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História You Are Protected - Divididos por sonhos partidos


Escrita por: Litalea_Draak

Capítulo 41 - Divididos por sonhos partidos


† PoV. Mama †

Vi Yong saindo do hospital e Lay se fechando no quarto de Kris há uns minutos.... Por que tanto mistério? Sei que estão escondendo algo mais. Algo relacionado a Chanyeol e YiFan.

— Mama, tudo bem? — Tao perguntou, me encarando preocupado.

— Sim, está sim. Por que não vai para casa, hm? Aproveite e descanse, fique com os meninos, com a Lin.

— Não, por favor, Mama.

— O que foi? Por que não?

— Nada, eu só não me sinto bem.

— É por causa dele?

— Também...

— Tao.

— Desculpe, Mama, eu só preciso de um tempo sozinho. — Desviou o olhar para o chão.

— Certo.... Se precisar de algo, não hesite em chamar.

— Obrigado.

Tao deu as costas me deixando confusa. Ele parece bem mais abalado, está com olheiras e sua voz baixa. Alguma coisa aconteceu, tenho certeza. Até quando liguei para Shengyi, nem Nini conseguiu fazer com que seu humor mudasse ao menos um por cento.

 

† PoV. Lay †

— Eu lhe dei uma dose considerável. Isso vai te ajudar, não se preocupe. — Disse para mim mesmo.

Sai daquele quarto com certas esperanças. Ainda tinha minhas dúvidas sobre o BL, mas ele deve ajudar em algo.

Kris quase sofreu um traumatismo craniano, foi por muito pouco. Está com vários machucados e diversas cicatrizes pelo corpo. Eu não sei como e acredito que não tenha qualquer explicação, mas Kris está bem melhor do que eu imaginava. A água entrou em contato com seu corpo quando caiu ao mar e isso parece ter ajudado na aceleração de cura e cicatrização de alguns ferimentos. Isso é praticamente impossível na minha opinião, mas é realmente isso o que supostamente aconteceu.

 

† PoV. Tao †

Eu ainda estava atormentado por algumas coisas que Tairon me disse.

 

† Início do flashback †

— Eu sou Tairon.

Nesta hora eu simplesmente paralisei, não consegui dizer nada.

— Você se chama Huang ZiTao, certo? — Concordei com a cabeça. — Kris me contou sobre você. — Sorriu — Por favor, não tenha medo de mim.

— C-como você o conhece? — Perguntei, me aproximando um pouco.

— Podemos dizer que ele acabou indo para o mundo em que eu vivia.

— Como assim? — Estava mais que confuso.

— É difícil de explicar. Basicamente Kris foi parar em meu mundo por acidente, mas consegui trazê-lo de volta. Longa história. — Deitou a cabeça para o lado enquanto fechava os olhos. — Ficar nesta forma parece gastar muito mais energia... — Sussurrou para si mesmo.

— Eu estou com tempo. — Disse desconfiado. — Pode me contar?

— Tem certeza que quer saber?

Eu não me arrependo de ter lhe dado um sim como resposta. Tairon me contou tudo, detalhe por detalhe. Não nego o fato de que fiquei com muito ciúmes ou completamente impressionado.

— Isso tudo é mesmo verdade?

— Por que eu mentiria para você? — Pareceu surpreso.

— Não sei...

— Eu só quero ajudá-los. Apenas me permita isso.

 

 †Fim do flashback †

 

Eu acabei concordando com aquilo. É tarde para se arrepender.

Tairon se transformou no lobo novamente e saiu correndo para dentro do hospital após aquela não tão breve conversa. Mama quer que eu fique com meus amigos ou descanse, mas sei que isso não vai me ajudar.

Senti meu celular vibrando no bolso da jaqueta e sem muito ânimo o peguei ainda voltando a realidade. Um aperto em meu peito se fez presente ao ver o nome no visor.

 

“— Tao? — Sua voz estava bem melhor que da última vez que a ouvi. — Tao?! Está tudo bem?

— Sim, bem melhor que antes. — Respondi completamente calmo.

— Alguma notícia dos meninos? Da Lin? Eles estão bem?

— Estão sim, Baek. Eles estão se recuperando ainda, Lin e os meninos estão em uma casa

segura, não se preocupe.

