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História You belong with me - Je suis malade


Escrita por: Amortent

Notas do Autor


Vamos bater um papinho antes de ler, eu fiquei no Killua e no Gon nesse cap, pq acho q já deixei mt no escuro o q tá passando. Não é a forma que eu esperava mas foi o que saiu. Me perdoem se estiver difícil coligar as datas mas eu estou aqui para auxiliar. O título significa " eu estou doente" mas creio que cada um pode interpretar como quiser. O capítulo não teve o fim q eu queria e isso está me deixando com raiva e incomodada mas foi como eu disse. Então é isso mesmo. Boa leitura

Capítulo 12 - Je suis malade




Na sexta feira daquela mesma semana, algumas coisas foram minimamente alteradas. A formação do grupo inicial se contorceu drasticamente, e embora os esforços de Leório para se manter perto de Kurapika fossem válidos, o loiro preferia menos contatos- para que a integração de seu plano saísse completamente bem- seria praticamente a surpresa do século e para isso, o moreno não poderia estar perto de si para descobrir antes.

—Você conseguiu a sua parte ? —questionou movendo as mãos em aspiral, todo preocupado com a realização do plano, para Killua. Ele acenou positivamente com um ar presunçoso e Zushi respirou aliviado ao seu lado. Não estava sozinho naquela loucura, afinal.


—Kurapika, eu tive que rodar muito para conseguir isso mas saiba que muitas pessoas me viram lá e que minha reputação já está em risco, se você falar pra alguém que eu te ajudei, eu te quebro—Killua explicou com as mãos no seus ombros mostrando o quão sério era a situação. Kurapika assentiu.

—Zushi, você também?  deu certo ? —ele olhava com pavor para o caminhão onde eles estavam escondidos atrás.


—consegui sim—sua voz cortada estava cheia de medo —Kurapika você é louco. 


—qual é, vai ser muito engraçado —Killua mandou uma piscadela.


—não sou louco, só quero fazer uma surpresa. —respondeu simples encarando de volta os olhos assustados. 


—saiba que ele terá um ataque cardíaco.—preveu Zushi, levando um tapa na orelha de killua. 

—Blondin ! —a quarta voz fez os todos olharem para trás. Hank havia chegado com uma sacola enorme. —não se preocupe, eu trouxe tudo que você me pediu !


Mesmo ajudando ele, Hank não deixou de se sentir desconfortável por Kurapika fazer tanto por alguém que mal conhecia. Sentia se deixado de lado, ainda mais que o loiro lhe falou durante o jantar inteiro sobre o plano e nem comentou sobre eles. 

—Maravilha, vamos todos pro ginásio então! —ordenou com entusiasmo, passando por si e nem lembrando do acontecimento anteriores. 

Leório possuía uma irritação constante em todos seus movimentos nessa sexta feira, estava cheio de cochicho ao seu redor e ele pegando informações cortadas. O início da semana tinha sido estonteante com eles saindo de cima para baixo e o baixinho sempre consigo, mas bastou o imbecil do Williams se rebaixar para que o loiro saísse de seu lado para o acompanhar em tudo, sozinhos porque senão Hank reclamava.


 Agora mesmo estava na aula olhando para a porta, a lição já estava sendo passada mas onde estaria Kurapika?  Zushi estava ali então por que o loiro não?  estaria cansado de ser amigo ou de cuidar de um cadeirante ?  Na sala havia discussões e gritarias típicas mas Leório não se envolvia, apenas aguardava. Ansioso pois não viu o loiro na entrada onde ele sempre está. Nem na lanchonete conversando com Killua. Nada. Nenhum sinal dele e sentia se furioso por saber que alguma coisa ocorria ali e ele não tinha noção nenhuma. 
Após a aula, Leório finalmente encontrou o loiro, ele o aguardava frente a porta da biblioteca para estudarem, com certeza depois de matar aula para dar uns amassos, pensou irritado. Leório o viu virando e mandando um sorriso de saudação, no entanto, o moreno não expressou nada e apenas moveu para dentro do lugar.


—não me ignora Leório—falou em tom baixo não entendendo o que deu no amigo para nem o olhar na cara. Ele levantou o dedo indicador para que Kurapika ficasse quieto. E assim o fez. Até então sua cabeça estava abaixada também.


