha um talento impressionante para filmagens.

Isso fazia o ego de Taehyung crescer, e ele estava gostando disso.

Todos merecem ter o ego massageado alguma vez na vida.

–O intervalo termina daqui a alguns minutos, quer beber água?– Jimin perguntou deixando o celular de lado, pronto para se levantar.

–Não, mas pode ir se quiser.–Taehyung falou sorridente.

Mas Jimin não queria o deixar sozinho, pois como ele já havia falado, Jackson só estava esperando o momento certo.

Mas o Park estava com cede, estava falando por muito tempo para aquela câmera.

Precisava abençoar sua garganta seca com aquela água.

Olhou o amigo preocupado.

O mesmo não ligou na verdade estava bastante a vontade ali.

Sem nenhum requisito de medo, ele havia mudado em tão pouco tempo.

Mas a inocência continuava a mesma, será que o Kim pensava que o moreno já tinha cansado de o perturbar?

–Vai ser rápido!–Exclamou Jimin correndo atrás do bebedouro mais próximo de si e do amigo.

Mas ainda sim era longe.

Taehyung ficou mexendo no seu celular até sentir alguém toma-lo de si.

–Hm, parece que alguém gosta bastante de ler.-Falou Jackson olhando o que o outro estava lendo.–Leitura lgbt? Por que não me surpreende?

Taehyung se levantou para tentar pegar o seu aparelho das mãos do outro, mas não conseguiu, Jackson era muito mais alto que si.

–Me devolve.–Pediu o azulado ainda tentando pegar o celular.

–Não.–Falou simples voltando a bisbilhotar o celular do outro com uma mão enquanto com a outra empurrava o Kim no chão.

Taehyung bateu de bunda no chão mas se levantou e continuou tentando tirar o celular da mão do Wang que se divertia vendo fotos e mais fotos.

Aquilo não foi de longe a pior coisa que ele já tinha feito consigo, provavelmente Jackson estava ali apenas para mostrar que não havia esquecido de si.

Droga.

–Me devolve.–Pediu o Kim novamente ainda tentando pegar o celular de Wang.

–Você quer?– Jackson falou e Taehyung concordou com a cabeça inocentemente.

O celular foi jogado no chão com força, Taehyung correu até ele e o analisou.

Rachado, totalmente rachado.

Naquele momento, o Kim sentiu uma vontade imensa de chorar.

Aquilo não era só um celular, era a única forma de falar com os seus pais que estavam do outro lado da Coréia.

Aquilo era muito mais que um aparelho velho, aquilo custou um salário inteiro de sua mãe.

E Jackson havia o destruído por inteiro.

Tentou ligar mas estava realmente muito quebrado, mas pelo menos dava para fazer uma ligação.

Chamada de vídeo, agora, estava fora de cogitação.

Wang nunca tinha pegado tão pesado assim.

Já tinha o xingado de muitos nomes, já havia o empurrado no chão, batido em sua cabeça e gargalhado de sua cara.

Mas aquilo foi a pior coisa que ele fez.

O Kim se virou com raiva, ele nunca odiou tanto Wang como estava fazendo naquele momento.

Mas o garoto pareceu não ligar.

–Ficou chateado, foi?–Debochou.

E então Taehyung ficou quieto, ele não iria conseguir fazer isso, ele era fraco demais para arrumar uma briga com Jackson Wang.

Se sentou inútil por alguns segundos, mas por sorte Jimin tinha chegado ali, não foi na hora h, mas estava bom.

Pelo menos ele chegou.

-Jackson Wang.-O Park falou com raiva, não sabia o que estava acontecendo, mas só de ver o amigo com lágrimas nos olhos e o sorriso enorme e debochado de Jacksok, Jimin já sabia que estava acontecendo alguma coisa errada.

-Park Jimin.-Respondeu com a voz carregada em ironia.

Amava quando brincava com o Kim que não fazia nada por ser fraco demais, por isso, logo o Park chegava com todo o seu tamanhozinho e arrogância achando que vai conseguir o derrubar.

Amava isso, amava se sentir por cima.

–O que você está fazendo aqui? Não tem coisa melhor para fazer?–Ele perguntou o olhando nos olhos.

–Tenho, mas ver o seu namoradinho chorar sempre vai estar no topo da lista.