— Que bom. — Suspirou aliviado. — E o Chanyeol? Ele está por perto? Por favor Tao!

— Baekkie.... Ainda não tivemos notícias de Chanyeol.

— Mas, vocês o encontraram, não encontraram? — Não se desespere, por favor.

— Sim, Chanyeol já foi trazido para o hospital, juntamente dos outros. Infelizmente os médicos não nos deram muitas notícias dele, acredito que poderemos vê-lo hoje no fim da tarde.

— Quando vocês irão voltar? — Não chore Byun.

— Ainda não sei.... Assim que os garotos e Lin estiverem melhor eles poderão voltar em segurança. Foi uma promessa.

— Tao.... Eu fiquei sabendo sobre o Kris... — Por favor, não. — Só tente não se matar de preocupação ou de uma maneira bem pior. Ele vai voltar, não tenha dúvida. Vocês dois já passaram por tantas coisas.... Não tem por que levarem ele agora. Ele ainda é bem jovem e mal aproveitou a vida. Kris ainda tem muitas coisas incompletas aqui e uma delas é você.

— Por que está dizendo essas coisas? O que fez com Byun Baekhyun? — Perguntei divertido, tentando disfarçar o choro.

— Eu sei bem como é Tao. Não poder fazer nada e só assistir a tudo. Eu sinto que isso tudo vai passar, você vai ver. Em breve os dois estarão juntos novamente, felizes. Eu sinto isso Tao, acredite.

— Eu acredito em você Baek. Nunca duvide disso.

— Ah, por favor me avise se o Chan estiver bem. Se o Kris acordar.

— Qualquer coisa eu mando uma mensagem. Não se preocupe.

— É você quem deveria fazer isso. “

 

A essa altura eu já me encontrava sentado no chão de um dos corredores, com o celular em mãos e o rosto banhado pelas lágrimas incessáveis. Me obriguei a levantar e seguir até o banheiro daquele local. Apenas lavei meu rosto diversas vezes, me acalmei e afastei qualquer pensamento negativo antes de sair.

Caminhei pelos corredores sem rumo. Poucos minutos depois vi um garotinho andando confuso, vinha em minha direção.

— Moço, você viu meu irmão? — Perguntou preocupado ao se aproximar mais.

— Como ele é? — Me abaixei, ficando quase de sua altura. Ele deve ter menos de sete anos.

— Igualzinho a mim. Você não viu se a médica estava com ele? — Parecia um pouco desesperado.

— Desculpe, não vi ele. Sabe o nome da médica? Talvez eu consiga te ajudar.

— Por favor moço, eu preciso achar o meu irmão! Ela se chama Meili.

— Certo, acho que sei onde ela está.

Quando vim lavar o rosto vi Meili indo até um dos quartos do primeiro corredor do

hospital. Segui com o garotinho até o quarto em que vi Meili entrar, ele não esperou e abriu a porta correndo.

— Youngmin! — Disse alto enquanto entrava.

— Fale baixo. — Meili pediu baixo. — Ele está dormindo um pouco.

Ela estava em pé, de frente para a cama, observando um garoto dormir. Ele era exatamente igual ao que estava comigo, são irmão gêmeos. Um com o rosto mais delicado que o outro, mas mesmo assim quase idênticos.

— Desculpe... — Pediu baixo. — Ele já melhorou? — Perguntou parando ao lado do irmão.

— Já sim. — Sorriu. — O que aconteceu dessa vez?

— Ele disse que não estava conseguindo dormir direito e não estava comendo nada.

— Por que ele não dormia? Ele não queria me contar nada.

— Ele falou que estava tendo pesadelos com um homem. O homem queria tirar ele de perto de mim e ele não deixava, o homem tentava me machucar e ele não conseguia mais se mexer ou falar nada no sonho.

— Quando ele acordar diga que ninguém vai separar vocês. Isso nunca vai acontecer, certo?

— Certo!

— E por que não vai acontecer?

— Porque eu vou proteger o Youngmin de homens maus!

 

† PoV. Autora †

ZiTao não evitou rir baixo ao ver a felicidade e determinação do garoto quando disse que protegeria seu irmão. Meili sorria satisfeita com a pequena brincadeira que fizera com o pequeno.

