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História You are my light - Capítulo VII


Escrita por: K4CCH4N

Capítulo 7 - Capítulo VII


Katsuki

No dia seguinte, o tão esperado castigo era simplesmente ajudar na limpeza da nossa sala. E com 'ajudar' quis dizer que íamos lavar a sala inteira. Por um atraso de 10 minutos. Isso me deixou puto pra cacete.

Quero que essa escola vá tomar no cú.

Mas ao mesmo tempo que fiquei puto com isso, não foi tão ruim. Até porque, Kirishima também estava ali, o que tornou o ambiente mais agradável.
Conversávamos sobre qualquer tipo de coisa para gerar assunto e acabamos por descobrir que compartilhavamos de alguns gostos, como ver animes, jogar jogos de terror, ler mangás etc.

Eu também aproveitei para me aproximar dele fisicamente.
Mas sempre me aproximando na quantidade que ele me permitia.

*

Alguns dias se passaram e nós fomos nos conhecendo melhor com o tempo. Consegui ter pelo menos 5% de proximidade com ele.

Eu não queria forçá-lo a nada nem apressar as coisas, mesmo eu tendo a curiosidade de saber o que houve com ele no passado, sei que seria muito invasivo e aceitei que ele me contaria quando estivesse pronto.

Com mais uma semana se passando, decido que era hora de chamá-lo para um encontro (ou já havia passado dela).

Não sei ao certo se ele gosta de criaturas aquáticas ou algo do tipo, porém vou chamá-lo para ir a um aquário que havia na cidade.

Era sábado, então provavelmente ele não estaria ocupado e liguei para ele pelo celular.

– Alô? – Sua voz parecia sonolenta do outro lado da linha, o que na minha visão era estupidamente fofo.

– Te acordei? – Perguntei genuinamente preocupado – Desculpa...– segurei a minha vontade enorme de chamá-lo de "amor". Seria vergonhoso pra caralho.

– Não tem problema, Suki – Quero dizer, Bakugou. – Sua voz que ainda estava sonolenta mudou para desesperada quando viu que me chamou por um apelido carinhoso.

– Me chama de Suki – Digo meio baixo sentido meu rosto esquentar. – E-eu gosto.

– S-sério?? – Senti uma empolgação vinda de sua voz. – Tudo bem então, Suki! – ele disse parecendo meio tímido.

Dou uma risada abafada enquanto tento esconder o sorriso que insiste em ficar em meu rosto.

– Enfim, quer ir no aquário hoje? – perguntei por fim, recebendo um "Sim" com uma empolgação contagiante como resposta, acho que descobri mais um de seus gostos. – Vou aí te buscar às 14:00, pode ser?

– Sim! – Responde animado. Imagino como ele deve ter uma expressão empolgada fodidamente adorável nesse exato momento.

*

Mais tarde, como prometido, vou até sua casa buscá-lo e sou atendido por sua mãe que me encara receosa enquanto espero Eijirou descer as escadas.
Quando ele finalmente chega, sua mãe vai imediatamente em sua direção e sussurra algumas coisas que eu acabo ouvindo.

– Eiji, toma cuidado com ele tá bom, meu amor? – Ela sussurra carinhosamente olhando de canto para mim – Por favor, tome cuidado para não ficarem sozinhos.

Fico atordoado ouvindo isso. Provavelmente tem a ver com a tal coisa que aconteceu com Kirishima que fez ele ser cauteloso como é agora.

Sua mãe ainda parece hesitante em deixá-lo partir, então tento passar algum tipo de segurança.

– Senhora Kirishima, eu vou cuidar dele, prometo. – tento ser o mais educado possível.

– Sim! – Eijirou afirma – Eu vou ficar bem, mãe. – ele diz isso apesar de eu não conseguir sentir confiança em sua voz.

Depois disso, nós fomos para fora e seguimos em direção ao caminho do aquário. Ainda estou pensativo sobre os acontecimentos anteriores e como   esse acontecimento no passado de Kirishima afeta ele, porém, deixo esses pensamentos de lado por hora, pois sei que ainda não vou obter respostas.

Eu junto novamente a coragem que tinha e seguro sua mão, sentindo o mesmo arrepiar-se com o toque repentino, mas segundos depois, sinto ele apertar minha mão com intensidade.

– Você sabe que se não quiser algo é só me dizer , né? – questiono.

– Eu sei. – responde – Mas tá tudo bem darmos as mãos, Suki. – Ele diz com uma voz doce e um sorrisinho de canto.

Sua resposta me deixa envergonhado e decido não dizer mais nada, deixando um silêncio confortável instaurar-se entre nós.

*

Ao chegarmos ao aquário, vejo que ele está quase lotado e agradeço mentalmente por ter tido a ideia de comprar os ingressos com antecedência.

Quando finalmente entramos, vejo Kirishima já se aproximar dos pequenos tanques d'água que continham pequenos peixes, alguns com diferentes espécies e outros com as mesmas, deixando o tanque destacado por uma cor só.

Andamos mais e logo noto que Kirishima já estava me puxando para outro tanque com enguias e filmando as mesmas com um sorriso na cara. Isso me deixa verdadeiramente feliz.

Quando chegamos na parte que ficavam os aquários maiores, vejo os olhos de Kirishima se arregalarem em  surpresa e logo me sinto sendo puxado em direção ao aquário e logo descubro do que se tratava.

– Ele é enorme! – Comenta empolgado, vendo o enorme tubarão branco nadar em meio a alguns outros peixes – É incrível!

– Vejo que gosta bastante de tubarões – Faço um comentário óbvio   e observo os brilhos em seus olhos encarando a fera nadando de um lado para o outro.

– Sim, eu amo tubarões! São meus preferidos! Tão bonitos, grandiosos e ferozes. Eles são muito másculos! – Declara de forma espontânea

– São fodas. – elogio e ouço ele rir.

– Dizem que eu pareço um tubarão por causa dos meus dentes pontudos. Algumas meninas comentavam que nunca me beijariam por causa deles, já que não queriam se machucar. E os meninos me zoavam porque eu 'não pegava ninguém' por causa dos dentes. – Ele comenta parecendo um pouco mais melancólico, o que imediatamente me preocupa.

– Manda eles pra puta que pariu – digo, tirando uma breve risada dele, mas que se cessou e deu lugar a uma face tristonha.  – Ei, tá tudo bem? – Coloco minha mão em seu ombro.

– Ah, estou bem sim, Suki! – Ele diz, parecendo ter acordado de um transe – Não se preocupe – ele mostra um sorriso falso.

– Kirishima, eu sei que não está bem. – Digo e vejo que para de sorrir, mostrando uma expressão arrependida – Você não precisa mentir para mim caralho. Pode me dizer seus problemas! – declaro, falando um pouco alto, mas não chamando tanta atenção.

– Eu vou pensar sobre isso... – fala com uma expressão pensativa, mas ele logo volta a sorrir – Mas vamos aproveitar o aquário por enquanto!

– Vamos. – Eu digo com um pequeno sorriso, acariciando sua cabeleira negra.

[...]



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