O alaranjado estava com tanta raiva, aquele idiota tinha feito o seu amigo chorar.

Ele odiava com todas as suas forças aquele moreno.

Ele odiava ter que bater em alguém, mas não se importava mais com isso naquele momento.

Mas o Kim, ainda no chão, segurou o seu braço mostrando que não era para ele fazer isso.

Taehyung se levantou olhando para o celular totalmente rachado, secou as lágrimas presas em seus olhos e pegou a câmera.

–Jimin, o jogo vai começar logo.–Falou simples, fingindo que nada do que tinha acontecido havia existido.

Jimin olhou pelo canto do olho o Wang que estava rindo.

–Dois viadinhos.–Ele falou e se virou para voltar de onde veio.

Assim que saiu da visão de Jimin, o mesmo se virou para o amigo preocupado.

–O que ele fez?–Disse ele em um tom carinhoso.

–Ele só quebrou o meu celular, Chim. Nada demais.‐O Kim falou com um tom gentil.

Mas sabia que ele estava muito chateado, triste e Jimin ousava dizer que com raiva também.

-O mesmo celular que você usa para falar com a Tia Hyuna?

-Tem outro?-Perguntou ele e, mesmo que não quisesse, de forma grossa.

Mas o Park entendia, sua única forma de falar com sua mãe foi destruída.

Aquele celular valia muito, muito mesmo.

–Desculpa.–O Kim pediu depois de ver a forma como tratou Jimin, ele não tinha feito nada.

–Não, tudo bem. Eu entendo.–Jimin falou abraçando Taehyung que o abraçou forte também.

–O jogo começou.–O de cabelos azuis falou prestando atenção no sinal que já vai acabado de bater e os meninos aparecerem na quadra com sorrisos no rosto.

Principalmente Jackson.

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–Ganhamos!–Jimin gritou novamente, sinceramente, Taehyung não sabia como não havia ficado surdo até hoje.

Ele gritava demais.

O Park pulou alto com uma alegria até mesmo contagiante.

–Min Yoongi!–Gritou alto e em bom som o nome daquele que tinha feito a última cesta do jogo.

A voz de Jimin havia se perdido no meio de tantas outras, mas mesmo assim Yoongi se virou para si e sorriu.

O sorriso dele era bonito, ele deveria sorrir mais assim.

Foram longos minutos de comemoração até que os meninos se retirassem novamente da quadra.

–Que jogo! Quase fiquei sem voz.–Jimin disse animado sorridente para a câmera e logo depois acenou.–Por hoje é só, mas uma vitória do time da casa, agora, é só esperar uns cinco meses para começar a semi final do ano!– falou ele e depois mandou para de gravar.

Taehyung abaixou a câmera e sorriu para o amigo.

–Eu quase fiquei surdo.–O Kim brincou e o outro sorriu.

–Vamos?–O amigo perguntou sorridente.

–Vamos.–Taehyung disse colocando o seu celular quebrado dentro do bolso, não dava mais para usar, mas ele poderia tentar pegar o celular de Jimin emprestado e usar o seu chip uma vez por semana, não seria algo tão ruim assim.

Ele ainda estava se sentindo péssimo com isso, mas quem está no fundo do poço sempre vai tentar chegar no topo.

A vida é assim.

Ele está na pior, mas está tentando fazer com que essa dor não seja tão ruim.

Ele estava totalmente fodido psicologicamente, pois ele praticamente jogou fora todo esforço e tempo da sua mãe para comprar aquele celular, no lixo.

Voltou a caminhar com a câmera em mãos enquanto Jimin seguia mais a frente.

Sentiu o outro parar e acabou dando de cara nas costas do outro.

–Jimin!–Namjoon chamou o alaranjado e todo o grupo já estava se juntando ao redor.

O Park olhou Jackson de cima a baixo e depois olhou para todos os outros.

Parecia que ninguém, além de Mark, sabia o que ele fazia com Taehyung.

Mas mesmo assim ainda tinha um pé atrás, ele não confiaria neles tão fácil assim.

–Vocês querem ir na festa para comemorar a vitória?–Yoongi perguntou simples.

Jimin olhou o azulado animado e esperançoso, ele sempre foi fã de festas, e agora, uma caia bem na sua frente.

Aquilo poderia ser chamado de sorte.