Os três corações estavam calmos agora, o corpo relaxado e a mente sã. Totalmente desprotegidos para qualquer surpresa.

Agradável ou não, aquilo já estava certo de que iria acontecer.

 

† † † † †

 

† PoV. Kris †

Eu não conseguia abrir meus olhos.

Não podia falar ou produzir qualquer som.

Meu corpo ainda dói, parece que cai sobre vidro.

— Hey, acorda, por favor.

Ainda reconheço sua voz.

— Ka?

— Papa!

 

Tudo pareceu se iluminar.

 

Estava no jardim de uma grande mansão branca. Rodeado de flores azuis, ao lado de uma simples mesa de jardim no estilo imperial. Haviam algumas árvores com flores também azuis caindo ao chão. Ka estava sentada à minha frente, sorria.

— Você está bem, Papa? — Perguntou se levantando.

— Estou...

— O que aconteceu? — Caminhou até mim e me abraçou forte, retribui de imediato.

— Não sei.

— Eu sei. — Desfez o abraço enquanto se sentava em meu colo.

— Então por que perguntou? — Ri baixo.

— Queria saber se você também sabia. — Acompanhou-me.

— Ka, me diga.

— Você promete não ficar bravo?

— Prometo.

— Certo... — Abaixou o rosto. — Meu nome mesmo é Karin e eu sou seu anjo da guarda!

— Verdade?

— Sim! — Fechou os olhos sorrindo. — Eu precisava fazer algo, então vim te ver através dos seus sonhos.

— Precisava fazer algo?

— Sim, para te ajudar. — Levantou-se novamente. — Vamos caminhar na floresta? Por favor Papa! Eu explico tudo. Prometo.

— Vamos. — Me levantei calmamente.

Minha atenção se voltou para as roupas que eu vestia. Calça, camisa, terno e gravatas completamente brancos. Sem qualquer traço de sujeira vinda do gramado em que estava ou das flores. Eu e Ka caminhamos até duas arvores que pareciam formar um arco coberto por pétalas azuis. A floresta é bem iluminada e clara, suas cores são vivas e as árvores parecem ter vida.

— Vai me contar ou não? — Perguntei ainda caminhando, de mãos dadas com Karin.

— Vou.... Como Tao está? — Levantou o rosto e me encarou.

— Deve estar bem, ainda não o vi.

— Ele não está.

— Como sabe?

— Olhe! — Apontou para um lago a alguns metros de onde estávamos.

Seguimos até o lago, observei a água cristalina se mover delicadamente ao ser atingida por uma pétala azul, que logo despareceu dando lugar à uma espécie de portal. Podíamos ver um hospital. Meus pais na recepção e logo à frente, em um quarto daquele hospital, Tao. Ele estava com Meili e dois garotinhos.

— Estes são Youngmin e Kwangmin. Eles têm apenas seis anos. — Disse baixo, como se eles pudessem nos ouvir.

— Tao os conhece?

— Ele os conheceu há uns minutinhos. Ele ajudou Kwangmin a encontrar o irmão, Youngmin.

— Gêmeos.

— Isso mesmo!

— O que aconteceu com Youngmin?

— Nada demais, apenas pesadelos e má alimentação.

— Onde estão seus pais?! Duas crianças sozinhas neste hospital...

— Papa, eles não estão sozinhos somente no hospital. No mundo também. Nenhum deles chegou a conhecer seus pais, cresceram em um orfanato.

Não soube o que responder.

— Sabe quem são? Ou tem alguma ideia de quem eles irão se tornar? — Parecia animada.

— Não. Pode me dizer?

— Hm.... geralmente não podemos falar nada sobre o futuro, mas eu já quebrei várias regras quando vim te ajudar.... Bom, se tudo correr bem, você vai realizar aquele sonho. Será apenas você, Tao e os pequenos clones.

— Uma família? — Perguntei confuso, encarando Tao naquela miragem. Ele sorria fraco, estava evidente que havia chorado e queria fazê-lo novamente.

— Sim. Uma família feliz.

— Como pode ter tanta certeza?

— Eu já disse, Papa! Sou seu anjo da guarda.

— Ainda tenho algumas perguntas.... O que está acontecendo?!