—Eu vou falar e não quero te ouvir. Porque tem dois dias que você tá me evitando, como se eu tivesse feito alguma coisa errada ou que sua paciência está curta até para mim. Eu estou pisando em casca de ovos durante esse tempo todo tentando te agradar mas você continua ausente.


—Eu estou sendo ausente com você? Como ? —irritou-se pela má interpretação —Eu estive aqui com você desde o inicio todos os dias! Quando eu demonstrei o contrário?! Ontem?  Quando ficamos vendo os filmes chatos que só você gosta durante a educação física ?! ante ontem ? Quando ficamos estudando e comendo porcaria o dia todo depois da aula ?!Na terça?  O dia que a gente foi no parque e ficamos bebendo lá?  Em que momento eu dei a entender o contrário?  Quando foi que eu me tornei esse ser indiferente que você está falando e virei as costas para você ou para os seus sentimentos?  Me diz, quando?


—Você tá estranho desde que aquele manequim bulemico te chamou pra sair de novo e desde então tudo ficou polarizado.


—Tudo gira em torno disso ? Será que nunca tá bom para vocês?  ou eu passo muito tempo com ele ou eu passo com você.  Vocês não podem ser amigos para que eu fique com os dois ?


—hahá como se ele quisesse a sua ou a minha amizade.— ironizou irritado.


—Leório depois falamos sobre isso, precisamos ir estudar agora


—não precisamos não, você vai ficar aqui e me explicar tudo. 


  —Leorio nos precisamos mesmo ir! —insistiu nervoso, não tinha parado para pensar que Leório fosse sentir sua falta


 —   por que ? Você está fugindo de mim de novo e eu nem ao menos sei pelo que.—Leório também teimava e tinha enfiado em sua mente que Kurapika estava se cansando de ser seu amigo.   


  —eu prometo que não é nada grave mas precisamos ir.— tentou contornou a situação porém recebeu um olhar desconfiado. Entretanto Leório não discutiu mais, apenas entrou na biblioteca e permitiu que ele começasse a explicação- algo que Leório nem prestava atenção- soube que ele escondia algo pela forma contida que dizia a matérias e suas mãos começaram a suar e mil coisas passaram pela sua mente. O loiro estava calado pessoalmente e Leório sabia que aquilo era um mal sinal. Um péssimo sinal. 


Ao sair da sala Killua sentiu a leve impressão que algo grande acontecia ali. Mas preferiu não pensar muito. Caminhou até o banheiro afim de se arrumar para o treino e no entanto se via estagnado na porta dele. O encarando como quem via um fantasma.  Não podia deixar de ser invadido pelas lembranças daquele lugar. Fechando os olhos como se fosse fazê-lo reviver os instantes antecessores, o dia em que ele e Gon se separaram. Ao abrir os olhos podia se ver ali mais uma vez, como se fizesse os mesmos passos.  


                                Flashback on


O treino teórico acabava e o time se trocava para ir a campo. Enquanto faziam isso ele não podia deixar de se incomodar com os burburinhos . Principalmente de seus melhores amigos. 


—até que ela é gostosinha—Leorio dizia pouco entretido com a foto de sutiã que fora mostrado por Josh.—pegavel, mas minimamente pegavel. 


—a melhor parte é que ela não é virgem—comentou ainda Josh, mostrando a foto para todos os jogadores. 


—A Katie do segundo ano não é mais virgem também, eu coloquei um boa noite Cinderela na cerveja dela durante a festa do Toyok e ela se abriu mais que persianas—gargalhou com os outros e Killua fixou os olhos em Gordon, ele era um dos jogadores que se vangloriava. E após sua afirmação muitos jogadores começaram a o prestigiar ali. 


—sabem quem se abre igual persianas sem essas firulas?  Camily Dantes, a Cherrio. Nos ficamos no meu carro e ela deixou ultrapassar as linhas, e adivinhem ? sem camisinha! Não sei o que era mais quente, no meio dos peito ou no meio das pernas dela —outro babaca se gabou,  desta vez, Andrey alguma coisa que Killua não se lembrava mas rolava os olhos, não se sentindo confortável com aqueles comentários.


—Vocês acham que isso é algo perto de Hannah Jordens?! —Gon saiu do chuveiro já com um sorriso maldoso no rosto e Killua prestou mais atenção no discurso.


