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História You Can Call Me Monster - Notas Sobre Ele


Escrita por: Gabizuuu

Notas do Autor


Hellooooo, como estão xuxuzinhos?
Eu como sempre ando ocupada, eu vou me formar semana que vem e tenho me preocupado com a roupa, cabelo sapato e todas essas futilidades que envolvem essas coisas.
Pra completar eu fui escolhida para ser oradora da turma, por favor me mandem boas vibrações para que eu consiga escrever um bom discurso, pois até agora não consegui extrair nada.

Vocês já devem estar cansados de minhas desculpas não é? Mas, Desculpaaaaaa pela demora hauahuahauhaua

Curtam o penúltimo capítulo de YCCMM, e até as notas finais.

Capítulo 25 - Notas Sobre Ele


Você perdeu uma parte de sua existência

Na guerra contra si mesmo

Oh, as luzes

Eles iluminam com luzes de tristeza

Dizendo, é hora de ir

E eu não quero deixar isso ir

Eu não quero perder o controle

Eu só quero ver as estrelas com você.

Troye Sivan – The Fault in Ours Stars




XXX




Quem é Byun Baekhyun? Eu me perguntei isso milhares de vezes durante todo este período em que convivi com o mesmo, mas nunca obtive uma mísera resposta, nunca fui capaz de definir qualquer coisa sobre ele, afinal o menino Byun era a própria inconclusão, minha amada confusão, minha temida confissão. Sim, temida, mas muito real, a confissão de todos os meus sentimentos por ele desde de ódio ao amor, sim amor, que apesar de tudo ainda queimavam sobre o meu peito como brasa sobre a pele, como sol do meio-dia, como óleo quente na panela. Eu perco o foco, eu perco o chão, eu perco o ar todo vez que encaro sua face alva, todo vez que avisto seu sorriso cintilante, toda vez que ouço sua voz quase sempre risonha, mas o problema de tudo era o “quase”, porque durante essas exceções Baekhyun se tornava o meu pior pesadelo, minhas lágrimas de remorso, meu oceano tempestuoso que brada instabilidade, ele também se tornava as ondas do mar em plena tempestade me jogando de uma lado para o outro me afogando em sua loucura.

E aqui estou eu parada em sua frente, mais uma vez sendo sondada por aqueles olhos pequenos que ultimamente tem estado tão dispersos, sua boca pequena com seus lábios finos não paravam de me sorrir, e eu só queria poder lhe devolver aquele sorriso, eu só queria poder lhe tomar os lábios em um beijo um último beijo, queria poder lhe tomar a mão que guardava dedos tão finos e compridos, para uma dança, uma última dança. Mas eu não era capaz, eu não conseguia, eu não poderia, pois toda vez que fitasse seu rosto de feições serenas me lembraria do corpo de Haru e de todos os momentos que passamos juntas; os bons e ruins, me lembraria de Dean e de nosso quase beijo e mais uma vez me questionaria: O que acontece com você esse garoto? Acho que é chegada a hora de ter mais detalhes, de ter mais notas sobre ele para gravar em meu coração, mas dessa vez eu não quero ter de angariar informações por meio de suas atitudes volúveis, eu quero que o próprio me diga, quero que ele se revele para mim, seja para destruir de vez meu amor por si, seja mais para fincar ainda mais seu nome em meu coração.

— Chanyeol saia, S/n quer conversar comigo, não está vendo? —

Disse Baekhyun para Chanyeol de forma impetuosa, assim que me ouvira dizer que queria conversar.

— Não Chanyeol você fica, a conversa envolve a você também. — Disse eu, assim que vi Chanyeol ensaiar deixar os aposentos de Baekhyun.

— Meu amor o que está acontecendo? Segure em minha mão, sim? — Disse Baekhyun estendo sua mão destra para mim mesmo que estivesse rodeada de fios hospitalares e com soro aplicada em sua veia.