Tao saiu do quarto correndo juntamente de Meili, corriam até a área dedicada a UTI. Os vi entrando em um corredor e parando em frente a um quarto.

— Por que eles não entram?

— Não têm permissão para isso.

— Quem está naquele quarto?

Ka não respondeu. Soltou minha mão e deu alguns passos em direção ao lago, colocou sua mão direita na água e a movimentou lentamente. Um novo cenário se formou, o quarto do hospital.

— O que...?

Eu. Eu estava naquele quarto. Um tubo me mantinha respirando, o sangue que ia para minhas veias era negro. Lay estava ali. Houve uma emergência no quarto e apenas ele pode entrar.

— Por que somente Lay?

— Ele está cuidando de você.

— O que tem naquele sangue?

— A cura do Death Lilac.

— Por que vim aqui?

— Você ainda está fora do seu corpo. Poderia acabar preso em Ehldrianlly pela eternidade se eu não tivesse lhe trazido para cá.

— Obrigado.

— Por nada.

— Sabe por que eu ainda não voltei?

— Não exatamente.... Tairon te ajudou e isso deveria ter lhe levado de volta. Algo foi mudado.

— O colar.

— Colar?

— Tairon me deu um colar de cordas com uma pedra prateada, ele me pediu para que não o tirasse de maneira alguma, mas ele não está comigo.

— Deve ser isso.... Papa, como é Ehldrianlly?

— Triste. Tudo é completamente mágico, mas o clima é triste. Não sei se algo mudou, mas tudo parecia mais com um mundo solitário.

— Isso é porque você entendeu a dor do Tairon.

— Como assim?

— Papa, você vivenciou quase exatamente tudo que Tairon passou quando conheceu Tao. Acredito que ele não tenha lhe contado, mas seus pais foram mortos quando ele ainda era uma criança. Eles deixaram Tairon em um local seguro durante a noite enquanto saiam à procura de algo para se alimentarem. Eles foram atacados por aqueles sete garotos com quem Tairon lutou quando se conheceram. Infelizmente não conseguiram resistir aos ferimentos e seus corpos se perderam no Mar dos Mortos. Ele iria para junto de seus pais naquele dia em que o encontrou, mas acabou te encontrando e você mudou seu destino.

— Por isso ele não queria que eu voltasse...

— Exatamente, ele encontrou alguém para proteger, um motivo para viver mais um pouco.

— Onde ele está agora?

— No hospital, esperando por notícias. Não se preocupe, Tao já está sabendo de tudo. Ele sabe sobre Tairon e Ehldrianlly.

— Tairon e Tao se encontraram? Isso não seria arriscado?

— Não, Tairon tem certa ligação com você devido aquela poção de In Han que os ajudou a voltar, se essa ligação fosse com Tao.... Eles poderiam acabar desaparecendo no vácuo ou simplesmente um dos dois morreria. Tivemos sorte de Tairon ao menos conseguir viver aqui.

— Sim.... Ka, por que você aparece com uma criança e minha filha?

— Bom, eu gosto de ser criança e ter você como pai não é algo ruim. Isso me lembra de quando eu ainda era viva, me traz aquelas sensações de quando ainda somos bem pequenos e temos a liberdade da nossa imaginação.

— Conheço bem esses sentimentos.

— Essa é a última vez que irei te ver Papa.... Minha missão com você já está terminando.

— Hey, não irei me esquecer de você tão facilmente assim.

— Não é esse o problema. Eu só poderei voltar quando a situação estiver crítica. E eu não quero que vocês fiquem em perigo novamente.

— Karin, eu já sou adulto. Posso muito bem cuidar de Tao e Tairon.

— Acho que é mais fácil Tairon cuidar de você. — Riu.

— Engraçadinha!

— Mas, é sério Papa. Tao também está crescendo, Tairon é um guerreiro, você é..... Um bom homem.

— Obrigado Karin.

— Certo! Vamos aproveitar enquanto temos tempo! Você deve retornar essa noite.

— Devo?

— Sim, hm.... Pensei em um jeito de tudo voltar ao normal. Do tipo você no seu corpo.

— Não vai precisar de sangue novamente, certo? — Perguntei divertido.

— Não, apenas da hora certa.

— E que horas seriam?

— Três e quarenta e cinco.



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