—a capitã das líderes de torcida? Você tá zoando.  Ela não daria bola para você —desacreditou outro jogador mas caíram por terra suas dúvidas quando Gon tirou do seu armário uma calcinha rosa clara entre os dedos, girando ela no ar, fazendo todos o olharem boquiabertos. 


—essa aqui é da Hannah Jordens, tomem —jogou no redemoinho que se formou a sua volta quando retirou ela —fiquem para vocês. Cheirem a vontade. 


Riu da forma desastrosa como eles se debatiam pelo pedaço de pano, mas cessou ao encontrar os olhos azuis marejados. Killua, que estava sentado no banco não se misturou com os demais pela calcinha. Muito pelo contrário, puxou sua mochila e se retirou. O treino não havia acabado, mas ele não ligava. Saiu sem dizer nada e sem se despedir. O técnico assim como os demais não estranharam.  Ele sempre fora solitário. 
Assim que cruzou o corredor principal sabia que estava sendo seguido e sabia como acabaria. 
 
Entrou no banheiro masculino e despejou sua mochila por qualquer lado. Ficando de costas para porta, apenas aguardando o estrondo da porta quando ela bateu e o corpo de Gon lhe agarrou por trás e as mãos dele subindo por dentro da camisa com urgência. Sorriu ao prever tudo aquilo. 


Minutos depois eles estavam dentro de uma das cabines e Killua sentado no colo de Gon, ele distribuia beijos por toda extensao das bochechas do albino, seguindo a trilha para sua orelha e depois pescoço. Suas ereção já esbarrava uma na outra, criando um atrito gostoso para ambos. Mas Gon ainda o sentia duro, constrangido e não estava relaxando. 

—Me desculpe por aquilo, me desculpe mesmo—falou bem baixinho, sabia que não havia ninguém ali além deles mas seu medo de que alguém poderia aparecer o rondava. 


Killua não respondeu nada, apenas se deixava levar pelos beijos cálidos depositados pela extensão de seu pescoço. Porém depois da fala dele, sinalizou como se fosse sair dali e Gon o segurou com mais força.   


— Vamos ficar aqui, só mais um pouco...Por favor —Gon pedia temeroso passando os braços pelo corpo de Killua que cedia, permitindo que fosse para mais perto.  Havia uma insegurança ali de que aquelas paredes não os protegeria para sempre. 


Killua não respondia mais uma vez apenas concordou e deitou o rosto no ombro direito de Gon. 


—será que ..—Era difícil falar, mas ele queria ou sentia que deveria querer —será que depois de tudo nos fizemos, nos podemos ser só amigos? 


Killua não ouvia segurança na questão, muito pelo contrário, sentiu todo medo que ele possuía ser refletido na fala e podia ser palpável o temor absurdo que ele tinha de que as pessoas soubessem. 


Mas mais do que isso, Killua tinha uma breve noção de como Gon era claustrofóbico por viver em um lar que não o aceitariam de forma alguma. Movendo-se de onde estava apoiado apenas para ver o rosto choroso de Gon. 


—nos podemos ser o que você quiser —tentou ao máximo manter a calma na voz porém saiu quebrada. Mas se seguraria para não chorar também.—O que você quiser, Gon. —repetiu acariciando os cabelos dele. 


—Eu não quero ser gay—a frase saiu de uma forma dolorosa como se exprimisse seus desejos e aquilo doeu em Killua também.


—Não é questão de escolher.—embora mantivesse a paciência, ele também sofria com o assunto e a negação do maior começava a o machucar. 


 —Eu quero que seja. 


—tudo bem, você pode fugir e se esconder atrás dessa medalha na minha vez, mas por mais que você evite, um dia você se sentirá atraído por outro cara. Não pode fugir de quem você é.


—Eu não quero outro cara—respondeu com a voz embargada.   
—mas me quer ?


—Não torne isso mais difícil do que já está sendo. —respondeu agoniado com aquele diálogo, so queria ficar com Killua caladinhos. 