Eu não pude ignorar sua mão que tremia por Baekhyun estar visivelmente enfraquecido em parte por conta do assunto e em parte por conta da doença até então desconhecida por mim que afligia seu emocional de uma forma arrasadora. Agarrei a mão tremula sentindo todo o suor frio que a mesma assim como provavelmente o corpo inteiro de Baekhyun exalava, ser transmitido a mim.

— Kyungsoo entre, este assunto também diz respeito a você sabe muito bem, portanto não se disperse. — Disse eu, direcionado um olhar felino a Kyungsoo que continuou parado próximo a porta do quarto como uma estátua.

— Você está me assustando, por que toda essa agitação? O que está acontecendo? — Questionou Baekhyun, me encarando com um olhar que indicava dúvida e confusão.

— Por favor não haja como se não soubesse, chega de mentiras Byun Baekhyun a farsa acabou.

— Eu não aconselho ter este assunto com ele agora, não é capaz de ver o estado em que meu amigo se encontra? — Intrometeu-se Chanyeol, me lançando um olhar indignado.

— Você sabia não é Chanyeol? Assim como o Kyungsoo você sabia de tudo que ele aprontou e mesmo assim não me contou nada. Eu era a única idiota e enganada nesta história toda afinal. — Disse eu, sentindo a raiva consumir o meu corpo em vários estágios até que não sobrasse mais nada a não ser ódio de mim mesma por ter sido tão incapaz de perceber o que estava acontecendo bem de baixo do meu nariz.

— Sim eu sabia, sim eu estive do lado dele esse tempo todo não só hoje, mas desde o dia em que o conheci. Eu o acolhi e o aceitei mesmo sabendo de tudo que ele era capaz de fazer e fez. — Confrontou-me Chanyeol aproximando-se lentamente de mim.

— Eu tenho tanto ódio de você, como é possível, uma garota qualquer que chegou do nada e ocupou todo o espaço na vida de Baekhyun deixando para mim somente as migalhas. Eu não mereço e nem quero migalhas, eu quero tudo, eu quero ele inteiro, eu me sacrifiquei por isso, eu fiquei com ele naquela porra de hospital psiquiátrico todos os dias, EU! Fui eu quem aturou todos os seus ataques de pânico, fui eu quem teve de lidar com todas milhares as de personalidades que ele poderia assumir em segundos quando estava em momentos de crise; a criança psicótica, o sádico com tendências assassinas, o sorridente e palhaço com piadas doentias, o sexy e viciado em sexo, o agressivo e sadomasoquista que me amarrava na cama e me agredia, eu lidei com todos os tipos de Baekhyun’s que você pode imaginar. Era em meu colo que ele chorava incessantemente toda as vezes em que depois de horas de psicose extrema ele voltava ao normal e se lembrava das maldades que havia feito, era a mim que ele recorria sempre que tinha pesadelos a noite; eu costumava ser tudo para Byun Baekhyun, então você chegou e eu me tornei nada mais que um mero colega de grupo, quase um nada.

Eu era incapaz de proferir uma única palavra, quase como se eu houvesse me esquecido de como falar eu procurava por voz, mas minha boca não conseguia emitir nenhum som especifico. Park Chanyeol me atingira em cheio com sua metralhadora de revelações que foram atiradas em mim a queima roupa fazendo-me perder os sentidos, perder a direção, perder a noção das coisas. A vertigem que me acometeu de repente fez com que meu corpo de se tornasse mais pesado do que minhas pernas poderiam aguentar, e eu tive de me escorar a cama de Baekhyun pedindo ao deuses para que tudo ao meu redor parasse de girar.

— S/n, você está bem? — Disse Kyungsoo que veio correndo até mim para me acudir.

— Você pretendia vir aqui para atirar suas verdades e suas razões em cima de Baekhyun não é mesmo? Deve ser duro perceber que apesar de tudo que ele fez você não tem razão alguma tampouco o direito de acusa-lo de qualquer coisa, porque agora você sabe as dimensões da doença de Baekhyun. — Disse Chanyeol com um ar vitorioso imprimido em sua voz.

