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História You Could Be My Queen - Capítulo 38


Escrita por: Prit

Capítulo 38 - Capítulo 38


- Tem certeza que eu posso entrar assim?

Era a quinta vez que Iman me perguntava se a fantasia dela estava boa e ela só parou de me incomodar quando chegamos à festa e alguns rapazes assoviavam pra ela assim que saímos do estacionamento.

O lugar da festa era uma fábrica abandonada que foi transformada em local de festas e eventos pelos dois irmãos mais ricos, lindos e cobiçados da cidade, o que também despertava muito interesse na festa, pois eles eram presença confirmada em todos os eventos que aconteciam ali.

Quando entramos, fomos recebidas por chuvas de confetes e logo reparei que todos que entravam eram recebidos assim.

A pista já estava lotada de gente e encontramos vários professores pelo caminho até finalmente chegarmos numa das mesas em que Rick havia reservado para nós.

- Finalmente as donzelas chegaram! - Rick não nos recebeu com um abraço, mas sim com dois drinques coloridos que eu não fazia ideia do tinha ali. - Vocês estão lindas, meu deus! Vão conquistar os corações do dono desse lugar!

Tentei não rir da fantasia de índio americano dele e do colega (ou seria namorado?) dele, que estava de policial. Eu me perguntava a todo o momento onde estaria o restante do pessoal do Village People.

- Desistiu da bailarina quando descobriu que o Mark vinha de Gomez Addams? - Rick perguntou a Iman e nós duas nos olhamos.

- Como é? - perguntamos em coro.

- Não foi combinado? - ele perguntou e virou um copo de um líquido azul. - Achei que tinha sido, pois logo que eu cheguei ele veio correndo perguntar de vocês.

- Onde ele está, Rick? - perguntei.

- A última vez em que eu o vi ele estava no bar ... sozinho! - e piscou para Iman.

- Ok, eu te levo até o bar se você me ajudar a encontrar o David. - falei pra Iman e era a primeira vez que eu via a minha melhor amiga insegura.

- Não sei se eu quero encontrar o Mark. - ela respondeu e deu um gole na bebida.

- Pega leve na bebida, Iman! Não quero ter que te levar bêbada pra casa de novo.

- Cara mia! - Mark simplesmente surgiu ao lado de Iman, terno risca de giz, o rosto pálido de maquiagem e um bigode falso. - Você está linda, Morticia!

Iman tentava não rir, mas logo nós três estávamos aos risos, sem conseguir respirar.

- Se tivessem combinado, não teria dado certo. - falei depois que recuperamos o fôlego. - Da próxima vez, me avisem para que possa preparar a minha fantasia de Wandinha.

- Vocês não querem ir pra pista, dançar um pouco? - Mark perguntou.

- Não, vão vocês. - Iman me olhava assustada. - Eu preciso encontrar o David.

Percebi que Mark pareceu meio incomodado só em ouvir o nome, mas ao final se controlou e levou a Iman de mãos dadas para a pista.

- Own! - Rick suspirava ao meu lado. - Será que agora vai?

Bebi um pouco da bebida colorida e sai procurando por Jareth, mas o lugar estava tão lotado que por vezes era difícil de andar. Pensei em ir pra pista de dança procurar por ele, mas não fazia sentido ele dançando sozinho. Ou fazia?

Encontrei uma mesa de dois lugares vazia e me sentei, não sei quanto tempo fazia que eu estava procurando por ele, mas acho que já fazia bastante tempo, pois logo perdi o Rick de vista, apenas via ao longe Mark e Iman dançando e sendo fotografados por vários colegas.

- Aceita uma bebida? - um rapaz fantasiado de pirata, com um tapa olho, segurando dois copos de cerveja foi perguntando e sentando-se na cadeira vazia ao meu lado.

- Ah, obrigada! - aceitei mais pela sede do que por educação.

- Estive te observando desde a hora em que você chegou. Está procurando alguém?

- Sim, o professor David. Conhece?

