História You Can Call Me Monster - Cap2: Lotto

*Jun-Hee narrando*

Ele dava gargalhadas da minha cara enquanto as lágrimas insistiam em cair.

-Você achou que seus pais viriam atrás de você não é mesmo? Você acha que vive um conto da Disney? Mas que família desestruturada a sua... O que uma princesa como você fazia em uma família como aquela? Os pais da princesa a deixaram cair na alcateia de um dócil lobo... - Ele ria e o som de sua risada era tortuoso.

-Mas porque você me compraria? - Eu perguntei trêmula.

-Pobre e ingênua princesa... - Ele respondeu passando o cano de sua arma pelo meu lábio, enfiou o mesmo na minha garganta me fazendo engasgar e depois fazendo movimentos suaves de vai e vem, eu chorava de medo com aquela arma que passava por toda a minha boca e aquele homem desconhecido beijava meu pescoço e descia seus beijos até meus peitos, eu empurrei ele e tentei me debater, mas não adiantou, ele segurou meus braços e começou a chupar e morder com força meus peitos, eu gemia de dor e chorava muito, eu ainda não tinha conseguido processar tudo que havia acontecido até ali, os meus pais... Como eu pude um dia os chamar de pais? E como meu irmão pôde deixar eles me venderem...

Eu chorava mais, e do nada, ele tirou a arma da minha boca, veio até o canto do meu ouvido e sussurrou:

-Não chora princesa... Agora que chegou a melhor parte... - Eu já sabia o que ia acontecer, e comecei a pedir pra ele parar, mas ele não me ouvia. Ele pegou a arma, usando a arma ele colocou minha calcinha de lado e deu uma estocada contra minha vagina, eu comecei a implorar pra que ele parasse, quando estava quase entrando...

*Kai narrando*

Eu passei o dia todo fora e não via a hora de chegar em casa e brincar com meu novo brinquedo. Cheguei em casa, tomei um banho e fui direto pro quarto dela, então eu comecei a brincadeira e quanto mais ela chorava mais eu me divertia, quando eu já estava ereto começo a ouvir gritos vindo do quarto de Chanyeol, não consegui continuar o que havia começado, fui até o quarto de Chanyeol já puto com ele, cheguei abrindo a porta.

-Pare o Kai agora Chanyeol, aquela menina só tem 16 anos! - Sulli gritava

Comecei a discutir com os dois, sai de lá antes que eu perdesse a cabeça, Sulli veio atrás de mim e segurou minha mão.

-Kai, eu sei que você comprou ela e pode fazer o que quiser com ela, mas, por favor, espera ela se acostumar com o que aconteceu. - Ela pediu e a mão dela tremia.

-Ela tem dois dias. Quando eu voltar quero ela arrumada daquele jeitinho que eu gosto. Vamos ter nosso primeiro encontro romântico. - Gargalhei e sai dali.

*Jun-Hee narrando*

Foi um alívio quando os gritos interromperam, depois que ele saiu do quarto eu pude ouvir os gritos dele também, fiquei com medo dele voltar e descontar sua raiva em mim.

Em frente à minha porta escutei a voz da mulher que esteve no meu quarto mais cedo, ela pedia pra ele esperar mais um pouco. Ela parecia uma boa pessoa. E pra minha surpresa quem abriu a porta do quarto foi ela, logo depois ascendeu a luz.

-Obrigada por me defender. - Eu disse fazendo reverência.

-Não importa. Vou te arrumar, você terá um encontro com ele. - Disse autoritária.

-Um encontro essa hora? - Tenta me estuprar, e depois quer ter um encontro... Não consigo entender ele, mas como ela disse "tenho que obedecer se eu quiser viver".

Ela começou a me maquiar.

-Qual o seu nome? - indaguei.

-Sulli, e o seu é Kim Jun-Hee né? - respondeu.

-Sim. Me chame de Jun-Hee como todos. - Eu tinha uma pergunta que não queria calar.

-Porque você é amiga dele?

-Dele quem?

-Daquele homem que estava no meu quarto, eu não sei o nome dele e nem tive chance de ver o rosto dele.

-O nome dele é Kai. Eu o amo.

-Mas ele é um homem mau.

-Você não o conhece.

-Ele comprou minha virgindade, não é? Isso não é coisa que um homem bom faria.

-Se continuar fazendo perguntas eu vou borrar seu batom de propósito. - Sulli disse pegando o batom. Fiquei quieta, ela terminou a maquiagem e eu parecia uma mulher adulta.

-Vista esse vestido. - Ela me deu um vestido azul que deixava os ombros amostras, eu me sentia muito vulgar e desconfortável.

-Eu não gostei dessa roupa, eu não costumo me vestir assim. - Falei deprimida.

-Você precisa se acostumar logo, Kai não vai esperar por muito tempo... - Ela disse passando a mão no meu cabelo e logo em seguida me abraçando, fiquei sem reação, mas de alguma forma aquele abraço me passou segurança.