As lágrimas não paravam de rolar sobre o meu rosto, e naquele momento eu busquei refúgio na face de Baekhyun perdida em um pandemônio, ele olhava ao redor assustado como se alguém tivesse lhe contado uma história realmente aterrorizante sobre uma outra pessoa que ele não conhece. Até que seus olhos perdidos se encontraram com os meus, e eu poderia jurar que eles gritavam por socorro, pedido este vindo do fundo de sua alma, pois já era visível que Baekhyun não aguentava mais, e no estado frágil em que se encontrava eu tinha medo que ele sucumbisse de uma vez por todas.

— Fala alguma coisa, qualquer coisa, qualquer coisa que posso iluminar essa escuridão que nos cerca Baekhyun, pelo amor de todos os deuses, em nome de nosso amor se é que um dia você me amou, nos salve, não nos deixe acabar assim. — Disse eu coma voz uma pouco exaltada, me agarrando a gola da roupa hospitalar que Baekhyun vestia, sacudindo seu magro corpo na esperança de que assim ele pudesse jogar alguma palavra para fora de seu universo particular.

— Te amo de verdade, eu só sei que te amo demais, e nesse momento eu posso nem saber direito o meu nome, pois me sinto tão alheio a tudo isso, mas quando olho para você eu tenho a sensação de que meu coração pode parar a qualquer momento porque ele fica tão agitado e ao mesmo tempo tão apertadinho como se todo esse sentimento estivesse a me espremer, sendo assim eu tenho certeza que te amo, mesmo que eu não me lembre ao certo seu nome agora. — Disse ele, sem despejar respostas, mas ainda assim me atingindo em cheio, pois agora eu tinha certeza que seu amor por mim era real, pelo menos o amor do verdadeiro Byun Baekhyun era, o dos outros, bem, eu não sei o que pensar dos outros, mas desejo tanto que eles se percam em um mar de esquecimento e não voltem nunca mais, mas a vida não parecia querer me conceder pedidos.

— O que eu faço? — Encarei Kyungsoo ao meu lado que se mantinha ali enquanto aquela vertigem não passava. Eu tentei absorver alguma opinião, alguma ajuda que pudesse vir de Kyungsoo, mas a lágrima solitária que descia em queda livre sobre o seu rosto me mostrou que ele se sentia tão angustiado quanto eu devido à ausência de repostas.

Tornei meus olhos para a porta agora recheada de corpos atônitos que observavam tudo se sentindo tão embasbacados quanto eu com tudo aquilo que Chanyeol dissera, exceto SuHo que ainda guardava a mesma expressão preocupada de quando eu cheguei com todos os músculos de seu rosto tensionados e seus punhos cerrados, como se segurasse para não intervir na situação.

— Você nunca disse que amava, mesmo depois de tudo que eu fiz por você, você não passa de um ingrato de merda. — Disse Chanyeol, jogando Baekhyun de cima da cama em um movimento rápido a qual nenhum de nós pode impedir e ao ver todos os fios se desprendendo bruscamente do corpo de Baekhyun logo após seu corpo indo de encontro ao chão eu odiei ainda mais Park Chanyeol, atravessei a cama agora vazia que me separava dele, lhe dando um tapa cujo som ecoou por todo o quarto, junto aos gemidos de dor que Baekhyun emitia.

— Nunca te ensinaram que não devemos amar as pessoas esperando algo em troca? Amor só nasce Chanyeol, ele vem, ele se cria dentro do coração, infelizmente não é possível fazer com que as pessoas sintam o mesmo só porque fomos bons o suficiente para elas, não é possível obrigar alguém ao nos amar. — Disse eu, amargamente.

— Chanyeol saia daqui, você já disse demais. — Disse Kyungsoo, enquanto colocava o corpo frágil de Baekhyun na cama novamente com a ajuda de Jongin.

