Pedro? Que você está fazendo aqui? – eu perguntei séria o encarando.
– Que felicidade em me ver. – ele disse brincando mas eu nem sorri um pouco. – Vim fazer uma visitinha para você.
– Olha Pedro… como eu vou dizer isso… - eu disse séria. – Eu não quero nada com você, eu só estava tentando esquecer aquele moço que foi me “salvar” – eu disse a ultima palavra fazendo aspas com os dedos – … lá na festa, e nós agora estamos bem, muito bem, e eu não posso ter nada com ninguém, porque eu sou dele ele é meu e isso tudo que você já sabe. – eu disse agora sorrindo. – Me desculpa tá? – eu disse por fim saindo da beira dele, não teria problema de certeza, ele não parecia ser do tipo de se apaixonar, mas sim do tipo “come todas”.
– Hey, Lethi? – ele disse chamando a minha atenção.
Eu virei para trás lentamente e ele continuou.
– Isso não vai ficar assim. – e saiu bem rápido.
– OK, aquilo era para dar medo? É que não resultou nem um pouquinho! – a Vicki disse rindo. – Quem te manda ficar com malucos?
– Eu estava bêbada, se você aparecesse na minha frente eu até diria que você era linda, guria. – eu disse rindo muito.
Fomos até a mesa, os rapazes pareciam já estar morrendo de fome. Eles iriam nos dar sermão por termos demorado tanto tempo, de certeza.
– Nós estamos esperando vocês faz tempo! – o Chaz disse.
– Estamos morrendo de fome! – o Tate disse fazendo cara de chateado.
– A culpa não é nossa! – a Vicki disse se sentando do lado do Chaz, e eu do lado do J em frente a ela. – Apareceu ali um amigo da Lethi e nós ficamos falando. – a Vicki disse, mas eu dei um chute nela por baixo da mesa, fazendo sinal para ela estar calada, e parece que ele entendeu que disse mais do que devia, pois disse desculpa, bem baixinho.
– Que amigo? – o Math perguntou.
O Justin olhou para o Math de um jeito estranho e direcionou o olhar para mim novamente.
– É, que amigo? – o J perguntou.
– Obrigada Vicki! – eu disse mentalmente, quase a matando com o olhar.
Todos na mesa olhavam para mim.
– Estamos á espera. – o Tate disse.
– É, agora toda a gente quer saber quem é. – o Gabriel disse tirando uma com a minha cara.
– Ai gente, não era ninguém! – eu disse mas logo me arrependi porque todos eles (menos a Vicki) lançaram um olhar desconfiado. O J fez sinal para eu falar. – Era só o Pedro. – eu disse indiferente.
– O Pedro? Que aquele viado fazia aqui? – o Justin perguntou olhando em volta.
– Quem é o Pedro? – eles perguntaram.
– É um rapaz que eu quase fiquei na balada, porque estava bêbada, contentes? Agora vamos comer. – eu disse rápido.
O J e o Math me olharam de lado de um jeito sério.
O J fez sinal para mim.
– Gente, eu já volto. – eu disse saindo da mesa, logo senti o Justin me agarrar o braço.
– O que ele queria? – ele perguntou impaciente.
– Não sei. – eu disse. Ele me olhou bem sério. – Sério, eu não sei! Ele apareceu aqui e eu disse para ele ir embora, disse que estava com você. – eu disse o olhando nos olhos. – Ele disse “isso não fica assim” e foi embora. – eu disse fazendo aspas com as mãos e tentando imitar a voz dele.
– O que ele quis dizer com isso? – ele disse frio como se tivesse desconfiando de mim.
– Eu não sei. – aquela conversa estava me tirando do sério. – Posso ir comer, pai? – eu perguntei saindo da beira dele.
Fomos os dois em direção á mesa e continuamos comendo, sem falar nada. Senti meu celular vibrando, tirei da mala e vi que tinha uma mensagem, do Math. Estranho, olhei para ele e ele piscou para mim.
“Está tudo bem?” – ele perguntou na mensagem.
“Está sim, não se preocupe.” – eu respondo sorrindo para ele.
“Isso é estranho, mandar mensagem para uma pessoa que está a um metro de mim” – ele respondeu rápido.
“Ér, você tem razão. Sabe, está uma garota atrás de você olhando para você faz um tempão” – eu respondi. Ele levantou as sobrancelhas me olhando como se fosse rir.
“É bonita?” – ele perguntou me fazendo rir.