—Gon me escuta, eu vou contar uma história sobre sua vida futuramente se você ficar se escondendo. Você vai ficar no armário e se casar com uma garota bonita e bem instruída -Meus parabéns- mas você também vai precisar encher a cara pra conseguir transar com ela e dar os filhos que ela tanto pede, talvez você se torne um policial ou alguém do parlamento. E depois....depois você vai ser pego no banheiro masculino igual como estamos agora, voce estara mandando ver com um cara que nem saberá  o nome. 


—precisa rotular dessa forma?  


—Não, é claro que não. Mas você precisa aceitar o que você é. E você parecia que estava disposto a isso...


—Eu mudei de ideia 


—mudou de idéia?  —seu tom indignado o fez se levantar do colo e o encarar como um animal ferido.  —O que você acha que eu sou para brincar com meus sentimentos desse jeito ?


—calma, volta aqui, por favor—segurou seu punho e viu seu rosto voltar ao normal— eu usei as palavras erradas —sua voz desesperada fez Killua retroceder e sentar se novamente, apenas para que ele passasse os braços em si novamente, como se aquilo fosse uma prece frágil. 


—Eu retiro o que eu disse Gon, ser so seu amigo é pouco para mim. É um absurdo e eu não quero. —murmurou em seu ouvido com toda honestidade que tinha. Ele não era idiota e já tinha conhecimento do que sentia. 


—não podemos continuar com isso, Killua. Mas eu não posso ficar sem você, vamos ser amigos de novo, por favor. ...


—tá bom, como você queira. Boa sorte encontrando outro idiota que aceite ser seu segredo sujo—levantou em supetão. Pegou sua blusa e jaqueta do chão, sua calça estava nos pés e seria o tempo de a subir e afivelar, saindo do banheiro e o deixando ali. 


Gon queria se sentir aliviado com aquilo, tinha terminado seu maior pecado e precisava que o corpo fosse purificado pelas bênção divina mas internamente sentia se vazio, Killua os reduziu para nada. 

                             [Flashback off]

Secou as lágrimas da cortina que se formava em suas retinas ao recordar o dia em que Gon escolheu ser covarde e adentrou o local. Trocando se e seguindo para o treino. 
Era a primeira hora do treino, o sol mal raiava e os jogadores estavam em treino árduo. Por instantes, Gon saiu do ciclo e se sentou nos pés da arquibancadas, cansado e ofegante. Descansando um pouco e acompanhando o time que comandava com pulso firme.
 Killua era um destaque na ausência de Gon, o receptor tinha uma velocidade extrema. Seus olhos não desgrudaram do albino suado, que ouvia alguma coisa do treinador, presumiu ser alguma dica ou elogio pelo sorriso tímido que ele deu. Subiu os olhos para o céu e se arrependeu. Azul também lembrava ele. Fechou os olhos e respirou fundo. Ele orava silenciosamente para que Deus o acalmasse, que o fizesse sentir repulsa ou nojo pelo corpo atlético de killua. Mas nada vinha, nada que o ajudasse a o desejar menos. De forma hesitante, levou a mão direita para baixo, colocando ela no meio de suas pernas. Ele não sabia o que estaria fazendo, mas sabia a razão. Killua há metros de si, com sua blusa do time colada pelo suor, caminhando pelo campo antes de começar a acelerar e atingir outras velocidades. Nunca estivera tão sexy para Gon. Enquanto a imagem do albino se fazia mais presente na imaginação de Gon, ele continuava a enfiar a mão dentro de sua cueca. Sabia que deveria ser cauteloso mas não pensaria nisso agora, moveu a mão pela sua ereção e fez pressão nela, circulando com os dedos e mordendo o lábio inferior prendendo os ruídos que soltaria. Ia movendo se lentamente sua mão para que não fizesse movimentos bruscos aos outros outros mas estava se tocando, se tocando por outro homem.  Sua expressão mudava de tensa pelos treinos para relaxamento intenso. E ele continuava, tombou a cabeça para trás, a encostando na madeira do banco mas mantendo os olhos abertos.  Apesar de que o zíper incomodava a costas da mão, continuou a seguir Killua correndo com os olhos. O movimentos das pernas dele faziam Gon olhar fixo para elas e subir para as nádegas desejando as sentir em sua intimidade e se afundar nela, o ouvindo gemer ...Nesse ponto, Gon já aumentará a velocidade de sua mão e colocou a jaqueta do time por cima. Assustou se. Parou e caiu na real de que estava em público. largou sua intimidade e se levantou arrumando as calças. A velocidade com que fez isso atraiu a atenção do treinador. 