— Não saio, eu ainda não terminei.

— Você já terminou sim, o show acabou, agora saia antes que eu arranque você deste quarto com minhas próprias mãos. — Ordenou SuHo com um olhar intimidador. Chanyeol me direcionou uma última olhada para mim despejando todo o seu ódio sobre a minha infeliz existência, abandonando o quarto soltando fogo pelos pés que batiam forte sobre o piso.

Com Chanyeol fora do quarto que agora a portas fechadas abrigava somente a Baekhyun, a enfermeira que ajustava novamente os remédios intravenosos em seu corpo, Kyungsoo, SuHo e eu; voltei minha atenção para o meu odiado e ao mesmo tempo amado garotinho. Passei minha mão lentamente sobre tez fria, ato este que fez com que o mesmo fechasse o os olhos e soltasse ar pela boca como se finalmente se sentisse em paz.

— Quem está aí? — Perguntei a Baekhyun, que abriu os olhos sucintamente depois fechando-os novamente, estava sonolento.

— Você o deu remédio para que dormisse? — Questionei a enfermeira que finalizava seu trabalho.

— Não é necessário, ele está naturalmente cansado depois de toda essa agitação. Peço apenas que o quer que tenham para resolver assim com tanta urgência a ponto de não respeitarem o doente, que resolvam com calma e civilidade, não gritem com ele, muito menos o atirem sobre o chão ou o agridam, tenho certeza de que independente do que ele tenha feito de ruim, vocês não querem ter que cremar seu corpo após sua morte. — Disse a enfermeira, se retirando do quarto nos deixando sozinhos com nossa culpa por não sermos capazes de respeitarmos Baekhyun, mas ele tinha que entender que eu havia acabado de descobrir o assassino de dois amigos queridos, era basicamente impossível me conter.

— Byun Baekhyun está aqui, ele ainda está. — Respondeu-me finalmente Baekhyun, em um fio de voz. — O que eu fiz de errado? Por que todos estão bravos comigo? — Concluiu agitando-se minimamente, depois aquietando-se novamente.

— O quê? Você não se lembra? O que está acontecendo? — Disse, me virando para SuHo e Kyungsoo que apenas observavam a cena na plenitude da calmaria.

— Eu vou te explicar tudo S/n, é uma longa história, mas tenho certeza que entenderá. — Disse SuHo tentando me passar segurança em sua voz.

— Então você sabe o que acontece com ele? — Questionou Kyungsoo a SuHo, apontando rapidamente para o corpo que agora dormia profundamente.

— Sei sim, pois assim como Chanyeol eu também acompanhei Baekhyun naqueles tempos de treva, ainda que sem me envolver tanto quanto Chanyeol, mas acompanhei.

— Eu devo perdoa-lo? — Perguntei a SuHo, antes mesmo de saber o que ele tinha para me revelar.

— Isso quem deve decidir é você, pois mesmo que tudo que ele fizera seja justificável e você logo mais entenderá porquê, cabe a você confrontar o seu coração para saber se conseguirá ama-lo plenamente quando a tempestade cessar, sabendo que ela pode voltar a qualquer momento. — Aconselhou-me SuHo com sábias palavras.

— Certo, acho que estou pronta. — Disse eu, após respirar profundamente, em seguida sentando-me ao lado de um Baekhyun que continuava dormindo feito um anjinho.