-Coloque o salto, o Kai já deve estar esperando. - Ela me deu um salto branco, coloquei, arrumei o cabelo, fiz minha higiene e ela me guiou até ele. Eu estava nervosa e muito sem jeito, não posso confiar nele e nunca vi ele antes, aliás, eu ainda não tinha saído daquele quarto, a casa é linda e grande, descemos a escada que dava de encontro a sala, o segurança do kimchi estava sentando no sofá e tinha um homem de costas, quando ouviram nossos passos ele virou em minha direção, ele estava me secando com os olhos, seria ele o cara que me comprou? Ele parece ser tão novo... Aigo... Estou com medo. O segurança me olhava boquiaberto.

-O babão aqui é o Chanyeol. - Sulli desceu as escadas na minha frente e deu um tapa na cabeça de Chanyeol, o mesmo puxou ela a colocando em seu colo.

-Eu sou o Kai, mas você me conhece... - Ele disse com um ar malicioso.

-Vamos. - Ele me puxou pelo braço. Saímos e começamos a andar. Aish... Se ele tem tanto dinheiro porque não vamos de carro?

Entramos em uma rua de tijolos e aquela rua parecia que nunca acabaria... Até que ele entrou em um cassino, nunca entrei em um lugar como esse, mas porque estamos aqui? Quando entramos só tinha homens e a atenção deles voltou toda para mim.

-Se comporte. - Ele disse colocando o braço em volta do meu ombro.

-Quem é a moça bonita Kai? - Um ahjussi perguntou.

-É o meu novo brinquedinho hahaha - Eu estava me segurando para não xingar ele, resolvi que ficaria quieta a noite toda, não quero trocar uma palavra com esse homem. Fiquei em um canto com cara emburrada e Kai foi jogar, ele perdeu pro primeiro homem que jogou com ele, ainda me pergunto por que estamos aqui se ele nem sabe jogar. Logo Kai veio em minha direção.

-Quer alguma coisa? - Ele perguntou e eu neguei com a cabeça.

-Quero ouvir a sua voz. - Ele disse segurando no meu queixo, eu virei o rosto.

-O que você acha da gente te alegrar um pouco? - Ele tirou um saco de cocaína do bolso, fez uma carreira e me mandou cheirar.

-Eu não quero. - Disse

-Ahh~ agora você fala? - Ele riu. -Não é hora pra voltar atrás mocinha. - Ele segurou sua arma que estava cintura e me fez cheirar aquela carreira de cocaína, na mesma hora eu senti uma euforia que não cabia em mim, eu sentia vontade de gritar e rir, o Kai segurava meu rosto com as duas mãos e ria, eu ria com ele, então ele me guiou até a mesa das apostas.

-Qualquer um que ganhar de mim passará uma noite com Jun-Hee. - Ele disse e eu não percebi o significado daquelas palavras até o efeito da cocaína passar.

-Preciso de uma noite com ela. - Um ahjussi disse.

-Você será minha. - Outro disse mandando beijo e virando uma dose de uísque.

-Mas... Se eu ganhar, você terá que abrir mão de todo seu dinheiro. - O efeito das drogas estava passando, eu comecei a sentir uma depressão forte.

-Você não pode ganhar de todos eles, você nem sabe jogar, já perdeu de um antes, por favor, não me meta nisso Kai. - Eu dizia desesperada puxando a jaqueta dele, ele nem olhava na minha cara, eles começaram a jogar e eu abaixei a cabeça ali mesmo, sem que eu percebesse um sono pesado me pegou fazendo com que eu dormisse.

*Kai narrando*

Ganhei de todos que jogaram comigo, o bolso da minha jaqueta estava cheio de dinheiro, depois de um longo jogo eu estava rindo atoa. Olhei pro lado e Jun-Hee estava dormindo, provavelmente sua pressão caiu depois de ter cheirado pela primeira vez. Sacudi ela e ela abriu os olhos já resmungando.

-Não posso acreditar que meu corpo foi apostado, vão me levar não é?! - Ela disse gritando com aquela voz insuportável.

-Cala a boca, sua voz me irrita. - Disse jogando todo dinheiro que ganhei em cima da mesa fazendo ela sorrir de canto.

-A pouco tempo você queria ouvir minha voz. - Ela disse pregando os olhos.

-Eu sabia que eu ia ganhar. - Disse e ela pegou no sono, a coloquei nas costas e sai do cassino.

No meio daquela rua de tijolos em direção de casa...

FLASHBACK ON

-Nossa, você deu muita sorte appa, apostaram com você o cassino e você ganhou... - Eu dizia com os olhinhos de criança brilhando e meu pai riu.

-Não existe sorte, eu sei jogar. - Ele respondeu bagunçando meu cabelo.

-Você quer aprender? E eu prometo... Você nunca vai perder. - Ele disse e eu concordei sorrindo. Eu aprendi tudo que ele tinha pra me ensinar em uma semana, todo dia depois da aula era o nosso momento de pai e filho. Eu era feliz naqueles momentos. Quando o meu pai morreu, ele me deixou essa herança, eu sei jogar tão bem quanto ninguém, mas, o cassino que eu deveria ter herdado dele, eu não herdei.

FLASHBACK OF

Perdi do primeiro homem que jogou comigo por estratégia, para que outros homens quisessem apostar comigo achando que tinham chances de Jun-Hee passar a noite com eles.

-Eu sabia que eu ganharia, e você sabe que você é minha. -Sussurrei para não acordá-la.