—Está tudo bem Freecs?  


Ele balançou a cabeça e abandonou o campo com pressa, passando com velocidade por todos e se enfiando no vestiário. 


A tardezinha caia na escola e poucos alunos estsvam ali. Gon saira do vestiario depoia de longos banhos usando roupa e tudo.  Tanto os estudos como o treino já haviam terminaram e lá estava Leório conversando com Gon, em frente ao banheiro pois Kurapika tinha sido banhado por uma raspadinha de última hora. Leorio tagarelava praticamente sozinho pois Gon estava avulso pelas lembranças do local de mais cedo, apoiado pelas costas em seu armário quando viram as duas figuras saindo do banheiro falando animadamente entre si com o loiro aparentando estar melhor, o dialogo que preocupava, parecia ser fervoroso, como uma discussão e Leório se perguntava se o albino tinha alguma pista nova sobre Hank e isso irritou o loiro. Riu ao pensar em como eles eram diferentes, Kurapika nunca seria tão evasivo. De volta a realidade notou uma outra presença ali, indo na direção deles. Leório apenas observava com certa indignação, preocupado, não estava se acostumando com tantos marmajos cercando kurapika mas suavizou profundamente quando ele apenas falou com Killua. Já Gon estreitou os olhos sentindo o sangue ferver, algo bem discreto, e mesmo desconfiando e colocando o cérebro para funcionar, ninguém percebia que ele reconheça que aquele a frente seria Meruem de algum clube idiota de fracassados ?Sim, era o próprio. O que ele fazia perto de seu Killua? Isso ele descobriria agora mesmo. 


 — Há muitos boatos que vocês jogam para o outro time—dizia baixo mas com um sorriso maldoso, apenas para os dois ouvirem, no entanto, Gon treinava desde cedo para ser um Hunter e isso o fazia ter uma audição incontestávelmente talentosa. Cerrando os punhos ao caminhar para próximo dos três.  —quando quiser experimentar uma brincadeira diferente é só me ligar —deu um papel amassado. Killua assim como Kurapika não sabiam o que dizer e preferiram não dizer nada mesmo. Meruem virou se encontrando uma figura mal encarada, atrás de si.


—Meruem!—dizia como se a sua mente finalmente lembrasse do ser —100 voltas em torno da quadra, agora!—ordenou com os olhos e voz neutras, discrição era com ele mesmo mas o pobre nem sabia o que estaria acontecendo. 


—mas capitão... o que eu fiz ?—iniciou a frase não entendendo a situação mas fora cortado pelos olhares cálidos agora do quarterback. 


—Deve ter feito algo, agora corra para matar minha vontade. Kurapika, você e Leório poderiam confirmar que ele deu as voltas? Obrigado —a crueldade de Gon era de fato comum na escola, cada vez que ele agia como o capitão do time, mais seu status de força crescia, não precisamos relembrar que isto era de extremo orgulho para a instituição e sua família, que o viam como um homem de força e punho firme. 

Os três saíram dali e Killua olhava para Gon perplexo, sem entender o porquê de tanta maldade com o garoto. Os olhos de Gon correram imediatamente para as maos do albino. Ja killua não esboçou reação nenhuma, ficou parado se questionando que tipo de interação era aquela e percebeu a queimarão que o encarava, seguiu os olhos dele descendo e percebendo que ainda estava com o papel entre os dedos quando Gon se aproximou tanto a ponto do queixo de Gon grudar na testa de Killua. 


 —Vai usar isso ? —a tonalidade fria e cortante fez Killua entender a situação e negar devagar com a cabeça, ao mesmo tempo em que sentia a mão dele nas suas, puxando o papel com velocidade e o rasgando em pedaços.


O menor tinha um coração partido, Gon só agia quando sentia ciumes, ele sempre seria um objeto para o moreno ? Algo a ser concedido quando ele se sentisse ameaçado ou com vontade ? 


Da mesma forma que se aproximou, se afastou do menor. O deixando esperançosos de que algo poderia acontecer, mas não aconteceu. Tal como pensara mais cedo e tal como seu pai sempre lhe ensinará, expectativas sempre trás decepção. E decepcionado, seguiu para a saída 


Enquanto recomponha sua postura, Leório e Kurapika encontraram com Gon pelos corredores. 