O mais novo pensava que o Park poderia doar um pouco de sorte para si.

–Chim...–Taehyung falou em um evitando entrar nesse assunto.

Mas ele também não queria ir sozinho, ele gostava de ter a presença do seu amigo.

Mesmo que ele não gostasse de festas, mas obviamente o Park jogou isso pela janela.

–Nós vamos.–Falou com convicção.

O azulado o olhou sem estender, ele tinha falado no plural mesmo?

–"Nós"?–Perguntou, mas quando o outro não se corrigiu percebeu que ele não tinha falado sem querer.

Estava prestes a rebater falando que não iria, porém Jeongguk o olhou com seus olhos pidões.

–Vai!–Pediu ele o olhando atentamente e então Jimin respondeu por ele.

–Ele vai sim, não se preocupe com isso.

Jimin deveria trocar seu nome para Kim Taehyung, já que responde por ele.

O Park se despediu de todos falando que tinha que se arrumar, e então Taehyung parou no meio do corredor.

–Por que eu tenho que ir?–Kim perguntou sem ânimo algum.

–Por que?– Jimin pensou a respeito enquanto pedia a chave que estava no bolso de Taehyung para entrar no dormitório.–Porque o Jeongguk vai estar lá, porque eu vou estar lá, por que você é fotógrafo do jogo deles é merece estar lá e porque você nunca sai.–Explicou procurando uma roupa dentro do quarta roupa do amigo, logo jogando uma blusa em cima do Kim que já estava jogado em cima da cama com a barriga para baixo.

–Idai que você e o Jeongguk vão estar lá? Chim, é muita gente.–Taehyung lembrou em um tom assustado.

Ele não gostava de estar em lugares cheio de pessoas, muito menos com a maioria bêbada.

Todos ficariam se esfregando para lá e para cá, e rolaria pegação em muitos lugares.

Ele sentia nojo de quem transava naquelas festas e no dia seguinte sequer lembrava do que tinha acontecido.

Mas de fato, ele queria beber, beber até esquecer o seu nome.

–Só estou falando que você vai, mesmo que eu te vá te levar força.–Jimin explico.

–Ok, ok.

E talvez tenha sido apenas por isso que ele aceitou ir para aquela festa.

Mas assim que parou em frente à casa enorme da família de Min Yoongi que ele percebeu que foi um erro ter aceitado aquilo.

Jimin estava com um sorriso animado enquanto, do seu lado, Taehyung estava horrorizado.

Nunca tinha visto tanta gente se pegando bem na sua frente, eles não tinham vergonha, e muito menos senso.

Para falar a verdade, nunca tinha entendido por que as pessoas gostam tanto de beijar.

Era tão estranho.

Talvez tenha sido por que ninguém que ele já tinha beijado, sabia realmente, beijar.

Todos os beijos que ele já participará foram aterrorizantes.

Tinha péssimas lembranças.

Viu de longe Nayeon se pegando com o dono da casa, vulgo Yoongi.

–Chim, eu quero ir para casa.

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O Kim já tinha perdido a quantidade de copos que tinha virado em sua boca, a única coisa que ele tinha plena noção era que ele queria mais e mais.

Ele estava conversando com o bar-man que na verdade era até que um cara bem legal.

Park Bogum.

Ele era divertido, e fazia as melhores batidas que ele já tinha provado, mesmo que não tenham sido muitas.

Quando estava prestes a entornar mais um copo de vodka, alguém parou o seu braço, tirando o copo de si e fazendo o olhar.

–Não acha que bebeu demais hoje?–Ele perguntou, no começo, Taehyung não conseguiu distinguir quem era ele.

Apenas via um vulto duplicado, mas depois de um tempo reconheceu a voz calma do outro.

Jeon Jeongguk.

Por que não o surpreende?

Aquele garoto parecia estar o perseguindo.

–Não!–O Kim falou claramente bêbado tentando pegar o copo que logo foi jogado para dentro da garganta do outro.–Era meu!-Exclamou manhoso tentando pegar o copo que já estava vazio.

–Taehyung, você já está bêbado.–Jeon falou o olhando para ele de cima a baixo.

–Grande coisa, você também está.–Brigou Taehyung cruzando os braços fazendo um biquinho.

–Mas você não sabe beber. Quantos copos você tomou?

O Kim colocou a mão no queixo pensativo.