- Ah, me desculpe, não sou da faculdade. - ele tirou o tapa-olho e dois olhos pretos brilhavam, uma mecha de cabelo louro caindo pela testa. - Muito prazer, eu sou Jake.

- Ah, prazer, Sarah. - estendi a mão e ele beijou a palma. - Então você é um penetra.

Ele soltou uma gargalhada.

- Não, eu sou um dos donos deste lugar.

Olhei ansiosa pra pista de dança, na esperança de que Iman me visse e viesse me salvar, mas ela estava concentrada demais em dançar com o Mark.

- Me desculpe, eu não sabia, não quis parecer indelicada.

- Não se preocupe, Sarah. - ele agora segurava na minha mão. - Mas porque você procura por um professor numa festa à fantasia? Aqui é o lugar pra fugir deles!

- Talvez porque ele seja o namorado dela? - um arrepio percorreu o meu corpo quando ouvi a voz de Jareth atrás de mim, sua mão sobre o meu ombro. - E você, quem é?

Jake se levantou ao mesmo tempo em que Jareth ia à direção dele e quase perdi o fôlego ao vê-lo fantasiado de O Fantasma da Opera.

- Sou Jake, o dono deste lugar. - ele olhava pra mim e depois para Jareth, como se tentasse entender como uma aluna namora o seu professor. - Fiquem a vontade, se precisarem de algo, podem me chamar.

- Pode ter certeza que não vamos precisar de nada. - Jareth resmungou ainda quando Jake já se perdia na multidão. Pulei da cadeira e dei um abraço nele. - Você está magnífica, Sarah! - ele sussurrou ao meu ouvido. - Está mais linda do que no dia do seu aniversário.

Fiquei ainda vários minutos apreciando o quão lindo ele estava, tirei a máscara que cobria parcialmente o seu rosto e deslizei meus dedos sobre os seus lábios.

- Que vontade de te beijar, Jareth!

- E por que não o faz? - ele me abraçou mais forte.

- Talvez porque estamos numa festa da faculdade, cercado de colegas e professores? - seu perfume parecia mais forte hoje.

- E se eu te disser que talvez hoje eles estejam ocupados demais bebendo e se divertindo para reparar em nós? - agora era ele quem passava os dedos nos meus lábios.

- E por acaso você os enfeitiçou? - fiz uma careta e ele tentava não rir.

- Não foi bem um feitiço. - ele engasgou. - Foi só uma coisinha pra ninguém prestar atenção na gente.

- E vai funcionar?

- E por que você não tira a prova? - seus lábios agora já haviam encontrado os meus, nosso ritmo e sincronia perfeitos como sempre, mas hoje muito mais sedentos um pelo outro.

Olhei para os lados e ninguém parecia se importar conosco: Mark e Iman dançando uma música lenta, agarrados um ao outro e era lindo ver Iman sorrindo com ele. Do outro lado, Rick bebia e ria com o amigo policial.

- Então? - ele sorria. - Funcionou?

- É, acho que sim. - sorri de volta e nos beijamos de novo, Jareth me apertava tanto contra o corpo dele que por um momento achei que eu fosse quebrar. - Sabe o que eu queria?

- O que? - ele mordiscou a minha orelha.

- Uma taça de vinho.

- Hum, lamento, Sarah, mas aqui nesse lugar você só vai encontrar drinques coloridos e cerveja barata.

- E no seu apartamento, tem uma garrafa de vinho? - falei um pouco mais baixo e seus olhos me encaravam, brilhantes.

- Tem. - sua voz saiu rouca. - Você quer ir lá tomar uma taça?

- Não sei se eu quero só uma taça. - senti um calor no meu ventre.

- Duas? - ele me apertou mais e eu quase podia sentir seu coração acelerado.

- Talvez eu queira você. - minha voz quase não saiu, mas foi o suficiente para sentir seus lábios de novo.

- Oh, Sarah! - Jareth gemeu e foi me puxando para fora da fábrica, rumo à saída.



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