—O que você fez foi muito mal Gon, o coitado deu dez voltas a mais do que precisava —contou Kurapika olhando para o quarterback. Ele virou o rosto, mantinha o maxilar travado.  E simplesmente saiu andando e entrando em um outro corredor, mais atrás dos dois vinha um furacão de cabelos brancos passando por eles, que entrou exatamente no mesmo lugar que Gon fora. Kurapika e Leório se entreolharam e riram. 


—Você ainda não me falou sobre esses dias que me evitou ...—comentou como quem não quer nada, o loiro sorriu leve. 


—posso te explicar comendo um X burguer?—barganhou recebendo um riso alto. 


—Está me chamando para um encontro, Kurapika?  —arqueou as sobrancelhas divertidamente.—desculpe, você não faz meu tipo. —disse fingindo arrogância enquanto o loiro ria. 


—vamos, prometo que não irá se arrepender—retrucou entrando no brincadeira. 

—quem come isso sou eu. Você fica resmungando que faz mal. Não podemos trocar nossos papéis Kurapika.—disse fingindo uma seriedade. 


—Você pode dividir comigo, que tal ? —soou divertido. 


—dividir não balança o nosso equilíbrio.


—que equilíbrio?  —questionou já se movendo para fora dali com o paraplégico. Seguiram para a lanchonete discutindo sobre equilíbrio que Leório propunha.

No auditório da escola, havia um Gon muito raivoso andando de um lado para outro esbravejando enquanto Killua apenas assistia com os dedos segurando o rosto analítico. 


—Eu vou quebrar todos os dentes daquele nerd de bosta! Eu vou socar tanto a cara dele que o nariz vai parar na nuca.—dizia nervoso socando os assentos auditório.
 
—Você está se ouvindo?  —perguntou tedioso com a cena. 


—Claro que estou.  Ele vai se ver comigo! Ele acha que as 100 voltas foram tudo, ele está enganado, isso foi só um brinde. 


—não acho que esteja. 


—Você ouviu o que ele te disse ? Ele praticamente se ofereceu para você, numa bandeja prateada com uvas na boca.


—mais uma vez, foi para mim. Não para sua namorada...


—Não se faça de sonso. você não está disponível para eles. 


—não?  Gon a única pessoa que não está disponível aqui é você —soou antipático, relembrando a realidade que estavam por culpa dele. Gon o olhou furioso. 


—É diferente. —prostetou ofendido com a fala anterior, sentindo seu coração apertando. 



—Me fale sobre como pode ser diferente —disse irônico cruzando os braços.  



—Você me pertence pois eu te pertenço, logo não pode ficar de gracinha com esses bostas


—Você está louco ou o que ? Você não me pertence, você namora! E é com ela que você deveria estar se preocupando. 


—Eu namoro para ser normal prós meus pais. Você não entende ? Não vê que eu estou fazendo isso por nós dois? Para nós encobrir? 


—Eu não sou normal o suficiente para você, Gon?


Gon sentiu seu alerta apitar. Ele não parecia mais surpreso pelo sua afirmativa e sim magoado. E Gon se preocupou.


—tenta entender, Killua. —falou baixinho. 


—Era tudo que vinha fazendo Gon! entendendo você e seus medos mas acho que finalmente posso parar por aqui. Eu realmente entendi Gon. Eu esperava mais de você .. Nunca mais chegue perto de mim 


E saiu dali com sua pose imposta para desabar bem longe dali. 


Gon seguiu para a lanchonete e sorriu triste ao ver os amigos sorrindo um para o outro, alheios a qualquer momento tortuoso que passou recentemente. 


—Kurapika, procure por Killua, ele está nas arquibancadas. Por favor vá logo. ele precisa de você lá.  


O loiro nem se despediu de Leório, saiu em supetao enquanto Gon sentasse e enviasse a cabeça nas mãos. Desolado. 

Killua chorava copiosamente como Kurapika nunca imaginou que veria o albino fazer enquanto fazia carinho nos cabelos dele. Os soluços não eram abafados pois não havia vergonha nenhuma para ser escondida. 


Ele repuxava a blusa do loiro entre os dedos.