–Eu não sei, talvez três?–Ele fez a pergunta para o Bar-man que riu.

–Foram seis copos.–Ele falou mostrando a pia ainda suja.

–Seis?–Jeon repetiu e depois suspirou.–O Jimin deveria estar cuidando de você.

–Eu não preciso que ninguém cuide de mim!–Brigou novamente com as palavras se embolando em sua boca.

–Eu estou vendo.–Ele debochou e sorriu ao ver o outro ignorar suas palavras.

–Bogum! Me dá mais um copo!–Ele pediu sem jeito.

O doce Taehyung, ele estava tão fora de si, chegava a ser cômico.

Só que Jeongguk não poderia deixar um garoto tão inocente, bêbado, perto de garotos adolescentes com hormônios a flor da pele, carentes de sexo.

Aquilo seria um erro gravíssimo, um erro que ele não queria cometer.

Então em um movimento rápido Jeon jogou o Kim sobre os seus ombros negando o copo que viu um estava oferecendo para o azulado que estava se debatendo.

Por sorte Jeon era mais forte.

–Cuida bem dele, ele até que é engraçado.–O Park falou sorrindo ao mesmo tempo limpando um copo.

–Irei cuidar.–Disse simples não querendo continuar com a conversa.

Afinal, um dos motivos de Jeon ter tirado ele dali foi por causa do Bar-man.

O homem estava de olho nele, apenas Taehyung não percebeu, mas Jeongguk percebia.

Jeon subiu as escadas com o garoto em seu ombro, ele era leve demais.

Abriu a porta do quarto de visitas e jogou o menor na cama enquanto trancava a porta.

–Acho melhor eu ligar para o Park.–Jeon falou pensativo.–Taehyung, cadê o seu celular?

O Kim invés de o entregar o aparelho o menor começou a chorar fazendo Jeon ficar preocupado.

–O que houve?–Ele perguntou se aproximando desesperado, ele tinha feito alguma coisa errada?

Ele o mogoou?

–E-ele quebrou o meu celular...–Disse fazendo os nervos do moreno se acalmarem, pelo menos não era culpa dele.

Mas então era culpa de quem?

–Ele?–Jeon perguntou se sentando ao lado de Taehyung que chorava mais ainda.–Ele quem?

Taehyung estava bêbado, mas ainda tinha a plena consciência que não deveria falar o nome daquele ser maligno.

O Kim engoliu a seco.

–O alface troglodita.–Ele disse manhoso o que fez Jeon dar uma gargalhada e rir do apelido dado.

Não poderiam falar que ele não era criativo.

–O alface troglodita? Posso saber quem ele é?–Jeon perguntou se aproximando mais ainda.

–Não.

–Por que não?–Jeongguk falou sem entender.

–Eu não gosto de mostras para as pessoas os meus problemas, o único que sabe é Chimchim, meu melhor amigo.

–Entendi. Mas eu sou seu amigo também, certo? Posso te ajudar, quem é ele?–Tentou mais uma vez.

–Você não pode me ajudar, ele também é seu amigo.

–Como assim?–O maior perguntou porém foi ignorado.

Sabendo que não iria conseguir tirar nada dele, pegou ele pela mão e o puxou para o banheiro.

Ele não iria ficar com um garoto bêbado dando trabalho para si a noite toda.

Mesmo que fosse o Kim bêbado.

–O que você está fazendo?–Perguntou o mesmo se deixando levar pelo outro.

Ele já confiava em Jeongguk, isso era um problema?

Antes mesmo de saber  a resposta, o mais novo foi jogado dentro do box e a água gelada foi jogada em seu corpo.

Ele deu um grito e saiu de perto da água congelante.

–G-gelada.-Ele falou abraçando o seu corpo.

–Eu sei, mas isso vai te ajudar a ficar mais lúcido.

Taehyung negou com a cabeça, ele não queria passar frio.

Nesse momento Jeon o empurrou para de baixo de água, mas como vingança, e também para se esquentar, Taehyung o puxou e o abraçou.

Jeon sabia que aquilo era apenas o álcool falando e que na realidade o Kim jamais chegaria perto de si daquela forma.

Afinal, eles nem falavam um com o outro direito.

Mas aproveitou aquele contato o abraçando de volta em meio as gotas da água totalmente gelada.