— Eu conheci Baekhyun um ano antes do debut do Exo assim que ele se tornou trainee na SM. Ele esbanjava por aí uma personalidade solar, seu sorriso e seu usual bom humor sempre contagiava a todos em sua volta, mas olhando fundo em um telescópio era possível perceber que existia algo que assombrava aquele jovem menino aparentemente tão feliz e cheio de vida, mas a verdade é que junto com toda aquela vida vinha um pouco de morte, um cheiro de dor. Foi logo depois do debut que eu tive o primeiro contato com uma das faces várias faces de Baekhyun: O inseguro, desconfiado e descompensando Baekhyun; ele teve um ataque de pânico no banheiro de um music show e foi enquanto agonizava que me revelara os abusos que sofria na infância cometido pela misteriosa mulher que trabalhava em sua casa, eu não quero entrar em detalhes porque acho desnecessário, mas acho que você entende bem o teor desses abusos, naturalmente isso se tornou um trauma em sua vida. Quando ele se acalmou e voltou ao normal me fez jurar que jamais contaria sobre o episódio ocorrido no banheiro para ninguém pois tinha medo que o ceo descobrisse e cortasse ele do grupo, o curioso é que alguns meses depois eu toquei no assunto e ele agiu como se nunca tivesse me contado nada, ele havia esquecido completamente o ataque de pânico no banheiro assim como as revelações que me fizera. Com o tempo eu fui notando mais coisas estranhas, coisas que eu considerava como um “ele acordou de mau humor”, mas infelizmente era muito mais do que isso; vez ou outra Baekhyun agia de forma diferente do habitual, as vezes fofoqueiro causando discórdias no grupo, as vezes mentiroso acerca de coisas simples, as vezes impaciente e agressivo, mas todos esses momentos passavam tão rápido quanto chegavam durando apenas algumas horas ou um dia. Só que aí as coisas começaram a piorar quando o Exo começou a fazer um sucesso estrondoso, o trabalho exaustivo e os fãs que nos gritavam e nos perseguiam acabaram por deixar Baekhyun agitado demais, foi quando ele nos mostrara pela primeira vez suas piores facetas, aquelas que Chanyeol citou mais cedo, os ataques psicóticos tornaram-se mais frequente, e ele teve de ser internando em um hospital psiquiátrico onde foi diagnosticado com transtorno dissociativo de identidade, popularmente conhecido como dupla personalidade, doença essa que provavelmente fora desencadeada pelos abusos sofridos na infância.

— Mas ele... ele me falou que nunca buscou por tratamento. — Disse eu, tentando assimilar as várias informações que SuHo me dera.

— Como eu já disse antes ele simplesmente se esquece, quando volta ao normal se esquece de tudo que fizera quando estava regido por outra personalidade. Enquanto ele estava envolvido com você chegou um ponto em que ele estava totalmente dominado pela pior de suas facetas por isso que ele conseguia dar continuidade a seus planos sem se perder no meio do caminho.

— Porque ele não voltava ao normal, durante um bom tempo não voltou, foi por isso que ele conseguiu matar Haru e Dean, mas provavelmente agora não se lembra de nada. — Disse Kyungsoo, que assim como eu tentava assimilar todas aquelas informações.

— Exatamente, também fora por isso que perguntou porque todos estavam bravos com ele. — Disse SuHo.

— E como Chanyeol se envolveu nisso tudo? — Questionei.

— Bom, quando Baekhyun fora internado Chanyeol já tinha estabelecido um vínculo de amizade muito forte com ele, na verdade acho que Chanyeol nutria um sentimento que ia muito além de amizade por Baekhyun, até hoje nutre. Consequentemente ele quem ficou ao lado dele durante os dois meses que Baek passou naquele lugar, estando sujeito a tudo que Baekhyun fazia, acho que não preciso nem te dizer que ele se esqueceu dessa parte também.

— Eu não sei... não sei o que dizer. — Disse eu, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas quando comtemplei o rosto de Baekhyun.

— Não diga nem decida nada agora, aconselho que vá para casa, tome um banho, e pense bem sobre que atitudes tomar agora, lembre-se que se entrega-lo a polícia a única coisa que conseguirá e destruir o Exo, já que Baekhyun não será preso, mas sim passará o resto de seus dias em um manicômio. — Ponderou SuHo.