—não fica assim, vai dar tudo certo—confortava da forma que surgia na sua mente. Não sabia o que havia acontecido para que ele se encontrasse nesse estado. Ele estava arrasado.


—Ele não gosta de mim blondie —disse entre o choro que Kurapika velava silenciosamente—não do jeito que eu quero...do jeito que eu preciso.


No domingo de manhãzinha, a casa dos Freecs estava uma bagunça. Correria de cá para lá, jogação de roupas e no fim de tudo isso encontravasse Gon. 


— Gon ? Já está pronto querido ?— Mito sempre foi uma mãe exemplar a todas, casará aos 20 e criava com todo amor e educação possível seu filho, um rebento que trouxera muita satisfação aos Freecs por ter seu primogênio homem. Zelava pela aparência e pelo status conquistado por isso que encoberta os atos impróprios de seu filho aos olhos do pai- que nunca desconfiou- também nunca reclamou ou deixou evidências das surras que Ging a dava por ciumes ou bebidas a mais ingeridas.


—Estou mãe, vou apanhar o Leório—dizia virando se e encontrando a figura pequena de sua mãe no batente de seu quarto, ela o olhava com admiração. Se aproximando para pequenas correções ao figurino. 


—Onde está sua medalha de São Cristóvão?—questionou docemente, colocando os dedos por baixo da gola e achando a corrente, a revelando por cima da blusa.—Assim está melhor! Lembre-se que você precisa expo-la para ser protegido. Vamos a missa pois é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente para pedir proteção, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. Use a sempre como prova de adoração. Agora va buscar Leório. Seu pai odeia atrasos.


Gon caminhava como um escravo daquela corrente que o guiava ao lado de sua família, pelo corredor da igreja bem iluminada, como um refugiado que lhe deve a vida, as imagens de gesso nas pilatras serviam apenas como munição para continuar se enrustindo e trancando dentro de si todos pensamentos insensatos envolvendo seu melhor amigo. Eram 7 horas e o local já quase lotado, com várias senhoras e senhores bem arrumados e elegantes,  conversando animadamente. Reconheceu os rostos gordos e corados dos Jordens e visualizou o sorriso de Hannah lhe chamando. Desejou que apenas ele tivesse o visto mas já era tarde.  


 Sentiu uma força centrífuga o mandando embora dali, mas infelizmente seu pai havia avistado o senhor Parker Jordens, obrigando todos a os cumprimentar rapidamente antes que a missa começasse. 


—que a paz do senhor abençoe vocês! —Gon se mantia parado ao lado de ssua família com Hannah ao seu lado também de mãos dadas, sentia um entojo. 


Com preces igualizadas pedindo alegrias simultaneamente cada família tomou seus lugares aos longos banco de madeira. 


Leório não falava nada além do convencional, apenas ser auxiliado a sentar - se e agradecendo por isso. Uniu suas mãos a voz do padre, que começava as músicas típicas e fechou os olhos. Numa oração íntima demais para que Gon bisbilhotasse por mais tempo. 

—Em nome do pai —o movimento da plateia seguia a risca. Primeiro o indicador a testa—do filho e do espírito santo. Amém. 


Todos repetiram "amém".


—que a a graça do pai, do Jesus Cristo e do espírito santo, caminhem junto com vocês...


—bem vindo seja Deus que nos reuniu  ao amor de Cristo —levantaram se todos em uníssono. Acompanhando aquele mantra semanal. 


— E nesta abençoada manhã de mais um dia dado pelo nosso senhor, eu os convido a cantar em homenagem a familia—apontou o padre olhando para as figuras da senhora Maria junto a são José e o menino Jesus. Gon sentiu seu estômago embrulhar com a menção. Como se tudo aquilo fosse um grande julgamento para lhe punir.—a forma verdadeira de família, desde os primórdios. Não se confundam com outros modelos mundanos. Agora cantemos !
  
Olhou em visão panorama, via seu pai cantando com orgulho, sua mãe chorando de emoção, Hannah de olhos fechados também cantando a plenos pulmões, Leório possuía os olhos fechados também. Existia apenas Gon ali, sozinho, sufocado por aquele ar. 


Notas Finais


Como eu disse não era esse final q eu queria mas serviu para intreduzir eles e a família do Gon. Até mais


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