“Porque não ola você mesmo?” – eu perguntei.
“Tem uma perfeita na minha frente, não estou nem ligando para quem está atrás de mim” – ele disse, eu fiquei sem jeito e pelos vistos vermelha, porque ele deu um risinho escapar enquanto olhava para mim.
– Que foi? – o Chaz perguntou olhando para o Math.
– Nada não, nada não. – o Math respondeu rindo.
Continuamos comendo calmamente.
– São oito horas, vamos gente? – a Vicki perguntou.
– Vamoo! – o Tate e o Gabriel disseram juntos rindo nos olhando logo de seguida. – Quanta felicidade, eu em! – eles disseram depois de nos verem olhando para eles sem dizer nada.
Nós rimos e fomos para o Hall, logo a monitora começou a falar com a gente.
– Pessoal, vamos falar, a feira fica a cerca de 15 minutos daqui, vocês vêm no pequeno mapa que eu vou dar para vocês agora onde é, á meia-noite toda a gente tem que estar no hotel, se alguém quiser vir mais cedo é só a nos avisar, pode mandar uma mensagem de texto, e seguem o mapa, tá bom? – Todos assentimos e fomos saindo do hotel, andando calmamente pela rua, seguindo o mapa.
O Tate, o Gabriel e o Math iam na frente rindo muito, na verdade o Tate e o Gabriel estavam se dando melhor do que aquilo que eu ia esperar, o Gabriel até prefere andar com a gente do que com os seus amigos / seguidores / idiotas ambulantes.
O Math e o Gabriel já eram amigos, porque o Math também fazia parte das equipas de basquetebol e Futebol da escola.
Depois iam o Chaz e a Vicki, não tão felizes, falam de alguma coisa que parecia bem séria.
E logo depois eu e o Justin que íamos em silencio.
Ele me deu a mão sem sequer me olhar, parecia estar me desprezando, apenas dando a mão por obrigação.
Eu tirei a minha mão da dele o fazendo olhar para mim finalmente.
– Não faça isso se você não quer realmente. – eu disse o olhando sério, ele me encarou do meu jeito.
– Lethi, preciso de falar com você. – a Vicki disse me puxando mais para a frente deixando o Chaz mais para trás com o Justin, suficiente longe para eles não nos ouvirem falando.
– Que se passa? – eu perguntei arqueando a sobrancelha.
– Eu e o Chaz estamos um pouco chateados. – ela disse olhando para baixo.
– Porque?
– Porque a mãe dele disse que uma prima dele vem passar umas semanas a casa dele. – ela disse parecendo desesperada.
– Que tem? – eu perguntei sem entender.
– QUE TEM? MEU DEUS, você não lembra dela? A PAULA? Como você não lembra? Ela tem uma queda enorme por rapazes comprometidos! Ela na ultima vez que cá esteve estragou duas casais e se meteu no meio do mim e do Chaz. – ela disse irritada tanto ficar calma.
– FO-DA-SE! A Paula? A piranha? – eu perguntei em estado de choque.
– Ela! Você acredita? E depois de tudo o Chaz ainda tem a cara de pau de me dizer “As pessoas mudam” ou “Ela não se vai meter no meio de nós”, mas e minha preferida é “ Ela é boa pessoa! ”. – ela disse irritada.
– Caraca, nois temo que dar alerta geral para toda a gente! Com ela á solta ninguém está seguro. – eu disse mas pareceu que a Vicki ficou ainda pior. – Calma, calma! Você vai ter que lidar com ela, ela é da família do Chaz. – eu disse rápido.
– LETÍCIA! SE VOCÊ NÃO AJUDA, CALA A PORRA DA BOCA! – não ajudei né?
– Cala a boca você e me ouve! – eu disse fazendo ela me prestar atenção. – Você e o Chaz já passaram por isso, vocês ultrapassaram, mostraram que eram fortes e que se amavam. Ela não vai conseguir afastar vocês! – eu disse sorrindo. – Temos que arranjar uma maneira de dar um jeito nela, fazer ela entender que não pode ter o que quer. – eu disse pensando.
– Vádia mimada! Ela vai ver, eu vou acabar com ela! – a Vicki dizia agora mais baixo, parecia estar mais calma.
Tínhamos que pensar em alguma coisa. A Paula iria tentar separar toda a gente, ficar com os nossos rapazes e instalar a desgraça! Isso não pode acontecer, não novamente.
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