— Eu não pretendo fazer isso SuHo não se preocupe, eu apenas preciso decidir se continuo em sua vida, ou deixo ele me apagar de sua memória como já está a acontecer, já que a maioria dos momentos que ele viveu comigo ele estava sobre o controle de uma outra pessoa. — Disse eu, sentindo meu corpo imergir em uma banheira de espinhos ao lidar com o fato de que provavelmente Byun Baekhyun me esquecerá.

Dizem que a verdade liberta, mas no meu caso aprisiona, eu não tinha o direito de sequer odiá-lo pelo o que ele fez, afinal não fora bem ele que cometeu aqueles atos grotescos, contudo eu também não sabia se conseguiria passar por cima de tudo e seguir em frente ao seu lado apreciando o nosso amor, até porque SuHo já havia me avisado que nem tudo seriam rosas, que de uma hora para outra o temido Baekhyun poderia voltar, e eu não sei se quero viver refém de tudo isso; no entanto... no entanto, eu o amo, porra eu o amo demais e não sei se quero viver sem ele em minha vida, eu não sei, simplesmente não sei de nada.

Assim que abri a porta do quarto para sair, ouvi uma gritaria vindo da sala, sem seguida Marry passou por mim feito um furação, entrando no quarto com uma arma de fogo engatilhada nas mãos e para o meu desespero ela apontava essa arma para Baekhyun.

— Alguém acorda esse desgraçado! — Berrou Marry.

— Marry o que está fazendo? — Disse eu, me aproximando dela lentamente.

— Se você chegar perto de mim eu te mato, sua traidora!

— Calma! — Gritou Kyungsoo que estava acuado no canto do quarto juntamente com SuHo.

— Calma é o cacete. — Disse Marry, atirando em vaso de flores que estava em uma cômoda ao lado da cama de Baekhyun, que acordou desesperado com o barulho.

— Chegou a hora de nosso acerto de conta seu maldito. — Disse Marry, com os olhos queimando em ódio.

— Que acerto de contas? Quem é você? — Disse Baekhyun. (...) Ele esqueceu-se tudo, apagou de sua memória tudo, se libertou mais uma vez, se desfez das algemas que o prendiam a loucura, pelo menos por um bom tempo. Talvez em um ato um tanto quanto egoísta, me coração protestou, pois sabia que assim como ele havia apagado Marry de sua memória, ele também havia me varrido de suas lembranças.

— Não se faça de sonso, chega de brincadeiras, quero ter uma última conversa com você antes de estourar seus miolos. — Disse Marry.

— Pelo amor de Deus alguém tira ela louca daqui, eu estou começando a ficar com medo. — Disse Baekhyun, olhando para todos os lados em busca de ajuda.

— Chega, eu não tenho estômago para aturar isso, acabou, você vai queimar no inferno, finalmente pagará por ter matado minha amiga daquele jeito. — Disse Marry preparando-se para atira-lo.

Naqueles segundos em que eu não podia respirar, me lembrei de todas as notas sobre ele guardadas em meu coração, e descobri que não seria capaz de vê-lo morrer, não seria capaz de viver sabendo que as notas sobre ele não mais se cumpririam em lugar algum do mundo, e apesar de tecnicamente ele não merecer que eu faça isso por ele tenho em mente que amor não é merecimento tampouco uma troca, o amor é amor para sempre, nunca se abala, nada teme também, nem mesmo ser esquecido, nem mesmo o sono eterno.

A partir dessa rápida reflexão, eu só me lembro de correr para sua frente, em seguida sentido algo perfurar o meu peito, susto, dor, agonia, elevei meus olhos até ele e fitei sua face assustada que com as mãos comprimiam um grito, desejei que ele estivesse tão desesperado quanto eu, desejei que o medo de que eu morresse estivesse berrando em seu peito assim como estava no meu quando vi Marry apontando aquela arma para ele, depois de mais alguns segundos suplicando pelo seu amor que fora esquecido em algum lugar em sua memória meus olhos se fecharam, e tudo adotou um tom negro.


Notas Finais


Por hoje é isso, espero que gostem.

Até mais ❤❤❤❤


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